A Social Week Brasil movimentou São Paulo semana passada. Ouvi novidades, tendências e milhões de dicas para uma empresa se destacar on-line. A relação das pessoas com as marcas mudou e já lidamos com isso à 10 anos. Essa não foi a novidade.
O assunto do momento é o futuro das agências digitais. Elas ainda são adolescentes e precisam se profissionalizar. Estão em crescimento e não vão acabar (afinal, ainda vemos gráficas e locadoras de vídeos por aí).
Lá atrás, com a Era da Informática e da Informação, veio a promessa das pessoas trabalharem mais livres e de forma flexível, mas as empresas se mantiveram no padrão industrial das 9hs às 18hs. Entretanto, na Era da Colaboração, sobreviverá quem tiver o interesse genuíno em ajudar o cliente. Agência que continuar criando sites medíocres, com pensamento de curto prazo, só para um ganho rápido, vai acabar saindo do mercado.
A maioria ainda é vista como gerenciadora de conteúdo para o Facebook, mas são muito mais do que isso, elas cuidam da sua imagem na internet. A grande questão é educar o mercado, que precisa valorizar um pouco mais esse trabalho.
Muitas empresas estão aprendendo e fazendo “em casa”, mesmo com maior probabilidade de errar. Defendo a contratação de agência digital para começar certo, mas sei que muitas tem problemas seríssimos. Respeitar prazos é um deles.
Escolher uma agência não é fácil. Portanto, seguem algumas dicas para facilitar a negociação:
1) Tenha um plano de marketing digital, com objetivos e metas. Assim você evita perder o foco. Não esqueça que marketing tradicional e on-line devem estar alinhados, mas são bichos diferentes.
2) Entenda a expertise da agência e faça seu briefing. Ninguém é bom em tudo. Cuidado para não comprar o que não precisa naquele momento. Você ouvirá “palavrões” como: SEO, AdWords, Mídias Sociais, E-mail Marketing, Banners, Arquitetura de informação, Design, Produção, CSS, HTML, Flash, Wireframe, CMS, etc. Ou seja, leve um tradutor ou peça para o ‘Y’ que for negociar com você explicar de forma didática.
3) Solicite 3 clientes / projetos como referência.
4) Cuidado com as gigantes pois, dependendo do seu tamanho, você pode se tornar irrelevante na rotina dela.
Trazendo tudo isso para nossa indústria, tenho notado 3 perfis típicos de hoteleiros em relação às agências digitais:
1) Antenado – aquele hoteleiro que tem sua agência digital (muitas vezes substituindo a agência de publicidade tradicional), dá autonomia para ela criar e investe no on-line com estratégia adequada. Muitos já dispõem de especialistas dentro de casa e atuam de forma compartilhada. Perfeito! Existem, mas são minoria.
2) Retardatário – sabe que é importante e precisa de ajuda, mas reluta, pois entende que existem outras prioridades. Consequentemente, seu site não é atrativo, muitos não tem motor de reservas e mantêm perfis abandonados nas redes sociais. Está acordando agora e ainda acha que pode resolver tudo com um estagiário, pelo simples fato dele ter perfil no Instagram. Tudo bem, é uma questão de tempo.
3) Alienados – entende que agência só serve para criar sites, são adoradores de folhetos e…fax. Ok, exagerei com relação ao fax.
Qual a relação do seu hotel com agências digitais?