Free wifi é possivelmente um dos temas referentes à tecnologia de viagens mais debatidos pelo consumidor atual. O assunto não é novo. Em 2009, um analista de mídias sociais do Vale do Silício postou em seu Twitter que hotel cobrar por wifi era o mesmo que cobrar pela luz. Imediatamente, os blogueiros de turismo levantaram a bandeira e o selo abaixo invadiu a rede.
Alguns resultados apareceram. Dias atrás o Panhotéis publicou o estudo da Tnooz, onde 67% dos hotéis europeus já oferecem wifi como cortesia, sendo a Turquia o país mais generoso, atingindo quase 85%, e Portugal em último lugar com menos de 45% proporcionando o serviço de graça.
Até outubro, São Paulo terá 120 pontos de wi-fi gratuitos nas suas praças. Iniciativas assim estão na pauta de vários projetos públicos. A expectativa não poderia ser diferente para hotéis.
Um estudo recente comprovou que 86% das pessoas esperam encontrar wifi gratuita nos hotéis.
Um dos sites que mais acompanha essa tendência é o HotelChatter. O primeiro relatório foi divulgado em 2004 e, desde lá, especialistas afirmam que wi-fi é tão essencial quanto chuveiro ou ar condicionado. Além disso, é preciso seguir os 3 itens básicos da conexão wifi em hotéis: gratuita, rápida e confiável.
Hoje, pelo menos dois terços dos hotéis já oferecem acesso Wi-Fi. Isso quer dizer que um 1/3 ainda cobram pelo serviço, incluindo marcas de luxo, que deveriam investir no conceito de generosidade como base do atendimento. Enquanto 63,8% dos hotéis econômicos já disponibilizam conexão free, o número baixa para 57,1% nos hotéis de alto padrão.
Mas é uma questão de tempo. Se esses hotéis não considerarem os serviços básicos de internet (verificar e-mail e navegar na web) como amenitie, os potenciais hóspedes começarão a fazer reservas em outro lugar.
Alguns tentam driblar a tendência, oferecendo gratuidade com restrições:
* Para quem participa do programa de fidelidade.
* Somente no lobby.
* Por um tempo limitado, entre 15 minutos à 2 horas.
Conheça como as principais marcas se posicionam mundialmente:
Wi-fi Gratuito: Holiday Inn, Staybridge, Four Seasons, Mercure, Pullman, Ibis.
Wi-fi cobrado (U$ 9,95): Crowne Plaza
Wi-fi cobrado (U$ 12,95): JW Marriott, Sheraton (cortesia no Lobby), Hyatt, Marriott, Renaissance.
Wi-fi cobrado (U$ 14.95): Intercontinental, Hilton, Sofitel.
Wi-fi cobrado (U$ 19,95): MGallery, Novotel.
Embora os proprietários de hotéis ainda afirmem que os custos de instalação de redes wifi são muitas vezes proibitivos, a pressão é cada vez maior para que reavaliem suas políticas sobre a tarifação. Além disso, muitos desses hotéis estão investindo para que suas infraestruturas antigas possam atender a nova demanda.
A velocidade é outro fator importante. Muitos hóspedes consideram uma conexão lenta e não confiável uma ofensa.
Conheça as velocidades:
5 Mbps – possível checar seus emails pela VPN, fazer downloads e ver filmes online.
1 à 5 Mbps – possível assistir vídeos, ouvir música e trabalhar online, mas não espere fazer tudo ao mesmo tempo.
1 Mbps – possível verificar emails mas, provavelmente, ao assistir vídeos no YouTube e falar pelo Skype ao mesmo tempo, um dos dois vai congelar.
Como hóspede, é uma agradável surpresa quando peço acesso à internet no check in e o processo, além de gratuito, é simples. Senhas complicadas e lentidão são procedimentos imperdoáveis.
Ninguém esquece de um hotel que não ofereceu condições mínimas para você trabalhar. Já tive algumas experiências assim e, acreditem, nem o excelente café da manhã ou a cama confortável me farão voltar.
Veja o infográfico e a pesquisa completa aqui.
Repense seus custos e invista. Será que o valor arrecadado com a conexão à internet vale a insatisfação do hóspede?
Wifi gratuita já!