FAQ n°2 Onde comer bem e como garantir um bom atendimento em Paris?


Uma das maiores riquezas culturais francesas encontra-se na culinária: diferentes preparações de aves como frango, codorna, patos, gansos além do famoso foie gras, a carne bovina, o coelho, o cordeiro. Enfim, a variedade alimentar local é impressionante.

Doces e pães, então, nem se fala! Estamos na terra da baquete, do croissant, do chantilly, dos doces de pasta de amêndoas de Lyon, do torrone de Montelimar, do creme de castanhas d’ Ardenne, a lista não tem fim. Para quem gosta de suspiros, « macarrons » e para quem gosta de doce de leite, «confiture au lait ».

Feiras de produtos tradicionais são comuns no outono e inverno
Feiras de produtos tradicionais são comuns no outono e inverno. Barraca de Torrones
Macarrons na feira da Praça dos Inocentes
Macarrons na feira da Praça dos Inocentes de 5 a 12 de outubro
Os parisiense aproveitam para se abastecer em produtos tradicionais
Os parisienses se abastecendo em produtos tradicionais.
Feira de Produtos Tradicionais de 5 a 12 de outubro
Produtos Tradicionais na Praça dos Inocentes de 5 a 12 de outubro
Foie Gras Praça dos Inocentes
Foie Gras na Praça dos Inocentes

Como explicar que ainda tem gente que vem a Paris e come mal ?

Não é necessário deixar suas economias anuais na hora de pagar a conta para comer bem em Paris. Nos inúmeros cafés-restaurantes chamados Brasseries há comida muito boa. Para quem tem orçamento limitado os preços na hora do almoço são mais convidativos. Nas lousas negras penduradas nas portas das Brasseries procure pelo cardápio do dia: Menu du Jour. Você vai encontrar preços em torno de 13 a 15 euros para entrada e prato quente ou prato quente e sobremesa  e 16 a 28 para entrada, prato principal e sobremesa.

Dentre as “brasseries” encontramos as históricas, verdadeiros monumentos ou ainda as pequenas brasseries, que dão graça as ruas comercias da cidade. As « brasseries » são instituições e mesmo quando pago um pouco a mais do que o previsto, saio tão satisfeita, segura de que foi a lição de cultura mais deliciosa que tive.

Outra questão intimida visitantes brasileiros quando falamos de restaurantes franceses. A má fama do serviço. Paris é famosa pela hipotética má qualidade de serviço oferecida nos restaurantes.

Como o país da gastronomia pode ter um mau serviço? Para dissipar mal entendidos e auxilia-los a ter um atendimento à altura de Paris ficam aqui umas poucas, porém muito importantes regras francesas:

  • Jamais chame o garçom estralando os dedos. Aqui na França esse gesto é extremamente ofensivo, segundo os franceses serve para chamar cachorros. Diga merci quando é servido.
  • Olhe o “maitre” e garçom nos olhos e cumprimento-os com um bonjour monsieur ( diz-se bonjur messiê) e um sorriso. Eles apreciarão tanto seu esforço que saberão retribuir o sorriso com um bom atendimento.
  • Evite os restaurantes turísticos do Quartier Latin. Se o serviço for bom a comida raramente o será e vice e versa.
  • Não fale alto. A não ser no restaurante turístico do Quartier Latin, você estará no meio de um monte de turistas provavelmente bêbados, ninguém notará!
  • Não mude de mesa sem avisar o mestre ou o garçom que estão fazendo o seu serviço.
  • Para o bem de todos e felicidade geral dos brasileiros que visitam Paris, dê gorjeta de pelo menos 10% do valor da fatura. Os garçons reconhecem “os bons turistas” segundo seus países de origem e sempre tratam os clientes em função de experiências passadas.
  • E bon appétit!

Minhas “Brasseries” Históricas Preferidas:

Le Procope: o mais antigo restaurante da cidade 1686, de Molière a Napoleão passando por Benjamin Franklin sempre atendendo a nata da elite intelectual mundial.

Le Procope
Le Procope
Paris
Exemplo de Cardápio
Carte ou Menu em francês
Carte ou Menu

Julien: pela decoração feminina, o luxo e glamour art-nouveau de 1901

Imagens de Julien de 1901
Imagens de Julien de 1901
Paris
Julien

Bouillon  Chartier, conhecido como Chartier: O restaurante popular da margem direita no século 19.

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Cardápio Chartier Paris
Chartier Paris

Le Pied de Cochon. Aberto 24h24 desde 1947, uma instituição na vida noturna da cidade.

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

4 thoughts on “FAQ n°2 Onde comer bem e como garantir um bom atendimento em Paris?

    1. OI Flavio.

      Exatamente! Ha visitantes que acham todos muito educados, geralmente são aqueles que tem respeito com as pessoas que trabalham na prestaçao de serviços. Como a demanda é grande o povo aqui não leva desaforo para casa e exige ser tratado de igual para igual. Os brasileiros parecem demasiado informais levantando uma garrafa vazia e apontando para pedir “uma outra”. Choque cultural.
      Obrigada por acompanhar o blog.

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