Uma das maiores riquezas culturais francesas encontra-se na culinária: diferentes preparações de aves como frango, codorna, patos, gansos além do famoso foie gras, a carne bovina, o coelho, o cordeiro. Enfim, a variedade alimentar local é impressionante.
Doces e pães, então, nem se fala! Estamos na terra da baquete, do croissant, do chantilly, dos doces de pasta de amêndoas de Lyon, do torrone de Montelimar, do creme de castanhas d’ Ardenne, a lista não tem fim. Para quem gosta de suspiros, « macarrons » e para quem gosta de doce de leite, «confiture au lait ».
Como explicar que ainda tem gente que vem a Paris e come mal ?
Não é necessário deixar suas economias anuais na hora de pagar a conta para comer bem em Paris. Nos inúmeros cafés-restaurantes chamados Brasseries há comida muito boa. Para quem tem orçamento limitado os preços na hora do almoço são mais convidativos. Nas lousas negras penduradas nas portas das Brasseries procure pelo cardápio do dia: Menu du Jour. Você vai encontrar preços em torno de 13 a 15 euros para entrada e prato quente ou prato quente e sobremesa e 16 a 28 para entrada, prato principal e sobremesa.
Dentre as “brasseries” encontramos as históricas, verdadeiros monumentos ou ainda as pequenas brasseries, que dão graça as ruas comercias da cidade. As « brasseries » são instituições e mesmo quando pago um pouco a mais do que o previsto, saio tão satisfeita, segura de que foi a lição de cultura mais deliciosa que tive.
Outra questão intimida visitantes brasileiros quando falamos de restaurantes franceses. A má fama do serviço. Paris é famosa pela hipotética má qualidade de serviço oferecida nos restaurantes.
Como o país da gastronomia pode ter um mau serviço? Para dissipar mal entendidos e auxilia-los a ter um atendimento à altura de Paris ficam aqui umas poucas, porém muito importantes regras francesas:
- Jamais chame o garçom estralando os dedos. Aqui na França esse gesto é extremamente ofensivo, segundo os franceses serve para chamar cachorros. Diga merci quando é servido.
- Olhe o “maitre” e garçom nos olhos e cumprimento-os com um bonjour monsieur ( diz-se bonjur messiê) e um sorriso. Eles apreciarão tanto seu esforço que saberão retribuir o sorriso com um bom atendimento.
- Evite os restaurantes turísticos do Quartier Latin. Se o serviço for bom a comida raramente o será e vice e versa.
- Não fale alto. A não ser no restaurante turístico do Quartier Latin, você estará no meio de um monte de turistas provavelmente bêbados, ninguém notará!
- Não mude de mesa sem avisar o mestre ou o garçom que estão fazendo o seu serviço.
- Para o bem de todos e felicidade geral dos brasileiros que visitam Paris, dê gorjeta de pelo menos 10% do valor da fatura. Os garçons reconhecem “os bons turistas” segundo seus países de origem e sempre tratam os clientes em função de experiências passadas.
- E bon appétit!
Minhas “Brasseries” Históricas Preferidas:
Le Procope: o mais antigo restaurante da cidade 1686, de Molière a Napoleão passando por Benjamin Franklin sempre atendendo a nata da elite intelectual mundial.
Julien: pela decoração feminina, o luxo e glamour art-nouveau de 1901
Bouillon Chartier, conhecido como Chartier: O restaurante popular da margem direita no século 19.
Le Pied de Cochon. Aberto 24h24 desde 1947, uma instituição na vida noturna da cidade.
No fim das contas a regra é simples, gentileza gera gentileza. Excelentes dicas. Merci.
OI Flavio.
Exatamente! Ha visitantes que acham todos muito educados, geralmente são aqueles que tem respeito com as pessoas que trabalham na prestaçao de serviços. Como a demanda é grande o povo aqui não leva desaforo para casa e exige ser tratado de igual para igual. Os brasileiros parecem demasiado informais levantando uma garrafa vazia e apontando para pedir “uma outra”. Choque cultural.
Obrigada por acompanhar o blog.
Muito legal esta matéria! Gentileza sempre gera gentileza, viva Paris!
OI Anderson
Obrigada por acompanhar nosso blog.
Estando em Paris não deixe de provar alguns desses lugares.