Bom dia queridos leitores e agentes de viagens
Peço desculpas por minha ausência, como pediria desculpas aos meus amigos por não poder ter participado a uma festa. Sim, talvez vocês não saibam, mas são meus amigos. Toda semana penso em vocês e em um assunto que poderá interessa-los, toda semana ( enquanto escrevo aqui no Panrotas) fico feliz em fazer parte deste grupo que é o Trade do Turismo. Maslow já dizia que uma de nossas necessidades é de pertencer a um grupo e eis que nós formamos um grupo do qual me orgulho em participar.
Durante minha ausência aqui no Panrotas estava no Brasil e como em toda viagem se aprende algo, gostaria de partilhar com você o que aprendi nas ultimas três semanas.
Alias, foi tanto aprendizado que é melhor colocar em tópicos.
- Descobri que muita gente não sabe que trabalho numa empresa que vende passeios em Paris e que esses passeios podem ser encontrados junto a 38 operadoras brasileiras.
- Descobri também que apesar do prazer e capacidade dos Baby Boomers e da nova geração de viajantes em “se virar” e seu anseio em viajar por conta própria, as agencias seguem oferecendo aos que desejam conhecer Paris opções de circuitos… e mais circuitos.
- Quando questionados sobre essa grande oferta de circuitos inversamente proporcional aos anseios dos clientes, os agentes respondem que passageiros individuais compram em agência somente hotelaria e aéreo.
- Os preços dos passeios nas agências passa de longe os preços oferecidos no marcado BtoC, ou on-line.
- Quando questionados sobre esses valores de passeios superiores junto ao trade as operadoras dizem que se o agente de viagens não ganhar sua margem habitual, sequer oferece o produto (com exceção de bilheteria, onde ai sim não existem ganhos substanciais).
- Operadoras promovem o destino Paris, jamais promovem opcionais que vão a regiões fantásticas à proximidade.
- Paralelamente os Ofícios de Turismo estrangeiros desertaram nosso mercado, investindo na China e desprezando completamente o Brasil.
- Passei por muitas agências, a maioria delas vazias.
Enquanto isso aqui na França:
- Asiáticos vêm à França para conhecer os Castelos da Loire, o Monte São Michel e vários outros lugares jamais promovidos pelas operadoras brasileiras.
- Ofícios de Turismo de regiões ricas em atrativos adorariam ter representatividade e visibilidade junto ao Trade brasileiro.
- O mercado de passeios em português vendidos pela internet vem crescendo fulminantemente, nossos concorrentes, apesar do amadorismo e péssima qualidade de prestações, estão obtendo sucesso.
Conclusão: Mantendo os preços mais altos que o mercado (sim internet é um mercado real, ele existe!) e se recusando a vender passeios opcionais que não oferecem a comissão habitual fizemos a escolha de ficar com 100% de nada ao invés de 50% de algo.
Minha sugestão? Ligue os pontos!
Minha pergunta: E agora?
Published by