Disneyland Paris expande estratégia ambiental

Uma fábrica fotovoltaica está sendo criada na Disneyland Paris.

No meu último post eu comentei sobre a necessidade de apoiarmos empresas “eco-responsáveis”.  Então, meio às notícias de um possível reconfinamento na França e o atual toque de recolher e restrições que hoje atingem 46 milhões de francêses em 54 departamentos, uma boa notícia para o futuro.  

A Disneyland Paris anunciou o início da construção de uma usina de energia solar com o tamanho correspondente a 24 campos de futebol.  

O projeto é desenvolvido em parceria e co-investimento com o líder francês em energia solar fotovoltaica Urbasolar.

O parque de atrações implantará sobre seu estacionamento de mais de 17 hectares toldos cobertos com 67.500 painéis solares, cuja capacidade de produção representará eventualmente 17% das necessidades energéticas do local, equivalente ao consumo anual de energia de uma cidade de 14.500 habitantes.

“Esta usina solar contribuirá para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no valor de cerca de 750 toneladas de CO2 por ano no território local de Val d’Europe”, disse a Disneyland Paris em comunicado. A estrutura fotovoltaica também melhorará a experiência dos visitantes protegendo-os e seus veículos das condições climáticas, seja o calor do sol, da chuva ou da neve.

Disneyland Paris

E como tudo na Disney tem um toque de magia, a cabeça do Mickey, iluminada por LEDs, será visível a noite do céu, ou a bordo do balão instalado no Disney Village.


Este projeto faz parte da estratégia ambiental desenvolvida nos últimos anos pela Disneyland Paris que resultou em uma série de medidas que vão desde a remoção de canudos e plásticos de uso único até a criação de uma estação de tratamento de esgoto ou usina geotérmica que produz cerca de 20 GWh.

A primeira parte estará operacional em alguns meses, na primavera de 2021.

Um desfile noturno na Disneyland Paris usa em torno 400 000 lâmpadas
60 000 Leds enfeitam o topo do castelo da Bela Adormecida

Ser responsável: uma obrigação

Fico muito feliz e tiro meu chapéu para a Disneyland Paris pela iniciativa. No entanto, minha sabia mãe diria: “Não está fazendo mais que sua obrigação.”

A Disneland Paris consome em energia elétrica o correspondente ao consumo de uma cidade de 136 000 habitantes – dados Le Parisien setembro 2006

Enfim, parabéns Disneyland Paris, que outros se inspirem de sua estratégia!

Curioso para saber como andam as coisas na Disneyland Paris? Veja o clip oficial de reabertura.

Novas restrições, a reação dos franceses e a comunicação

Novas restrições – A essa altura todos já sabem que a França entrará neste sábado, dia 17 de outubro, em uma nova fase de restrições sanitárias.  O toque de recolher entre 21h e 6h nas grandes cidades* durante um mês foi a medida escolhida para a nova tentativa de contenção do coronavírus.

Acabou a festa! Regra dos seis

O governo pede inclusive à população que restrinja sua “bolha social” a seis pessoas e usem máscaras durante todo o tempo de convívio, seja lá onde for.

O governo promete igualmente ações dissuasivas para organizadores de festas e reuniões com multas que podem ir até 10 000 euros.

Reações

Diante destas novas restrições alguns reclamam do atentado a liberdade individual. Proprietários de restaurantes e bares clamam uma catástrofe anunciada. Jovens afirmam que se não vão aos bares, farão encontros em seus pequenos apartamentos. O corpo médico reclama da falta de recursos e investimentos para resolução do problema hospitalar e os sindicados fazem apelo de greve.

Para dificultar ainda mais a vida do governo, os policiais que deverão manter a ordem neste momento complicado, manifestam contra a falta de apoio e segurança no desempenho de suas funções.

Os trabalhadores perguntam por que devem se espremer nos meios de transporte, nos escritórios e salas de reunião, mas não podem ir ao restaurante ou ao teatro.

Concomitantemente, dia 17 de outubro é também dia de início de novas férias escolares. E surpreendentemente, os franceses poderão se deslocar sem restrições pelo território nacional.

Para muitos é difícil entender a coerência destas medidas que parecem até contraditórias. Mas, basta analisar um pouco para perceber que o governo está tentando frear o contágio da população pelo Covid-19, sem frear a economia nacional. Eu pessoalmente entendo a decisão.   

Então, porque muitos estão descontentes? A cólera dos proprietários dos restaurantes e atuantes do meio cultural é compreensível, mas quanto ao resto da população…

credibilidade é tudo

É sabido que a comunicação publicitária sempre ajudou muito a classe politica. Até ai tudo bem! Mas e quando ele trabalha contra a classe política?

Apoiar-se em um Conselho Cientifico para tomadas de decisões durante uma crise sanitária me parece a coisa mais sensata do mundo! Contanto que o mesmo tenha credibilidade, é claro.

O problema e que no momento em que a França, seus hospitais e população sofriam da falta de máscaras o Conselho Cientifico afirmou que o uso deste aparato ( hoje obrigatório) não era necessário e poderia ser até mesmo perigoso.  E agora, para explicar as novas restrições esse mesmo Conselho Cientifico estatal afirma que a maioria do contágio acontece em reuniões familiares e aparentemente entre 21h e 6h da manhã?  

Questões complexas, sobre as quais prefiro me abster. Eu não entendo nada de saúde e não vou pagar 135€ de multa para andar por ai depois das 21h, então me submeto e apóio as medidas sem contestar, como fará a maioria da população certamente.

Todavia, termino meu texto com uma pequena história, que talvez exemplifique meu ponto de vista sobre o que chamo de boa comunicação.

Vendendo seu peixe

Um dia desses, meu restaurante preferido me serviu um peixe inabitual. Confrontada pela minha reação a garçonete foi sincera:

“- Segunda feira não há entrega de peixe fresco, o mercadão (de Rungis), fecha nas segundas, perdão. Agora você já sabe que este não é o dia ideal para comer peixe aqui.”

Sua resposta franca e direta me deixou feliz, o sabor do peixe que eu comia não melhorou, mas eu aprendi algo e fiquei mais esperta. Segui freqüentando o estabelecimento. Credibilidade é tudo! Isso sim é o que chamo de boa comunicação!

Nota* Estão sob toque de recolher : Paris e região, Lille, Grenoble, Lyon, Aix-Marseille, Montpellier, Rouen, Toulouse et Saint-Etienne.

O orgulho precede a queda

Já dizia o infalível ditado: O orgulho precede a queda!

O brasileiro é o povo mais simpático que conheço, de fato, nossa simpatia é orgulho nacional.

No entanto, o brasileiro parece nunca querer falar de coisas chatas. Quando pergunta a alguém “Tudo bem?” espera receber uma resposta tão amigável, positiva e leve quanto sua pergunta.

Falar de coisas chatas faz com que as pessoas te percebam como chata, tratar assuntos com gravidade não é exatamente uma qualidade nas reuniões ou redes sociais.   

Porém, você já notou que quanto menos falamos e agimos sobre questões chatas, mais elas se acumulam à nossa volta? O chato é como um lixo que persistimos em não ver e que um dia nos submergirá.

Chato é a miséria, a violência, o racismo, a discriminação, o medo, as queimadas, a poluição…

Todo dia brasileiros carregam e se acostumam ao fardo de um pequeno mal estar aqui e ali, como aquele na hora de abrir o portão, por exemplo, ou comer um embutido com papelão.

Agora, neste momento de crise mundial, muitos se perguntaram se o mundo será melhor após o Covid-19.

Ai vai mais uma chatice: não, o mundo não vai ficar melhor se VOCÊ não mudar suas atitudes! Minha dica: Saia da zona de conforto e seja chato!

O francês é notoriamente chato, mas o francês não deixa nenhum tipo de lixo o submergir ( ou pelo menos tenta). Falo isso porque como produtos orgânicos baratos e os impostos que pago são (quase sempre) bem reinvestidos na sociedade em que vivo, entre outras razões. E isso, graças à chatice francesa. Merci!

Saia da zona de conforto

Sendo assim, quero convida-los hoje para num gesto de humildade e coragem, antes que nossa sociedade caia em completa decadência, passemos a agir contra algumas chatices desse mundo. Não espere por nenhum governo! Faça você.

Talvez não sejamos capazes de erradicar todos os problemas do mundo, mas pelo menos terremos um orgulho (de nós mesmos) que talvez não nos leve à queda.

Ai vai meu convite:

  • Se você é empreendedor e espera receber turistas estrangeiros, passe a defender nossa natureza já! Esse é o maior atrativo para quem vem ao Brasil e nesse momento o mundo pensa que somos cúmplices do maior crime ambiental jamais provocado pelo Homem!
  • Não beba mais produtos fabricados pela Coca-Cola e empresas de refrigerantes até que eles não criem reservas de água para sua própria produção.  Pare desde já de colaborar com o roubo de reservas naturais de água por essas empresas vorazes de recursos naturais.
  • Compre legumes orgânicos, ainda que tenha que comer menos, opte por qualidade e, sobretudo lembre-se: quem dita as normas do mercado é o CONSUMIDOR, quem quer vender seu produto se ajusta à demanda.
  • Não consuma NUTELLA e produtos com óleo de palma. Pare agora de matar gorilas e outras espécies que vivem nas florestas que estão sendo queimadas em prol da produção desse produto. Leia os ingredientes do que compra!
  • Seja consciencioso quanto ao seu consumo de carne, tente quando possível substituir por outros alimentos ricos em proteínas. Busque conhecer a origem da carne, busque pequenos produtores.
  • Não compre Jeans lavado. A produção de Jeans deslavado é altamente poluente para o planeta. Pare agora de destruir terras e rios. Curta suas velhas calças Jeans de verdade! A indústria têxtil é muito poluente. Quanto menos roupas você compra, mais você protege o planeta!
  • Lute pelos mares e florestas do Brasil. Façamos subir um hashtag #menossojamaisfloresta #nãoaodesmatamento ( aceito sugestões)
  • Fique de olho no deputado e na família Maggi

Lute contra o desmatamento e a Escravidão moderna

No fim dos anos 80, de acordo com documento confidencial da Polícia Federal (DPF) em Mato Grosso, na fazenda nomeada Gleba Jarinã de André Maggi, pai do ex-ministro, foram encontrados trabalhadores em situação análoga à escravidão. No relatório, obtido a partir do Instituto Brasileiro de Defesa Florestal (IBDF), órgão anterior ao IBAMA, que fiscalizava sobre desmatamento ilegal na propriedade, um dos trabalhadores (chamado José Laerton da Rocha) relatou ter sido chicoteado por um empreiteiro de André Maggi. Além disso, foram encontrados pessoas trabalhando contra a própria vontade, sofrendo “maus tratos” e doentes.”(fonte wikipedia)

  • E para seu bem: Evite a todo custo produtos com Fenoxietanol.  Age como estrogênio, mudando o funcionamento de suas glândulas. Toxicidade fetal e cancerologia comprovadas.

Deixo aqui meu convite e peço mais sugestões. Vamos nessa?