E o vencedor é …

A Torre Eiffel é sem dúvida “O” monumento emblemático de Paris.

Porém, para os habitantes da cidade, a estrela do pedaço em 2015 é outra: o Rio Sena e suas margens.

As margens do Rio Sena viram muita água passar por debaixo de suas pontes. O lugar foi cenário de invasões vikings contra os gauleses, foi lugar de fartura e aprovisionamento para os Romanos, ofereceu a modernidade aos parisienses durante as Exposições Internacionais do século 19 e hoje se tornou um grande parque de lazer.

Louis XIV foi o primeiro a promover obras a fim de eliminar o lamaçal no centro da cidade e desde então as margens do rio não pararam de evoluir. Já o rio Sena, ano após ano, rei após rei, ponte após ponte, monarquia, império e cinco repúblicas mais tarde, corre impassível às obras do tempo. Enfeitado por 37 pontes, emoldurado por avenidas e monumentos, o Rio Sena atravessa Paris indiferente e segue seu percurso de 776 quilômetros desde o Planalto de Landres*até desaguar no Canal da Mancha.

Realeza e revolucionários, soldados, inválidos de guerra, mambembes, nobres, burgueses, charretes, carros, caminhões, ônibus e metrôs evolucionaram ao redor destas águas e suas margens desde a antiguidade até os dias de hoje. Agora, passada a febre automobilística que ditou nossas vidas nas últimas décadas,  Paris se prepara para o futuro. Obrigada Mme Hidalgo, prefeita de Paris.

O projeto “ Les Berges” dinamizou as margens do Rio Sena com atividades das mais variadas: aluguel de “capsulas” hotéis, duchas solares, aluguel de cabanas com cadeiras de praia para o dia, ateliês de construção, muitos jogos a disposição. São mais de 4,3 hectares de passagens pedestres, lugares de lazer e descanso.

Dentre todas as atrações de Paris neste verão, vence em simpatia as margens do Rio Sena, vencedor este que nos presenteia  diariamente com lazer e diversão garantidos. Todo mundo ganha!

O dispositivo está incrível. Note que não se trata de Paris Plage, que também continua. Veja a seguir algumas fotos do projeto Les Berges de la Seine.

Paris
Ideal para passeios familiares e entre amigos
Paris
Um novo ponto para relaxar e aproveitar da vista panorâmica
Paris
Jogos a disposição
Paris
Nenhuma fila, apesar de ser domingo, nada de tumultos.
Paris
Muitos restaurantes e lanchonetes
Paris
Jogos de mesa.
Paris
Grave sua mensagem para os participantes da 21° Conferência da ONU pelo clima
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Coloque sua mensagem nas redes sociais
Paris
Velibs disponíveis, basta um cartão de crédito com ship
Paris
Ducha solar com hora marcada
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Espaço para bicicletas, corredores e também skatistas
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Questões práticas não foram esquecidas
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37 pontes e um vai e vem infindo de gente e veículos

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Quer ver mais fotos ? Site da prefeitura: As margens de Paris

*O Rio Sena nasce no Plateau de Landres , planalto situado a 40km a leste de Dijon.

 

Rapidinhas da semana:

Os descontos chegam a 70% esta semana nas lojas de Paris e da Franca.

Dia 21/07 Pecuaristas fecham estradas e pontos turísticos franceses em protesto ao preço da carne. A venda pelo pecuarista em torno de 1,80 o quilo, a revenda no supermercado 15€ o quilo. Em Paris tudo tranquilo.

Abraços e boa semana.

Feijão com arroz em Paris

Quem me conhece sabe que moro fora do Brasil há 35 anos. Há tanto tempo expatriada já não tenho muitas preferências alimentares, gosto de tudo: comida tailandesa, francesa, cubana e até a comida que eu mesma cozinhava enquanto vivi no Canadá. Não posso dizer que prefiro a comida brasileira a  qualquer uma delas, porém quando como comida brasileira eu vivo emoções  incomensuráveis, quase indescritíveis.  É como se voltasse ao lar materno, é como retornar no tempo e no espaço! É o colo da mãe, da avó, daquela emprega querida que já virou membro da família, do irmão que sempre comia ao meu lado. No exterior, qualquer feijão com farinha de mandioca fica deliciosamente incrível.

Deve ser por isso que quando brasileiros viajam ao exterior gostam, de vez em quando, de dar um pulinho gustativo e por meio do paladar voltar ao lar. Para os brasileiros que alugam apartamentos quando vêm a Paris poder cozinhar é vantagem, se souberem onde encontrar as coisas certas. Caso contrário o cardápio pode se resumir a macarrão e poucas coisas familiares do supermercado mais próximo. Aí a vantagem vira um desperdício no país da gastronomia.

Interessante este mercado de apartamentos. Paris está virando uma cidade dormitório de turistas. Daqui há pouco ninguém mais consegue pagar um “ap.” na cidade. Falando com amigos do ramo e conhecidos que apelaram para este serviço constato dois tipos de brasileiros usuários do “sistema b”: aqueles que buscam economizar e aqueles que buscam viver como parisienses.

Geralmente os primeiros não partem satisfeitos, seus comentários (deixados no AirBnB por exemplo) denotam que esperavam mais da relação custo-benefício. Percebo que desconheciam as condições reais do que obtiveram, não tinham noção do que significa um apartamento antigo ( de 100 a 300 anos). Não sabiam, por exemplo, que em Paris há sempre uma poeira constante sobre os moveis. Ninguém explica porque, se o móvel é branco a poeira fica preta e se o móvel for preto a poeira fica branca, mas aqui é assim. Então os visitantes concluem que o apartamento foi entregue sujo. Depois vem o primeiro banho e a água acaba, aliás, os tanques de água de 300 litros constituem a primeira relação  dos turistas com a vida francesa e  os obrigam a se adaptar aos recursos locais bem rapidinho!  Como cantava a Rita Lee “choque cultural é normal, choque cultural é normal”. Estes costumam entregar o apartamento de volta deixando até sua louça para lavar, sem entender que a limpeza incluída no preço é a do apartamento e não da sujeira pessoal deixada pelos clientes. O que para o francês faz uma sútil diferença também. “…choque cultural…é ..normal”.

Já os que vêm para viver como parisienses, estes sim se divertem, riem da poeira, aproveitam também para dar um pulo no espaço e no tempo, curtindo o que há de antigo e histórico.

Quem não ri por enquanto somos nós agentes, os hoteleiros e também o fisco francês. Mas essa é outra estória.

Quanto a como encontrar arroz, feijão, farinha de mandioca e outros ingredientes da nossa terra em Paris, fica a dica: lojas indianas. O pulo do pulo no espaço, a viagem na viagem. Veja as fotos da passagem Brady no 10° distrito de Paris.

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Babado forte LGBT e simpatizantes. Imagens da Parada Gay de Paris

Uma só razão, porém, muitas tribos estavam presentes neste dia de festa. Festejava-se a liberdade de expressão do amor sob todas as formas.

Se você não for pudico, veja as fotos da “galera” colorida. Chamou-me atenção como a turma é heterogênea. Pensava encontrar estereótipos, mas não, a tarde foi um desfile dos mais variados tipos de pessoas, muitas “Mariannes” brandiam suas flamulas arco-íris como se a liberdade sexual fosse uma nova descoberta e precisasse ser defendida. Mas de fato, os arco-íris geométricos ao vento eram somente bandeiras festivas, celebrando uma condição humana outrora rejeitada, sufocada, vivida entre quatro paredes, em silêncio e que hoje, graças a manifestações como esta, começa a ser exposta sem desonra.

Para quem tem medo que a “doença pegue”(sic), fico feliz em avisar que recentes estudos provam que diferenças biológicas ( assimetria do córtex cerebral) são ligadas a orientação sexual e explicam a existência de distintos gostos em sua prática.

 

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Show aguardava os participantes da caminhada
Paris
A caminhada terminou na Place de la Republique
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Comunidade de Transexuais brasileiros presente em peso.
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No passado, enquanto francesas tinham pelos no suvaco, transexuais brasileiros davam aula de glamour feminino aos parisienses.
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Trans brasileiras chamando a atenção !
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Transexuais brasileiras, parte integrante do mito Paris!
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A transexual brasileira dando um show de beleza. Atras transexual francesa.

 

PS Marianne é uma figura alegórica da República francesa. A personagem Marianne encarna a República francesa e seus valores no lema: “liberdade, igualdade, fraternidade”. Marianne é um importante símbolo republicano e um ícone da liberdade e da democracia retradada com frequência por artistas franceses.

Abaixo a Liberdade guiando o povo de Eugène Lacroix 1830

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