Greve dos controladores aéreos, reinvindicações sociais e o turismo em Paris.

A coisa mais difícil em escrever nesta publicação é decidir a pauta. São tantos acontecimentos que fica complicado escolher. Esta semana, por exemplo, hesitei muito entre os seguintes assuntos:

  • A festa da musica, que  todo o ano acontece no dia 21 de Junho, neste ano foi um sucesso! Graças evidentemente aos músicos espalhados pela cidade, assim como a grande participação popular e ao sábado ensolaradíssimo.
  • A festa de 22 de Junho que fechou os Champs Elysées com o tema ” 24 horas Velib gratuitos “. Mais uma atividade para motivar os parisienses a aderir ao meio de transporte ideal para esta cidade plana. No mesmo texto não poderia deixar de mencionar o grupo Paris Rando Velo, que se reúne todas as sextas feiras às 21h30 para uma balada noturna de 20km através da cidade. A participação é gratuita e há aluguel de bicicletas e Velibs disponíveis com saídas no Hotel de Ville de Paris.
  • A adoração das relíquias de Santa Teresinha do dia 4 a 12 de julho na Basilica Notre Dame des Vitoires, cuja congregação a órfã e enferma Teresinha era devota.
  • E a lista continua com o inicio das liquidações, espetáculos nos jardins de magníficos castelos muito próximos a Paris, a HellFest- festival de hard rock na Loire e as novidades oferecidas pelos parques EuroDisney e  Asterix.

Mas por incrível que pareça,  vamos falar de greves e reivindicações sociais. Algo mais francês? Vejamos quais tem ou terão algum impacto para nós agentes de viagens e para nossos turistas.

A greve dos controladores aéreos 

A UNSA-CNIB (União Nacional dos Sindicatos Autônomos de Engenharia e Controle da Navegação Aérea), terceiro sindicato dos controladores de tráfego aéreo, lançou um apelo de greve de 24 a 29 de junho para protestar sobre o baixo nível dos recursos concedidos à navegação aérea para 2015-2019.

A França apresenta até 30 de junho em Bruxelas seu plano de financiamento de cinco anos para a navegação aérea, um plano que o sindicato considera insuficiente. “Para um setor em reestruturação econômica esta greve cai na pior hora do ano,”, visto que abrange o primeiro fim de semana de grandes partidas para as férias nacionais, lamenta na mídia a Fnam (Federação Nacional da aviação comercial).

Além de reinvindicações em prol de melhores recursos técnicos, os controladores do tráfego aéreo francês reivindicam também melhores salários. Hoje a classe recebe em média de 4.000 a 6.000 euros brutos ao mês. Salário esse de 20 a 50% inferiores aos dos controladores do resto da Europa.

Dia 24 de junho, nos aeroportos de Orly e Roissy-Charles-de-Gaulle, as empresas tiveram de cancelar 20% dos vôos com destino ao sul da França (Bordeaux, Lyon, Marselha e Toulouse), assim como para a Espanha , Portugal e Magreb.

De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes cerca de 75% dos vôos  estarão confirmados durante a semana. Sujeitos às leis do serviço mínimo, controladores de tráfego aéreo podem ser requisitados para garantir pelo menos 50% do tráfego.

Passageiros voando pelas empresas Tap, Iberia, Air Europa poderão ter seus voos cancelados e deverão ser reencaminhados em outros vôos. Já esta acontecendo. Colocamos no site de informações www.brasileirosemparis.com os vôos cancelados de hoje. Você pode acompanhar também a situação em tempo real no site da ADP- Aéroports de Paris. www.aeroportsdeparis.fr

A greve dos artistas intermitentes do espetáculo.

Felizmente a clientela brasileira não vem à França para participar das diversas manifestações culturais propostas por diferentes cidades através do pais. A lista é longa de norte a sul dos festivais, peças de teatro e espetáculos anulados. A cidade de Toulose teve o primeiro dia do festival Rio Loco anulado. Após negociações entre artistas e organizadores o festival se tornou gratuito para os participantes, mas há cortes nas programações.  Dia 4 de julho, dia do inicio do Festival de Avignon, há chamado para uma greve geral. O governo fez modificações fiscais e trabalhistas desfavoráveis á esta classe já penalizada por um estatuto temporário, e colocou fogo num barril de pólvora. O Jornal Le Figaro detalha a situação em um mapa interativo no http://www.lefigaro.fr/culture/2014/06/16/03004-20140616ARTFIG00390-intermittents-cartographie-des-greves-perturbations-et-annulations.php;

Dia 26  de junho em Paris haverá “Manif”, como dizem os franceses, partindo da região da Bastilha mas não atingirá as regiões turísticas da cidade.

Enquanto a greve da SNCF ( Sociedade Nacional Ferroviária ) sobre a qual escrevi a semana passada cessou , a SNCM ( Sociedade Nacional Corsa Marítima) parou todas as travessias no mediterrâneo para a Corsa e Norte da África. Mas o sul da França e a linda Corsa ainda não atraem suficientemente brasileiros para ficarmos preocupados.

As reinvindicações dos taxistas na França e problemas no transporte terrrestre.

O mês de junho foi marcado por mais uma manifestação dos taxistas dia 11, contra as leis que regem o aluguel de Veículos com Motoristas (VTC). Greve, operação escargot e até agressões contra motoristas que pôr não possuírem reservas prévias ou não se conformarem a certas normas administrativas, ficam caçando passageiros em lugares indevidos.

Alias, cuidado! Muitas falsas empresas estão também presentes na internet e vem dificultando o trabalho de profissionais do turismo. Assim como os taxis, temos que nos preocupar. Meu amigo Anderson Muniz, dono de agencias de viagens disse que seu pessoal tem medo de vender Paris e depois perder seu trabalho devido aos cancelamentos. Tem uma molecada e até gente mais velha fingindo ter empresa, colaboradores e frota, que ignora voluntariamente a cadeia de preços operadora/agente e público final, dificultando nossos negócios e não garantindo um serviço de qualidade.

A Karla Varasquim, gerente de produtos internacionais da TAM mencionou que poucos minutos em que estava parada no aeroporto CDG,  mais de 10 falsos taxis ofereceram seus serviços. No nosso mercado tem gente que vai até com placa das grandes operadoras sem autorização nem reservas das mesmas para ver se atrai brasileiros perdidos.

A primeira dica para não perder vendas para perueiros é – Ter consciência que esses recém-chegados convertidos no turismo não oferecem as mesmas garantias, conhecimento, profissionalismo e respaldo que sua empresa.  Que um traslado mais barato não significa que uma vez em Paris o passageiro terá o serviço de qualidade e seguro. Eu costumo dizer que o barato sai caro.

A segunda dica para você agente não cair no conto da falsa empresa é – Se receber um maravilhoso mail com um super site, verifique-o  no www.societé.com. Este site identifica a empresa e te dará dados como balanços, numero de colaboradores, etc. Se não há dados, não há empresa e quiçá controle de qualidade e seguros. Mas atenção, nem sempre a busca encontra nomes fantasia ou abreviações. Na duvida você pode pedir o numero de siret da empresa ( o CNPJ francês),  e fazer a busca. Uma vez que você certificou-se da existência legal da empresa verifique se a mesma é uma agência de viagens ou empresa de transporte, só assim uma empresa ou individuo pode atuar no turismo  . Confira igualmente se no site da empresa em questão há um endereço, um número de telefone iniciado com 01. Celulares iniciam-se com prefixo 06 ou 07 e telefones residenciais muitas vezes com 09. Sugiro que dê preferência a empresas com endereço publicado e telefone fixo.

E caso seu passageiro prefira tomar taxi, avise-o para não aceitar em nenhuma circunstância taxis de dentro do aeroporto, são falsos! Os taxistas ficam fora do terminal, a sinalização é ampla, basta seguir. Uma vez estas informações levadas em conta : Bienvenu à Paris.

A Copa, as greves e a Ponte dos Cadeados

Ainda bem que a Copa começou! Já não aguentava mais esta expectativa. Estou querendo acreditar, como boa brasileira nostálgica que sou, que no final tudo vai dar certo. Ainda não terminou para comprovarmos, mas enfim A Copa começou! Se bem que aos trancos e barrancos no que diz respeito à infraestrutura geral e a economia do país, porém isso já não é mais tão importante agora.

Vi as fotos de todo mundo no “Face”, preparados de verde e amarelo da cabeça aos pés, avós, pais, filhos, órfãos  e até animais de estimação.  Afinal durante alguns minutos ainda podemos sonhar e torcer, deixar de lado a indignação, esquecer o sufoco e as greves sobre as quais tenho lido nos últimos dias.

Para aqueles que estavam preocupados com a imagem que estamos dando no exterior, no que diz respeito a França, fiquem tranquilos. Estamos vivendo um segundo ano do Brasil por aqui, somos a imagem do Caos, mas o Francês não tem lá muito medo disso. Ainda existe o sonho da miscigenação de raças e religiões harmoniosas, do sol, da boa musica, da praia, da mulher bonita e do sorriso constante. E para os franceses, um povo que nunca teve sequer um século de existência sem guerras ou revoluções, fica claro que estamos avançando, ou pelo menos tentando.

Mesmo por que aqui também tivemos muitas greves recentemente: greve dos taxis, dos pilotos da Air France e agora é a vez dos ferroviários. Não tem Copa, mas tem testes nacionais similares ao vestibular, gente precisando transitar no pais inteiro entre periferias e grandes cidades. Dificuldades para o publico e uma perda de mais de 80 milhões de euros para as empresas ferroviárias governamentais SNCF ( Société Nationale des Chemins de fer Française)  RFF ( Reseau Ferroviaire France). Aliás aqui, quase todo dia temos pelo menos uma manifestação em algum lugar da cidade.

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Manifestação ao lado de casa esta semana,no Boulevard Bonne Nouvelles, contra matadouros. Acontecem quase sempre fora das zonas turisticas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem nunca faz greve aqui são os turistas e os casais apaixonados. Estes manifestam somente o seu amor. E quem poderia ser contra? No entanto, em Paris, é maior a polêmica sobre os cadeados na Ponte do Amor que as greves do transporte. Em seu sexto dia de paralização, se os ferroviários não tivessem lançado bombas de gás nas vias férreas, talvez essa greve já nem estivesse nas manchetes. A França ganhou há dois dias contra Honduras por 3-0, e hoje tem jogos da Argélia e do Brasil. Mas em Paris do que se fala mesmo, é da Ponte das Artes, ou ponte dos Cadeados situada bem no coração da cidade, onde todo mundo, e quero dizer todo mundo literalmente, vê, e cuja parte da grade se soltou devido ao peso e caiu há uma semana, atiçando ainda mais a discussão.

De quem é Paris? Dos turistas? Dos parisienses? Será que a Ponte das Artes vai cair com todo este peso? Estão vendo? Já começou a cair, diriam as más línguas! A prefeitura fica dividida entre os frustrados que não entendem a demonstração de afeto que nunca vivenciaram, os vendedores de cadeados e os turistas apaixonados, de quem gostamos tanto diga-se de passagem.

Na rotina dos turistas ninguém quer tocar, felizmente são prioridade nos projetos da municipalidade e merecem TODO o respeito. No entanto as grades que pesam em torno de ½ tonelada (cada lado) já foram retiradas 37 vezes. Apesar do preço de revenda de metal, não parece haver interesse da prefeitura em perpetuar essa situação. A cidade esta em um impasse. Para agravar a polêmica, quando o município não dá conta de trocar as grades repletas, os amantes deslumbrados saem botando cadeados para todos os lados, chegando até na Torre Eiffel. E ai até a mais romântica das blogueiras perde a paciência com nossos tão amados visitantes: Opa! Assim também não!

Academia Francesa e Biblioteca de Mazarino ( conselheiro de Luis XIV) .1661
Academia Francesa e Biblioteca de Mazarino ( conselheiro de Luis XIV) .1661
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Foto tirada em passeio de bicicleta as 7h da manhã, a ponte quase vazia
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A cada dia mais cadeados
Vista da Ponte para Ilha de la Cité,
Vista da Ponte para Ilha de la Cité, ponta chamada “dos judeus” onde foi queimado o templario Jacques de Molay
Pont des Arts- Paris
Novo pedaço de grade da Ponte das Artes e os novos cadeados não tardaram a chegar
Vista Ponte das Artes, direção Louvre, Museu D'Orsay
Vista Ponte das Artes, direção Louvre, Museu D’Orsay.Cadeados até no topo da luminaria.

As comemorações do dia D e praias do Desembarque.

A semana que passou foi marcada pelas comemorações do dia do desembarque, o dia D.

Dia 6 de junho 1944, duzentos de cinquenta mil soldados desbravaram a costa da Normandia, para libertar a Europa do mais devastador e ditatorial sistema político e de exterminação em massa jamais inventado: o nazismo. Mais de dez mil homens deixaram suas vidas nas areias dessas praias francesas em um só dia sob as balas do inimigo nazista.A cada queda uma história de vida curta, uma morte súbita e muito, muito heroísmo.

Este ano mais de oitocentas mil pessoas vindas de todo mundo juntaram-se a população local da região do Calvados para relembrar a data e homenagear seus heróis. Vinte entre as vinte e três cerimônias oficiais ocorreram no Calvados. Mais de 50 000 pessoas assistiram a estas 23 cerimônias oficiais. 8000 pessoas participaram da cerimônia internacional em Ouistreham, 8000 da cerimônia franco-americana no cemitério americano em Colleville-sur-Mer, 5000 da cerimônia franco-britânica em Bayeux, 4000 da cerimônia franco-canadense em Courseulles-sur –Mer,

Além disso, 1.100 eventos foram organizados durante quatro dias consecutivos. A queima de fogos de artifício em 24 lugares distintos da costa atraiu cerca de 100.000 pessoas dia 5 de junho à noite. 50.000 espectadores aplaudiram a patrulha da França em Arromanches no sábado dia7 de Junho e 80 000 pessoas foram domingo a Fière no Canal da Mancha, para ver os saltos de 950 pára-quedistas. Por fim, 20 mil pessoas participaram do desfile Tatoo da Liberdade, no centro de Caen domingo.

Enquanto isso em Paris, após o trabalho, já no conforto do apartamento, a televisão moía e remoía a Shoah* com documentários, filmes, reportagens. Nunca ouviremos o suficiente sobre, não somente os horrores ocorridos durante, mas também a reconstrução do mundo após tão fatídico momento que foi a Segunda Guerra Mundial. Você sabia que a distribuição de sementes agrícolas mundial está nas mãos de cinco empresas, das quais pelo menos duas são oriundas de IG Farben** na Europa e que Monsanto, nos EUA, se desenvolveu na mesma época graças à “nécrotecnologia” química e ao agente laranja?  Meu Deus…

…voltemos para a Normandia.

Lendo sobre as festividades e tanta emoção, fiquei me perguntando por que não fui com minha família. Meu filho de dez anos teria adorado! Acompanhei pela televisão e pelo facebook de um dos poucos brasileiros que conheço que estava por lá.

Então pensando bem cheguei à conclusão: não fui por que a região está há uma hora e trinta de Paris e por que passo com frequência férias por lá. Porque dividir o espaço com tanta gente quando já pude descobrir e sentir estas mesmas emoções com calma, com uma espécie de serenidade que releva do respeito, de tristeza misturada com solenidade?  Sentimentos profundos e sinceros que embora jamais esquecidos são rapidamente suavizados pelas belezas naturais, gastronômicas  e arquitetônicas da região.

Casa do compositor impressionista Eric Satie
Casa do compositor impressionista Eric Satie em Honfleur
Villerville
Villerville
Honfleur
Honfleur
Placa comemorativa, viagens maritimas de Samuel de Champlain, em Honfleur
Placa comemorativa, viagens maritimas de Samuel de Champlain, em Honfleur
Normandia, Vestigios segunda guerre mundial
Vestigios são frequentemente encontrados nas praias
Englesqueville-la-Percée
Praia deserta Englesqueville-la-Percée, Omaha Beach
Villerville, Normandia
Villerville, Normandia
Villa Strasbourg, terreno vendido por Gustave Flaubert a familia Rothschild em 1875
Villa Strasbourg, Deauville, mansão construida em terreno vendido por Gustave Flaubert a familia Rothschild em 1875
Bunker Villerville
A natureza tenta apagar as tristes lembranças
Englesqueville-la-Percée no alto das falésias os bunkers que a força aérea aliada não conseguiu acertar anes da chegada dos soldados
Englesqueville-la-Percée no alto das falésias os bunkers que a força aérea aliada não conseguiu acertar antes da chegada dos soldados
Englesqueville-la-Percée
Praias do desembarque Omaha Englesqueville-la-Percée
Bunker abandonado
Bunker abandonado a beira mar em Villerville
entrada Omaha Beach Museum
Entrada Omaha Beach Museum
Bunker abandonado proximo a Villerville, Normandia
Bunker abandonado proximo a Villerville, Normandia

 

Pouco conhecida por brasileiros, a costa da Normandia é repleta de vilarejos de pescadores datando da idade média e foi importante ponto estratégico durante a Guerra dos Cem Anos. Lugares como os modestos vilarejos Honfleur e Villerville desfrutavam da predileção de pintores impressionistas graças a suas belezas naturais, sua luz e ao mar.

Já Napoleão e Napoleão III fizeram em Deauville, e em toda essa região costeira, luxuosas estações balneárias para a nobreza e burguesia de sua época.

Belas paisagens verdejantes, o melhor doce de leite da França, biscoitos amanteigados, peixes e frutos do mar em abundância, arquitetura rica e diversificada, são algumas das atrações da Normandia que podem também ser apreciadas enquanto lembramos o heroísmo dos soldados aliados que nos permite desfrutar de todos os atrativos locais com tanta paz e alegria nos dias de hoje.

 

*Shoah Os judeus preferem usar essa expressão ao invés de Holocausto porque é originária do seu idioma e significa calamidade, aniquilação. Holocausto, por sua vez, possui um significado relacionado com a prática da expiação de pecados por incineração, o que perpetua o antissemitismo. É exatamente nesse ponto que se apoia o argumento para o uso do termo Shoah, já que a prática nazista foi um genocídio, e não um sacrifício a Deus.

 **A proposito de IG Farben, fabricante de Zyclon B, pesticida e gás de extermínio. Citação”O cartel da Farben surgiu em 1926, quando Hermann Schmitz criou a empresa química supergigante a partir de seis companhias alemãs, que já eram gigantes… Vinte anos depois, o mesmo Hermann Schmitz foi julgado em Nuremberg por seus crimes de guerra cometidos pelo cartel I.G. Farben. Outros diretores da I.G. Farben também foram julgados, mas os afiliados americanos da I.G. Farben e os diretores americanos da própria I.G. foram caladamente esquecidos; a verdade estava enterrada nos arquivos.” (Wall Street and the Rise of Hitler, Sutton, pg 33).

A IG Farben consistia das principais empresas: AGFA,Casella,BASF,Bayer,Hoechst,Huels,Kalle e outras menores.