O cliente, a internet e a razão

O cliente tem sempre razão?

Outro dia um jovem senhor não obteve resposta via messenger quanto ao preço de um serviço e teve a brilhante idéia de declarar em meu Facebook que a empresa onde trabalho é a pior do mundo. Como interlocutora da empresa eu pedi muitas desculpas e expliquei que a mensagem não havia sido vista devido a uma falha humana, escrevi que sentíamos muito sua reação. E neste caso, quando escrevi “reação” eu me referia, sem dar precisões, tanto ao seu sentimento de insatisfação quanto a seu comportamento hostil.

Para quê? Aí a “coisa” ficou pior, o jovem achou que eu estava “respondendo” e como “sabemos” que cliente tem sempre razão, minhas explicações e defesa foram percebidas como uma agressão. Será que ele queria que eu dissesse sim você tem razão? Somos os piores mesmo! E dizer que somos os piores não me machuca o ego, mas seria um desrespeito para com meus colaboradores, atendentes, motoristas, técnicos de operações e pessoas que trabalham (sem falsa modéstia) muito bem. Chamar gente a quem você nunca viu em rede social de “piores do mundo” e colocar em jogo suas vidas ou ganha pão, na minha cartilha, chama-se simplesmente calúnia, aparentemente oriunda de uma maldade egocêntrica. O cliente tem sempre razão, mas esse senhor não era meu cliente, era só alguém impaciente e inconseqüente quanto à vida alheia. Como reagir? Bastante frustrada e confusa quanto a essa experiência, encontrei consolo nas palavras de meu colega francês, turismólogo e especialista em direitos do consumidor, François Teyssier. François não tem piedade deste “novo” consumidor a quem chama de déspota em sua crônica do jornal on-line La Quotidienne du Tourisme.

Gostei de ler e divido com vocês. Vale a pena conhecer sua análise e opinião:

Um cyber viajante um tanto quanto déspota*, não?

Ao longo do tempo, o “neo-consumidor” tornou-se o mestre dos relógios. Ele impõe o ritmo. Ele é um tirano que avalia, julga, puni e às vezes assedia com base em suas experiências de consumo. Não é mais um viajante. Mas, “nuance”, um consumidor de produtos turísticos.

O uso generalizado de smartphones e redes sociais mudou o braço de ferro entre consumidores e profissionais.
O que leva a:

Uma impaciência generalizada
. Agora, tudo deve ser feito na escala dos segundos. Uma demora no site de reservas muitas vezes provoca imediata “zapping” para o site de um concorrente. Um parâmetro técnico a ser sempre monitorado e melhorado.

Um aumento de infidelidade. O cyber consumidor não tem mais medo de mudar de fornecedor. Ele tornou-se oportunista e impulsivo. Referências não existem mais. Isso é um fato que impera regularmente.

Uma total falta de modéstia. Todo cyber viajante que se preze está em constante interação com os “seguidores” de suas redes. Às vezes são alguns milhares. O que cria um sentimento de onipotência, utilizado graças a suas afirmações, instantaneamente com um único clique.

Assim que é infeliz ou insatisfeito com algo, ele diz, mais exatamente, ele compartilha com muitas pessoas a raiva que ele sente. O que dá uma sensação de autoridade absoluta que ele usa e abusa. Certo ou errado, porque vale a pena.

Alguns oportunistas estão no limite da chantagem quando buscam compensação inadequada.

Agentes de viagens devem estar cientes desse fenômeno e não sentir mais empatia equivocada em relação a alguns desses clientes. Claro, o cliente é rei, mas não de tudo e qualquer coisa.

Devemos começar por estar cientes.

François Teyssier

Paris e Disneyland, realizando uma viagem e dois grandes sonhos

Eu sempre acreditei muito no sucesso de vendas do destino Paris conjugado com o parque de atrações Disneyland Paris. Quem não sonha em conhecer a Disneyland? E quem não sonha em conhecer Paris? Quais as chances que em uma mesma família parte dos membros deseje vir a Paris e outra parte ir a Disneyland?

Mundo Encantado sempre mais cheio que o Studio Disney
Mundo Encantado sempre mais cheio que o Studio Disney
O cinema e filmes Walt Disney em destaque no "Studio"
O cinema e filmes Walt Disney em destaque no “Studio”
Cuidado nos pequenos detalhes
Cuidado nos pequenos detalhes

Não que eu seja uma amante incontestável da Disneyland Paris. Quem conhece os parques de Orlando e a Disney Paris sabe que não há comparação. Na Florida o tamanho do empreendimento nos leva a crer que estamos em outro mundo, o Mundo Disney com letras maiúsculas. Em Paris há apenas dois parques temáticos, o Mundo Encantado e o Studios Disney. Embora menores que os homólogos americanos, estes parques oferecem, no entanto, uma excelente síntese do espírito de diversão Disney dando destaque as melhores e mais queridas atrações da empresa no mundo.

 

Mundo Encantado Disneyland Paris
Mundo Encantado Disneyland Paris

Sendo assim, embora pequena, Disneyland Paris oferece o melhor da Disney bem ao lado de uma das cidades mais bonitas e visitadas do mundo: Qual melhor oportunidade para o visitante de realizar dois sonhos em uma mesma viagem ? Fica a dica.

O desfile no Mundo Encantado e os fogos de artifício são os pontos altos do passeio.

O Elevador da Morte Hollywood Tower - Disney Studios
O Elevador da Morte Hollywood Tower

A brinquedo  Ratatouille e o Elevador da Morte são as atrações mais procuradas no Studio Disney.

Enquanto o HyperSpace Moutain e BuzzLightyear fazem parte das atrações preferidas do Mundo Encantado.

Só mais um detalhe: não recomendo para crianças abaixo de 4 anos completos. Para a maioria das crianças nesta idade é muito difícil compreender porque não é possível comprar todas as pelúcias e lembranças nas inúmeras lojas e também entender o que é uma fila de 50 minutos. Vi muitos pais e seus filhos nesta faixa etária sofrendo.

Dicas de acesso a Torre Eiffel

Há muito tempo penso em escrever sobre a Torre Eiffel, afinal como não dar destaque ao monumento mais emblemático da cidade neste blog. Difícil é encontrar sobre qual aspecto falar: história, curiosidades, características tecnológicas ou arquitetônicas…

Após rápida reflexão pareceu-me óbvio responder uma pergunta que ouço com freqüência: Qual a melhor maneira para acessar a Torre? Seguem as dicas:

  1. Tente encontrar entradas no próprio site da Torre Eiffel. É necessária muita antecedência para obtenção destas entradas, mas esta é sem dúvida a maneira mais prática.Você agente não ganha na venda, mas ganha a gratidão e conquista a confiança do cliente para outras oportunidades de vendas:  Entradas Torre Eiffel on-line
  2. Se você (ou seu cliente) não conseguiu as entradas pelo site e deseja subir sem maiores gastos extras, então o negócio agora é chegar cedo. Pela manhã as filas ainda não estão longas*.
  3. Uma vez passado o controle de segurança de entrada, no pátio sob a Torre, você tem a escolha de entrar na primeira fila que encontra e ficar em torno de 45 minutos até a compra de sua entrada e subida. Nos guichês você adquire ingressos para o 1°, 2° e também para o 3° andar.
  4. Para quem prefere mexer ao invés de ficar parado, uma excelente opção é não entrar na fila mais longa, seguir até o pilar Este e comprar entradas para a escadaria. Zero espera. Ah, você não quer subir ou acha que não agüenta os 1585  degraus de escadas até o topo? Normal! Compre nesta bilheteria as entradas do elevador que vai do segundo até terceiro andar e se prepare: 347 degraus até o primeiro andar e no total 674 até o segundo andar.
  5. Existe a compra de ingressos sem fila via operadoras e receptivos, mas são escassas e ao meu ver dispendiosas. Por um valor aproximativo de 50 euros e também com certa antecedência é possível obter ingressos para visitas com hora marcada a serem retirados em ponto comercial à proximidade.
  6. As refeições nos restaurantes da Torre também são uma maneira de aceder sem filas ao monumento. O restaurante 58° oferece almoço, também denominado piquenique na Torre, a partir de 37 euros por pessoa. Para o período noturno os cardápios são bastante elaborados e o valor da refeição começa a 98 euros por pessoa. Mas atenção, às vezes o quiosque de atendimento do restaurante 58° ao pé da Torre tem entradas para o terceiro andar, às vezes não (com freqüência não tem). Já o Jules Vernes, restaurante da marca Alain Ducasse, situado no segundo andar, tem cardápios com 5 serviços que se iniciam a partir de 190 euros, tanto para o almoço como para a janta. Nada indica que a aquisição de uma refeição no Jules Verne dá acesso ao terceiro piso também.

Ainda para quem vai a um dos restaurantes e não tem ingressos para subir ao topo é informado que existe um guichê automático no segundo andar para compra destes bilhetes. Atenção, às vezes funciona, às vezes não.

A Torre não é só uma estrutura metálica, proeza da arquitetura do século XIX, nela encontram-se muitas atividades de lazer permanentes ou temporárias como pista de patinação, mini golfe, exposições, apresentação de documentários, um piso de vidro, maquetes, lojas de lembranças, cafeteria, bar a champanhe, entre outras atrações. Conheça  um pouco do restaurante 58 nas imagens a seguir.

Note como o pátio sob o momunento ficou tranquilo depois das reformas e instalação de pontos de controle.

Note também que o acesso ao 3° piso estará fechado do dia 15 de janeiro até dia 2 de fevereiro. E a venda on-line para este andar será liberada somente a partir do dia 10 de fevereiro.

Agora que você já conhece as dicas de como subir na Torre e viu um pouco do restaurante 58, não resisti e deixei também algumas informações de outra ordem sobre o monumento a quem possa interessar:

*Abertura das 9h00 até 0h45  de 15 de junho a 1° de setembro, o resto do ano das 9h30 até 23h45, a subida pela escadaria fecha 18h30

Altura inicial: 312 m (do piso ao topo do mastro)

Altura atual: 324 m (do piso ao topo da antena)

Peso: 10 100 toneladas,

Número degraus: 1710 (até o topo)

Número de degraus até a parte accessível ao público no 3° andar: 1585

Número de degraus 1° andar: 347 , 2° andar 674

Fundação: 15 metros sob o solo

Número de rebites: 2 500 000

Número de peças de ferro: 18 038

Sua construção durou de 28 de janeiro de 1887 até 31 de março de 1889 totalizando 2 anos, 2 meses e cinco dias de obras, durante os quais ocorreram 2 greves:

Superfície do 1° piso: 4415 metros quadrados

Superfície do 2° piso: 1430 metros quadrados

Superfície do 3°: 250 metros quadrados

Somente o peso da tinta é de 60 toneladas

Periodicidade de pintura: a cada 7 anos

Número de pintores: 25

Custo do monumento em 1889 : 7 799 401,31 francos

Um franco equivale atualmente  a 3,12471 euros

Projetores: 336

Lâmpadas: 20 000

Staff: 280

Transmissores TV/Rádios:

TV analógicas : 6

TNT : 48

Radios : 31

Antenas : 12