Balanço Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2024

Jogos Paralímpicos

Antes de abordarmos o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, gostaria de retomar a questão da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, a qual a ministra dos esportes francesa havia anunciado que seria perturbadora. Finalmente, a única coisa perturbadora em relação à cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos foi a própria declaração da ministra dos esportes.

Apesar do grave fato de a ministra dos esportes considerar o evento perturbador, quero destacar que, pessoalmente, achei tudo belo e de grande sensibilidade. Foi uma cerimônia francesa de alto nível, concisa, mas que colocou os atletas e o belo cenário parisiense em ainda maior destaque do que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Deixando de lado as opiniões sobre as cerimônias, chegou a hora de fazer um balanço dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024.

Balanço Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2024

Deixarei que os números falem por si mesmos:

Espectadores e telespectadores

Mais de 1,5 bilhões de pessoas em todo o mundo assistiram à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ao vivo e pela televisão, marcando um momento histórico na história das transmissões olímpicas.

Quanto a cerimônia de encerramento das Olimpíadas de 2024 no domingo, 11 de agosto, 70.000 espectadores e 17,1 milhões de telespectadores franceses acompanharam de acordo com dados de Médiamétrie.

Assim como em outros paises, também na França, recordes foram batidos quanto à visualização dos Jogos Paralímpicos, com um tempo médio de mais de 5 horas e 7,7 milhões de pessoas que acompanharam a cerimônia de encerramento.

Ingressos vendidos

Em 2024, foram adquiridos 10,8 milhões de ingressos levando em consideração ambos Jogos. Somente para os eventos de vôlei de praia aos pés da Torre Eiffel, quase 450.000 ingressos foram vendidos e 30 de julho foi o dia com mais pessoas, com nada menos que 743.000 pessoas presentes para torcer pelos atletas.

Recordes e medalhas

42 recordes foram quebrados durante esses Jogos Olímpicos. Em detalhes, 32 recordes olímpicos foram quebrados em Paris, bem como 10 recordes mundiais.

Os Estados Unidos lideraram o quadro de medalhas com um total de 126 medalhas, incluindo 40 de ouro, 44 de prata e 42 de bronze. A China seguiu de perto com 91 medalhas no total, sendo 40 de ouro, 27 de prata e 24 de bronze. Outros países com resultados notáveis incluem o Japão, com 45 medalhas, a Austrália com 53, e a França, o país anfitrião, com 64 medalhas. O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com um total de 20 medalhas, sendo três de ouro, sete de prata e dez de bronze.

Nos Jogos Paralímpicos de Paris, também um número impressionante de recordes foi quebrado. No atletismo, natação, escalada, ciclismo de pista e tiro com arco, cerca de quinze recordes mundiais foram estabelecidos.

Globalmente, a China dominou o quadro de medalhas com 94 medalhas de ouro de um total de 220, seguida pela Grã-Bretanha com 49 medalhas de ouro e os Estados Unidos com 36 medalhas de ouro.

O Brasil teve uma performance excepcional nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, conquistando um total de 89 medalhas, 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, alcançando a quinta posição no ranking geral pela primeira vez na história.

Os atletas brasileiros unidos colocaram o Brasil em nono lugar no ranking de medalhas dos Jogos Olímpicos e paraolímpicos de Paris 2024

Top 10 cumulativo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

1. China: 134 ouro, 103 prata, 74 bronzes (Total: 311)

2. Estados Unidos: 76 ouros, 86 pratas, 68 bronzes (Total: 231)

3. Grã-Bretanha: 63 ouros, 98 pratas, 79 bronzes (Total: 240)

4. Holanda: 42 ouros, 24 pratas, 24 bronzes (Total: 90)

5. Austrália: 36 ouros, 36 pratas, 44 bronzes (Total: 116)

6. Itália: 36 ouros, 26 pratas, 44 bronzes (Total: 111)

7. França: 35 ouros, 54 pratas, 50 bronzes (Total: 139)

8. Japão: 34 ouros, 22 pratas, 30 bronzes (Total: 86)

9. Brasil: 28 ouros, 33 pratas, 48 bronzes (Total: 109)

10. Ucrânia: 25 ouros, 33 pratas, 36 bronzes (Total: 94)

Marketing digital:  mais de 1,1 bilhão de interações 

De maneira inovadora as redes sociais serviram de alavanca de audiência, resultando em um aumento impressionante no engajamento digital ligado ao tema.

Com mais de 1,1 bilhão de interações alcançadas em junho passado, as plataformas sociais agrupadas sob @Olympics desempenharam um papel fundamental nesse engajamento explosivo. Como nunca antes, o mundo digital levou os Jogos ao alcance de um vasto público incluindo os mais jovens.

Conclusão: para o Comitê Olímpico, PARIS 2024 = uma estratégia financeira perene

O Serviço de Radiodifusão Olímpica (OBS), subsidiária do COI responsável pelas filmagens dos Jogos, se mostrou altamente satisfeito com os recordes de audiências registrados durante as competições em todo o mundo.

Essas altas taxas de audiência e o interesse excepcional demonstrado pelo público em geral é motivo de celebração para o Comitê Olímpico Internacional, que pode se orgulhar e descansar tranquilo. Afinal, os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos constituem uma fonte significativa de receita para a organização. Os valores arrecadados podem variar a cada edição dos jogos e são influenciados por diversos fatores, como a localização, e o interesse mundial pelo evento.

E então? Após ler os números acima, qual sua opinião? Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2024, um sucesso ou não?

Post Scriptum

Curiosidade: segundo a mídia, 400.000 cachorros-quentes foram vendidos, um quarto dos quais vegetarianos!

JO2024: Uma cerimônia sem vergonha

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris foi a cara da França em vários sentidos. Uma França sem vergonha de sua literatura, sem vergonha de seu caráter revolucionário, libertário e inclusivo, sem vergonha de sua modernidade.

O evento foi também a cara da França por seus posicionamentos polêmicos e pela jogada de marketing única de quem dispõe de uma das vias navegáveis urbanas mais bonitas do mundo.

No que diz respeito a apreciação geral, senti que meus amigos de esquerda adoraram o “desfile”, no entanto, os mais conservadores ficaram chocados.

A literatura francesa e o triângulo amoroso

Algumas das polêmicas merecem ser esclarecidas, começando pelo triangulo amoroso.

Teoricamente acho que a ideia aqui era pôr em destaque a literatura francesa e não um “ménage à trois”. Na prática não foi o que aconteceu. Dai a necessidade de maiores explicações:

Na literatura francesa, os triângulos amorosos são frequentemente usados para explorar temas de desejo, paixão, lealdade e conflito.

Um exemplo clássico é “Madame Bovary” de Gustave Flaubert, onde a protagonista Emma Bovary se encontra dividida entre o dever e o desejo, levando-a a um trágico fim. Outra obra notável é “O Amante” de Marguerite Duras, que apresenta um intenso triângulo amoroso ambientado no contexto colonial do Vietnã. Essas narrativas não apenas entretêm, mas também provocam reflexões profundas sobre a natureza do amor e as implicações morais das relações humanas.

Além disso, triângulos amorosos podem ser encontrados em poesias como “As Flores do Mal” de Charles Baudelaire, onde os temas do amor proibido e da luxúria são explorados com uma linguagem rica e simbólica.  Vale notar que algumas dessas histórias de triângulos amorosos influenciaram a literatura mundial, inclusive brasileira. 

No quadro apresentado a inspiração veio da Obra Literária e cinematográfica Jules e Jim.

O romance “Jules e Jim” foi escrito por Henri-Pierre Roché, um autor francês que esteve envolvido com a vanguarda artística de Paris e o movimento Dada. Publicado pela primeira vez em 1953, este romance semiautobiográfico foi escrito quando Roché tinha 74 anos. Ele narra a história de sua relação com o jovem escritor Franz Hessel e Helen Grund, com quem Hessel acabou por casar.

Jules e Jim

A narrativa acompanha a amizade entre Jules, um alemão, e Jim, um francês, em Paris. A chegada de Catherine na vida dos dois amigos introduz o elemento do triângulo amoroso, que se desenvolve ao longo de vários anos, incluindo o período da Primeira Guerra Mundial. Este contexto histórico é essencial para a trama, pois não só molda as relações entre os personagens, mas também reflete as tensões sociais e culturais da época.

O livro foi posteriormente adaptado pelo diretor François Truffaut, que ajudou a popularizar a história do triângulo amoroso entre Jules, Jim e Catherine. “Jules e Jim” é considerado um marco do cinema, particularmente da Nouvelle Vague francesa, por sua abordagem inovadora da narrativa e da técnica cinematográfica. O diretor François Truffaut desafiou as convenções narrativas ao explorar a fluidez da amizade e do amor em um triângulo amoroso complexo e dinâmico.

Além disso, a cinematografia e a edição do filme foram revolucionárias para a época. O filme também é reconhecido por capturar o espírito de uma era, refletindo as mudanças sociais e culturais da França no início do século XX. Esses elementos, combinados com as atuações memoráveis, especialmente de Jeanne Moreau como Catherine, tornam “Jules e Jim” uma obra influente e atemporal que continua, assim como a obra literária de Henri-Pierre Roché, a inspirar escritores e cineastas até hoje.

No entanto, poucos conhecem essas referências literárias e cinematográficas; eu mesma pesquisei para conhecer mais sobre o assunto. A incompreensão levou muitos a ver no quadro que se inicia com três jovens na biblioteca somente o final dos protagonistas em um ménage à trois.

A Cinemateca / Jules e Jim (thecinematheque.ca)

JO2024 cerimônia: A FestA

Outra grande polêmica da cerimônia de abertura desses JO2024, o quadro da Festividade, onde muitos viram a ligação com a Santa Ceia.

De fato, na França a blasfêmia e a sátira não são proibidas por lei e fazem parte do quotidiano.

No entanto vale lembrar que as pinturas que retratam cenas bíblicas, como a Última Ceia, são muito comuns na história da arte. Estas obras não são apenas expressões de devoção religiosa, mas também cápsulas temporais que refletem os contextos culturais e históricos dos seus criadores. Artistas como Leonardo da Vinci e Rubens capturaram esses momentos com tal habilidade que seus quadros continuam a inspirar e serem referencias para o mundo.

Contudo, a Última Ceia foi interpretada de várias maneiras ao longo da história, desde o Renascimento até o Pop Art, oferecendo uma reutilização da mesma imagem através dos tempos. Cada imagem com iconografia da Santa Ceia é um universo em si, algumas vezes trazem símbolos e significados para decifrar, outras servem como pura diversão.

Iconografia Perene

Na arte, a utilização da mesma iconografia ao longo do tempo é conhecida como iconografia perene. Este conceito refere-se à recorrência de certos símbolos e imagens que mantêm seu significado ou adquirem novas interpretações em diferentes contextos históricos e culturais. A iconografia perene permite que obras de arte de diferentes épocas dialoguem entre si, criando uma continuidade visual e temática que enriquece a experiência do espectador e oferece uma perspectiva mais ampla sobre a evolução cultural e artística da humanidade.

A Ceia nada santa dos JO2024 acaba com a presença de Dionísio em azul, conhecido como Baco na mitologia romana. Dionísio é uma figura central na mitologia grega, deus do vinho, das festas, da alegria e do teatro. Afinal, o espectador fica confuso e tarda a perceber. Não, não se trata da Santa Ceia, mas sim uma festa universal e atemporal, encerrada por Dionísio que aparece cantando e lembrando que “nus somos todos iguais”.

Neste polêmico quadro, acredito que certos espectadores foram convidados à uma reflexão mais profunda sobre espiritualidade, humanidade e inclusão.

Eu fiquei um pouco surpresa, não chocada, somente surpresa, sem entender a relação com os Jogos Olímpicos, mesmo entendendo a ligação com a Grécia e a criação dos JO. No entanto, a obra se trata de uma representação subjetiva da festividade e um convite a reflexão. A cara da França!  Porque não?

Polêmicas que o Brasil não viu.

Aya Nakamura

Aya Nakamura é uma renomada cantora pop franco-maliana, conhecida por sua música que mistura sons urbanos e Afrobeat. Ela ganhou fama internacional com o single “Djadja”, que se tornou um sucesso global em 2018.

Quando foi anunciada sua presença no evento, a ala conservadora da França reclamou, dizendo não se sentir representada por essa cantora. Isso foi suficiente para que os progressistas clamassem seu slogan favorito para qualquer crítica a um personagem público negro: “racistas!”

Assim, para surpreender a todos, os organizadores decidiram confrontar, sob a Ponte das Artes, o que há de mais conservador na França — a guarda nacional das forças armadas — com o que há de mais moderno e popular no mundo da francofonia. Dois minutos após a ala conservadora declarar-se satisfeita, dizendo: “Enfim, gente séria e disciplinada para nos representar”, Aya Nakamura entrou em cena, tocando seus seios e púbis enquanto cantava animadamente Djadja.

Lady Gaga

A escolha de Lady Gaga não agradou aos franceses, que não entenderam o gasto orçamentário e o desprezo pelo talento de tantas estrelas nacionais. Eu mesma posso garantir que é possível encontrar em um cabaré de Paris uma cantora capaz de fazer o que fez Lady Gaga com muito mais talento. E ao vivo! E embaixo de chuva se necessário.

Os costumes fizeram polêmica no mundo da moda entre Dior e Yves St Laurent, sobre quem teria os criado.

Eu não sei quem criou, mas garanto que no Lido de Paris os acessórios de plumas eram iguaizinhos, iguaizinhos. Será que pegaram emprestado?  E no meu coração uma pontada de nostalgia brotou com a questão: porque a Accor fechou o que era então o melhor cabaré de Paris?  

Paris Wide Open, Uma cerimônia aberta

A cerimônia foi extensa tanto figurativa como literalmente. Não é meu objetivo comentar cada um dos quadros apresentados, mas compartilhar com vocês informações e impressões que acredito interessantes. Quem sabe apaziguar o coração dos que pensam que os franceses são todos depravados.

Eu que conheço esses seis quilômetros por percorre-los frequentemente fiquei feliz em ver pela televisão como as águas e pontes do Rio Sena foram animadas pela arte e cultura francesa. Não acredito que quem esteve presente teve uma melhor visão do que aqueles que ficaram em suas casas. Como ver ao mesmo tempo um espetáculo que acontece em seis quilômetros de extensão?

O que eu amei

Maria Antonieta, Gojira e sua música heavy metal terminando com música lírica.

O que eu aprendi

Ubi Soft, Assassins Creed e os Minions são criações francesas.

O que me chamou a atenção

A chuva

Algumas cenas ou quadros poderiam ter sido montados com uma estrutura protetora ou certos participantes poderiam ter desfrutado de um voluntário com um guarda-chuvas. Com exceção da tribuna presidencial ninguém foi poupado, nem mesmo o mais velho atleta vivo francês em cadeira de rodas.

O Moulin Rouge

Eu não sei vocês viram, mas não vi uma perna levantar ao mesmo tempo que a outra. Teria a chuva e os paralelepípedos da beirada do Rio Sena dificultado a tarefa?

O que faltou

A França tem muitos talentos, não é possível expor tudo. Aparentemente a intensão de Thomas Jolly, o diretor artístico, era fugir da imagem baguette/vinho e ir além das ideias pré-concebidas.  

Na minha humilde opinião não faltou quase nada. Porém, mais uma vez, na minha humilde opinião, eu teria agregado:

Um show de som e luzes sobre as paredes do Louvre e do Museu D’Orsay, a trupe do Paradis Latin, a companhia Royal de Luxe e suas marionetes gigantes, o Dronisos com seus shows de drones e Belle da Obra Musical Notre Dame de Paris.

A Vila Olímpica de Paris 2024

A Vila Olímpica de Paris 2024, construída durante os últimos 7 anos na fronteira entre as três cidades periféricas de Paris: Saint-Denis, Saint-Ouen e L’Île-Saint-Denis, acomodará cerca de 14.250 atletas durante os Jogos Olímpicos e 8.000 durante os Jogos Paralímpicos.

O complexo de 82 edifícios inclui 3.000 apartamentos e 7.200 quartos. Sua superfície de construção, com 500 m de largura por 650 m de comprimento, equivale a 70 campos de futebol.

Segundo o comitê organizador, as condições para os atletas foram projetadas para serem confortáveis e sustentáveis. Os quartos não terão ar-condicionado, mas contarão com um sistema de resfriamento do piso e ventiladores. As camas são feitas de papelão reciclável, e a mobília é sustentável.

Além disso, haverá um restaurante aberto 24 horas, servindo mais de 60.000 refeições por dia, uma clínica médica, ginásios, salão de beleza, lavandaria e um bar sem álcool.

14.000 atletas olímpicos, 4.500 paralímpicos

Nos Jogos Olímpicos, 206 delegações participarão do evento enquanto para as Paralimpíadas, são esperadas 182 delegações. Além dos atletas, as delegações também incluem funcionários, agentes administrativos e pessoal (treinadores, médicos, fisioterapeutas, etc.).

2.000 a 3.000 chegadas por dia

A partir de julho de 2024, a vila dos atletas será como um formigueiro ativo. Os organizadores esperam entre 2.000 e 3.000 chegadas por dia até o dia da cerimônia de abertura no Sena, 26 de julho.

Inclusive, para facilitar os deslocamentos de toda essa gente, a partir deste dia 15 de julho ,185 km de vias de transporte da Île de France ficarão reservadas unicamente para delegações olímpicas.

A Vila Olímpica de Paris 2024 Uma nova zona residencial

Segundo os criadores da Vila Olímpica de Paris 2024, após os Jogos, o local se tornará um bairro residencial sustentável, com 2.500 apartamentos, duas escolas, um dormitório para estudantes, um hotel, um parque público, lojas e escritórios. Este projeto visa criar uma comunidade vibrante e ecologicamente correta, e anuncia benefícios a população local por muitos anos.

Village Olímpico EM NÚMEROS

6.000 novos residentes com mais de 2.800 habitações  
3.200 m² de comércio local  
9.000 árvores e arbustos foram ou serão plantados  
6 hectares de espaços verdes públicos, incluindo 2,7 só para o parque Ampère  
1 km de passeio pedestre ao longo das margens do Sena

Conheça agora Village Olímpico de Paris 2024

No entanto,apesar das promessas de melhorias para a região, certos residentes temem que as novas habitações submetam a população local destas cidades periféricas de baixa renda ao fenômeno de gentrificação, quero dizer, aburguesamento e com ele aumento de preços para alojamentos e bem de consumo.

Gentrificação ou não, de fato, nenhuma moeda tem somente um lado.