Não foi por falta de uma vista inspiradora que Rafael Nadal não foi bem-sucedido no Rio Open, torneio de tênis realizado mês passado. Hospedado na principal suíte do Hotel Miramar by Windsor, na Praia de Copacabana, o tenista espanhol, que neste fim de semana abandonou o Miami Open por se sentir mal, acordou todos os dias de fevereiro no Rio com o panorama da foto acima.
Com duas salas (Nadal instalou sua cama de massagem na de jantar), da suíte do Miramar vê-se uma paisagem deslumbrante. De um lado, o Pão de Açúcar emoldura a praia. Do outro, bem perto, está o Forte de Copacabana. Durante o dia, praticantes de stand up paddle se espalham pelas águas do Posto 6, ao lado do forte. Os hóspedes dos 200 apartamentos e suítes do hotel podem aproveitar a mesma vista, uma das mais bonitas do Rio, da piscina de borda infinita no terraço envidraçado.
A piscina do Miramar está um andar acima da suíte que foi ocupada por Nadal, em quinto lugar no ranking da ATP e eliminado na semifinal do Rio Open pelo uruguaio Pablo Cuevas, que venceu o torneio. Infelizmente, o bar da cobertura não está aberto ao público em geral.
Um dos hotéis mais tradicionais de Copacabana, construído em 1950, o Miramar é um dos 14 estabelecimentos do Rio administrado pela rede Windsor. Mantém seu nome original e passou por uma grande reforma antes da Copa do Mundo. Com projeto assinado pela arquiteta Paola Ribeiro, foi reinaugurado em 2013 sem perder o charme vintage, como lobby em mármore decorado com candelabro de cristal.
Os quartos de inspiração inglesa seguem a linha da recepção, com móveis em madeira escura, detalhes em laca, mármores, espelhos e cristais. Nas paredes há lindas gravuras com paisagens do Rio feitas por Anamélia Moraes. O Miramar faz parte da associação Preferred Hotels & Resorts e é considerado pelos leitores do site de resenhas TripAdvisor o segundo melhor hotel do Rio. Perde apenas para o novo Hilton Barra da Tijuca, inaugurado ano passado.
No térreo, atrás do candelabro, fica a adega envidraçada do restaurante Sá, aberto ao público. Lá alguns dos tenistas que participaram do Rio Open tomavam café da manhã e almoçavam, enquanto Rafael Nadal preferia fazer suas refeições no quarto. O nome do restaurante refere-se à Rua Sá Ferreira, que faz esquina com a Avenida Atlântica, e onde fica a entrada do hotel. Com fachada em vidro, o Sá é voltado para o calçadão de Avenida Atlântica.
O jovem chef Paulo Góes, que trabalhou com Alex Atala e Claude Troisgros, assina o cardápio de cozinha contemporânea. No dia em que almocei lá, escolhi duas entradas, em vez de um prato principal, e o resultado foi ótimo. Comecei com o couvert de pães variados, dois tipos de embutidos e presunto cru, chutney e bolinhas de queijo de cabra. A primeira entrada foi um delicioso gaspacho de pimentão tostado com salada de polvo, farinha de azeitona e croutons. Em seguida, veio uma brandade de bacalhau desfiado com massa folhada, lâminas de presunto Pata Negra e vinagrete de azeitonas pretas. Também faz muito sucesso entre as entradas o ceviche de limão siciliano com cebola roxa e pimenta dedo de moça.
O Miramar fica no Posto 5, pertinho da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), ainda em construção. Mas já dá para ter uma boa ideia de como vai ficar o prédio, que só deve ser aberto ao público depois das Olimpíadas. (Clique aqui para ver um post com uma simulação de como ficará a fachada do museu depois de pronta.) Na direção oposta ao MIS, rumo ao Posto 6, em frente à Rua Rainha Elisabeth, fica a estátua de Carlos Drummond de Andrade. Logo adiante, no Forte de Copacabana, uma filial da tradicional Confeitaria Colombo adoça ainda mais a vista.
Miramar by Windsor. Diárias para quarto duplo em abrir a partir de R$ 800. As entradas do Sá custa entre R$ 50 e R$ 60. Pratos principais entre R$ 80 e R$ 100. Avenida Atlântica 3.668, Copacabana. Telefone + 21 2195 6200. miramarhotelbywindsor.com.br e sarestaurante.com.br