Começar… difícil, não é? Tenho um acordo comigo mesma e um compromisso com
a PANROTAS: sempre vou escrever neste espaço, da forma honesta e clara que
permeia a associação da qual faço parte. Agradeço a vocês que deram à
Braztoa a chance de estar aqui. Às vezes vamos divergir, outras conversar ou
concordar, mas sempre, em todos os momentos desta nova jornada, serei
transparente.
Passamos por muitas coisas juntos, Braztoa, eu e vocês leitores, e agora
estamos ainda mais próximos. Este é um grande canal, por isso vamos ser
criativos, produtivos e objetivos.
Eu nasci de fórceps, causei um baita problema para minha mãe. Enfrentamos
isso juntas naquele 9 de agosto e assim tem sido a minha vida… histórias
que eu crio e vivo para enfrentar… mais do que empresária, presidente e
mulher, sou mãe! Minha maior conquista, meu grande prazer, e meu maior
aprendizado. Sendo mãe aprendi que temos que enfrentar a vida sempre com
alguém do lado, que juntos tudo se torna melhor, se torna mais forte, mais
poderoso e muito mais gratificante. As perdas ficam menores e as vitórias
maiores.
A Braztoa tem 29 anos, os últimos três foram liderados por uma mulher,
aquela que nasceu de fórceps, e a mãe que enfrenta isso comigo se chama
Monica, uma outra mulher que, ao meu lado, tem nas mãos uma associação,
reconhecida em todo o Brasil, que lidera, ao lado de suas congêneres, temas
fundamentais para o crescimento do turismo e do nosso setor. A questão
recorrente e já respondida centenas, milhares, infinitas vezes é o que faz
uma associação? Para que serve?
Serve para mostrar a força do nosso ofício. Serve para interferir no abuso
político. Para criar, em muitas mãos, uma nova LEI GERAL DO TURISMO. Serve
para reduzir impostos, questionar, brigar, celebrar, para mostrar caminhos
de mudanças, transformações, guinadas. Serve de base para discussões e
cobranças que chegam a picos mais altos. Serve para falar alto e ser ouvida!
Ah, e durante o tempo livre, serve para criar um calendário com 12
eventos/ano para que seus associados possam, de forma inovadora,
comercializar seus produtos e serviços, para que destinos se mostrem e que
grandes produtos sejam apresentados a compradores ávidos por informação. O
que seria de nós, operadores, sem a Braztoa?
As gestões anteriores levaram a minha voz para lugares que eu jamais
chegaria sozinha. Presidentes, muito obrigada! Agradeço as horas de
trabalho, o caminho mais leve, as leis mais favoráveis, os encontros cheios
de cobranças e soluções. Agradeço também aos associados, por terem ido na
contramão de um associativismo machista, elegendo, depois de 26 anos, uma
presidente mulher.
Eu tenho que falar isso, mesmo três anos depois. O mês de março não podia
passar em branco. Muitas mulheres povoam as nossas assembleias, vida longa a
todas vocês.
Quero apresentar a Braztoa para vocês. Temos 83 associadas. Vendemos R$ 12
bilhões por ano. Estamos em 100% do território nacional. Fazemos parte do
Conselho Nacional do Turismo e geramos milhares de empregos no Brasil.
Trabalhamos norteados por um extenso programa de sustentabilidade que traz
consigo responsabilidades comerciais, ambientais e sociais que cumprimos à
risca. Temos o nosso prêmio de sustentabilidade, já reconhecido mundialmente
e que envolve toda a cadeia de turismo, cursos, palestras, café com
inovação, projetos ambiciosos de tecnologia, maratonas tecnológicas,
parcerias sólidas, eventos de experiência que viraram sinônimo de Braztoa. É
isso que somos…
Tem sido um turbilhão até agora e, acreditem: só vai melhorar, só vai
crescer, vai ter muito mais… A Braztoa é inquieta!
Nos próximos posts vou contar as histórias em que temos trabalhado. Mas hoje
me desculpem… Começar é difícil…
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