A iniciativa inédita de abrir os portões do Pavilhão do Anhembi para o público consumidor final, de maneira semelhante ao que é feito por algumas das principais feiras internacionais do setor, foi alvo de algumas críticas. Ao analisarmos as resistências em relação à inovação, verificamos que o motivo alegado pela maioria é justo. Ou seja: não faz sentido a ABAV, enquanto entidade representativa das agências de viagens, estimular venda direta. Concordo plenamente.
Porém, o modelo de comercialização proposto para o Feirão ABAV teve como objetivo promover exatamente o contrário, na medida em que recomendou aos expositores que convidassem agências de viagens associadas ABAV para prestarem atendimento presencial e personalizado aos visitantes em seus respectivos estandes. Ou seja: a entidade propôs que os expositores valorizassem as agências de viagens como canal de distribuição, estimulando cada vez mais os consumidores a reconhecerem aos serviços das associadas ABAV como provedoras da melhor relação preço-qualidade, capazes de compreender as necessidades e as expectativas de cada viajante e ofertar opções de viagens sob medida.
Contudo, nada é imutável e as considerações, as críticas e as sugestões feitas em relação à iniciativa, certamente, deverão ser atentamente analisadas pela ABAV Nacional como contribuições importantes ao aprimoramento do evento como um todo.
Edmar Bull
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