by Gervásio Tanabe, presidente executivo
O faturamento do setor de viagens corporativas alcançou R$ 6,526 bilhões no primeiro semestre no ano, 17% acima do mesmo período de 2109, quando registrou R$ 5,570 bilhões, antes da pandemia da Covid-19. Com tudo isso, nossa previsão é que o ano deverá ter faturamento melhor do que 2019. Porém, o número de transações, principalmente no segmento aéreo, não deverá ser superior ao período pré-pandemia.
Lembro que março registrou um desempenho histórico, com um expressivo crescimento de 44% em relação ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia. Foi R$ 1,28 bilhão no mês passado, comparados aos R$ 890 milhões em março de 2019. Junho foi o quarto mês consecutivo em que o faturamento supera a marca de $ 1 bilhão. Em 2019, essa marca aconteceu ao longo de 12 meses.
Porém, esse jogo pode mudar conforme os desdobramentos da votação da reforma tributária, que agora será avaliada pelo Senado Federal após o período de recesso parlamentar. Esta é hoje a maior preocupação do setor, na medida que o agenciamento de viagens não foi incluído dentre aqueles setores beneficiados com proposta de redução de tributação. Não faz sentido o setor estar fora, já que somos geradores e indutores na movimentação de hotéis, parques e restaurantes, com os eventos corporativos e, portanto, somos parte integrante dessa cadeia produtiva.
O setor de turismo e eventos representa cerca de 10,5% do PIB brasileiro, com R$ 1,041 trilhão de receita bruta, sendo também um dos maiores empregadores da economia, com 13,6 milhões de empregos diretos. Tudo isto com baixo impacto ambiental, promovendo nossa cultura e patrimônio e apoiando a preservação do meio ambiente. E de modo descentralizado, nos vários cantos do Brasil, levando desenvolvimento regional por meio da geração de emprego e renda.
Esses temas me levam a outro também relevante: ESG, onde destaco a Governança. Entre nossas práticas, destaco o CANAL DE TRANSPARÊNCIA ABRACORP. Esse canal visa o desenvolvimento do setor, como ponto de conexão entre as TMCs Abracorp (entre elas mesmo), fornecedores e clientes. Através de um modelo de arbitragem independente, propiciando discussões transparentes sobre os temas tratados. É único no setor.
Temos como objetivo atuar na orientação aos nossos stakeholders e atuamos nas questões corporativas ligadas a condutas contrárias às diretrizes do Código de Ética e Conduta e dos Princípios e Valores do Associado e dos guias de boas práticas de fornecedores e clientes.
Esses são os pontos de nossas agendas nesses segundo semestre.
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