É triste constatar que a pobre e decadente aviação comercial brasileira se rende às forças estrangeiras. A TAM anunciou esta semana a troca das soluções tecnológicas ofertadas pelo GDS Amadeus em favor do Sabre, que já atendia a LAN – o que, certamente, também terá efeitos em reservas e no operacional para as agências de viagens.
Foi-se o tempo em que tínhamos uma grande empresa brasileira de aviação com background suficiente para encarar e espanar as águias do além-fronteiras.
Aliás, desde o ano 2000 as empresas aéreas no país perderam o foco e passaram a tecer uma colcha de retalhos sobre a rede de distribuição. Uma colcha hoje repleta de cores, fios e texturas discrepantes, de elevadíssimos custos, que promove contínuos impactos negativos sob a rentabilidade do setor como um todo.
Vale lembrar que, o início deste vai e vem “estratégico” contou com o suporte do Sabre ao projeto E-TAM e, ainda, por iniciativas “inovadoras” semelhantes patrocinadas por outras empresas aéreas, incluindo aquelas que sucumbiram e nem existem mais.
Afinal, o objeto social das empresas aéreas mudou? Ao invés de prestarem bons serviços de transporte de passageiros e de cargas, elas agora focam em tecnologias embarcadas em outros interesses comerciais? Quem é que paga essa conta?
Edmar Bull
Presidente do Conselho de Administração da Abracorp
apenas pequena correção, se me permite
“impacto SOBRE..” e não ‘sob”
erro de digitação, ou cochilo..e
todos estamos sujeitos a eles…
abs
Olá, Odilon:
Agradeço a sua participação e o seu comentário. De fato, a norma culta recomenda o uso da preposição ‘sobre’ no sentido ‘acima de’, como afirmei em relação à colcha de retalhos na frase anterior. O ato falho é certo e encontra lugar no contexto; uma vez que a rentabilidade do setor é minada ‘sob’ duplo aspecto. O deslize praticado conta com a permissão poética de leitores atentos como você. Obrigado!
Edmar Bull
Edmar
E agora como ficamos?
Olá, Edmilson:
Agradeço a sua participação. Agora estamos acreditando nesta nova diretoria da TAM, sob o comando de Claudia Sender, Fancisco Recabarrem , Igor Miranda e toda a equipe dedicada a vencer este novo desafio. Nossa confiança está pautada na qualidade do diálogo mantido nas reuniões mensais com a TAM, que temos realizado como Abracorp, alinhando as ações que permitem minimizar impactos negativos e maximizar resultados para todos.
Abraços,
Edmar Bull
Edmar,
Falando especificamente de TAM, tenho visto pessoalmente, boa vontade conosco e uma procura muito firme em recuperar o tempo perdido na fusão. Também é verdade que das empresas ditas nacionais, é a unica que oferece todo seu conteúdo no GDS. O receio agora é como será a migração de conteúdo. Espero não ver novamente o caos de outubro de 2009.
Abraços.
Olá, Edmilson:
De fato, com esta nova diretoria da TAM, repito, sob o comando de Claudia Sender, Fancisco Recabarrem, Igor Miranda e toda a equipe dedicada a vencer este novo desafio, estamos confiantes que a transição será feita de maneira alinhada com as agências de viagens.
Abraços,
Edmar Bull
Amigo Edmar,
Mais uma vez parabenizo por mais este post, que ficou muito bom e reflete exatamente a preocupação de um empreendor que representa grandes players do mercado de viagens que já viveu estas mudanças várias vezes ao longo dos últimos anos, e teve certamente inúmeros impactos para o canal que representa a maior fatia da distribuição do Turismo.
Como consultor estratégico, bem como alguém que teve no passado a nobre experiência de trabalhar em uma cia aérea, confesso que entendo, defendo e oriento que as empresas devem buscar o crescimento contínuo, e reavaliar constantemente seus planos de ação. Entretanto fica a duvida se todas as mudanças nesta área no segmento foram visões, planos e atitudes pontuais com a intenção das soluções de curto ou médio prazo, ou algum outro
formato que não compreendemos estando fora das estratégias das Empresas aéreas..Neste momento o mais importante é desenvolvermos a habilidade de adaptabilidade a esta nova fase. Um grande abraço. Lucio – capacitar..
Olá, Lucio:
Agradeço seu comentário.
De fato, mais uma vez as agências de viagens demonstrarão ter habilidade de adaptação, com mais investimentos em tecnologia e capacitação profissional.
Abraços,
Edmar Bull