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Rubens Schwartzmann*
Na madrugada de 6 de dezembro de 2015, o portal Panrotas noticiou a emissão do 1º tkt NDC nas Américas. O feito foi anunciado na Ilha de Comandatuba (BA) – durante evento realizado pela Abracorp, atestando a competência tecnológica das TMCs associadas, com devido reconhecimento internacional. A nota informava ainda que, em comunicado oficial, o gerente regional da IATA para as Américas parabenizava os protagonistas.
Desde então, questões relacionadas ao desenvolvimento de soluções compatíveis com o avanço das ferramentas online ganham destaque na pauta da entidade. As associadas Abracorp fazem investimento contínuo e crescente em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A estratégia coloca as TMCs em patamar tecnológico focado na qualidade dos serviços prestados às corporações.
Há dois anos, a ABRACORP realizou um painel de debate com os principais players do segmento de OBT’s. Uma das perguntas feita por um associado foi sobre a reemissão online de e-tkt. Todos disseram estar trabalhando neste desenvolvimento e que seria prioridade em suas pautas de desenvolvimento.
Sabemos que muitos são os desafios desta indústria da tecnologia no turismo. E que vivemos num cenário de imprevisibilidade. Mas, passados dois anos, a questão permanece em aberto, na pauta das cias aéreas, GDSs e OBTs.
Quando teremos a reemissão de e-tkt online nos OBT’s? Especialmente disponíveis para usuários e clientes reemitirem seus próprios bilhetes, sem a necessidade de se realizar um processo manual junto ao seu TMC?
Que as respostas sejam apuradas, com apoio da imprensa especializada. E sob a ótica da Abracorp, que vê a urgência do diálogo compromissado com a satisfação dos viajantes corporativos.
*Rubens Schwartzmann é diretor da Costa Brava Turismo e presidente do Conselho de Administração da Abracorp
 

CONTRADIÇÕES

O site oficial da Associação Internacional de Transporte Aéreo informa que a missão da entidade é representar, liderar e atender a indústria aérea, com suas 275 associadas – as quais compõem 83% do tráfego aéreo global.

Até o momento, cerca de 70 empresas aéreas internacionais IATA possuem recursos tecnológicos alinhados à Nova Capacidade de Distribuição (NDC) de produtos extras em um voo. Ou seja: em curto espaço de tempo, observamos significativos avanços tecnológicos para a venda dos chamados serviços auxiliares; a exemplo da cobrança por despacho de bagagens, numa indicação de que esse marketplace está se modificando a passos largos.
Importante salientar que o canal agências de viagens continua e continuará sendo um fortíssimo e o principal canal de vendas das companhias aéreas. Embora, para algumas delas, a exploração do canal direto seja a melhor alternativa, as próprias companhias aéreas sabem e experimentam em seu dia-a-dia que esse canal, o direto, é altamente sensível a preços e riscos. Ou ignoramos as fraudes sucessivas que as companhias aéreas sofrem em seus sites, obrigando-as a um alto investimento em prevenção? E que um atendimento de call center não gera custos operacionais às empresas?
Em evidente paradoxo, entretanto, constatamos que vigoram ultrapassados critérios Gerais, Financeiros, de Competência e de Segurança para que a IATA credencie uma agência de viagens. Além de farta, a documentação exigida das mais de 100 mil agências de viagens que compõem a rede global de distribuição IATA inclui anacrônicas e extemporâneas taxas administrativas, garantias financeiras entre outras exigências.
O que o consumidor, aqui incluído o próprio gestor de viagens corporativas, não sabe é o custo existente para uma agência de viagens ter as credenciais da IATA. E também os custos para manutenção, alteração, geração de documentos, entre outros. Uma simples alteração cadastral da agência, como mudança de endereço, por exemplo, acarreta uma série de custos em cascata. Diante das mudanças que o mundo tem vivenciado, urge que algumas regras da IATA sejam revistas, no sentido de simplificar e otimizar essa relação.
Temos visto algumas agências surpreendidas com cobranças que variam de R$ 3.000,00 a R$ 100.000,00, para ser feito o registro de uma simples mudança de endereço ou mínima alteração no contrato social… Por que? Qual é a lógica disso nos dias de hoje?
O descompasso entre modernidade e obsolescência requer medidas urgentes, sob pena de colocar em cheque de credibilidade o discurso da prática.
*Rubens Schwartzmann é diretor da Costa Brava Turismo e presidente do Conselho de Administração da Abracorp
 

Governança Corporativa: Abracorp revê conceitos e ajusta princípios

Rubens Schwartzmann*
Quando da instituição da Abracorp, há sete anos, a consultoria Deloitte estabeleceu parâmetros fundamentais para garantir o bom funcionamento da entidade. Um deles, o Planejamento Estratégico, foi revisado pela KPMG, com o envolvimento das associadas, clientes e fornecedores da indústria de viagens corporativas. Um trabalho de fôlego, para oxigenar e melhorar o desempenho da gestão Abracorp.
No final de abril, durante a reunião mensal da entidade, tivemos a presença de um consultor do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) Carlos Alberto Ercolin, professor de Governança Corporativa em cursos de pós-graduação. Com sua larga experiência, o convidado apresentou panorama geral do tema, quando salientou que “governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas. Envolve os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização/controle e demais partes interessadas”.
Acrescentou que “as boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas. Alinha interesses para preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização. Facilita o acesso a recursos e contribui para a qualidade da gestão, sua longevidade e o bem comum”. Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa são os princípios básicos.
Discorreu sobre a importância e benefícios da governança corporativa e, também, dos fatores inibidores que geram prejuízos ao sistema. Com base nos conteúdos da palestra, a direção executiva da Abracorp vem conduzindo trabalho com os associados, que será a base de um documento estabelecedor dos princípios de valor inseridos no código de ética que parametriza a relação entre as TMCs e o mercado. E as melhores práticas que devem orientar nossa atividade.
Para fechar, divulgamos no início de abril resultado da pesquisa de vendas das associadas Abracorp no 1º trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2016. O crescimento geral, em faturamento, de 10,2%, somou-se ao desempenho positivo das viagens corporativas no aéreo nacional e internacional. Todas as tabelas e gráficos da pesquisa já estão disponíveis no portal da Abracorp.

Carlos Alberto Ercolin, consultor do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa: palestrante convidado pela Abracorp
 
*Rubens Schwartzmann é diretor da Costa Brava Turismo e presidente do Conselho de Administração da Abracorp