Por mais animados e otimistas que sejamos, não há como negar o cenário de estagnação econômica que recobre o Brasil de norte a sul, em todos os setores produtivos. Diante do aperto generalizado, é preciso tomar muito cuidado com práticas leoninas e até mesmo predatórias no âmbito do mercado como um todo. E no nosso setor, o de viagens corporativas, despontam casos preocupantes no que tange, por exemplo, à imposição de prazos de pagamento.
Hoje, as agências de viagens corporativas oferecem aos seus clientes prazos de pagamentos que seguem determinações dos próprios fornecedores, a exemplo da Iata/BSP no segmento aéreo. Ou seja: 10 dias fora a semana, na forma de pagamento faturado.
Qualquer tentativa ou a tentação de ampliar os limites de prazo estabelecidos, como condição para se fechar negócios, pode ser interpretada como um sinal de alerta, ou pior, de carência. Isso porque não cabe à agência de viagens atuar como agência financiadora do cliente, dispondo de um folego que nem os fornecedores possuem – ainda mais num ambiente econômico, onde a taxa de juros beira os 15%.
Os números são claros e irrefutáveis. E servem como referência substantiva para a boa reflexão e, também, para a adoção de políticas consensuais de prazos. Dar as costas à realidade é passaporte para o caminho sem volta.
Rubens Schwartzmann
PS: Com a licença do comando da Abracorp, para assumir a presidência da ABAV Nacional, Edmar Bull transferiu para Rubens Schwartzmann, o vice-presidente do Conselho de Administração da entidade, a atribuição de publicar os posts neste blog. A partir de março de 2016, o Espaço Abracorp continuará a compartilhar com os leitores, semanalmente, informações e considerações sobre fatos relevantes para o setor, a exemplo do tema em pauta, sob a gestão do próximo presidente eleito.