A força do Interior

Não é mera coincidência o município de Campinas, estrategicamente selecionado para ser a sede da 38ª Aviesp Expo, eleger o turismo de negócios como um dos quatro vetores priorizados no plano de governo da atual gestão. Do mesmo modo, a escolha de Viracopos como o melhor aeroporto do País, o que foi amplamente repercutido na imprensa.
De acordo com as estatísticas Abracorp, Campinas figura os dez destinos nacionais com maior movimentação de viagens corporativas. Neste cenário, em parceria com o Gol, o sucesso alcançado pela Ilha Corporativa Abracorp, pela primeira vez participando do evento no interior, já era esperado.
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O B2B Reservas e outros parceiros foram amplamente divulgados junto aos agentes de viagens visitantes interessados
em aprimorar a oferta de serviços ao seus clientes com avançados recursos tecnológicos

Porém, mais do que comemorar a participação ativa das agências associadas e suas contribuições para o incremento de visitantes na exposição, cabe aqui destacar os avanços obtidos em outros dois importantes aspectos: o intercâmbio de informações e o reconhecimento do nosso segmento como vetor estratégico sob a ótica do poder público.

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Ministro Vinicius Lages destaca a importância das agências de viagens corporativas no plano de governo do Ministério do Turismo
Edmar Bull
 

Guerra tarifária?

Algumas reflexões se impõem sobre o futuro de nossa atividade. Em um mundo cada vez mais globalizado, dinâmico e competitivo, é necessário assegurar os interesses públicos, sem se esquecer dos privados. É preciso trabalhar em favor do desenvolvimento, mas que acima de tudo ele seja sustentável. Temos como missão descobrir como fazer isso a longo prazo e ainda qual estratégia assumir para competir.
Já há algumas décadas as companhias aéreas iniciaram a prática do yeld management, que chega a disponibilizar mais de 50 classes tarifárias em um mesmo voo. Todas as empresas aéreas, sem exceção, adotam esta política, impondo regras diferenciadas a cada uma das tarifas disponibilizadas. Além disso, para cada destino existem dezenas de opções de rotas que impactam sobre o preço praticado.
Como se não bastassem os efeitos decorrentes desse complexo universo que caracteriza a oferta no âmbito dos voos domésticos e internacionais, observamos atualmente a variação de tarifas ocorrendo também nos diferentes canais ou plataformas de distribuição.
Hoje, é possível encontrar diferentes valores para um mesmo voo, ao consultarmos no site da companhia aérea, nas operadoras, nos integradores das consolidadoras, nos GDS, nas OTA’s…
Está cada vez mais difícil para o agente de viagens, seja ele de lazer ou corporativo, passar uma informação precisa para o seu cliente.
O custo da gestão de processos para entender essa inexplicável força que tomou conta dos precificadores aumenta vertiginosamente. O tempo gasto para se encontrar a melhor tarifa está cada vez maior. Os investimentos em tecnologia para acompanhar essa progressão geométrica dos valores de tarifas é crescente. E a capacitação de funcionários precisa ser diária. O que se aprende hoje, amanhã já é velho. As classes tarifárias mudam a toda hora. Os valores das passagens sobem e descem sem qualquer explicação.
Ok, nada disso é uma exclusividade do mercado brasileiro. Há mercados bem mais competitivos que o nosso: o americano, o europeu e o asiático principalmente. Mas precisamos refletir.
Quem ganha com isso?
Edmar Bull

Inovação sustentável

Importante constatarmos que, o mercado de viagens corporativas é a principal referência de interesse gerencial e comercial para as iniciativas de inovação focadas em melhorias nos processos de distribuição de produtos e serviços.

Por concentrar expressiva participação setorial no volume de recursos movimentados e mensurados em $, independentemente da moeda, a demanda constituída por CNPJs motiva os fornecedores, todos eles, sem exceção, a priorizarem seus investimentos no segmento. O engajamento da IATA, por iniciativa do New Distribution Capability (NDC), não deixa dúvida.

Na próxima edição 1.161 do jornal Panrotas, que circula logo após a não menos imperdível publicação especial de cobertura do Fórum Tendências do Turismo 2015, o qual consideramos ter sido um evento indispensável e gratificante, oportunamente o mesmo tema é abordado; uma vez que 100 empresas aéreas associadas, incluindo as principais companhias de bandeira no Brasil, anunciam sua participação no Travelport Rich Content and Branding.

O grau de organização, eficiência e eficácia, que resultam da correta adoção e qualificada gestão das políticas de viagem nas corporações assistidas por consultorias de competência comprovada (TMCs), do mesmo modo, são fatores que também atuam como estímulo às Tecnologias de Informação e Comunicação (TCI).

Além de estarem antenados aos princípios fundamentais para levar a cultura da inovação contínua às suas organizações, é preciso que todos os elos da cadeia de valor saibam agir com determinação rumo à superação de barreiras empresariais e, passo a passo, obtenham redução de custos, ganhos de produtividade e de rentabilidade.

Edmar Bull