Ilha Corporativa

Os depoimentos de empreendedores que alcançam admirável sucesso revelam algumas virtudes indispensáveis para a realização de bons negócios. Iniciativa, agir com rapidez, saber ouvir e compreender as necessidades e as expectativas dos clientes, além de ter paixão pelo que faz, são características dos vencedores — de quem possui mais ousadia para inovar do que temor pelo fracasso.

Inspirados nesses ensinamentos, decidimos ativar a demanda por viagens corporativas no segmento Meeting Incentives, Congresses & Exhibitions (MICE) e lançamos, em 2012, na exposição ABAV, a Ilha Corporativa. Lá reunimos a presença de 500 gestores de viagens e quem apostou na iniciativa obteve conosco um significativo incremento na promoção de seus negócios.

Com o sucesso verificado, em 2013 o conceito da Ilha Corporativa foi ampliado, atraindo a presença de 800 hosted buyers. Mantivemos o visual atrativo, anexamos o espaço Buyers Club e proporcionamos mais conforto para os expositores e visitantes. Além disso, dobramos a capacidade da Sala Abracorp, novamente lotada, na Vila do Saber, com palestras enriquecedoras.

Nos próximos dias, de 24 a 28 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, a Ilha Corporativa aumentará ainda mais a participação de compradores convidados. O novo layout do espaço especial da 42ª ABAV Expo Internacional de Turismo incluirá salas de apoio, lounges, sala VIP e várias estações individuais para expositores que fornecem soluções tecnológicas e contribuem com o aprimoramento dos serviços prestados por agências de viagens — aquelas que já atendem ou que pretendem atender corporações privadas e públicas.

Participe!
Edmar Bull 

Hotelaria e Copa

A evolução da oferta hoteleira em nosso país, considerando a soma dos empreendimentos de redes e dos hotéis independentes, a partir do ano de 2007, quando o Brasil foi escolhido como pais-sede da Copa do Mundo, revela a realização de investimentos crescentes. Em oito anos, de 2009 a 2016, a oferta projetada revela incremento de 6%, concentrando nada menos do que R$ 12,2 bilhões no período de 2013 a 2016.

Assim, em breve a quantidade de UHs registrará o aumento de 21%. Ou seja: bem mais do que a expectativa de crescimento do PIB, considerando as previsões oficiais do Banco Central. De 2012 a 2013, o valor da diária média nas redes associadas ao FOHB subiu 6,1%, refletindo a inflação de 5,91%, mas ficando abaixo da inflação observada no setor de serviços, de 8,75%, de acordo com os indicadores apontados pelo IBGE.

Agora, em plena Copa do Mundo, com pressão inflacionária e da FIFA, não faltam opções e já sobra disponibilidade hoteleira qualificada para atender o mercado de viagens corporativas a preços justos. Em outras palavras, um cenário de oportunidade para que agências de viagens exerçam o seu indispensável papel de consultoria, orientando, motivando e incentivando a demanda.

As perspectivas da oferta hoteleira para os próximos anos, tendo em vista os índices de aumento na quantidade de UHs, merecem, desde já, atenção redobrada. Mas isso é assunto para futuros posts. Agora nos cabe torcer. Torcer para que a mega-exposição internacional que a Copa provoca venha a contribuir com a geração de novos e bons negócios para todos.

Edmar Bull

Grito de alerta

 De acordo com a ANAC, cabe ao transportador aéreo “assegurar as medidas necessárias para a efetivação do reembolso tão logo lhe seja solicitado, incluídas as tarifas aeroportuárias e observados os meios de pagamento”. Pelo menos esta foi a resposta que a ABAV Nacional recebeu do órgão, em 2010, quando questionou o prazo de reembolso do cliente.

Nós, agentes de viagens, sabemos que, semanalmente, devemos efetuar o pagamento dos bilhetes aéreos internacionais e, a cada dez dias, dos bilhetes nacionais. Por que, então, as companhias aéreas podem levar até 120 dias para nos reembolsar? É claro que o cliente tem direito a receber seu dinheiro de volta em caso de cancelamento de voos e mais óbvio ainda é o fato de que o atraso na devolução da quantia recai nas agências de viagens. Mais um peso nos nossos ombros…

Recentemente, a Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal definiu que os passageiros de transporte aéreo devem receber, em um prazo de 30 dias, o reembolso do valor total dos bilhetes não utilizados com a devida correção monetária e com a garantia da aplicação de uma multa de 100% para a empresa que não cumprir a medida, ainda em tramitação no Congresso.

As perspectivas seriam boas se o Brasil já não contasse com uma lei que defende exatamente isso – mesmo assim, continua crescendo o índice de agências e de passageiros prejudicados, fator diretamente relacionado à falta de fiscalização da ANAC.

Este cenário ganha uma cor ainda mais obscura ao percebermos que, mais do que nunca, a frase “é preciso cobrar o cliente” vem esmagando a ideia original – quase antiga, talvez, para alguns – de “bem atender o cliente”. Quando foi que a impunidade passou a ser mais importante que a qualidade?

Edmar Bull