A Abracorp completa seis anos de fundação no dia 11 de março. Das conquistas e avanços que a entidade capitalizou nesse tempo, sobressai a formação dos comitês temáticos, empenhados em fomentar o desenvolvimento das nossas associadas. Compostos por lideranças e quadros das mais variadas competências, os membros dos cinco comitês têm contribuído sobremaneira para fortalecer os valores institucionais da Abracorp. Trabalho sério e dotado de métricas da melhor governança, é exemplar enquanto atividade voluntária.
As pautas que orientam as discussões em grupo são criteriosamente definidas, com base em temas recorrentes no andamento da gestão das nossas associadas. Os encontros resultam em troca de experiências e, por conseguinte, no registro de conclusões que se incorporam ao patrimônio intelectual e cultural da entidade. Ganham as nossas associadas, os fornecedores e o mercado em geral. Atualmente contamos com cinco comitês ativos, que se reúnem presencial e remotamente, de acordo com o cronograma de atividades planejadas: Produtos e Novos Negócios; Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Humano; MICE e Financeiro.
A título de exemplos, cabe ressaltar o check list em fase de elaboração pelo Comitê de Produtos e Novos Negócios. Compreende um rol de informações mínimas para a contratação, com segurança, de empresas de transfer. Esse check list será entregue disponibilizado aos associados e servirá como ferramenta de consulta. O Comitê de Tecnologia está empenhado em apresentar uma ferramenta antifraudes, de modo a aumentar a segurança e a tranquilidade das nossas associadas. Por sua vez, o Comitê de Desenvolvimento Humano realiza dois encontros por ano e se insere no planejamento estratégico da Abracorp.
O Comitê MICE realiza encontros com os gestores da área e, também, recebe convites para visitar os principais espaços de determinado destino. Já estivemos, via Comitê MICE, em Fortaleza, Foz do Iguaçu, Orlando e Miami. Estamos para agendar visita como convidados ao Rio de Janeiro, que se prepara para sediar os Jogos Olímpicos. Por fim, temos o Comitê Financeiro, o mais novo deles, criado com o objetivo de trocar experiências e buscar as melhores práticas financeiras para nosso setor. Às nossas associadas e aos abnegados colaboradores que dão vida e fazem andar os comitês Abracorp, todo o meu apoio e admiração.
Aos respeitáveis leitores do blog, meu até breve. E nos dias 15 e 16 de março, espero todos vocês no Fórum Panrotas!
Rubens Schwartzmann
Categoria: Empresas
Fortalecer a prateleira de serviços
Depois da divulgação dos resultados de vendas das agências associadas Abracorp, em 28 de janeiro, cada um de nós deve ter analisado as planilhas com realismo, senso crítico e atenção aos sinais suscitados pelos números. Mais que o resultado em si e o peso dos valores absolutos, o balanço traduz efeitos da retração econômica no formato e no volume de viagens corporativas, com impacto sensível na movimentação aérea. Se a retração das vendas totais das agências associadas Abracorp em 2015 foi de 2,3% em relação a 2014, temos de prestar atenção para o necessário ajuste às tendências detectadas.
Uma delas chama a atenção. No agrupamento de seis atividades denominado ‘Outros Serviços’, na referida pesquisa de vendas da Abracorp, o faturamento geral cresceu 11,9%. Saltou de R$ 905.294.156 para R$ 1.013.085.750. Todas apresentaram resultado positivo – exceto Transfers, que caiu 11%. Os percentuais de crescimento das outras cinco atividades foram verificados em Eventos (5,7%); Cruzeiros (16,6%); Seguro Viagem (15,4%); Pacotes (37%); e Demais Serviços (13%).
Diante desse quadro, tudo indica que as agências associadas Abracorp vão engrossar suas apostas no mercado promissor do segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions). Com a alta do dólar, os destinos nacionais passam a ter papel preponderante para a alavancagem de viagens domésticas. Existe boa infraestrutura em capitais e cidades de porte fora do eixo Rio-São Paulo, para a realização de eventos pequenos, médios ou grandes. Fortaleza é um dos destaques nesse contexto, em que as agências associadas Abracorp tem um amplo espaço para ampliar portfólio e conquistar novos mercados.
O turismo de negócios tem peso indiscutível para a economia das cidades que se prepararam para isso. Gera aumento na ocupação dos hotéis, alavanca o comércio, impulsiona bares, restaurantes e o mercado de entretenimento. Vemos crescer os investimentos em centros de convenções para a realização de feiras, congressos, entre outros. Quando realizados em períodos de baixa temporada, são eventos que contribuem para manter aquecido o setor hoteleiro. E nós, as 30 agências de viagens corporativas Abracorp, temos de nos preparar mais e mais para oferecer os melhores produtos ao cliente, nas melhores condições possíveis
Rubens Schwartzmann.
Sinais do Planalto
Todos os atores que movem a economia do país acompanham pari passu a movimentação do governo federal em torno de temas cruciais. E o setor do turismo, onde se insere o segmento de viagens corporativas, vê com apreensão a propensão da presidente Dilma Rousseff de reeditar a CPMF. Na reunião do dia 28 de janeiro do Conselho do Desenvolvimento Econômico, o ‘Conselhão’, ela apontou a recriação do tributo como a melhor opção para superar as dificuldades.
Não bastasse o aperto geral por que passam nossas empresas, pressionadas pelas elevadas taxas de juros, inflação ascendente e câmbio desfavorável, a eventual ressurreição da CPMF tornaria o arrocho fiscal ainda mais corrosivo. Seria como transformar o ruim em péssimo, com impacto imediato sobre o custo de toda a cadeia produtiva do turismo. Considerando que a recriação da CPMF já está prevista no Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, visando à arrecadação de R$ 10,3 bilhões, temos de criar meios de nos defender.
Uma das formas de amenizar o impacto da possível volta da CPMF passa pelo incentivo ao uso do Cartão de Crédito no pagamento de serviços essenciais à indústria de viagens de negócios. No caso, se o comprador do serviço paga por meio de cartão, a alíquota do tributo (definido no próprio nome como ‘contribuição’) é cobrado uma só vez. No entanto, se compra for faturada pela agência, haverá uma dupla cobrança – paga o comprador, paga também a vendedora. Uma distorção gritante e injusta, ruim para todos os atores.
Todos sabemos que o conservadorismo retarda a percepção do brasileiro (pessoas físicas e jurídicas) sobre a notória obsolescência do modelo de compra faturada. A divulgação da pesquisa de vendas das associadas Abracorp, em 28 de janeiro, indicou um sinal positivo: em relação a 2014, o pagamento faturado recuou 15% e por meio de cartão, cresceu 34%. Porém, quando comparamos o setor aéreo com o hoteleiro, temos o primeiro registrando 63,3% de operações por cartão, E o segundo, com pagamento faturado de 56,5%.
Fechando: o mecanismo faturado já é página virada nos Estados Unidos. Vamos, nós, também, virar esse jogo.