Mercado diz sim à Retomada Já! no 6º Fórum Abracorp

* Carlos Prado

Passados alguns dias da realização do 6º Fórum Abracorp, evento híbrido produzido a partir do Hotel Transamérica, em São Paulo, retomo alguns motes do conteúdo denso que o evento fez emergir. Altos executivos da hotelaria, das companhias aéreas e das locadoras de automóveis, cada um ao seu estilo e do ponto de vista da sua organização, abraçaram a diretriz de se retomar, de imediato, a dinâmica das viagens corporativas.

Enquanto presidente do Conselho de Administração da Abracorp e CEO da Tour House, senti-me gratificado com o posicionamento da indústria. Houve uma convergência de opiniões, ante a realidade de pesadas perdas acumuladas, que alcançam 66%, na comparação com 2019.

Portanto, reitero que é necessário e urgente que as grandes empresas voltem a viajar. Retomem as agendas de negócios. Está mais que comprovado que viajar é seguro. O mundo inteiro, incluindo o Brasil, investiu em salvaguardas e protocolos que garantem a biossegurança de colaboradores e viajantes.  

Aeroportos, aeronaves, equipamentos de traslado e meios de hospedagens, segundo a unanimidade dos participantes do 6º Fórum, são mais seguros que as casas das pessoas. Portanto, não há justificativa plausível para as corporações manterem agendas travadas, esticando, além do necessário, o tempo de espera.

Sobre a retomada começar pelas viagens a lazer, com ênfase nos destinos domésticos, é preciso lembrar que o fluxo de turistas tem relação direta com o preço das viagens. Quanto mais célere (dentro dos padrões biossanitários já citados) se der a retomada do corporativo, maior será a viabilidade dos negócios do turismo a lazer. As tarifas médias, em geral, tendem a se tornar mais competitivas.

Entre as colocações animadoras que foram expostas durante o evento, destaco aquela que atribui, às pessoas, a fonte das mudanças de que o Brasil precisa. E não aos governos. Mudanças virão dos protagonistas. Daqueles que rejeitam a acomodação, assumem riscos calculados e desencadeiam ações inadiáveis, para proteger a saúde das empresas, dos empregos e de todo o ecossistema envolvido.

Em síntese, adiar a retomada das viagens corporativas é contribuir, isso sim, para o agravamento das contas e da economia, como um todo. É perder um tempo precioso, num momento em que as oportunidades de inovação pedem tomadas de decisão rápidas e arrojadas.

O fato é que a 2ª fase da pandemia vai durar até o surgimento da vacina. Por isso, urge retomar as atividades presenciais em novos formatos. Sem improvisação, sem procedimentos temerários e, principalmente, sem omissão.

Estamos prontos para a retomada segura

Carlos Prado

Passaram-se mais de cinco meses do início das limitações impostas pela pandemia. Um tempo de muitas dores, incertezas e medos, mas nada disso fez o turismo brasileiro jogar a toalha. Ou cruzar os braços, cedendo espaço ao conformismo. Enquanto o viajante a lazer e a negócios manteve-se em casa, conforme as recomendações das autoridades sanitárias, o turismo brasileiro se preparou para recebê-lo com segurança e entusiasmo. Bendigamos, pois, a retomada!

Nossas equipes foram treinadas para atuar de forma adequada aos protocolos, com a mesma paixão de sempre!  Se deseja ou precisa viajar, lembre-se, sempre, de procurar um agente de viagens. Tecnologia é importante, sim, mas nada substitui a interface humana, capaz de ouvir, sugerir, encontrar e propor alternativas de acordo com o perfil do viajante. Tem mais: prestigie e participe do @movimentosuperaturismo, exemplo vivo do espírito que move nossa indústria.

Lançado em 1º de Junho, o Movimento Supera Turismo Brasil conta, hoje, com 13 mil seguidores. Produziu 12 posts nos feeds; 435 stories e 30 lives. Quanto ao engajamento, foram 163 mil interações, 320 mil o total de alcance das publicações. Some-se 10 mil publicações com a hashtag #movimentosuperaturismo. Na imprensa, temos 261 notícias relativas ao período de 31/03 a 06/07/2020. O valor publicitário correspondente aos espaços de mídia perfez R$ 1.208.257,13. A coletiva de imprensa de lançamento contou com 92 participantes.

A união entre todos os elos que compõem o trade turístico, incluindo mídia especializada, grande imprensa e influenciadores de renome e credibilidade, contribuiu (e contribui) com o processo de retomada segura do setor.  Não há como negar a grave situação econômica que recai sobre os meios de transporte, de hospedagem e serviços turísticos emissivos e receptivos no Brasil. Esse fato, cabe frisar, merece redobrada atenção do poder público, em todos as esferas: federal, estadual e municipal.

Seja por meio de MPs no âmbito trabalhista, pela manutenção de empregos diretos; liberação de novas linhas de crédito que alcancem as empresas, não importa o porte; e a mitigação do peso tributário sobre as costas do setor como um todo, todos precisam colaborar.

Enquanto as entidades unidas batem às portas do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, expondo fatos e pleiteando medidas urgentes, do mesmo modo, compreendem a importância do Movimento Supera Turismo Brasil nas ações que desenvolve junto aos viajantes – a lazer, negócios ou em viagens de intercâmbio.

A força da nossa união falou mais alto. No âmbito do mercado das viagens corporativas, em momento algum deixamos de atuar. Ao contrário, a Abracorp desenvolve a série de lives “Retomada”, com enfoque em temas diversos, no sentido de manter acesa a chama do turismo. E de todos aqueles que amam e defendem o setor – numa perspectiva mais e mais humanizadora.

Paulo Guedes, ministro da Economia

Entrevista inspiradora de Paulo Guedes traz bons sinais

Carlos Prado*

Em entrevista para CNN Brasil, o ministro Paulo Guedes defendeu a modernização do Estado. Disse que “precisamos erguer uma rampa social”; “priorizar saúde, renda e emprego para mais de 30 milhões de brasileiros excluídos” e, ainda, fundamentado por números incontestáveis, sentenciou que o “caminho da mudança se impõe como fato”. Ou seja: “as grandes fortunas individuais reprimem os lucros”; “é preciso desonerar a folha de pessoal da perversa tributação à qual está submetida”; e “expandir a base de contribuição sobre dividendos”.

Além disso, Guedes destacou outras medidas de prosperidade, tais como a implementação do novo marco regulatório do saneamento básico, com potencial de atrair cerca de R$ 600 milhões de investimentos privados e o programa de expansão da infraestrutura, com investimentos de mais R$ 260 milhões. Fez uma espécie de mea culpa pelo relativo atraso no plano de privatização de empresas públicas; lembrou que o modelo da cessão onerosa também constitui perspectiva de ganhos para a economia nacional; assim como a cabotagem de minério e gás natural.

O sucesso do capitalismo consciente, baseado em empresas conhecidas como ESG (abreviação, em inglês, de Environmental, Social and Governance, ou, em português, Governança Social e Ambiental Corporativa), aponta os caminhos da retomada do crescimento – o que vem ao encontro dos propósitos preconizados pelo Movimento Supera Turismo Brasil.

Sob essa perspectiva, a extensa cadeia produtiva do setor de viagens, eventos e turismo dispõe de força para realizar, em curto espaço de tempo, a desejada promoção de saúde, emprego e renda para milhões de pessoas, físicas e jurídicas, no país, como preconizou o entrevistado. Isso porque, a qualidade da matéria-prima turística nacional, de valor socioeconômico e ambiental extraordinário e indevidamente reconhecido, passa a obter a visibilidade devida.

O grande entrave para o Turismo desempenhar todo o seu potencial, como vetor estratégico do desenvolvimento sustentável no Brasil, sempre foi de ordem cultural. Baixa autoestima e a falsa noção de inferioridade em relação aos atrativos turísticos estrangeiros prevaleciam. Agora, com o vertiginoso crescimento do Movimento Supera Turismo Brasil, a esperança renasce.

Todos os elos do setor de viagens, eventos e turismo, unidos, oportuniza alavancar frentes de trabalho à base de incentivos voltados ao fomento do mercado doméstico. Em aliança estratégica com o setor de telecomunicação, no âmbito das Indústrias Criativas, foco na brasilidade estimula a promoção de produtos dedicados à exportação; geração de divisas e atração de investimentos em vários setores.

Autoridades econômicas públicas e empreendedores de diferentes portes e atuação em vários ramos de atividade, contamos com o engajamento de todos. Assim como o Agro, Turismo é a riqueza do Brasil – mas precisamos explorá-la de maneira sustentável. Comecemos a fortalecer o turismo regional, lembrando que Turismo é uma via de mão dupla.

Além de movimentar pessoas em viagens de lazer, intercâmbio e negócios, e movimentar mais de 50 outros setores econômicos, o Turismo agrega valor à imagem de produtos que possuem origem conhecida, adequadamente posicionada e reconhecida como marca Made in Brasil.

Prevalecendo o capitalismo consciente, o Brasil voltará a ser uma potência de prosperidade no pós-Covid-19. Tudo depende de cada um de nós conseguirmos superar entraves do radicalismo de origem ideológica; partidário e fazer prevalecer um propósito comum: o bem-estar coletivo.