Mesmo antes da vacina, viajar é seguro

O início da vacinação dos brasileiros contra a Covid-19, mesmo que ainda em ritmo lento e seletivo, é alentador. No entanto, do ponto de vista das viagens corporativas, fundamentais para a roda da economia e dos negócios girar, temos de evocar a sensatez.

Executivos, empresários e profissionais tarimbados são pessoas, acima de tudo, esclarecidas. Sabem, muito bem, tomar os devidos cuidados para se protegerem e não colocarem a segurança biossanitária dos outros em risco. E têm pleno discernimento de que o ativo mais precioso do ser humano é a saúde. E, por conseguinte, a vida.

Faz quase um ano que a humanidade (Brasil incluso) se dedica a criar protocolos e segui-los à risca. Sem exagero, já há uma cultura de contenção à proximidade física. De proteção severa e disciplinada das portas de entrada do coronavírus, por meio de máscaras, higienização constante das mãos e cuidados afins. Não por acaso, já definimos o calendário das reuniões Abracorp em 2021. Serão todos eventos presenciais.

Outro ponto: está mais que comprovado que aeronaves e hotéis tornaram-se ambientes plenamente seguros – por meio de recursos de biossegurança de que não dispomos, com esse rigor, nem mesmo nas nossas próprias casas. São indústrias maduras, perceptivas e que não negligenciam a importância da própria imagem pública.

Portanto, concomitantemente ao processo de imunização e dos esforços para torná-lo mais célere e abrangente, há que se destravar as agendas – especialmente das viagens corporativas. Batalhar pela agilização do processo de imunização é louvável. Mas não podemos aniquilar o bom, em nome do ótimo.

Desempenho positivo sofre reversão com a segunda onda 2021

Fonte: BI Abracorp – Inteligência de Dados. Crescimento 4ºT 2020

A robustez da malha aérea nacional, com potencial de expansão, impulsiona a economia e comprova que viajar é seguro. Temos de ser pragmáticos, equilibrados e influenciadores determinados.

Finalizo esta mensagem dando conta de que aceitei coordenar as ações do movimento “Unidos pela Vacina”, voltadas a prefeitos, secretários de saúde e sociedade civil organizada. Sejam bem-vindos: @vacinaparatodos.

Aquecer os motores das viagens corporativas

Quando a pandemia se instalou, não teve jeito: o Brasil, a exemplo do mundo todo, recolheu-se. A palavra de ordem ‘fique em casa’ transformou-se em mantra, porque nada se conhecia a respeito da Covid-19. Ideias desencontradas, muitas delas disseminadas sem o menor cuidado e critério, se encarregaram de piorar o já ruim. O medo do desconhecido nunca se fez tão presente, sem, contudo, aniquilar o fio de esperança de todos nós.

Passaram-se os meses e, pouco a pouco, pipocaram pelo mundo ensaios e perspectivas concretas de vacina contra esse mal sem precedentes. Hoje, juntamente com as medidas profiláticas que vieram para ficar, as vacinas desenvolvidas por meio de diferentes abordagens científicas já são uma realidade. O fato é que a vacinação já tem agenda. E com ela, a famosa luz no fim do túnel dá o ar da graça. Nesse contexto, é fundamental que haja uma união efetiva entre iniciativa privada e poder público, para garantir o andamento célere e adequado da vacinação

Ao trazermos a reflexão para o nosso ramo de negócios – turismo e eventos corporativos, cabe conclamar a todas as lideranças e players do trade, para que se unam contra a inércia. Reiterar, de forma uníssona, que a indústria de viagens corporativas movimenta mais de 60% das atividades da aviação civil e da hotelaria. De forma indireta, o peso econômico das viagens corporativas, numa equação realista, viabiliza o funcionamento do turismo a lazer nas bases que a humanidade conhece.

A humanidade viaja a negócios desde a mais longínqua antiguidade e essa mobilidade audaciosa é traço indissociável da civilização. Reduzir o fluxo de viajantes em nome da saúde e da vida é indiscutível e louvável. Mas replanejar a retomada gradativa e crescente das viagens e eventos, já na antessala da imunização, é indispensável. Os clientes corporativos, nossos parceiros notáveis geradores de emprego e renda, já devem refazer o desenho do futuro próximo, no tocante à movimentação de seus executivos e colaboradores.

Vacina salva vidas. Vacina há de salvar, também, o turismo!

quarentena ainda não acabou

Capa do Guia do Viajante Responsável, lançado pelo Movimento Supera Turismo Brasil

Carlos Prado*

Todos constatamos, no dia a dia, um afrouxamento preocupante de parcela expressiva da sociedade, no que diz respeito aos cuidados básicos para se proteger da Covid-19. Não bastasse isso, os noticiários de TV mostram, ao vivo e a cores, verdadeiras multidões em clubes, bares, restaurantes e praias sem o uso de máscaras, sem o distanciamento mínimo e sem a menor noção do perigo.

Mesmo com a nova escalada do número de infectados e de mortos, publicados diariamente, nota-se uma displicência incompreensível. Ganhamos algumas batalhas no duro enfrentamento desse mal que aflige o mundo, mas a guerra ainda não foi vencida.

Infelizmente, a pandemia e a necessidade de quarentena persistem. Não faz sentido abolir as recomendações das autoridades sanitárias e supor que o problema acabou. Ou, se não acabou, que já não ameaça drasticamente a saúde das pessoas.

Todos sabemos que as restrições são desagradáveis, penosas e cansativas. Mas não há outro caminho. Afinal, embora haja vacinas em fase final de desenvolvimento e de testes, o fato é que, na prática, essa terapia ainda não existe.

Enquanto empresário, dirigente setorial e cidadão, conclamo meus pares, lideranças da ampla cadeia do turismo e colaboradores, em geral, que  se mantenham vigilantes. Isso, naturalmente, com o olhar positivo e a certeza do êxito na travessia e no prosseguimento da caminhada. É preciso preservar a vida – o maior ativo de que todos nós dispomos.

Temos reiterado, especialmente no Movimento Supera Turismo Brasil, que todas as recomendações expressas nos protocolos biossanitários devem ser seguidas à risca.

Ou seja: usar máscaras, higienizar as mãos, manter distanciamento e fugir, literalmente, de aglomerações. A vitória contra o inimigo comum só depende de cada de nós. Precisamos nos manter saudáveis e vivos, para tocar a vida no âmbito das nossas famílias e das nossas empresas. Tenhamos, pois, menos ansiedade, mais resiliência, confiança na ciência e responsabilidade.