Segmento corporativo segue seu ritmo de crescimento

Mais uma vez as associadas Abracorp apresentaram dados positivos no levantamento de vendas das 30 TMCs relativas ao terceiro trimestre de 2015. No geral, registramos um crescimento de 16,54%, passando de R$ 3,25 bilhões para 3,8 bilhões. Tais dados mantêm a tendência de crescimento que sempre registramos e mostram a força e o impacto das agências de viagens corporativas, influenciando positivamente todo o setor do turismo.

Enquanto muitos segmentos da economia parecem se abater com uma estagnação ou retração, seguimos fazendo um trabalho sério e árduo, contornando obstáculos e atingindo um painel favorável. Isso se dá graças à força da união que propusemos desde a criação da entidade e mostra mais uma vez que há um caminho para a economia nacional. A nossa estratégia é baseada na utilização dos recursos tecnológicos, que exigem aperfeiçoamento e investimentos contínuos, e agilidade na tomada de decisões, que o atual cenário global exige.

No terceiro trimestre deste ano, as emissões de bilhetes aéreos aumentaram 17,9%, com destaque para a Avianca, que registrou crescimento de 27,3% e de outras companhias menores que melhoraram suas conetividades e chegaram a uma variação positiva de 39,2%. O faturamento com as vendas foram ainda melhores, com 32% de crescimento, , impulsionadas pela alta de 4% nas tarifas. Mais uma vez, a Avianca se destaca, com 40,7% e as companhias menores com 71,5%. O market sharetambém se manteve sem grandes alterações, com a Gol ocupando 32,2% do total e a TAM, com 31,2% do segmento na emissão de bilhetes e a TAM (33%) nas vendas, seguida pela Gol (30,4%) nas vendas.

No cenário aéreo internacional, a tendência também é de crescimento, com 17,5% na emissão de bilhetes e de 32% nas vendas. O corporativo não deixou de prospectar novos mercados, apesar da variação cambial que pregou um certo susto ao oscilar com certa intensidade no período.

Na hotelaria nacional, o número de room nights apresentou registro de -2,1% e de -7,3% no faturamento, muito em função da melhoria das conectividades aéreas que permitiram aos executivos permanecerem menos tempo no destino. Com a ajuda especializada das agências de viagens, as empresas optaram pelos tradicionais “bate e volta”. Já, a hotelaria internacional apresentou 32,5% de crescimento nas vendas e 1,5% nas diárias.

O segmento de locação de veículos nacionais também segue bem, com 21,1% de crescimento e mais uma vez um espantoso desempenho da Movida, com 304,7%. Embora mais da metade do market share seja ocupado pela Localiza, a chegada de um novo player forte vem se mostrando positiva para as TMCs.

Com esse bom desempenho do terceiro trimestre, superamos nossas expectativas de fechar 2015 mantendo nossa evolução histórica e contribuindo para um Brasil com um turismo forte, o que também garante maior solidez aos nossos negócios e auxilia nos demais 52 setores da economia impactados pelo setor de viagens e turismo.

O que esperar do segmento de locações de veículos?

Nesta quinta-feira (29), a reunião mensal da Abracorp debaterá o segmento de locações de veículos e contará com a participação de um executivo da Localiza, que representou 58,3% das vendas das associadas no primeiro semestre deste ano. Em tempos de reajustes nas contas das empresas e de polêmicas com o Uber e outras novas tecnologias de economia compartilhada é um bom momento para ponderarmos sobre os resultados e os desafios que as TMCs obtêm com este segmento nos cenários nacional e internacional.

Levantamento com as 30 associadas no primeiro semestre apontam uma ligeira variação nas vendas de -2,1%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, em relação às locações nacionais. Também observamos disparidades entre as cinco principais empresas, que respondem por quase 90% das vendas e por cerca de 94% da participação de mercado em relação às diárias. Verificamos um crescimento espantoso de 288,4% da Movida e de 20,4% da Unidas contra uma variação negativa de 2,4% da Localiza, 25,7% da Hertz e -47,9% da Avis.

Já, no cenário internacional de locações, o movimento foi considerado surpreendente, com um crescimento de 34,5% na comparação com o primeiro semestre de 2014. As vendas passaram de R$ 12,4 milhões para R$ 16,7 milhões. Creio que muitos devem se questionar agora sobre o que podemos esperar para o futuro e é justamente isso o que pretendemos entender no encontro.

No fórum de debates do mês de junho, recebemos o CEO da Movida, Renato Franklin, que falou sobre as novidades, os investimentos e as ações da locadora com o objetivo de enfrentar o momento de crise e sobre a importância da Abracorp para a empresa. Em novembro do ano passado, reuniram-se representantes das cinco companhias e à época chegamos à conclusão de que o segmento tem muito a crescer no País e de que iríamos manter uma discussão constante e contínua para alavancarmos esse ramo de negócio.

Perto de completar um ano deste encontro, poderemos identificar de uma forma mais clara o que vem ocorrendo, assim como apresentar a maneira correta de agirmos e os pontos que podemos melhorar, já que as reuniões são sempre marcadas por este espírito de superação e pela posterior implementação das melhores práticas encontradas. É, sem dúvida, um espaço ímpar para que os executivos estejam presentes e apresentem suas opiniões, pois só assim construiremos um futuro mais promissor para todos os envolvidos.

Expectativas positivas para o final de ano

Diante do pessimismo que parece abater boa parte da economia nacional, causando uma sensação de desesperança aos brasileiros, sentimos uma certa incredulidade de alguns segmentos do turismo quando divulgamos o último levantamento semestral da Abracorp, que aponta no primeiro período deste um ano um dado positivo de 7,8% nas vendas do segmento corporativo. Como temos reiterado, esse valor não se refere a todos os players, mas sim à média dos associados Abracorp. Eles são um parâmetro fidedigno do cenário atual, que aponta segmentos com retrações, como transfers (-6,8%) e hotelaria nacional (-3,6%), e também positividade, como a hotelaria internacional (30,6%), os serviços (22,4%) e o aéreo internacional (18,9%).

Apesar da desvalorização do real frente ao dólar oscilar mais negativamente na segunda metade de 2015, assim como o segmento de lazer, esperamos fechar o ano com um crescimento de até 5%. Embora os dados oficiais só começaremos a contabilizar em janeiro de 2016, esse é o termômetro que as associadas Abracorp indicam para a próxima temporada, a qual inclui o Natal e Réveillon.

Não é simplesmente uma análise otimista, mas sim uma previsão baseada em fatos como o crescimento da oferta de bilhetes aéreos em 9% e da demanda em 2%. Também corrobora o número maior de feriados prolongados, que impulsionará decisivamente o segmento de lazer, o fator eleições, que provocou uma queda de 10% nas vendas de passagens aéreas em outubro de 2014, em comparação a igual período do ano anterior, o fraco desempenho com as vendas durante o período da Copa do Mundo 2014 e a queda no preço médio dos bilhetes. Levando em conta o histórico da década divulgado pela Anac, que monitora um grupo de rotas, observamos uma redução de 57,35% entre 2005 e dezembro de 2014. A tarifa média passou de R$ 622,80 há dez anos para R$ 283,59 no final do ano passado.

Quanto ao próximo ano, ainda há muitas incertezas em relação à economia e à política. Mas acreditamos que o setor como um todo tem um equilíbrio natural. Se as viagens internacionais sofrerem uma refreada em virtude de oscilações no cambiais, os preços das passagens (indexados pelo dólar) caem e o mercado doméstico e o receptivo se fortalecem. Há ainda outros fatores macroeconômicos, como o valor do petróleo, que interferem quase que em toda a cadeia. Podemos hoje estimar que o ano de 2016 manterá a mesma projeção de crescimento de 5% até o final do próximo período. Somos um setor que trabalha, de uma forma geral, a médio e longo prazos, o que significa uma esperança para os demais setores da economia nacional.