Começar de novo

Desde a criação do Ministério do Turismo, em 2003, que veio ao encontro das necessidades e expectativas do setor, já são sete o número de ocupantes da pasta, incluindo o atual.

Walfrido dos Mares Guia
1 de janeiro de 2003 a 22 de março de 2007
Marta Suplicy
23 de março de 2007 a 3 de junho de 2008
Luiz Barretto Filho
3 de junho de 2008 a 31 de dezembro de 2010
Pedro Novais
1 de janeiro de 2011 a 14 de setembro de 2014
Gastão Vieira
14 de setembro de 2011 a 17 de março de 2014
Vinicius Lages
17 de março de 2014 a 15 de abril de 2015
Henrique Alves
16 de abril de 2015 / atual
O convite para Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara, foi oficialmente anunciado pela presidente Dilma Rousseff e aceito prontamente (15/04). Assim, em pouco mais de doze anos, a média de permanência de cada ministro na pasta do Turismo não alcança 20 meses.
A mesma velocidade com que os governantes substituem os seus colaboradores deveria refletir notáveis avanços em favor de entendimentos mantidos com a sociedade civil organizada, ao custo de investimentos realizados em incontáveis horas de diálogo mantido com os antecessores.
Porém, sem jamais esmorecer em nosso legítimo propósito de atuar com total determinação em favor do fortalecimento das ações voltadas ao desenvolvimento sustentável do mercado de viagens e turismo, acalentamos com renovada esperança o entusiasmo demonstrado pelo atual ocupante do cargo em assumir as suas atribuições.
Edmar Bull
Presidente da Abracorp

A força do Interior

Não é mera coincidência o município de Campinas, estrategicamente selecionado para ser a sede da 38ª Aviesp Expo, eleger o turismo de negócios como um dos quatro vetores priorizados no plano de governo da atual gestão. Do mesmo modo, a escolha de Viracopos como o melhor aeroporto do País, o que foi amplamente repercutido na imprensa.
De acordo com as estatísticas Abracorp, Campinas figura os dez destinos nacionais com maior movimentação de viagens corporativas. Neste cenário, em parceria com o Gol, o sucesso alcançado pela Ilha Corporativa Abracorp, pela primeira vez participando do evento no interior, já era esperado.
edmar_renatomelo_tanabe
ilhacorporativa_movimento
ilhacorporativa_todos

O B2B Reservas e outros parceiros foram amplamente divulgados junto aos agentes de viagens visitantes interessados
em aprimorar a oferta de serviços ao seus clientes com avançados recursos tecnológicos

Porém, mais do que comemorar a participação ativa das agências associadas e suas contribuições para o incremento de visitantes na exposição, cabe aqui destacar os avanços obtidos em outros dois importantes aspectos: o intercâmbio de informações e o reconhecimento do nosso segmento como vetor estratégico sob a ótica do poder público.

IMG_1683

Ministro Vinicius Lages destaca a importância das agências de viagens corporativas no plano de governo do Ministério do Turismo
Edmar Bull
 

Guerra tarifária?

Algumas reflexões se impõem sobre o futuro de nossa atividade. Em um mundo cada vez mais globalizado, dinâmico e competitivo, é necessário assegurar os interesses públicos, sem se esquecer dos privados. É preciso trabalhar em favor do desenvolvimento, mas que acima de tudo ele seja sustentável. Temos como missão descobrir como fazer isso a longo prazo e ainda qual estratégia assumir para competir.
Já há algumas décadas as companhias aéreas iniciaram a prática do yeld management, que chega a disponibilizar mais de 50 classes tarifárias em um mesmo voo. Todas as empresas aéreas, sem exceção, adotam esta política, impondo regras diferenciadas a cada uma das tarifas disponibilizadas. Além disso, para cada destino existem dezenas de opções de rotas que impactam sobre o preço praticado.
Como se não bastassem os efeitos decorrentes desse complexo universo que caracteriza a oferta no âmbito dos voos domésticos e internacionais, observamos atualmente a variação de tarifas ocorrendo também nos diferentes canais ou plataformas de distribuição.
Hoje, é possível encontrar diferentes valores para um mesmo voo, ao consultarmos no site da companhia aérea, nas operadoras, nos integradores das consolidadoras, nos GDS, nas OTA’s…
Está cada vez mais difícil para o agente de viagens, seja ele de lazer ou corporativo, passar uma informação precisa para o seu cliente.
O custo da gestão de processos para entender essa inexplicável força que tomou conta dos precificadores aumenta vertiginosamente. O tempo gasto para se encontrar a melhor tarifa está cada vez maior. Os investimentos em tecnologia para acompanhar essa progressão geométrica dos valores de tarifas é crescente. E a capacitação de funcionários precisa ser diária. O que se aprende hoje, amanhã já é velho. As classes tarifárias mudam a toda hora. Os valores das passagens sobem e descem sem qualquer explicação.
Ok, nada disso é uma exclusividade do mercado brasileiro. Há mercados bem mais competitivos que o nosso: o americano, o europeu e o asiático principalmente. Mas precisamos refletir.
Quem ganha com isso?
Edmar Bull