Valor agregado além da mobilidade

Presença digital ativa, atendimento on-line competente, excelência de qualidade nos serviços prestados, gestão eficiente e eficaz do home office, liberação de férias, redução dos custos que não agregam valor aos clientes e negociação com fornecedores são medidas recomendadas a todas as empresas durante o período da quarentena. Estudar as medidas emergenciais anunciadas pelo Governo Federal, para amenizar a crise econômica, também compõe iniciativas pertinentes e adotadas pelas TMC´s associadas Abracorp.

Vamos além. Em constante diálogo com os diferentes elos do mercado de viagens corporativas e de turismo, compartilhamos a necessidade imediata de planejar ações a serem implementadas antes do início da retomada da demanda – a qual, certamente, será lenta e gradual. Não tenhamos dúvidas: em 2020, a movimentação do setor de viagens e turismo não vai ultrapassar 45% do que fizemos em 2019.

Para estimular a retomada, é preciso união e providências que mitiguem a insegurança natural dos viajantes confinados; ameaçados pelos riscos físicos e psicológicos gerados pelo temor do contágio pelo Covid-19. Riscos que não devem ser desprezados.

#ficaemcasa consiste na melhor atitude de prevenção. Todos precisamos obedecer as orientações da OMS e atender as orientações das autoridades sanitárias. O isolamento social se faz necessário, mas não impede programarmos ações futuras.

Muito pelo contrário, o bom uso da tecnologia da informação recomenda planejar, agora, o que será feito, no momento adequado, para proporcionar a necessária segurança aos viajantes – tendo em vista que as viagens de negócios serão retomadas antes das viagens a lazer.

Não podemos e não vamos nos eximir dessa responsabilidade. Aliás, sob a ótica dos viajantes e das próprias corporações atendidas, constatamos que aumenta a percepção da importância dos serviços prestados pelas TMC´s. Na crise, sem contar com a dedicação e o profissionalismo das nossas equipes, viajantes que optaram pela compra direta amargam a falta de assistência.

Levar segurança aos viajantes compreende, nesta etapa, propor o espaçamento dos passageiros a bordo e antever, por exemplo, a necessidade dos aeroportos estarem equipados para a oferta de máscaras de proteção e outros serviços que ajudem a compor um ambiente de tranquilidade.

Mais do que álcool gel, reorganizar a ocupação das salas de embarque, evitando aglomerações; assegurar protocolos sanitários mais rigorosos, com recursos tecnológicos para monitorar febre e para esterilização dos passageiros, de maneira não invasiva, constitui pauta emergencial. Pauta extensiva também a outros meios de transporte e de hospedagem.

Mais impactante que o “11 de setembro”, que impôs mudanças de procedimentos, o Covid-19 exige maior rigor nos protocolos de higienização e reforço no treinamento dos recursos humanos empregados no setor – especialmente dos profissionais que atuam na linha de frente.

Enfim, a retomada começa com a programação dos processos e dos procedimentos que vão garantir saúde física e psicológica dos viajantes. Insisto: é necessário, primeiro, demonstrar segurança, para depois começar a promover e estimular a retomadas das vendas. As viagens corporativas, todos sabemos, constituem alavanca para economia como um todo.

Entre as mudanças inevitáveis que a pandemia do Covid-19 traz à gestão dos negócios, está no fato de que todo fornecedor, que compra e vende preço, vai sofrer. Prevalecerão, na preferência do consumidor, quem compra e vende valor. E o valor que agregamos vai além da mobilidade.

Impulsionado pela pandemia do Covid-19, o resgate de valores que preconizam o bem-estar coletivo abre novos horizontes e perspectivas à valorização de ser humano – fato que exercerá impacto, inclusive, sobre as fontes e os modelos de remuneração das agências de viagens.

Mas isso é tema para futuros posts.

A pauta prioritária continua focada em fazer bom uso da tecnologia, para proporcionar, sempre, mais e melhores experiências seguras aos nossos clientes (b2b2c).