A hospitalidade em alto mar da Explora Journeys

No segundo semestre do ano passado, o segmento dos cruzeiros teve uma esperada e importante adição: a chegada ao mercado da Explora Journeys, a nova armadora de viagens marítimas de luxo. Parte do gigante grupo MSC mas 100% diferente da operadora de cruzeiros de massa, seu novo navio Explora I trouxe novo fôlego ao nicho de luxo apostando em um perfil diferente de hóspede: viajantes que não gostem de cruzeiros. Mas como é a hospitalidade em alto mar da Explora Journeys?

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O querido Rodrigo Vieira, aqui do Panrotas, foi o primeiro a conhecer o novo navio, participando da cerimônia de batismo da embarcação ancorada em Nova York (o relato completo dele está disponível aqui). Algumas semanas depois, tive o prazer de ser convidada para fazer um itinerário completo: a viagem inaugural do Explora I (o primeiro de uma anunciada frota de seis embarcações) no Caribe.

Durante oito dias, numa viagem de Miami a Porto Rico, pude conhecer e experimentar de fato todos os restaurantes, lounges e espaços comuns do navio (o mais bonito novo navio de 2023), assim como seus serviços gerais de hospitalidade e estruturas montadas para desembarque/embarque em cada escala do itinerário.

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A hospitalidade em alto mar da Explora Journeys

A Explora Journeys já nasceu com a ideia de criar cruzeiros para quem não gosta de cruzeiros. Mais que isso: essa decisão ousada e polêmica incluiu até mesmo evitar o uso da palavra “cruzeiro” nas comunicações da empresa – eles preferem falar em “viagens marítimas”, tentando se desconectar do estereótipo do nicho. ,

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De olho nos milhões de viajantes internacionais quem não costumam se interessar por navios, sobretudo Millennials e Gen X e Z, a armadora planejou seu primeiro navio como um resort, do design às operações. Para dar uma ideia, não existe no Explora I a figura do hotel director, presente em qualquer navio de cruzeiros – ali existe a função do general manager, exatamente como em um resort.

“Queremos atrair viajantes que já experimentaram os melhores resorts e hotéis do mundo, mas ainda podem descobrir incríveis destinos em viagens extraordinárias por mar”, diz o CEO da companhia, Michael Ungerer.

Lounges, bares, restaurantes, piscinas, jacuzzis, tudo tenta se distanciar da estética comum aos navios e se assemelhar mais ao design hoteleiro. Inclusive no átrio, grande coração do Explora I, com um belíssimo lounge bar de pé direito altíssimo.

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Espaço de sobra e boa mesa

Com capacidade para 900 passageiros, o Explora I é 100% composto por cabines com varanda, em estilo suíte, com belíssima decoração e diversos mimos – inclusive elogiados secadores de cabelo Dyson e empréstimo de kits de exercício Tecnogym para quem quiser se exercitar sem nem sair do quarto.

São diversas categorias diferentes, com facilidades, benefícios e espaço distintos, mas todas contam com uma bela varanda mobiliada, grandes banheiros com piso aquecido, walk in closet, quarto e um pequeno living. As categorias mais elevadas contam com área de refeição separada.  

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Apenas dois “downsides” relacionados às acomodações. Primeiro, os cartões magnéticos para abertura de portas e entrada e saída do navio é entregue em um pequeno envelope de papel, ao invés dos charmosos porta-cartões em couro utilizados pelas demais armadoras do nicho. E, segundo, o room service é entregue ao hóspede em bandejas de inox, sem montagem do serviço à mesa, nem toalhas ou qualquer tipo de jogo americano – do café da manhã ao jantar.

No Explora I são seis restaurantes (cinco deles incluídos na tarifa), doze bares e lounges (todos incluídos) e um delicioso café (que é o grande xodó da maioria dos hóspedes). E os restaurantes são mesmo excelentes, com menus, cozinhas e propostas variadas. Meu favorito foi o asiático Sakura.

Até o restaurante buffet do navio (que eles chamam de “mercado”) é bastante charmoso e organizado, com estações de buffet assistido e alguns pratos sendo preparados na hora. O único restaurante pago a bordo é o Anthology da chef Emma Bengtsson (do restaurante Aquavit NYC), com menu degustação de 190 euros por pessoa, mais 75 euros pela harmonização de vinhos. 

O menu de bebidas é bastante extenso, incluindo champagne e apenas rótulos premium de destilados. Room service e minibar também estão incluídos 24h – e o hóspede pode pedir pelo menos duas garrafas de vinhos ou destilados na acomodação.

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OS DESTINOS COMO PROTAGONISTAS

Casando perfeitamente com seu slogan “the ocean state of mind”, mais de 30% do navio é composto por espaços externos. A bordo, são várias piscinas menores, cada uma com design diferente e localizada num canto e deck distinto da embarcação (incluindo duas com vista panorâmica para o mar e os destinos visitados), rodeadas por belas espreguiçadeiras e mais de 60 deliciosas cabanas/day beds espalhadas por distintos decks.

E são várias jacuzzis diferentes, também em distintos decks e formatos (a maioria acertadamente retangular), todas com vista exterior – assim o hóspede realmente aprecia a paisagem ao invés de ficar diante de um desconhecido.

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Tem também academia indoor (com alguns equipamentos também outdoor), quadra esportiva, kids&teens club, um spa de 1 000 metros quadrados.

Detalhe importante: a internet a bordo também está 100% incluída e é excelente em todos os espaços internos e externos – a melhor que já utilizei em um navio de cruzeiro.

Com roteiros originais de seis a dez noites, o Explora I inclui frequentemente ilhas e destinos menos explorados pelos cruzeiros em geral – mas nenhum passeio ou excursão em terra está incluído.   Confira itinerários e detalhes das viagens com a Explora Journeys aqui.

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Silversea Silver Nova

Silversea batiza seu novo navio Silver Nova

A Silversea batiza seu novo navio Silver Nova oficialmente em Fort Lauderdale – e tive o prazer de ser a única jornalista brasileira convidada para o evento. Considerado o mais esperado e comentado novo navio do mundo, o Silver Nova®, primeiro grande novo projeto da Silversea em mais de uma década (o último grande lançamento havia sido o Silver Spirit, em 2009), foi formalmente batizado e inaugurado durante uma pequena cerimônia apenas para convidados no final da semana passada.

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“Após tantos anos de pesquisa, desenvolvimento e colaboração, estamos incrivelmente orgulhosos de dar as boas vindas ao Silver Nova à nossa frota. Este navio representa um ‘game changer‘ para a indústria de cruzeiros, uma nova visão para a experiência de viagem de ultra luxo”, disse Jason Liberty, presidente e CEO do Royal Caribbean Group, durante o evento.

Como parte das tradições do Royal Caribbean Group, grupo do qual a Silversea faz parte agora, gaitas de fole anunciaram o começo da íntima celebração no teatro do novo navio. A embarcação recebeu bençãos cristãs e judias e teve a garrafa de champagne rompendo-se corretamente em seu casco, como prega a tradição, com a participação da madrinha, a chef Nina Compton.   

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Inovação em sustentabilidade e design

O mais sustentável navio de ultra luxo já construído (híbrido e com 40% menos emissão que a classe anterior) é também o maior da história da Silversea, para 728 hóspedes – um aumento bastante considerável na capacidade geral a bordo para a armadora que historicamente possuía apenas navios de pequeno porte.

A nova embarcação vem sendo chamada internacionalmente de “ship of light” (“navio de luz”) por ter a muito mais espaços externos e a maioria dos ambientes internos repletos de luz natural. Mas o Silver Nova® colocou mesmo o mercado de cruzeiros de luxo em polvorosa desde seu anúncio devido à sua ousada assimetria no design.

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Silversea Silver Nova
O novo Silver Nova da Silversea é batizado oficialmente. Imagem: Mari Campos

Segundo a design leader do projeto (que começou há mais de cinco anos), Kelly Gonzales, me contou durante um almoço a bordo, a colaboração entre seis diferentes empresas de design foi essencial para lograrem os resultados que pretendiam. “Tudo foi sempre orientado com algo em mente: a vista, a vista e a vista”, brincou Gonzales.

Assimétrico em vários sentidos, inclusive na piscina localizada à bombordo, o projeto do Silver Nova exigiu profunda sintonia também entre os designers e o estaleiro, garantindo que o equilíbrio da embarcação fosse sempre perfeito.

Com 100% suítes, todas com varanda privativa e serviço de mordomo, seu design todo horizontal foi inspirado nos mais luxuosos hotéis resorts do mundo e pensado para que os destinos e o mar sejam sempre os protagonistas na visão do passageiro.

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Evolução acertada é caminho sem volta para a armadora

A presidente da Silversea, Barbara Muckermann, disse que o inovador deck da piscina é um de seus prediletos a bordo: “estar ali na piscina, com apenas lindas paisagens à vista, é como estar na piscina do Fasano Rio, por exemplo”, brincou. Em conversa exclusiva, ela me disse que o design alcançado com o Silver Nova “é um caminho sem volta para os futuros navios da Silversea“.

Antes do início do itinerário em direção ao México, todos os hóspedes foram acomodados por uma noite, com direito a café da manhã incluído, no hotel Four Seasons Fort Lauderdale, com excelente localização frente ao mar. O Silver Nova tem quatro decks inteiros com apenas suítes e resolveu inovar também colocando as maiores e mais especiais delas na popa ao invés da proa.

São 13 categorias de suites (as categorias Veranda, Medallion e Silver Suite constituem 90% do Silver Nova), todas com varanda, closet, grandes banheiros e serviço de mordomo. Único downside? As mesas das varandas ficaram bem pequenininhas na maioria das suítes, inviabilizando o café da manhã para dois por ali.

No total, são 9 opções gastronômicas no Silver Nova – incluindo a primeira .S.A.L.T. Chef’s table da armadora -, além de room service 24 horas, tudo incluído. Apenas dois restaurantes – um asiático e um francês – têm taxas de reserva para o jantar.

O serviço de afternoon tea agora acontece apenas sob demanda individual do hóspede, mas o clássico serviço de caviar & champagne continua disponível 24h, para qualquer categoria de suíte.

Há mais “lounges” internos e externos que em qualquer outro navio da armadora – o hóspede encontra um lugar para descansar, relaxar ou simplesmente sentar para bater papo com outros hóspedes em literalmente qualquer canto do Silver Nova.

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Silversea Silver Nova
O inovador deck da piscina do Silver Nova. Foto: Mari Campos

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Silversea batiza seu novo navio Silver Nova em Fort Lauderdale

Segundo Barbara Muckermann, o briefing inicial para o projeto era um navio para 600 passageiros; mas os planos foram mudando conforme o perfil do viajante de luxo mudou também nos últimos anos. “Os principais concorrentes do Silver Nova não são outros navios e sim hotéis e resorts em terra. E pessoalmente estou animadíssima com a chegada dos navios de marcas hoteleiras como Ritz-Carlton, Four Seasons e Aman. Quanto mais, melhor!”, garante. 

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O novo design e atmosfera geral do Silver Nova, muito mais contemporâneos e informais que em qualquer outro navio da armadora, mostra também que estão de olho em ampliar consideravelmente seu guest profile. “Temos novos hóspedes na faixa dos 30 anos começando a viajar conosco para chegar a destinos nos quais navios realmente se fazem necessários, como Antártica ou Galápagos. Eles se encantam pela experiência e acabam voltando”, conta Muckermann.

Silversea Silver Nova
Tudo incluído, 24h por dia, com serviço impecável. Foto: Mari Campos

Segundo a presidente da Silversea, o Silver Nova está atraindo mais hóspedes da geração X que qualquer outra. Mas o que define mais o ‘guest profile’, no fundo, é o itinerário e não necessariamente o navio”, explica. 

A Silversea celebra neste 2024 seus 30 anos de história “setting the bar” na indústria dos cruzeiros de luxo e ultra luxo. Com frota atual de doze navios que chegam juntos a 900 destinos e alcançam todos os continentes, a armadora inaugurará ainda na metade deste ano o segundo navio desta classe Nova, o Silver Ray

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Oceania Vista

A hospitalidade em alto mar da Oceania Cruises

2023 está sendo um ano bastante fértil para a indústria de cruzeiros. Além da retomada definitiva do segmento internacionalmente, são diversos novos navios inaugurados ao longo do ano, aumentando ainda mais a oferta de leitos e itinerários pelos sete mares. Foi com muita alegria que em maio último atendi ao convite para revisitar a hospitalidade em alto mar da Oceania Cruises na inauguração do Oceania Vista, o mais premium de todos os seus navios – e a primeira grande inauguração da companhia em mais de dez anos.

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Oceania Vista
Oceania Vista. Foto: Mari Campos

Fisicamente ligeiramente maior mas com menor capacidade de hóspedes, o belo Oceania Vista é a primeira embarcação da nova série Allura da frota da armadora. O novo navio para até 1200 passageiros possui 100% cabines com varanda, espaços públicos mais sofisticados, décor irrepreensível nas cabines concierge, novas cabines para solo travellers, novidades gastronômicas e é, sem dúvidas, o passo definitivo da companhia para entrar no mercado de luxo das navegações.

A chegada do Vista foi tão aguardada por cruzeiristas que seus itinerários pelo Mediterrâneo durante o verão europeu já estão quase todos esgotados. Depois, o novo navio seguirá também para Canadá, México e Caribe, e terá itinerários nos mares Egeu e Adriático, incluindo Turquia, Grécia e Terra Santa, no ano que vem. Mais detalhes e informações no site da Oceania Cruises.

Em tempo: vale reservar viagens com a armadora um tico mais mais adiante. A Oceania Cruises deve anunciar em breve que as reservas efetuadas a partir de 1/7/2023 em seus navios virão com seus ótimos pacotes de bebidas e outros benefícios extras já incluídos em todas as tarifas. A ideia é que, como eles mesmos definem, seus navios não sejam all inclusive, mas cada vez more inclusive.

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A HOSPITALIDADE EM ALTO MAR DA OCEANIA CRUISES: laços de família

A Oceania Cruises é uma armadora de cruzeiros diferente de qualquer outra do mercado. Hoje parte da gigante NCL (holding que inclui também a Regent Seven Seas), a Oceania é e sempre foi antes de mais nada uma empresa familiar, fundada em 2002 por Frank Del Rio (de origem cubana e com base em Miami), associado a Joe Watters e Bob Binder. A madrinha de seu primeiro navio foi a própria esposa de Del Rio e Frank Del Rio Jr., filho do casal que desde o começo da armadora trabalhou ligado a ela, é quem assume a companhia a partir de agora.

A viagem inaugural pelo Mediterrâneo e a cerimônia de batismo do Oceania Vista em Valetta, Malta, deixaram essa paixão familiar bem clara, com discursos extremamente pessoais e emocionados de membros da família no palco – entre atrações especiais que incluíram performances teatrais, queima de fogos e até um pocket show de Harry Connick Jr.

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Mas nem por isso o profissionalismo de toda a equipe é menos evidente. A Oceania Cruises é hoje a maior linha de cruzeiros premium do mundo (e famosa por seu apreço e dedicação às ofertas gastronômicas a bordo). Com foco no serviço personalizado, oferece a impressionante marca de dois funcionários para cada três passageiros e um chef para cada dez viajantes em seus navios. “Não conheço nenhum hotel no mundo tão bom quanto este navio”, entusiasmou-se Harry Sommer, CEO da NCL, durante o batismo da nova embarcação.

Harry comentou também, durante a coletiva de imprensa na véspera do evento, sobre o ritmo acelerado de reservas nos navios da armadora. “Desde agosto passado, e principalmente de novembro de 2022 para cá, o ritmo de reservas tem sido impressionante”, declarou. E foi apoiado por Frank Jr: “Para ser honesto, não imaginávamos que os negócios fossem se recuperar tão rapidamente quanto aconteceu”. Os negócios andam tão bem que em 2025 deve ser inaugurado o novo navio Allura, que já está sendo construído em Gênova.

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Como é o novo Oceania VISTA

A viagem inaugural do Oceania Vista apenas para convidados foi um belo cruzeiro pelo Mediterrâneo com escalas em destinos da Itália, França e Malta. O novo navio, o primeiro da nova classe Allura, marca os 20 anos de fundação da armadora e marca sua entrada em um novo nicho de cruzeiros.

O design contemporâneo trouxe apenas cabines externas, todas com varanda mobiliada e com ampla iluminação natural. Há mais gavetas e espaços para acomodação de pertences, mais entradas de tomadas e portas usb e usb-c, camas incrivelmente confortáveis (7a. geração do “ultra tranquility mattress”), carpetes de lã natural sem tingimentos e o feature mais elogiado a bordo: banheiros muito espaçosos, com box impressionantemente grandes para esta categoria de cruzeiro e bem-vindos rain showers. Tudo é automatizado/elétrico, do “do not disturb” à abertura das cortinas.

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As cabines Concierge trouxeram o mais interessante mix de cores das acomodações do navio e mimos extras, como lounge exclusivo 24h no deck 9, menu do restaurante principal no serviço de quarto, lavanderia gratuita (três bolsas por itinerário), itens passados sem custos. De olho nos solo travellers, essa categoria de cabines também traz no Oceania Vista esperadas unidades individuais (ainda que com cama single).

A busca pelo design contemporâneo mas longevo se reflete também nos espaços públicos, com muita madeira e muitas curvas. A piscina é pequena mas conta com amplo deck externo, área molhada com deliciosas espreguiçadeiras “over the water” e duas jacuzzis. Tem ainda um belo Aquamar Spa + Vitality Center (com terraço exclusivo com mais duas jacuzzis, além de saunas, academia, salão de beleza, lounges e salas de tratamento), teatro com performances especiais todas as noites, o maior culinary center da indústria de cruzeiros e um art studio com artista residente.

Apesar do tamanho e da capacidade para tantos passageiros, a sábia arquitetura do Oceania Vista não deixa transparecer em nenhum momento a sensação de “lotado” – mesmo que todas as cabines estivessem utilizadas durante a viagem inaugural. Ao contrário dos navios maiores, o próprio deck da piscina do Vista estava sempre tranquilo e era sempre possível encontrar uma cabana ou espreguiçadeira disponível com facilidade.

Embarques e desembarques também ocorreram todos sem filas, atrasos ou estresse em todos os portos de escala, em grande parte graças também à excelente tecnologia de reconhecimento facial de passageiros e tripulantes, que funcionou perfeitamente durante toda a viagem.

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Paixão pela gastronomia – e pelos bons drinks

Com proporção inédita no nicho de um chef para cada dez hóspedes, o Oceania Vista deixa mais claro do que nunca a paixão da armadora pela gastronomia. Com a chancela The Finest Cuisine at Sea®, o novo navio oferece onze opções gastronômicas diferentes, incluindo três novidades em toda a frota: o delicioso Aquamar Kitchen, com menu de pegada “healthy” cheios de sabor e servido sempre à la carte; a padaria The Bakery, anexa ao Baristas, com eclairs, beignets e outras delícias doces e salgadas servidas ao longo do dia; e o restaurante Ember, inspirado em pratos clássicos norte-americanos, do mac&cheese ao NY Steak. Os restaurantes mais tradicionais ganharam “private rooms” que podem ser 100% privatizados.

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Assim como nos demais navios da frota, todos os restaurantes estão incluídos na tarifa dos cruzeiros, sem qualquer cobrança extra ou taxa de reserva para as refeições. Além dos restaurantes citados acima, o Oceania Vista traz ainda o belo Grand Dining Room, cujo refinado menu sempre à la carte muda todos os dias; o Polo Grill, com grelhados em cortes nobres de carne (inclusive Wagyu), peixes, lagosta e outros frutos do mar; o adorável Toscana, com caprichado menu italiano e um imperdível “carrinho de azeites”, com duas dezenas de variedades extra virgem; delicioso Red Ginger, com impecável menu asiático que inclui também menu exclusivo de hashis; o descompromissado Waves Grill, para saladas e lanches ao lado da piscina (e com ótima estação de sorvetes artesanais); o buffet Terrace Café, aberto em todas as refeições e chá da tarde à inglesa e finger food no simpático Horizons. Além disso, o café da manhã servido na cabine também está sempre incluído.

Águas, refrigerantes, sucos, cafés e chás estão sempre incluídos em todos os itinerários e navios da armadora. Mas uma novidade importante do Oceania Vista é o novo programa de mixologia, focado em coquetéis mais elaborados e experiências exclusivas para fãs de rótulos raros. A mudança de approach neste setor é tão significativa que deve migrar em breve para todos os navios da armadora.

O pacote Premium de bebidas (hoje opcional pago à parte, mas que deve passar a ser incluído em todos os itinerários nas reservas efetuadas a partir de julho) inclui não apenas vinhos e todos os drinks regulares de todos os bares do navio como também todas as criações exclusivas do excelente Founders Bar – craque também em smoked cocktails. Embora o Martinis, o Pool Bar e o Horizons sejam os bares principais do navio, recomendo muito (mesmo!) fazer do Founders Bar o endereço certeiro do drink pre/post dinner; a qualidade dos coquetéis elaborados ali é realmente bastante superior.

O Oceania Vista traz também – embora infelizmente não os tenha utilizado durante a viagem inaugural – os “carrinhos” The Bubbly Bar, com coquetéis que têm champagne ou espumantes como base, e Casino Bar, com seleção especial de bourbons e ryes, para preparação de drinks na própria mesa do hóspede.

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Oceania Vista
Oceania Vista. Foto: Mari Campos

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Boas novas Em sustentabilidade

O Oceania Vista chega mais focado em sustentabilidade, com abolição de plásticos de uso único, motores mais eficientes e parcerias importantes com pequenos e médios fornecedores em diferentes partes do mundo para conseguir ingredientes frescos e de primeira linha. Além disso, tentam trabalhar nos portos de escala com receptivos menores e/ou familiares.

Todas as cabines e restaurantes têm água com e sem gás produzida pelo próprio navio e acondicionada em grandes garrafas de vidro; e todos os hóspedes recebem garrafas reutilizáveis para utilizarem durante os passeios.

A Oceania Cruises criou também um plano de metas que espera ter zero emissões em 2050. Ainda é pouco, sabemos; mas é um passo importante no segmento, sobretudo em uma armadora em franca expansão.

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Azamara Pursuit

A hospitalidade em alto mar dos cruzeiros AZAMARA

Sou e sempre fui fã de cruzeiros de pequeno e médio porte. Cada nova oportunidade de viajar por alguma região do planeta por via marítima me agrada profundamente, seja conhecendo destinos pela primeira vez ou revisitando destinos queridos. E cada chance de conhecer novos navios e novas armadoras também me é extremamente prazeroso. Em fevereiro último, pude finalmente conhecer a hospitalidade em alto mar dos cruzeiros Azamara, navegando em um de seus quatro navios: o Azamara Pursuit.

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Foi com o Azamara Pursuit que naveguei por 16 dias em um itinerário Buenos Aires-Buenos Aires, visitando destinos da Argentina, Uruguai e, majoritariamente, Brasil. A Azamara Cruises é uma operadora de cruzeiros upscale bastante informais, que tem navios de médio porte, para cerca de 700 passageiros (neste meu cruzeiro éramos exatamente 639 viajantes a bordo).

Seus navios são mais antigos, construídos ainda na década de 1990. Mas são bastante confortáveis em geral, com alta proporção de staff por hóspede e com boa relação espaço por passageiro. A companhia é famosa também por sempre incluir pernoites em alguns portos de escala de suas viagens e por suas “AzAmazing Evenings”, um grande evento externo em um dos destinos do cruzeiro (um por viagem) para o qual todos os passageiros são convidados. 

Na minha viagem, um cruzeiro cuja grande estrela era uma longa escala de 3 dias no Rio de Janeiro em pleno Carnaval, a Azamazing Evening foi um excelente espetáculo sobre a história do Carnaval no belo Teatro Solís, em Montevidéu, numa deliciosa noite de verão.

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Azamara: cruzeiros upscale com ótimas inclusões

A Azamara Cruises tem roteiros por quase todo o mundo, anualmente tem navios viajando pela América do Sul e é representada no Brasil pela R11 Travel. No começo da pandemia, a armadora foi vendida pelo Royal Caribbean Group para a Sycamore Partners. Seus outros navios são Azamara Quest, Azamara Journey e Azamara Onward.

A armadora, distante tanto dos cruzeiros de luxo quanto dos cruzeiros de massa, foca muito num nicho de passageiros que costumam ser viajantes frequentes e preferem cruzeiros em navios menores, ambiente bastante informal e com maior foco nos destinos visitados – e majoritariamente over 60s.

Suas escalas costumam ser bastante longas, mesmo quando não incluem pernoite, com o navio chegando cedo e frequentemente partindo apenas no comecinho da noite. No meu itinerário tivemos um pernoite em Montevidéu e dois no Rio, e escalas também em Santos, Ilhabela, Paraty, Búzios e Punta del Este.

Os cruzeiros upscale da Azamara não operam com tudo incluído nem se assemelham aos cruzeiros de alto luxo do mercado; mas todas as suas saídas têm algumas inclusões importantes, que dão bom balanço à relação custoXbenefício de seus itinerários. Seus navios possuem cabines internas, externas, externas com varanda e algumas suítes mais completas. Em todas elas, há banheiro privativo, quarto e uma pequena saleta com poltrona, mesinha e área de trabalho.

As cabines em geral são enxutas, com o básico, e com banheiros bastante pequenos. Então é altamente recomendável reservar uma cabine com varanda, o que faz bastante diferença na sensação de espaço ao longo da viagem. As varandas são simpáticas, com mesa e um par de cadeiras, excelentes para café da manhã e outras refeições in-room.

Não há minibar (mas o camareiro consegue agua com e sem gas e refrigerantes, se o passageiro pedir) nem facilidades de café/chá nas cabines; e somente as suítes mais luxuosas têm serviço de mordomo.

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Destaque para a gastronomia

Estão incluídas todas as refeições à bordo, exceto as realizadas nos chamados “restaurantes de especialidades” (Aqualina e Prime C, um italiano e uma steakhouse, que cobram US$35 de taxa de reserva por passageiro, por refeição). Não há noites formais a bordo e o código de vestimentas, mesmo para o jantar, é extremamente casual.

As inclusões se limitam a um restaurante formal à la carte, o Discoveries, cujo menu muda todo jantar; um grill à beira da piscina, o The Patio, cujo menu é sempre o mesmo e tem apenas pratos rápidos e sanduíches; e um restaurante buffet, o Windows Cafe, que tem parte do menu modificada a cada refeição.

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O Discoveries abre para café da manhã e jantar à la carte, o The Patio abre para almoço e jantar com apenas snacks e pratos rápidos, e o Windows Café abre para café, almoço e jantar com buffet temático. Há ainda um gostoso e providencial café – o Mosaic Café – que serve o dia todo espressos, lattes, capuccinos e petiscos doces e salgados no deck 5, aproveitando o entorno da escadaria que leva à recepção. E o The Living Room também tem um micro buffet de “bites” praticamente o dia todo.

Há um providencial serviço de quarto incluído, disponível 24h por dia. Mas vale saber que o serviço de toalha de mesa no room service estranhamente funciona apenas para o café da manhã; no almoço e no jantar não é entregue nem jogo americano para a refeição.

A hora do jantar é quando encontramos o serviço mais caprichado a bordo, tanto no restaurante principal quanto, principalmente, nos restaurantes de especialidades. Os jantares foram todos realmente muito bons, há boa oferta de opções vegetarianas e o restaurante principal tem alguns pratos que estão disponíveis todas as noites, inclusive escargots.

Importante saber que o restaurante principal, Discoveries, é sempre bastante cheio e disputado (e às vezes um tanto barulhento) no jantar. Como não existem turnos para o jantar e funciona em sistema first come, first served, toda noite costuma ter filas bastante grandes em parte do horário – o ideal é ir logo que abre ou já mais próximo do final do horário de admissão. Já os dois restaurantes de especialidades, que trabalham obrigatoriamente com reservas prévias com hora marcada, encontrei sempre bastante tranquilos, pouco cheios e silenciosos.

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Vários ambientes pensados para a socialização

Há diferentes bares a bordo (o Spirits, no deck 5, é de longe o melhor de todos eles, inclusive com os melhores bartenders), um pequeno mas satisfatório menu de room service gratuito e disponível durante todo o dia, e o menu de café da manhã na cabine é bastante completo e variado.

Estão incluídas para todos os passageiros, em qualquer tipo de cabine, diferentes bebidas durante as refeições e também ao longo do dia todo, mas limitadas a tipos e rótulos específicos de vinhos (8), espumante (1), destilados (9), coquetéis (20), cervejas (5), refrigerantes, água com e sem gás e cafés. As gorjetas estão sempre incluídas. 

Para o entretenimento, a clássica Trivia acontece todos os dias, mas não há cassino a bordo. O Cabaret Lounge recebe em algumas noites performances musicais e em outras vira cinema. Há uma pequena piscina com duas jacuzzis ao ar livre no deck 9, com uma grande área de solário. O navio conta também com academia e spa próprio, com tratamentos e serviços cobrados à parte, mediante agendamento. Eventuais jogos de bingo e degustações de vinhos, uísques etc são sempre cobrados à parte.

À noite, há diferentes ambientes com música ao vivo e todos os itinerários contam com uma White Night Party, um evento realizado no deck da piscina para apresentação da tripulação aos passageiros. É sugerido que todos usem branco, há banda ao vivo e um buffet especial para quem quiser jantar ali, al fresco.

Wifi, tours, transfers e quaisquer outros serviços são todos cobrados à parte. No entanto, há uma lavanderia self-service no Deck 7, de uso liberado e bastante bem-vinda (e disputada). O wifi a bordo é razoável, mas tem um custo alto: US$29.95 por dia (avulso) ou US$19,95 por dia para quem comprar o pacote para todos os dias da viagem.

Crianças são bem-vindas a bordo e havia algumas delas na minha viagem, sim; mas vale saber que não há kids club nem qualquer tipo de programação especial para elas.

Para embarcar em um cruzeiro da Azamara Cruises, é obrigatório estar 100% vacinado contra a Covid-19; além desse, não existem outros protocolos especiais a bordo e nem passageiros nem tripulantes utilizam máscaras em nenhum momento. Na minha viagem, o valor por passageiro com todas as inclusões acima descritas era a partir de US$2.990,00.

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Scenic Eclipse

A hospitalidade do iate Scenic Eclipse

Armadora de cruzeiro séria entende que seu principal negócio é a hospitalidade e não o entretenimento. Não é por acaso que navios de cruzeiros são frequentemente descritos pelo clichê “hotéis flutuantes”. Apesar das armadoras dos grandes cruzeiros comerciais de massa infelizmente se esquecerem disso hoje em dia, é sempre recompensador ver que as armadoras de luxo e embarcações de pequeno porte mantêm vivo o princípio de seus negócios. Por isso mesmo, foi um prazer descobrir a hospitalidade do iate Scenic Eclipse.

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Idealizado pelo casal australiano Glen e Karen Moroney, o Scenic Eclipse (representado no Brasil pela Velle Representações) foi o primeiro super iate do mercado que nasceu 100% destinado a cruzeiros comerciais (hoje, diversas redes hoteleiras estão seguindo essa onda, como Ritz-Carlton, Four Seasons e Aman). Donos da Scenic Luxury Cruises, famosa por cruzeiros fluviais, em 2019 decidiram lançar o Eclipse, um super iate para apenas 228 passageiros (200 nas regiões mais remotas), focado principalmente em cruzeiros de luxo pelos pólos – com direito a submarino e dois helicópteros próprios para algumas das expedições.

Mesmo com o baque da pandemia logo após o lançamento, o Eclipse deu tão certo que nesse 2023 Moroney lança o Scenic Eclipse II, uma versão ainda melhor do primeiro iate. Juntas, as duas embarcações chegarão a 50 países diferentes com seus itinerários – e abrirão caminho para o lançamento de outros iates da Scenic no futuro próximo.

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A hospitalidade do iate Scenic Eclipse

Em outubro do ano passado, tive o prazer de finalmente embarcar no Scenic Eclipse e fazer uma de suas premiadas viagens de expedição. Apesar do meu roteiro ser mais um itinerário de reposicionamento da embarcação rumo à Antártica que um cruzeiro de expedição de fato, tive a chance de conhecer a fundo os serviços, acomodações, espaços públicos, inclusões e, claro, a elogiada gastronomia do Eclipse ao longo da minha viagem.

Em um itinerário de Lima, no Peru, a Valparaíso, no Chile, foram oito deliciosas noites a bordo – mais duas em terra, com hospedagem também incluída no valor do cruzeiro -, com um adendo muito particular e especial: éramos menos de cinquenta passageiros a bordo no total, criando uma relação staff x hóspede sem precedentes na indústria.

E o serviço é mesmo caprichado e afinado, incluindo mordomo dedicado para todas as acomodações. O excelente staff, dos camareiros aos garçons, das recepcionistas aos guias (chamados ali de “discovery team”), é rápido em memorizar nomes e preferências e muitos deles são realmente capazes de antecipar desejos e necessidades dos hóspedes.

O staff, grande responsável pela boa hospitalidade do iate Scenic Eclipse, parece realmente contente com a proposta de trabalho a bordo – inclusive pelos contratos de duração mais curta que o habitual do mercado e pelo fato de 75% das cabines de tripulação serem single, uma raridade na indústria.

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Cruzeiros tudo incluído

Todos os cruzeiros do Scenic Eclipse operam em sistema “super all inclusive”. E está mesmo quase tudo incluído no valor da tarifa, sem pegadinhas ou surpresas – apenas tratamentos no spa e os passeios de submarino e helicóptero são cobrados à parte.

Isso quer dizer que, no valor divulgado e pago pelo hóspede, estão incluídas todas as refeições em qualquer restaurante da embarcação (sem taxa de reserva para nenhum deles), bar aberto (inclusive para os 135 rótulos de uísque orgulhosamente ostentados pela embarcação), minibar personalizado, room service 24h, todas as atividades a bordo, todas as gorjetas, passeios em todas as escalas, todos os transfers e wifi a bordo.

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Em alguns dos itinerários, voos domésticos e noites de hotel pré e pós cruzeiro estão incluídos também (na minha viagem, tínhamos todos uma noite de hotel incluída com café da manhã tanto em Lima quanto em Santiago). E o iate tem ainda um delicioso spa de 550m2 com ótimas saunas, uma pequena piscina (esteve interditada durante a minha viagem), duas jacuzzis ao ar livre, academia, sala de yoga e pilates e mud room para as expedições polares.

Há lavanderia self-service a bordo aberta para todos os passageiros e as suítes têm serviço completo de lavanderia incluído. O super confortável teatro a bordo, palco das palestras diárias e eventual entretenimento noturno protagonizado pelo jovem diretor do cruzeiro e sua assistente, é equipado grandes poltronas de couro giratórias (algumas delas têm providenciais controles extras para pés e cabeceira).

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Cabines cheias de conforto

O Scenic Eclipse funciona como um belíssimo hotel boutique sobre as águas. Curiosamente não há nenhum tipo de amenidade de boas vindas aos hóspedes; mas as cabines, com decoração minimalista, são extremamente confortáveis e aconchegantes, mesmo com os tons mais escuros, incomuns ao mercado.

Espaçosas e subdivididas em diversas categorias (ali apenas as categorias mais altas são chamadas de suítes), todas elas contam com varandas mobiliadas, mordomo, quarto e living separados, minibar customizado (incluindo destilados), máquina de café espresso, secadores Dyson e amenidades ESPA dispostas de maneira sustentável, em grandes displays. 

É preciso destacar a qualidade das camas do Eclipse: das cabines mais simples às suítes mais luxuosas, todas são equipadas com a “Eclipse bed”, customizada especialmente para o iate, enorme, com amplo menu de travesseiros e com controles individuais de movimento, cabeceira e pés para cada hóspede.

Os banheiros não são dos maiores, mas são bastante satisfatórios, com excelentes chuveiros. Ainda que tenham espaço para guardar itens e nécessaires, faz bastante falta não ter balcão ao redor da pia nem chinelinhos de quarto. As cabines maiores, chamadas de suítes, têm belas banheiras.

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A enorme TV tem ampla variedade de canais; mas vale saber que fica “escondida” no espelho do living room, tornando tarefa praticamente impossível assisti-la da cama nas cabines mais simples. Nas cabines standard também há espaço reduzido para acomodação de pertences, roupas e afins, já que são apenas duas portas de armário disponíveis por cabine dupla.

Mas, no geral, seguindo a boa hospitalidade do iate Scenic Eclipse, as cabines são tão gostosas que boa parte dos hóspedes decide de bom grado passar um bom tempo nelas, seja lendo, descansando ou tomando um belo drink com vista na varanda. E, como o Eclipse não possui nenhum serviço à la carte completo de café da manhã nos restaurantes, pedir o café de manhã na cabine é definitivamente um must do na viagem toda, seja no confortável living ou nas deliciosas varandas, com vista para o mar o porto.

Um fato curioso: mesmo navegando com menos de 50 passageiros a bordo (ao invés de 228) e tendo boa parte de suas cabines premium e suítes desocupadas, não foi feito nenhum tipo de upgrade para hóspedes das cabines mais simples nem pré nem durante a viagem.

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FOCADO EM AVENTURA E DESCOBERTAS

No itinerário de Lima a Valparaíso tivemos diferentes escalas no Peru e no Chile (perdemos apenas uma, graças a uma greve portuária no país), todas com duas opções de tour (sempre em van) incluídas para todos os passageiros.

Foram em geral visitas breves a pontos diferentes de um mesmo destino contemplando belas paisagens aliadas a algo de natureza e algo cultural da região. Deserto, vinhedos, cidadezinhas, costa, parques nacionais, museus e até destilaria de pisco fizeram parte da programação, liderada sempre por parte do discovery team e alguns guias locais.

Criado para cruzeiros de expedição nos pólos, o Scenic Eclipse opera em diferentes destinos mas seu grande potencial se revela nos itinerários pela Antártica, Ártico e Alasca.  É nesses roteiros de expedição propriamente dita que o iate coloca de fato em uso seus zodiacs, caiaques, pranchas de SUP, submarino e helicópteros (que acabaram ficando todos de fora durante o cruzeiro que fiz). 

Uma bela adição do Eclipse que vale mencionar é sua política de “open bridge”, com a ponte de comando aberta à visitação de hóspedes a qualquer hora do dia ou da noite – algo que nunca vi em nenhuma outra armadora.

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até 10 opções gastronômicas diferentes

A gastronomia no Scenic Eclipse merece mesmo todos os elogios que arrebata de hóspedes e do trade. Aliás, acaba de ser premiada como melhor serviço de gastronomia em cruzeiros de expedição pela Cruise Critics e como melhor navio para jantar pela World Cruises Awards. O ambiente a bordo é sempre bastante informal, dia e noite. Não há restrições de vestimenta nem mesmo para o jantar, nem noites formais a bordo.

As opções são fartas e variadas, com excelente execução de pratos em todos os restaurantes – e não há cobrança de taxa extra para nenhum deles. Como são todos bastante pequenos, em vários deles é preciso fazer a formalidade da reserva prévia, como o francês Lumière, o sushi bar Koko’s Sushi e o teppanyaki Night Market. O Elements e o Koko’s têm política de open seating todas as noites.

Há ainda room service 24h, o gostoso Azure Café para refeições rápidas e cafés (e excelentes pavlovas!) e o buffet Yatch Club. A única opção gastronômica que funciona apenas para convidados (e é geralmente restrita às suítes mais luxuosas) é a Chef’s table, uma mesa alocada ao lado da cozinha, com paredes de vidro, que recebe todas as noites apenas dez comensais para um menu degustação fixo – e cheio de espumas, fumaças e mise-en-scène – elaborado e servido pelo próprio chef executivo, Alexander Parahovnik.

Mas essas opções gastronômicas funcionam mesmo só para o jantar. Durante o dia, as únicas opções disponíveis são o buffet do Yacht Club, os pratos rápidos do Azure Café e o room service; faz bastante falta um restaurante à la carte para café da manhã e almoço, um problema que talvez o Eclipse II solucione.

O iate tem apenas um bar principal, no Scenic Lounge, onde fica também a impressionante coleção de 135 uísques montada pelo próprio CEO da companhia – e disponível por completo aos hóspedes, sem qualquer custo extra. Nos dias de bom tempo, um pequeno bar externo funciona também durante a tarde.

O Scenic Eclipse tem ainda o excelente Épicure, um espaço construído especialmente para ótimos workshops de cozinha e degustações de vinhos e uísques a bordo. E o Observation Lounge tem um delicioso “bar” self service de Kusmi Tea.

Importante: reforce também no check in todas as suas restrições alimentares; no meu cruzeiro, muitas delas não foram repassadas pela equipe de vendas para a equipe a bordo.

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Esforços sustentáveis

Um upside importante é que o Scenic Eclipse tem feito esforços sustentáveis significativos desde sua primeira viagem. O iate utiliza somente combustível limpo, tem sistema de posicionamento dinâmico ao invés de âncoras (que podem danificar o fundo do mar e colocar em risco a vida selvagem), abandonou a maioria dos plásticos de uso único, deixa avisos nas cabines em nanotablets ao invés de papel e tem uma política realmente de zero desperdício na cozinha (alimentos que poderiam ser descartados são transformados em pó e reaproveitados em espumas, coulis, caldos e decoração de pratos).

O mobiliário priorizou materiais sustentáveis, há bom aproveitamento de luz natural em muitos dos ambientes, as cabines têm garrafas de vidro com água filtrada e todo hóspede recebe também garrafas reutilizáveis para carregar nos passeios.

Bastante seguro e estável, tem um revolucionário sistema de propulsão Azipod com dois motores capazes de rotar 360 graus de maneira independente e um sistema de monitoramento por câmeras que espalha quase duas centenas delas por todo o iate. Realmente uma beleza de embarcação.

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O wifi do iate é excelente na maior parte do tempo, sem qualquer limite de utilização ou velocidade. Em todas as escalas da viagem, utilizei o chip internacional de celular da O Meu Chip, que também funciou perfeitamente bem, inclusive em reservas naturais afastadas e no meio do deserto. Há chips internacionais para os mais diferentes destinos neste link e o cupom MARICAMPOS dá pelo menos 15% de desconto em qualquer um deles. 

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