Habitas Atacama

Review: Habitas Atacama

Você seguramente já ouviu falar da rede Our Habitas, mesmo que não identifique de imediato: o ultra “instagramável” Habitas AlUla, sua mais famosa propriedade, virou um case nas redes sociais desde sua inauguração, no finalzinho de 2016, na Arábia Saudita. Mas o grupo já tinha outras propriedades hoteleiras abertas desde 2016 e inaugurou no final do ano passado a décima delas: o Habitas Atacama.

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A marca vem crescendo rapidamente com hotéis descolados e sustentáveis em diferentes destinos e continentes, geralmente rodeados por natureza de beleza arrebatadora. E várias outras inaugurações previstas, além de boatos de uma propriedade sendo viabilizada também no Brasil.

Tive o prazer de ser convidada para conhecer com exclusividade, e em primeira mão para o mercado brasileiro, o Habitas Atacama no comecinho do fevereiro. A primeira propriedade da Our Habitas na América do Sul vem se mostrando diferente da maioria das propriedades inauguradas em alguns quesitos, da propriedade em si à forma como visitantes a usufruem em relação ao destino (o que tem sido certo desafio).

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Como é se hospedar no Habitas Atacama

O Habitas Atacama, ao contrário da maioria das demais propriedades do grupo, não foi construído pela Our Habitas; trata-se de um take over. Ele ocupa as mesmíssimas instalações do antigo hotel Altiplanico, construído imitando uma pequena vila atacameña com cada acomodação simbolizando uma casinha de adobe diferente. Mas o grupo garante que segue a operação sustentável comum à marca.

A localização do hotel é excelente: fica a apenas dez minutos de caminhada da Calle Caracoles, o verdadeiro coração de San Pedro de Atacama, dia e noite. São 51 acomodações no total, todas com varandinhas ou alpendres privativos, com diárias que incluem unicamente café da manhã.

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As acomodações, aliás, continuam (ao menos por enquanto) iguaizinhas por dentro e por fora ao que eram no antigo hotel. Mesma decoração nas paredes, mesmos banheiros, mesmos móveis internos e externos. O décor, apesar do repeteco, é bastante simpático e repleto de elementos artesanais locais.

Mas vale saber que as acomodações do Habitas Atacama são bastante quentes e não contam nem com ar condicionado nem ventiladores de teto por enquanto. Eles cedem apenas pequenos ventiladores de chão aos hóspedes que pedem.

Há água cortesia nos quartos, mas não há serviço de chá e café. O espaço para acomodar bagagens e pertences é bastante limitado – no meu quarto, por exemplo, existia apenas uma estante com quatro pequenas prateleiras quadradas (uma delas completamente tomada pelo cofre e outra pelos roupões) e nada mais. Não havia nem suporte para mala, muito menos suporte de ganchos ou cabides para pendurar a roupa.

Apesar da propriedade ter iniciado o soft opening já há alguns meses, a gente vê que ainda faltam muitos detalhes, sobretudo na acomodação; desde suportes simples (como copo para colocar escova de dentes, saboneteira etc) a amenidades em geral (o banheiro não oferece absolutamente nada além de shampoo, condicionador, sabonete e hidratante).

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Destaque para a gastronomia

As novidades trazidas pela Our Habitas à propriedade foram a criação de uma série de espaços bem gostosos para relax e/ou convívio social. Os hotéis do grupo costumam caprichar nos espaços públicos, já que são sempre pensados para viajantes que querem passar um bom tempo relaxando e descansando no local e não apenas explorando o destino visitado.

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Dos muitos pequenos lounges ao ar livre, com pufes, almofadas e poltronas entre a vegetação local, à pequena e tão acolhedora piscina, são todas áreas muito convidativas, cheias de charme e sossego. Perfeitas para ler, tomar um café ou drink, bater papo com outros viajantes.

O hotel tem também uma pequena academia ao ar livre e um pequeno spa com local próprio para temazcal. E oferece aos hóspedes duas atividades gratuitas por dia: uma de bem-estar físico (como aulas de yoga e pilates) e outra cultural (como workshop de mixologia, observação de estrelas ou pequenas apresentações musicais).

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Por enquanto, o grande destaque do Habitas Atacama fica por conta da gastronomia. As diárias incluem apenas um pequeno buffet de café da manhã com ovos à la carte. Mas os menus de almoço e jantar (pagos todos à parte, assim como bebidas em geral) do restaurante Alma são realmente ótimos, valorizando pratos de cozinha local, sazonal e consciente, evitando desperdícios e com várias veganas e vegetarianas também. E com excelente apresentação, diga-se de passagem.

Gostei bastante de tudo que comi, com destaque para saladas e pratos frios e crus em geral. E o staff do restaurante também é bastante querido. O bar anexo ao restaurante também propõe drinks e chás que utilizem majoritariamente plantas e ervas locais, numa proposta interessante (e com mocktails disponíveis). E um bem-vindo filtro de água com e sem gás para abastecer gratuitamente hóspedes que tenham suas próprias garrafinhas reutilizáveis.

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Desafios locais

O Habitas Atacama é o primeiro hotel da Our Habitas que coloca os turistas brasileiros na mira de prioridades. Afinal, somos responsáveis pelas altas taxas de ocupação de diversos hotéis de San Pedro de Atacama durante todo o ano, sobretudo no mercado de luxo.

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Mas o Habitas Atacama se diferencia bastante dos hotéis que mais fazem sucesso entre brasileiros por lá, como Explora, Tierra e Nayara, por exemplo. Primeiro, pelo custo, com diárias que começam em US$350,00. Depois, pelas inclusões: enquanto os outros, apesar de muito mais custosos, incluem transfers, refeições, bebidas e todos os passeios, o novo hotel da Our Habitas incluem unicamente o café da manhã.

A ideia da chegada ao Atacama de um hotel de alto padrão que não tenha tudo incluído é extremamente bem-vinda. Não existe mesmo nada similar a ele no destino e o Habitas Atacama vem preencher uma lacuna importante.

Por outro lado, com as propriedades do grupo sendo geralmente pensadas para os hóspedes passaram a maior parte do tempo ali mesmo, no Atacama eles seguramente estão enfrentando um desafio extra. Afinal, quem visita o deserto chileno, por mais que aprecie o ócio e o descanso no hotel, quer também conhecer suas mais famosas (e realmente imperdíveis) atrações – que são muitas. E nesse ponto ainda não estão afinados.

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O Habitas Atacama, que ainda estava sem gerente geral durante a minha visita e recebeu o novo profissional logo depois, trabalha única e exclusivamente com os tours de um receptivo local chamado Trekana. Mas eu mesma fiz um tour através deles ao Salar e foi bastante ruim e superficial.

Tive a má sorte de estar no destino em uma semana de muito mal tempo. Mas tentei fazer outro tour com eles, sob a alegação que o anterior tinha sido um erro excepcional, mas os funcionários do hotel (recepção e concierge) não conseguiram encontrar um único tour disponível para mim, nem privativo nem compartilhado, ao longo de dois dias inteiros – e tive que me virar sozinha.

Minha recomendação, neste momento, é que viajantes brasileiros já reservem passeios diretamente com seu agente de viagens no Brasil, antes de embarcar para o Chile. Ou que recorram às agências e receptivos da Calle Caracoles no primeiro dia da viagem.

No mais, um hotel cheio de potencial para oferecer excelentes experiências de imersão no destino – e que deve estar tinindo para as férias de julho.

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Buenos Aires

A hotelaria da Recoleta e os brasileiros

Passam-se os anos, surgem novos hotéis, outros bairros e vizinhanças mais descolados na cidade, mas a Recoleta, em Buenos Aires, parece seguir firme como majestade entre viajantes brasileiros. De acordo com diversas agências de viagem e levantamentos recentes de OTAs, a hotelaria da Recoleta porteña e os brasileiros continuam compondo um casamento que dá samba – inclusive para muitos visitantes recorrentes da capital argentina.

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A Recoleta é frequentemente apontada como o bairro preferido de turistas internacionais em visita a Buenos Aires – e não apenas brasileiros. Afinal, é um bairro quase tão central quanto o próprio Centro (ou o chamado Microcentro), sem os perrengues e questões de segurança frequentemente relatados por quem se hospeda ali.

Com bela arquitetura, clássicos e contemporâneos cafés, frequente sensação de segurança e ampla oferta em gastronomia, lazer, consumo e vida noturna, a Recoleta é considerada pela maioria dos turistas e moradores de Buenos Aires como o bairro mais agradável para caminhar. E ainda por cima tem fácil acesso (seja em táxis ou carros de aplicativo) a outros bairros queridinhos dos turistas, como Palermo, Villa Crespo ou San Telmo.

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Casa Lucia
Casa Lucia. Foto: Divulgação

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A hotelaria da Recoleta e os brasileiros

Nas últimas duas décadas, o bairro da Recoleta viu a hotelaria de luxo se consagrar ali como rainha absoluta, da super repaginação do belo e contemporâneo Four Seasons Buenos Aires e da chegada do impecável Park Hyatt Palacio Duhau à abertura de diversos novos hotéis boutique.

Acaba de ser inaugurado ali, aliás, em plena calle Arroyo, o elegante hotel Casa Lucia, parte do portfólio da Small Luxury Hotels. Localizado em um lendário edifício que é referência na arquitetura argentina, o novo hotel deve se tornar em breve figurinha frequente na lista de desejos brasileiros na cidade.

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Com um imponente lobby e décor refinado e mais masculino, o Casa Lucia promete conquistar os brasileiros também pelo estômago através do restaurante Cantina, de culinária argentina, e do charmoso bar Le Club Bacan.

Apartamentos de temporada instalados em diferentes pontos da Recoleta também costumam ter alta ocupação o ano todo e há também diversas opções de hospedagem econômica dentro dos limites do bairro.

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A supremacia do “classicão”

Curiosamente, mesmo com tantos hotéis mais contemporâneos (e mais novos!) abertos na Recoleta, o estilo “clássicão”, de décor mais antigo e pesado, ainda comum a diversas propriedades do bairro, segue fazendo bastante sucesso entre brasileiros.

O Alvear Palace Hotel é um bom exemplo. O mais tradicional hotel da cidade – e um dos mais icônicos do país até hoje – já não tem mais a supremacia de antes, mas continua arrastando uma legião de hóspedes bastante fiéis.

Instalado na avenida de mesmo nome e membro do prestigioso portfólio da Leading Hotel of the World (que reúne centenas de hotéis, resorts e spas independentes em mais de 80 países), o hotel também está passando atualmente por reformas, inclusive restaurações exteriores.

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Buenos Aires
Foto: Mari Campos

O lauto café da manhã (incluído nas diárias) é famoso na cidade. Seu bar também está constantemente movimentado, como real ponto de encontro da elite argentina. E seu pomposo chá da tarde segue sendo atração turística para boa parte dos viajantes em visita a Buenos Aires.

O serviço ainda acontece todos os dias no Salão L’Orangerie às 17h, incluindo seleção de chás de Inés Berton, mini pâtisseries, finger sandwiches, scones, um pedaço de torta à escolha do cliente e uma taça de espumante nacional (42000 pesos, ou cerca de R$200 no câmbio blue).

Independente do número de comensais, é bastante recomendável reservar com antecedência (é possível fazê-lo no próprio site do hotel).

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Clássico também em versão mais turística

O estilo clássico, com mobiliário antigo e objetos pomposos na decoração, parece fazer sucesso entre brasileiros também em propriedades mais econômicas. Um bom exemplo é o Hotel Club Francês, localizado a duas quadras do Alvear Palace e frequentemente reservado por brasileiros via OTAs.

Localizado em um edifício histórico restaurado da Recoleta, na Rodriguez Peña, o hotel tem quartos e suítes antigos, todos diferentes entre si. Alguns contam com papel de parede rebuscado, outros com detalhes rococó no gesso; alguns com vista para o jardim, outros com vista para a movimentada rua.

O café da manhã é simpático, servido no pequeno jardim de inverno do hotel, com um buffet simples e pratos quentes à la carte incluídos. No último andar do Hotel Club Frances há um pequeno solário, sauna e ducha finlandesa.

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Mas o campeão dentre os hotéis da Recoleta presentes nos pacotes turísticos de agências brasileiras é o Loi Suites Recoleta. Localizado quase ao lado do Cemitério da Recoleta, seus quartos são espaçosos mas têm décor bastante básico, normalmente com paredes cinza ou bege. Alguns têm mini cozinha compacta e vista para a cidade.

O café da manhã, com serviço buffet e ovos feitos na hora, é servido no restaurante instalado no jardim de inverno – que, muito curiosamente, divide o mesmo teto também com uma pequena piscina coberta. O hotel conta também com academia e sala de relaxamento.

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Las Majadas

Review: Las Majadas

Santiago é velha conhecida dos brasileiros – mas também um destino de retorno frequente, seja para aproveitar um final de semana prolongado ou mesmo como parada estratégica antes ou depois de seguir para outros destinos chilenos, como Atacama ou Patagônia. Para quem já conhece bem Santiago, o hotel Las Majadas, em Pirque, é uma bela opção para explorar os arredores da capital chilena.

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Distante entre 45 minutos e 1h30 (dependendo do trânsito) desde o aeroporto internacional de Santiago, a pequena Pirque é rodeada pela beleza arrebatadora das montanhas andinas e território fértil em cachoeiras, cânions, rios, pequenos produtores orgânicos e, principalmente, deliciosas vinícolas.

Parte do seleto portfólio da The Leading Hotels of the World, a maior coleção de hotéis de luxo independentes do planeta, o Las Majadas faz uma estadia redondinha de duas noites para viajantes em trânsito a outras regiões chilenas.

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Como é o hotel Las Majadas, em Pirque, Chile

O hotel Las Majadas, membro da The Leading Hotels of the World, possui 50 acomodações distribuídas em um edifício contemporâneo (com toques modernistas) instalado em meio a um parque com mais de 1000 árvores, incluindo sequoias, araucárias, ciprestes, palmeiras e diversas outras espécies.

A propriedade de 8 hectares possui mais de 200 anos de história e um belo palacete restaurado. O hotel possui 50 acomodações, incluindo 6 suítes. Todos os quartos contam com bom espaço disponível, decoração minimalista e gostosas varandas com vista para o parque.

As estadias podem acontecer em sistema b&b, incluindo apenas o café da manhã, ou, mais interessante, em sistema “full experience”, que inclui todas as refeições, bebidas, minibar, transfers desde e para o aeroporto, e duas atividades por dia nos arredores ou no próprio hotel – incluindo trekkings, visitas a vinícolas, aulas de mixologia ou gastronomia etc.

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A propriedade tem apenas um único restaurante, o Sequoia, de design bastante básico e com a cozinha aberta para o salão. O restaurante funciona para café da manhã, almoço e jantar e abre também para não hóspedes.

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O café da manhã, antes servido à la carte, se converteu agora em café da manhã buffet; mas os hóspedes ainda podem pedir ovos (inclusive Benedict) e outros pratos quentes feitos na hora. Almoço e jantar são sempre servidos à la carte, com menus enxutos.

O palacete do século passado (de estilo francês, inaugurado originalmente em 1907 pelo arquiteto Alberto Cruz Montt) que faz parte da propriedade é utilizado para eventos empresariais; mas tem no subsolo um bar (em estilo taverna) que abre para os hóspedes em algumas noites da semana apenas. Nas noites em que abre, as bebidas para hóspedes do pacote full experience estão incluídas nas diárias.

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O Las Majadas tem também uma piscina externa (fria, e que só funciona durante o verão), uma pequena academia, saunas e duas salas de massagem. E há bicicletas para empréstimo também.

CLIQUE AQUI PARA CONFERIR DISPONIBILIDADE E VALORES DE ESTADIAS NO LAS MAJADAS

A Leading Hotels of the World reúne hoje mais de 380 propriedades independentes como o Las Majadas, localizadas em mais de 80 países, sendo considerada uma das mais importantes marcas internacionais ligadas à hotelaria de luxo.

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A hospitalidade em alto mar da Explora Journeys

No segundo semestre do ano passado, o segmento dos cruzeiros teve uma esperada e importante adição: a chegada ao mercado da Explora Journeys, a nova armadora de viagens marítimas de luxo. Parte do gigante grupo MSC mas 100% diferente da operadora de cruzeiros de massa, seu novo navio Explora I trouxe novo fôlego ao nicho de luxo apostando em um perfil diferente de hóspede: viajantes que não gostem de cruzeiros. Mas como é a hospitalidade em alto mar da Explora Journeys?

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O querido Rodrigo Vieira, aqui do Panrotas, foi o primeiro a conhecer o novo navio, participando da cerimônia de batismo da embarcação ancorada em Nova York (o relato completo dele está disponível aqui). Algumas semanas depois, tive o prazer de ser convidada para fazer um itinerário completo: a viagem inaugural do Explora I (o primeiro de uma anunciada frota de seis embarcações) no Caribe.

Durante oito dias, numa viagem de Miami a Porto Rico, pude conhecer e experimentar de fato todos os restaurantes, lounges e espaços comuns do navio (o mais bonito novo navio de 2023), assim como seus serviços gerais de hospitalidade e estruturas montadas para desembarque/embarque em cada escala do itinerário.

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A hospitalidade em alto mar da Explora Journeys

A Explora Journeys já nasceu com a ideia de criar cruzeiros para quem não gosta de cruzeiros. Mais que isso: essa decisão ousada e polêmica incluiu até mesmo evitar o uso da palavra “cruzeiro” nas comunicações da empresa – eles preferem falar em “viagens marítimas”, tentando se desconectar do estereótipo do nicho. ,

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De olho nos milhões de viajantes internacionais quem não costumam se interessar por navios, sobretudo Millennials e Gen X e Z, a armadora planejou seu primeiro navio como um resort, do design às operações. Para dar uma ideia, não existe no Explora I a figura do hotel director, presente em qualquer navio de cruzeiros – ali existe a função do general manager, exatamente como em um resort.

“Queremos atrair viajantes que já experimentaram os melhores resorts e hotéis do mundo, mas ainda podem descobrir incríveis destinos em viagens extraordinárias por mar”, diz o CEO da companhia, Michael Ungerer.

Lounges, bares, restaurantes, piscinas, jacuzzis, tudo tenta se distanciar da estética comum aos navios e se assemelhar mais ao design hoteleiro. Inclusive no átrio, grande coração do Explora I, com um belíssimo lounge bar de pé direito altíssimo.

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Espaço de sobra e boa mesa

Com capacidade para 900 passageiros, o Explora I é 100% composto por cabines com varanda, em estilo suíte, com belíssima decoração e diversos mimos – inclusive elogiados secadores de cabelo Dyson e empréstimo de kits de exercício Tecnogym para quem quiser se exercitar sem nem sair do quarto.

São diversas categorias diferentes, com facilidades, benefícios e espaço distintos, mas todas contam com uma bela varanda mobiliada, grandes banheiros com piso aquecido, walk in closet, quarto e um pequeno living. As categorias mais elevadas contam com área de refeição separada.  

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Apenas dois “downsides” relacionados às acomodações. Primeiro, os cartões magnéticos para abertura de portas e entrada e saída do navio é entregue em um pequeno envelope de papel, ao invés dos charmosos porta-cartões em couro utilizados pelas demais armadoras do nicho. E, segundo, o room service é entregue ao hóspede em bandejas de inox, sem montagem do serviço à mesa, nem toalhas ou qualquer tipo de jogo americano – do café da manhã ao jantar.

No Explora I são seis restaurantes (cinco deles incluídos na tarifa), doze bares e lounges (todos incluídos) e um delicioso café (que é o grande xodó da maioria dos hóspedes). E os restaurantes são mesmo excelentes, com menus, cozinhas e propostas variadas. Meu favorito foi o asiático Sakura.

Até o restaurante buffet do navio (que eles chamam de “mercado”) é bastante charmoso e organizado, com estações de buffet assistido e alguns pratos sendo preparados na hora. O único restaurante pago a bordo é o Anthology da chef Emma Bengtsson (do restaurante Aquavit NYC), com menu degustação de 190 euros por pessoa, mais 75 euros pela harmonização de vinhos. 

O menu de bebidas é bastante extenso, incluindo champagne e apenas rótulos premium de destilados. Room service e minibar também estão incluídos 24h – e o hóspede pode pedir pelo menos duas garrafas de vinhos ou destilados na acomodação.

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OS DESTINOS COMO PROTAGONISTAS

Casando perfeitamente com seu slogan “the ocean state of mind”, mais de 30% do navio é composto por espaços externos. A bordo, são várias piscinas menores, cada uma com design diferente e localizada num canto e deck distinto da embarcação (incluindo duas com vista panorâmica para o mar e os destinos visitados), rodeadas por belas espreguiçadeiras e mais de 60 deliciosas cabanas/day beds espalhadas por distintos decks.

E são várias jacuzzis diferentes, também em distintos decks e formatos (a maioria acertadamente retangular), todas com vista exterior – assim o hóspede realmente aprecia a paisagem ao invés de ficar diante de um desconhecido.

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Tem também academia indoor (com alguns equipamentos também outdoor), quadra esportiva, kids&teens club, um spa de 1 000 metros quadrados.

Detalhe importante: a internet a bordo também está 100% incluída e é excelente em todos os espaços internos e externos – a melhor que já utilizei em um navio de cruzeiro.

Com roteiros originais de seis a dez noites, o Explora I inclui frequentemente ilhas e destinos menos explorados pelos cruzeiros em geral – mas nenhum passeio ou excursão em terra está incluído.   Confira itinerários e detalhes das viagens com a Explora Journeys aqui.

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W Mexico City

Review: W Mexico City

Os hotéis W são conhecidos pela atmosfera sempre festeira e bastante dedicada ao universo das artes – e não seria diferente na colorida capital mexicana. Em minha mais recente viagem à Cidade do México, me hospedei por alguns dias no badalado W Mexico City , que ocupa um grande edifício no comecinho do elegante bairro de Polanco (um dos mais gostosos e arborizados da cidade), próximo a ótimos bares, restaurantes e lojas dos arredores.

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A marca de hotéis de alto padrão da Marriott, aliás, frequentemente (e discutivelmente) associada às propriedades do portfólio MILUX do grupo, deverá inaugurar em breve sua primeira propriedade no Brasil, na cidade de São Paulo, ampliando sua presença na América Latina.

Criada em homenagem à mistura de culturas e os vibrantes cenários de Nova York, a marca W Hotels está hoje presente em destinos de quatro continentes, com propriedades sempre associadas aos cenários de música, moda e design locais. O lobby do W Mexico City não foge à regra e recebe constantemente mostras e exposições de distintos gêneros.

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Como é se hospedar no W Mexico City

Bastante informal, sempre tomado por algum exposição com obras multicoloridas e com impactantes poltronas futurísticas no centro: é assim que o pequeno lobby do W Mexico City recebe seus hóspedes e visitantes.

Logo ao lado, fica o principal bar do hotel, o Living Room Bar, bastante acanhado e silencioso durante a semana e muito movimentado às sextas e sábados. No primeiro andar ficam os dois restaurantes do W Mexico City, acessíveis também a não hóspedes.

O 25DOS e o Trivvu ficam curiosamente separados por uma máquina de venda automática de garrafinhas individuais de espumante. O 25DOS, com apenas um ambiente interno e paredes de vidro, funciona exclusivamente para o excelente café da manhã. Com diversas estações de buffet, inclui também no serviço uma ótima carta de pratos quentes, bastante superiores à oferta de marcas mais luxuosas da Marriott na cidade, como o próprio St Regis Mexico City.

O Trivvu, aberto o dia todo com o mesmo menu, foi uma ótima surpresa. Com jeito de rooftop bar – a maior parte do restaurante fica ao ar livre, num terraço com vista para Polanco – tem ótimo serviço, boa playlist dia e noite e um menu bastante interessante de petiscos, pratos e coquetéis de inspiração mexicana. Aliás, oferece coquetéis muito melhores e mais criativos que o bar do hotel no térreo.

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Quartos espaçosos e hospitalidade latina

Os 237 quartos do W Mexico City, completamente reformados em 2016, são bastante espaçosos e com ótima iluminação natural. Mesmo utilizando acabamentos simples, cores claras e branco e preto nas zonas de impacto, têm o décor impactante típico dos hotéis da marca.  

Há vista para a cidade dos quartos e também dos banheiros – e vale insistir em um dos andares mais altos para aproveitar as melhores vistas. As acomodações corner, de “esquina”, estão entre as mais espaçosas, com uma boa área de living, grande mesa de trabalho, banheira com vista e pequenas varandas laterais.

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As instalações do W Mexico City incluem ainda academia 24 horas e um bom spa com um típico temazcal mexicano, grande banheira de hidromassagem em área semi-coberta e saunas seca e a vapor.

Embora o serviço ali esteja longe de ser impecável, há algo muito bem vindo no W Mexico City: a tradicional “soberba” comum a funcionários de outros hotéis da marca ali não existe; a amabilidade da hospitalidade essencialmente latina dá o tom o tempo todo, do check in ao check out, do café da manhã ao jantar. Uma bela surpresa.

Confira disponibilidade, datas e valores do W Mexico City aqui.

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