NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas

Review: Nannai Muro Alto

Bangalôs, piscinas com formatos sinuosos, muito verde, espreguiçadeiras e day beds à beira de um paredão debruçado sobre a pequena praia em forma de calha. Poucos resorts do Brasil cultivaram uma identidade visual tão nítida quanto o NANNAI Muro Alto, localizado no litoral sul de Pernambuco, em suas mais de duas décadas de existência.

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Até hoje a propriedade está de certa forma nas mãos da mesma família (Meira Lins) fundadora, embora outros sócios tenham se juntado nos últimos anos. Em outros tempos, o empreendimento à beira-mar a cerca de uma hora de carro do aeroporto de Recife foi o primeiro a mostrar que um grande resort de praia no Brasil poderia, sim, ter serviço premium.

NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas
foto: Mari Campos

Mas seu grande sucesso começou de fato quando, alguns anos depois, resolveu ampliar sua capacidade construindo, além dos apartamentos que seguem em uso até hoje, seus primeiros bangalôs. Houve muita gente que duvidasse do sucesso da empreitada, mas não poderia ter dado mais certo.

Hoje, são os bangalôs que constituem o ícone mais pungente de sua comunicação visual, correspondendo atualmente a quase metade das acomodações disponíveis (as demais são algumas unidades de “villas” duplex e quartos regulares, chamadas ali de “apartamentos”, localizados no grande edifício original do resort).

O NANNAI Muro Alto foi também pioneiro em tentar implantar no Nordeste um modelo de resort que já fazia sucesso em outros países, focado em viajantes de renda mais alta. Por muito tempo, foi sinônimo de resort para casais em lua-de-mel. Hoje, curiosamente recebe muito mais famílias inteiras que viajantes em escapadas românticas.

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NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Nannai Muro Alto

O viajante mudou, os tempos mudaram, as exigências para o turismo de alto padrão também – e surgiram diversos resorts, hotéis e pousadas no litoral do Brasil voltados para o hóspede com a carteira mais recheada.

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Embora a consistência operacional da propriedade hoje não seja a mesma do passado, a fidelização de hóspedes no NANNAI Muro Alto segue elevadíssima, com hóspedes que frequentam o local de maneira quase anual há até 18, 20 anos. Há grande fidelização também em uma parcela do staff, incluindo alguns funcionários com duas décadas de casa.

O projeto arquitetônico do NANNAI Muro Alto integra jardins tropicais densamente verdejantes, repletos de flores e charmosos caminhos sinuosos. Apesar dos 12 hectares de área, tem uma geografia prática e, de certa forma, compacta para o hóspedes, sem exigir deslocamentos demasiadamente longos entre acomodação e áreas comuns.

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No coração do resort, há uma enorme piscina, também de formato sinuoso, que é, na verdade, a junção de várias piscinas e corredores d’agua distintos. Alguns bangalôs têm acesso direto a ela de um lado, de outro uma área de relax, de outro é rasinha para crianças pequenas, e por aí vai.

Além do belo desenho da piscina e suas distintas áreas para contemplar hóspedes adultos e crianças, também fazem o maior sucesso as quatro hidromassagens com uma das laterais de vidro (adição dos últimos anos), localizadas entre a piscina e o restaurante à la carte, e sempre ocupadas.

Ao todo, são 91 acomodações no NANNAI Muro Alto. Os apartamentos, raramente usados na divulgação do resort, são a forma mais econômica – e abundante – de se hospedar na propriedade. São todos com varanda e muitos dão a possibilidade de serem conjugados para famílias mais numerosas.

Os bangalôs variam em tamanho e facilidades, mas todos têm quarto e banheiro espaçosos, com chuveiro e banheira separados, deck externo e piscina privativa (ou acesso direto à piscina principal). Alguns têm mais espaço, maior privacidade e/ou daybeds à beira da piscina. Mesmo nos bangalôs, as cápsulas de café são cobradas.

Importante saber de antemão que da piscina de boa parte dos bangalôs se vê a piscina dos vizinhos – e também há um curioso e constante entra e sai de funcionários nas áreas das piscinas privativas dos bangalôs durante o dia. Algumas das piscinas privativas são parcialmente visíveis inclusive dos caminhos públicos do resort.

Privacidade total só nas duas villas de 90m2 (localizadas uma em cada extremidade do resort) e nas novas acomodações duplex, que têm o décor mais bonito e contemporâneo dentre as acomodações, com móveis novinhos.

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NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas
foto: Mari Campos

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Lazer e arte

O décor em geral usa muito artesanato regional. Há peças lindas espalhadas por todas as áreas públicas – com destaque para a excepcional parede-estante construída logo após às mesas da recepção, que captam nossa atenção no check in e no check out. Existe um plano de tornar esse móvel uma constante em todos os hotéis do grupo.

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Vale grande destaque a iniciativa sócio educativa do grupo NANNAI batizada de IANNAN, um instituto criado em 2023 que promove cursos e oficinas para jovens da região.

Eles oferecem, inclusive, um curso básico de introdução à hotelaria, com duração de seis meses, para jovens de até 24 anos. O instituto IANNAN já formou 128 alunos – mais de 30 deles absorvidos como mão de obra no staff da propriedade.

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Para o lazer, oferta não falta, da enorme piscina principal aos esportes aquáticos. Embora o staff infelizmente faça vistas grossas à imensa quantidade de hóspedes que reservam espreguiçadeiras e day beds nas primeiras horas do amanhecer, muitas vezes sem sequer ocupa-las ao longo do dia, há fartura de espaços para descansar na propriedade.

Há também acesso direto às piscinas naturais e à praia de Muro Alto através de uma escada de madeira. Quando a maré baixa na prainha da calha, o staff espalha diversas cadeiras e guarda-sóis também à beira-mar, e há serviço de bar ali mesmo. Há equipe de salva-vidas à postos também, já que parte da calha tem uma forte corrente (bem sinalizada, mas nem sempre respeitada pelos banhistas).

O NANNAI Muro Alto oferece ainda quadras esportivas e um edifício separado com academia, boutique e spa com assinatura L’Occitane, com 9 salas de tratamento (incluindo algumas para casais), além de piscina e saunas próprias.

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NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas
foto: Mari Campos

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Famílias são maioria no NANNAI Muro Alto

Para as muitas famílias com crianças pequenas que frequentam o NANNAI Muro Alto hoje em dia – eram maioria absoluta durante minha estadia, e olha que num período totalmente fora de temporada – há cuidado e atenção de sobra.

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Os recifes naturais da praia de Muro Alto criam uma pequena “piscina” na prainha em formato de calha utilizada pelo hotel (e também pelo vizinho Summerville Resort), garantindo que muitas famílias de fato aproveitem parte da praia com as crianças. E ainda há um simpático empréstimo de baldinhos e pás para os pequenos brincarem na areia.

O kids club fica afastado do complexo principal de lazer, já próximo às quadras esportivas. Conta com uma piscina rasinha com brinquedos aquáticos, playground e área de jogos.

Para os menorzinhos, há uma sala climatizada com brinquedos, livros e televisão com desenhos infantis. Há atividades de manhã e à tarde, mas as refeições devem ser sempre feitas com a família.

O grande pulo do gato é que hóspedes com crianças de até 3 anos contam, por um período único de até 3h durante a estadia, com um serviço batizado de “Baby Dream”, em que um dos monitores atua como uma espécie de babá para que os pais possam curtir umas horinhas só os dois.

Não há seção kids nem menu infantil nos restaurantes, mas a variedade de itens é tão grande que mesmo o mais restrito dos paladares se encontra ali de algum jeito. Há também uma copa baby com ítens como leite, frutas e lanchinhos para bebês.

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NANNAI Muro Alto Porto de Galinhas
foto: Mari Campos

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Foco na gastronomia

No NANNAI Muro Alto não existe sistema all inclusive – mas todas as diárias incluem meia-pensão (café da manhã e jantar, sem bebidas exceto água filtrada). Mas a verdade é que quase todo hóspede é meio que super alimentado ali, sem nem precisar de almoço mesmo.

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Os serviços de café da manhã e jantar incluídos nas diárias são invariavelmente em sistema buffet; e sempre servidos exatamente no mesmo restaurante, diante da piscina. A apresentação do buffet é bastante cuidadosa, mantendo sempre alguns dos itens dispostos em uma sala de vidro climatizada.

A variedade dos itens do buffet é mesmo enorme, com diversas estações distintas, inclusive alguns itens feitos na hora, mesmo no café da manhã – que tem até espumante à vontade.

No jantar, a qualidade e variedade de peixes e frutos do mar do buffet é um dos pontos fortes; há inclusive lagosta grelhada à vontade em algumas noites – além de estações de entradas, sobremesas, pratos típicos locais e regionais, pizzas, churrasco e até cozinha japonesa.

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Entre o café da manhã e o jantar, funcionários passam pela área da piscina com grandes bandejas servindo petiscos cortesia. E todos os dias, às 17h, é servido um enorme buffet de “chá da tarde” no gramado da piscina, com pães, bolos, tapiocas etc.

Mas o grande destaque gastronômico do hotel está, sem dúvidas, em seus dois restaurantes à la carte, ambos cobrados à parte, e com serviço bastante superior. A começar pelo charmoso TiaTê, que serve o mais gostoso café da manhã da casa.

Num ambiente mais reservado, silencioso e com um serviço realmente atento e cuidadoso, ali hóspedes das acomodações mais custosas (como as villas, as dúplex e os maiores bangalôs) podem tomar um delicioso café da manhã à la carte sem custos extras. No Tia Tê é tudo feito na hora, fresquinho, com inúmeras opções – inclusive regionais – em uma extensa carta. Uma experiência realmente completamente diferente do café da manhã no restaurante principal.

Hóspedes de outros bangalôs e dos apartamentos também podem tomar o café da manhã ali, desde que reservem com antecedência e paguem uma taxa fixa (desde R$159) por pessoa para o desjejum.

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O Tia Tê abre também para o jantar à la carte, com pagamento à parte, em taxa fixa. Mas fique de olho: em algumas noites funciona normalmente à la carte, em outras apenas em menu degustação.

Outra excelente opção à la carte do NANNAI Muro Alto, e também paga à parte, é o Salero, uma espécie de casa de tapas com deliciosa vista para o mar. O cardápio é meio brasileiro, meio mediterrâneo, com pratos bem frescos, pensados majoritariamente para serem compartilhados – as croquetas são ótimas!

O Salero tem ainda uma grande grelha de frutos do mar e carnes aos sábados, com custo fixo para o almoço servido à mesa em etapas. Tem também seu próprio menu de drinks – embora boa parte das mesas, nos dias ensolarados, peçam mesmo é um gelado espumante para acompanhar as comidinhas leves do menu.

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Monã Hotel Teresina

Monã Hotel: hospitalidade de alto padrão em Teresina

Já não era sem tempo: a cidade de Teresina finalmente ganhou sua primeira propriedade de alto padrão, o Monã Hotel. E sua chegada trouxe mesmo um novo conceito de hospitalidade à capital piauiense.

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Idealizado pela empresária Andrea Buna em sua primeira incursão pela indústria da hospitalidade, o Monã Hotel entrega uma mistura perfeita de conforto e identidade cultural.

Monã Hotel Teresina
foto: Mari Campos

Cada detalhe do hotel carrega cultura e história local e regional, com toques que vão do sertão ao delta, numa estética que mais parece uma grande celebração de raízes.  

Ao contrário de tantos novos hotéis nacionais, no Monã felizmente a gente é lembrado o tempo todo sobre o destino que nos recebe – no mobiliário, no décor, nas obras de arte, no cardápio do restaurante, no falar ritmado do staff.

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Monã Hotel Teresina
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Monã Hotel

Localizado num dos bairros mais arborizados de Teresina, o Monã Hotel possui 64 acomodações, divididas em três categorias diferentes. Todas as acomodações são bastante espaçosas, com décor mais minimalista, ótimas camas e bons banheiros. Não há café nem água cortesia – exceto nas suítes.

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Há um ótimo restaurante no térreo, aberto do café da manhã ao jantar. O café da manhã é servido hora na mesa, com pequeno buffet auxiliar, hora num grande buffet, dependendo da quantidade de hóspedes na casa – mas há sempre a possibilidade de pedir itens à la carte incluídos.

No almoço e no jantar, o restaurante Ayty tem ótimo menu que privilegia receitas locais e regionais, reforçando a identidade piauiense da propriedade.

Ao lado do restaurante existe um pequeno bar. Mas o bar mais movimentado fica no rooftop, e funciona também para o jantar (embora fique restrito a apenas hóspedes em alguns dias da semana – reserve antes de ir).

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O rooftop, aliás, rapidamente se tornou o mais disputado da cidade, com uma bela piscina panorâmica, excelente para relaxar e contemplar o pôr do sol alaranjado de Teresina.

A excelente curadoria de arte do hotel, capitaneada pela própria Andrea, se espalha pela propriedade em pinturas, esculturas, móveis e cerâmicas de artistas e artesãos piauienses. Corredores, halls e áreas comuns foram todos transformados em elegantes e pulsantes galerias de arte.

Bastante focado também no segmento MICE, o Monã Hotel tem um amplo centro de convenções com salas modulares e também academia, sauna e estacionamento.

Definitivamente, uma propriedade ainda sem similar na capital do Piauí. E uma belíssima base para o turista de lazer antes de rumar à Serra da Capivara, ao Delta ou ao pequeno e belo litoral do estado.

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Sandi Hotel Paraty

A Paraty clássica do Sandi Hotel

O Sandi Hotel é uma das propriedades mais antigas da cidade de Paraty, RJ. O casarão do século XVIII ocupado pelo hotel já foi a primeira escola da cidade e também, durante o ciclo de ouro, a Casa da Moeda. Abandonado até meados dos anos 1980, virou a Pousada do Sandi nas mãos do empresário (e então presidente da Paris Filmes) Alexandre Adamiu (que se encarregou de incluir anúncios da pousada nas nas fitas VHS da distribuidora, tornando-a conhecida de nome no país todo naquela época).

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A pousada foi batizada em homenagem ao pai do empresário e foi toda decorada por sua esposa. Hoje, o hotel foi repaginado e funciona sob o comando do filho do fundador – que, aliás, também é Sandi como o avô.

Sandi Hotel Paraty
foto: Mari Campos

O Sandi Hotel agora reúne um conjunto de seis casarões bem no coração do centro histórico, a curta distância da maioria das atrações de Paraty – inclusive do píer de onde saem os passeios de barco.

Mais que um nome no imaginário de muito brasileiro com mais de 40 anos quando pensa em Paraty, o Sandi virou recentemente um case interessante, transformando o quarteirão que ocupa no centro histórico em um complexo de negócios diferentes de hospitalidade, todos eles atrelados ao hotel.

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Sandi Hotel Paraty
foto: Mari Campos

Há galeria de arte, sorveteria (Miracolo), spa (Shambhala Spa), distintos restaurantes e até uma sala que funciona como filial de um ateliê de cerâmica – com destaque para o restaurante Pupus (com PANCs em todos os pratos e um bar quase anexo) e o interessante japonês Fugu.

A decoração de estilo tropical da propriedade hoteleira mais conhecida de Paraty mistura o estilo colonial do edifício com obras de artistas locais de distintos estilos, materiais e tamanhos (inclusive uma grande canoa de madeira) e peças que são reminiscências cinematográficas dos tempos de Paris Filmes da família proprietária (incluindo um projetor 35 mm, cartas originais de Rita Hayworth para Jack Warner, pôsteres e objetos cenográficos).

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Sandi Hotel Paraty
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Sandi Hotel

São apenas 30 acomodações espalhadas pelo Sandi Hotel, todas decoradas com uma mistura charmosa de estilos colonial e contemporâneo – e elementos típicos de Paraty também estão sempre presentes nas referências do décor (inclusive as boas vindas dos hóspedes incluem simpáticos barquinhos de madeira de presente, homenageando as traineiras típicas da cidade).

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No entanto, são 12 categorias diferentes no total, o que quer dizer que as acomodações acabam sendo bem diferentes entre si, com facilidades bastante distintas umas das outras Por exemplo, algumas têm apenas box, sanitários com assentos bem básicos e pias sem gabinete nem bancada; outras têm boas bancadas, banheira adicional e até vasos japoneses “toto”.

 Também há mais ou menos portas de armário, móveis auxiliares distintos… Então vale sempre tentar checar exatamente como é a acomodação que se está reservando para não haver surpresas – e essa recomendação vale tanto para os viajantes mais independentes quanto para os amigos agentes e consultores diferentes.

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Na estrutura comum do Sandi Hotel, há um gostoso pátio interno ao ar livre, duas piscinas climatizadas, duas jacuzzis, bar de piscina, sauna a vapor, ofurô e uma pequena academia.

O café da manhã é servido todos os dias tanto na área coberta quanto ao ar livre no Apothekario Bar, que agora fica dentro do hotel e é exclusivo para hóspedes. Há buffet de pratos quentes e frios e também um menu de bons pratos quentes à la carte. O bar, aliás, serve também pratos à la carte no almoço (cobrados à parte).

No mesmo local, é servido todas as tardes, entre 16h e 17h, um pequeno “café da tarde”, com café, chás e bolos, sempre incluído para todos os hóspedes.

O Sandi Hotel é sempre bem tranquilo e informal, dia e noite, inclusive no café da manhã. A recepção do hotel conta com o auxílio de uma equipe de concierges, sempre disponíveis por Whatsapp, que ajudam a organizar transfers e passeios pela região.

Ah! Todos os negócios do chamado “quadrado do Sandi” oferecem descontos e/ou benefícios de consumo para os hóspedes – e vale mesmo a pena aproveitar para jantar pelo menos em um dos dois restaurantes do complexo. Uma escapada gostosa para fazer em família.

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Clos Apalta Residence Chile

REVIEW: Clos Apalta Residence, Chile

Vinhedos a perder de vista, com a silhueta hipnotizante da Cordilheira dos Andes dominando o horizonte. É exatamente com esse cenário que todo hóspede da Clos Apalta Residence dorme e acorda ao se hospedar na propriedade hoteleira da famosa vinícola chilena.

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Localizada no Vale do Colchágua, distante entre 2h e 3h de carro do aeroporto de Santiago (dependendo das condições do trânsito), a Clos Apalta Residence ocupa uma reserva particular de 1.235 acres, rodeada também por uma densa floresta nativa.

Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

Primeira propriedade Relais & Chateaux do Chile, possui apenas dez acomodações, todas com muito espaço (metragem sempre superior a 100m2), entre quatro antigas “casitas” (que devem passar por remodelação nos próximos anos) e seis belíssimas novas vilas (estas com design muito caprichado, paredes envidraçadas para vistas deslumbrantes).

Tive o prazer de visitar esta bela propriedade chilena em mais uma viagem inteira e impecavelmente organizada pela sempre excelente Camilla Mattar Viagens. Uma delícia de escapada para finais de semana prolongados ou, melhor ainda, como merecida pausa de descanso após viagens de aventura pela Patagônia ou pelo deserto do Atacama.

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Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

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Um pouquinho de história

A Clos Apalta Residence é uma propriedade hoteleira da mesma família que há sete gerações está envolvida com viticultura – já foram inclusive proprietários da Grand Marnier, em outros tempos.

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A casa principal, área comum a todos os hóspedes, foi construída originalmente para receber os convidados de Charles de Bournet Marnier Lapostolle, presidente e CEO da Lapostolle Wines, empresa proprietária da Clos Apalta.

Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

Quando a família resolveu transformar a propriedade em hotel, na primeira década dos anos 2000, a construção passou a abrigar o restaurante, onde até hoje os hóspedes fazem todas as suas refeições (as diárias sempre contemplam café, almoço e jantar, com bebidas incluídas).

O local tem também um aconchegante living com lareira, gostoso terraço ao ar livre e uma convidativa piscina de borda infinita – tudo voltado para os vinhedos, jardins e bosques. Logo ao lado fica a bela vinícola, de arquitetura bastante peculiar e uma excepcional adega familiar no subsolo, que recebe os hóspedes para uma visita guiada incluída durante a estadia.

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Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar na Clos Apalta Residence

São apenas 10 acomodações projetadas para duas pessoas espalhadas como pequenas vilas privativas em meio aos bosques da Clos Apalta Residence. Todas elas oferecem 109 metros quadrados de área, incluindo living, quarto, espaçoso banheiro com banheira e chuveiro, closet e deck privativo – além de minibar com bebidas não alcóolicas e chocolates incluídos na diária, café, água e chá cortesia.

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Mas é importante notar que há bastante diferença entre as quatro acomodações mais antigas (ali chamadas de “casitas”) e as seis novas e belas acomodações, criadas no pós pandemia. Ainda que os serviços disponíveis aos hóspedes sejam sempre os mesmos, a diferença entre as acomodações pode significar uma experiência geral de hospedagem bastante diferente em si.

As acomodações mais antigas, com um estilo mais colonial, são aconchegantes e têm simpáticas lareiras, mas, com décor datado, precisam definitivamente passar por um processo de revitalização.

Já as belas novas acomodações são mais sustentáveis, perfeitamente integradas à paisagem e valem MUITO a pequena diferença de tarifa que possuem em relação às casitas antigas.

Elas têm os cômodos melhor planejados, dispostos lado a lado, com paredes todas envidraçadas, garantindo que a paisagem seja protagonista na experiência, seja no living, na cama ou na banheira. Têm também maravilhosos closets e, o melhor de tudo, lindas (embora não sejam de fato aquecidas) piscinas de imersão ao ar livre.

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Em 2023, a Clos Apalta Residence não apenas ganhou suas melhores acomodações como também uma pequena academia com vista para os vinhedos, com sauna seca, sauna úmida e jacuzzi ao ar livre logo ao lado.

A propriedade ainda não possui spa, mas hóspedes que assim o desejarem podem reservar massagens realizadas com macas portáteis na própria acomodação, com pagamento extra.

Entre uma refeição e outra, um descanso e um mergulho na piscina, é possível se aventurar nas trilhas para caminhadas da propriedade ou emprestar as bicicletas da propriedade para passear entre os vinhedos.

Com pagamento extra, são oferecidas outras opções de atividades e experiências, como aulas de cozinha, aulas de coquetelaria e pequenas cavalgadas entre os vinhedos.

Como as acomodações da Clos Apalta Residence estão espalhadas em distintas altitudes da propriedade, hóspedes que não quiserem se deslocar entre o quarto e o edifício principal à pé podem fazer uso dos simpáticos carrinhos elétricos da propriedade. No entanto, um aviso aos hóspedes com mobilidade reduzida: você terá que subir e descer escadas de todo jeito para chegar ao restaurante e à piscina.

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Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

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Gastronomia como destaque

O programa de alimentos e bebidas do hotel é o maior atrativo da Clos Apalta Residence – por isso a importância do programa com pensão completa. O chef Leonel Diaz, nascido no próprio Vale de Colchagua e bastante orgulhoso de suas raízes, é o responsável pela produção de tudo que é servido no hotel.

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A culinária da Clos Apalta Residence é elaborada com produtos sazonais e majoritariamente locais, muitas vezes orgânicos, colhidos no próprio pomar da casa. Os pratos são realmente muito gostosos e bem apresentados, e ganham os maiores elogios em qualquer estadia.

Almoço e jantar são invariavelmente à la carte, em estilo mais “gourmet”, com cada passo sempre harmonizado com algum dos vinhos da casa. O café da manhã é servido em um elegante buffet, acrescido de ótimos pratos quentes à la carte – e com espumantes disponíveis para deliciosas mimosas.

A atividade mais interessante dentre as experiências cobradas à parte durante a hospedagem, aliás, é justamente uma ida à feira com o chef Leonel, seguida de uma pequena aula de culinária. É um processo bastante interessante acompanhar a jornada desde a compra dos produtos (Leonel é bastante apaixonado pelos ingredientes locais e faz questão de explicar bem cada um deles) até a confecção final de cada prato.

Degustações de vinhos não estão incluídas nas estadias, nem durante a visita à bodega. Se o hóspede desejar, deve reservar e pagar à parte pela atividade.

No entanto, todos os vinhos servidos durante as refeições ali são da própria vinícola Clos Apalta ou da Lapostolle. O curioso é que a maioria deles está disponível apenas para consumo durante a estadia e não é vendido separadamente; tentei comprar garrafas dos dois favoritos para levar para casa, sem sucesso.

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Sobre a Camilla Mattar Viagens

Esta viagem ao Valle del Colchágua, no Chile, foi inteiramente organizada pela Camilla Mattar Viagens. A empresa, sediada em São Paulo-SP e liderada pela empresária Camilla Nahas Mattar Muaccad, é uma das agências de viagem com maior crescimento consistente nos últimos anos no Brasil.

Esta consultoria de viagem especializada em turismo de luxo, que é também membro Serandipians, atende viajantes oriundos das mais distintas partes do país e cria roteiros cuidadosa e autenticamente personalizados, com valiosa curadoria de hotéis e lodges, seja para destinos nacionais ou internacionais. Cuidaram de cada passo desta minha viagem ao Chile, das passagens aéreas e transfers in/out (não estão incluídos na estadia) à reserva da acomodação.

A Camilla Mattar Viagens também desenvolve alguns grupos especiais para luxuosas viagens de imersão, como o itinerário exclusivo que acaba de ser finalizado na Índia, com a presença da própria Camilla na jornada.

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Clos Apalta Residence Chile
foto: Mari Campos

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A Clos Apalta Residence conta com internet wifi nas acomodações e na casa principal. Mas, para garantir que eu estivesse sempre conectada durante toda a viagem pelo Chile, embarquei mais um vez levando comigo um eSIM da O Meu Chip. Há sempre pelo menos 10% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM DESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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Origem Patacho

Origem Patacho é inaugurado no litoral de Alagoas

2025 tem sido definitivamente um ano excelente para a hospitalidade brasileira. Não apenas diversas propriedades têm conseguido manter altos índices de ocupação – graças a um mix muito bom de viajantes nacionais e estrangeiros -, mas também porque temos acompanhado a abertura de incríveis novos hotéis, sobretudo na região Nordeste. Nesta semana, o Origem Patacho é inaugurado no litoral de Alagoas.

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Nestes últimos dias, tive o imenso prazer de ter vivenciado, com exclusividade, a hospitalidade cuidadosa do novo Origem Patacho. Como primeira hóspede do hotel, que agora sim abre suas portas para o público em geral, testemunhei o nascimento de uma nova forma de hospedagem na idílica Praia do Patacho que já chega redondinha.

Origem Patacho
foto: Mari Campos

A Praia do Patacho, localizada no município de Porto de Pedras, coladinho a São Miguel dos Milagres e distante cerca de duas horas de carro do aeroporto de Maceió, é merecidamente considerada um dos trechos mais bonitos da Costa dos Corais e do próprio litoral brasileiro.

Agora, as areias tranquilas, o mar calmo e tranquilo, os extensos coqueirais e as belas piscinas naturais do Patacho ficam ainda mais sedutores com a chegada deste novo hotel de apenas 10 acomodações, todas com piscina privativa.

O projeto, executado por Juliana Pippi e Rodrigo Fagá, leva à região um estilo arquitetônico até então inexistente por lá. As linhas bastante contemporâneas do Origem Patacho se casam ali com materiais, cores e revestimentos tipicamente locais. E tudo decorado com artesanato regional, tecidos em padronagens exclusivas e mobiliário autoral.

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Origem Patacho
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo Origem Patacho

As dez acomodações do Origem Patacho foram batizadas de “cabanas” e todas contam com muito espaço e piscinas privativas com hidromassagem. Estão dispostas ao longo de um “corredor” ao ar livre que tem vista direta para o mar.

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Com tons ocre e arenosos, estão intimamente conectadas à natureza local, dos revestimentos ao mobiliário, das vistas ao paisagismo. As maiores são a Cabana Mar, com 90m² privativos, única com banheira de imersão e vista para o mar, e a Cabana Vila, de 70m² e cercada por vegetação nativa. São todas decoradas com lindas obras de arte nacionais.

As enormes camas são excelentes e o enxoval tem padronagens criadas exclusivamente para o Origem Patacho em algodão orgânico, com destaque para os excepcionais roupões – daqueles que realmente dá vontade de levar para a casa.

Algumas peças, como elegantes bolsas de praia e sofisticadas nécessaires, foram desenvolvidas pelo belo projeto social MOVI (Movimento Eu Visto o Bem), através do trabalho cuidadoso de detentas em recuperação. Vêm com simpáticas tags com os dizeres “esta peça muda o mundo”.

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Os armários das cabanas têm portas propriamente, cabides móveis, nichos de distintos tamanhos e espaço também para guardar vestidos longos – itens aparentemente (e infelizmente) uma raridade nos novos projetos hoteleiros do Brasil…

Por enquanto, não há água cortesia nas acomodações; mas há bem vindas cápsulas cortesia de café, chá e até capuccino e late, sempre disponíveis.

O décor das áreas comuns é tão elegante quanto das acomodações, na mesma paleta discreta de cores e também fazendo uso de belos móveis autorais de artesãos regionais. A piscina de borda infinita, cujo entorno é de certa forma o centro da “vida social” do hotel, tem a praia literalmente em frente.

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Origem Patacho
foto: Mari Campos

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Café da manhã servido a qualquer hora

O luxo informal e aconchegante da proposta do Origem Patacho encontra no serviço de café da manhã sua mais perfeita tradução: ali, o café é servido, literalmente, a qualquer hora do dia – e tudo sempre à la carte, no restaurante de laterais envidraçadas, com vista para o mar da praia do Patacho. Para mim, não existe luxo maior que dormir sem pensar no despertar e no “horário do café”.

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O café da manhã começa com diversos itens servidos diretamente à mesa após a chegada dos hóspedes, além de um belo menu de pratos quentes, doces e salgados, sempre disponível. O belíssimo desjejum pode ser servido também diretamente na acomodação.

O restaurante do hotel, aliás, aberto sempre até 22h, é ótima ideia a qualquer hora do dia. Ainda estão em processo de ajuste de timings da cozinha, como em qualquer abertura, mas o serviço de salão é sempre adorável e a carta é ampla e excelente. Tudo o que provei tinha ingredientes bem frescos, bela apresentação e estava mesmo cheio de sabor, de saladas a pratos principais, de caldinhos a sobremesas.

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Recebendo apenas hóspedes adultos, o Origem Patacho tem também academia com vista por o mar, rooftop em frente à praia, lounge ao ar livre e uma sala de massagens com distintos tratamentos e rituais, inclusive a dois, no menu. A equipe, sempre querida e atenciosa, é majoritariamente composta de moradores da região.

A curadoria de passeios oferecidos pelos concierges do hotel é extremamente cuidadosa, da escolha de itinerários e profissionais locais para a execução ao cuidado no mis-en-scene das experiências. No meu tradicional passeio de jangada / traineira até as piscinas naturais e bancos de areia do Patacho, uma excepcional geladeirinha de design vintage levou côco gelado, sucos, água e frutas da estação fatiadas – tudo com jogo de mesa, para ser degustado em uma das paradas.

Honestamente, nunca vi uma pequena propriedade brasileira abrir as portas assim, já tão afinadinha.

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