Tivoli Kopke Porto Gaia

Como é o novo Tivoli Kopke Porto Gaia

Entre ruelas, ladeiras, casas azulejadas, agenda cultural vibrante e adoráveis cafés e restaurantes quase escondidos, a cidade do Porto, em Portugal, sempre foi um destino sedutor e extremamente acolhedor. Pois agora conseguiu ficar ainda melhor, com a inauguração de um dos mais esperados hotéis do destino: o novo Tivoli Kopke Porto Gaia.

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Na verdade, a mais nova propriedade da Tivoli Hotels & Resorts, não fica no Porto e sim na anexa Gaia, com as melhores vistas possíveis para o Porto, a ponte D. Luís I e o Cais da Ribeira. E sua cave renovada, com dezenas de barricas onde envelhecem mais de dois milhões de litros de vinho Kopke, em breve será aberta à visitação.

Tivoli Kopke Porto Gaia
Foto: Mari Campos

Na margem sul do Douro, Vila Nova de Gaia também mudou bastante e hoje oferece bem mais que apenas caves de vinho do Porto. E o novo Tivoli Kopke está na posição perfeita: construído sobre as caves mais antigas de vinho do Porto, tem a melhor vista dentre os hotéis da região e está mesmo a apenas uma curta caminhada da cidade do Porto em si.

O melhor: o hotel já chegou com a mais bonita vista de qualquer piscina do Porto (não bastasse uma, tem duas!), um excelente spa e ótimos restaurantes. Meu conselho: ficou tão bonito que, quando você for, reserve um tempo só para curtir o hotel e suas vistas impressionantes – na sua varanda privativa, na piscina externa, na piscina aquecida, no rooftop.

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Tivoli Kopke Porto Gaia
Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo Tivoli Kopke

Com equipe bastante afinada da recepção aos restaurantes (só o bar da piscina ainda claramente precisa de importantes ajustes), o Tivoli Kopke Gaia Porto é tomado por uma impressionante coleção de obras de arte nas áreas internas e externas.

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As vistas panorâmicas do hotel são realmente inigualáveis. E o foco constante em tentar imergir os hóspedes na cultura vinícola local é um super bem-vindo toque extra à estadia.

Logo no check-in já oferecem uma taça de vinho do Porto aos viajantes. Todos os bares e restaurantes do hotel servem a bebida em suas distintas versões, marcas e safras, e o rooftop bar é craque em preparar coquetéis com ela. Hóspedes podem visitar as antigas caves e degustações são oferecidas com frequência no hotel (com custo extra).

O Tivoli Kopke Porto Gaia ocupa uma propriedade de 20.000 m’, distribuída em terraços que remetem às icônicas vinhas do Douro, em torno de adegas da Kopke, integradas à propriedade. As janelas de alguns corredores que levam a acomodações dão para as áreas de armazenamento de vinhos.

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Batizadas de áreas Vintage, Tawny e White , esses antigos edifícios oferecem 149 acomodações, em categorias bastante distintas entre si. As localizações diferentes no complexo também conferem vistas distintas de um quarto a outro. Importante: as acomodações do nível de entrada, “quarto interior com clarabóia”, não têm janelas externas.

As acomodações em geral não são especialmente espaçosas, até porque a conversão do espaço dos galpões originais em acomodações de luxo não foi tarefa simples. Mas são todas bastante confortáveis, com excelentes camas, decoração discreta e elegante (com tons terrosos e vínicos, muita lã e couro) e, exceto pela categoria de entrada, muito bem iluminadas – e muitas delas com deliciosas varandas privativas.

Há fartura em tomadas nos dois lados da cama e os banheiros são equipados com bons rain showers e as amenidades são da própria marca Green Tea da Tivoli (incluindo balm labial). Há café e água cortesia.

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Tivoli Kopke Porto Gaia
Foto: Mari Campos

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Um spa de respeito

O novo Tivoli Kopke Porto Gaia tem o spa mais elegante e acolhedor que já vi em uma propriedade Tivoli. Envolto em grande parte em janelas com vidro do chão ao teto, com vista para a cidade do outro lado do Douro, o spa oferece um cardápio bem interessante de massagens e tratamentos que realmente se valem de vinho do Porto, uvas e cortiça na construção da experiência.

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O spa do Tivoli Kope, com 450m2 de área, desenvolveu uma manta exclusiva, composta de dezenas e dezenas de rolhas entrelaçadas, para envoltura durante alguns tratamentos.

O local conta ainda com uma incrível piscina aquecida e coberta, com circuito de hidroterapia (com jatos e correntes massageadoras), fototerapia e vistas impressionantes para o Porto, o rio e a piscina externa (que também é climatizada).

Há também saunas a vapor e seca (também com vistas lindas) e até a bela academia e a sala de relaxamento, onde servem um delicioso chá à base de vinho do Porto, têm vistas panorâmicas muito especiais. A equipe do spa é realmente encantadora (e tem inclusive brasileiras na equipe de terapeutas) e o local está aberto também para não hóspedes.

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Tivoli Kopke Porto Gaia
Foto: Mari Campos

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Gastronomia em foco

O novo Tivoli Kopke chegou investindo alto na gastronomia e oferece distintas opções para refeições de hóspedes e visitantes: os restaurantes Boa Vista Terrace e 1638, sob o comando do chef Nacho Manzano (três estrelas Michelin no seu Casa Marcial, no norte da Espanha), e no Sky Bar Kopke, o rooftop com vistas arrebatadoras para o Porto e o Douro.

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Hóspedes que desejarem podem também fazer uma refeição rápida no bar da piscina – mas pessoalmente não recomendo. As experiências nos três outros venues mencionados são imensamente superiores, em ambiente, experiência, sabor e serviço.

O Boa Vista Terrace está aberto manhã, tarde e noite no hotel, com áreas interna e externa. De manhã, serve um imenso buffet de café da manhã (há impressionante variedade de opções sem glúten e vegetarianas), além de vários itens preparados à la carte, também incluídos.

Nas demais refeições, é famoso pelas saladas e pelos pratos mais focados no estilo “raciones” ou grandes tapas espanholas, numa seleção fortemente ibérica de petiscos e pratos bons para compartilhar.

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O Sky Bar Kopke tem um menu bem criativo de pratos leves, bons para compartilhar, e um ótimo menu de coquetéis (mocktails incluídos). Você pode apenas passar por lá para um drink ao pôr do sol ou optar por um jantar completo, acompanhando a vista mudar conforme as cores do céu e as luzes da cidade também se transformam.

Já o 1638 (o nome faz referência ao ano de fundação das caves da Kopke) é uma experiência requintada, aberto apenas para o jantar. Ali há um poético menu degustação de onze passos de Manzano, e nove harmonizações de vinho diferentes, incluindo vinhos do Porto Kopke e vinhos tranquilos Douro DOC da Quinta de São Luiz e Quinta da Boavista. Uma excelente experiência de fato, com serviço irrepreensível.

Existe ainda um simpático lounge bar no lobby, também com vista, é claro, que tem bom menu de vinhos e coquetéis e onde é possível petiscar.

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Tivoli Kopke Porto Gaia
Foto: Mari Campos

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Tivoli Kopke como Pólo cultural

O Tivoli Kopke fica em uma área elevada da colina de Gaia. É possível entrar e sair do hotel utilizando as ruas e ladeiras dos arredores para descer ao Douro ou atravessar para o Porto, mas também existe uma passagem através dos belos jardins do hotel (são 9.000m2 deles!) que leva os hóspedes até um portão especial já quase à margem do rio, representando um atalho bastante importante.

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O hotel quer ser também uma espécie de mini polo cultural na região, atraindo também moradores locais e viajantes que estejam de passagem pela cidade, mas não necessariamente hospedados ali. As Tivoli Live Sessions devem levar música ao vivo ao hotel todas as quintas-feiras.

Seus corredores e ambientes são tomados por uma impressionante coleção de obras e instalações de arte contemporânea dos mais diversos gêneros. As acomodações são também adornadas por fotografias em preto e branco de Domingos Alvão, o mais celebrado fotógrafo português do século.

CONFIRA passeios e degustações no Porto

A Tivoli Hotels & Resorts, marca de luxo da Minor Hotels fundada em 1933 em Lisboa, Portugal, é reconhecida por sempre celebrar a herança cultural e autenticidade de cada destino onde está presente. Hoje, a marca tem propriedades em Portugal, Brasil, Catar, China, Espanha, Itália e Holanda.

O Tivoli Kopke Porto Gaia é a oitava propriedade da Tivoli em Portugal, num portfólio que inclui o clássico Tivoli Avenida da Liberdade, em Lisboa, também em Portugal, que sempre foi um grande sucesso entre viajantes brasileiros.

E agora, aliás, acaba de reabrir sua bela Cervejaria Liberdade, totalmente repaginada esteticamente e com várias novidades no cardápio também (além de uma espetacular nova instalação no lobby, com direito a um drink customizado pela equipe do lobby bar.

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Riverside Cruises

A hospitalidade impecável da Riverside Cruises

Faz pouco tempo que os brasileiros começaram a descobrir que um cruzeiro fluvial pode ser tão arrebatador quanto um bom cruzeiro marítimo. Mas, no quesito luxo, é verdade que este nicho ainda era um pouco carente – até 2023, quando uma nova operadora colocou seu primeiro barco para navegar em rios europeus. No final desta última primavera alemã, tive a oportunidade de finalmente conhecer a fundo a hospitalidade impecável da nova Riverside Cruises – e fiquei realmente impressionada.

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A Riverside Luxury Cruises é a mais nova armadora de cruzeiros fluviais do mercado. Os proprietários são os mesmos do grupo hoteleiro alemão Seaside Collection. E resolveram investir neste nicho num momento extremamente oportuno: compraram os navios novinhos em folha da antiga Crystal Cruises (que faliu no começo desta década e foi depois adquirida, mas apenas com navios marítimos, pela Abercrombie&Kent).

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

Hoje, já tem três navios diferentes singrando rios europeus como Danúbio, Reno e Moselle – Riverside Mozart, Riverside Debussy e Riverside Ravel – com ambição de ser a melhor armadora de cruzeiros fluviais do mundo (boa parte da tripulação é formada por ex-tripulantes da Crystal Cruises; outros tripulantes são adoravelmente jovens, de nacionalidades distintas). Dois outros navios se somarão à frota da Riverside Cruises nos próximos anos.

E, ao contrário de outras armadoras fluviais vendidas como luxo no Brasil, a Riverside realmente entrega um produto luxuoso, das instalações ao serviço, do bar às refeições, do começo ao fim da viagem – e com proporções excepcionais entre tripulação e passageiros.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Como é navegar com a Riverside Cruises

Embarquei em um roteiro lindo pelo Reno, o rio com a maior concentração de castelos do mundo, com embarque e desembarque na bela cidade alemã de Düsseldorf. Meu navio foi o belo Riverside Debussy, com capacidade máxima para apenas 110 passageiros – e muito espaço a bordo.

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Na viagem, estava tudo incluído: transfer in/out, todas as refeições, bar aberto, minibar, mordomo, room service 24h, wifi e quantos passeios eu quisesse por dia nos portos de escala – incluindo passeios já no dia de embarque!

As cabines são excelentes, todas com serviço de mordomo 24h incluído. As distintas categorias preveem diferenças de espaço a bordo, mas não de serviços. Todas contam com camas excelentes, poltronas ou sofá, máquina de café expresso, minibar, closet e boa mesa de trabalho. Os banheiros em mármore são ótimos, todos com vasos sanitários japoneses Toto.

Toda cabine recebe uma garrafa de espumante alemão (nas categorias mais simples) ou champagne francês (nas suítes maiores) de boas vindas e há todo dia um “sweet treat” diferente à nossa espera. No programa tudo incluído, o minibar é reposto sem custos todos os dias, incluindo bebidas alcoolicas.

No Riverside Debussy, nenhuma das cabines tem varandas – mas todas têm enormes janelas do chão ao teto que se abrem eletronicamente até a metade, criando a sensação de um balcão. E os navios contam também com um ótima lavanderia self-service de uso liberado 24h para todos os hóspedes.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Foco na gastronomia

A culinária a bordo do Riverside Debussy é excelente, com boa seleção de locais para tal em um navio deste porte. Há o restaurante principal, Waterside, no deck 2, um restaurante menor no deck 3 (L’Atelier) e ainda a opção de comer no deck 4, ao ar livre, quando o dia e a noite estão agradáveis (em um menu mais enxuto, de saladas, massas e hamburgers).

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E o hóspede tem sempre escolhas. O próprio café da manhã, servido com várias estações de buffet no restaurante principal, tem também uma adorável versão à la carte (que recomendo muito) no deck 3. O almoço também pode ser buffet ou à la carte, e o jantar é sempre à la carte – a menos que seja excepcionalmente servido em sistema barbecue no deck ao ar livre.

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

Além disso, o serviço de quarto está sempre disponível gratuitamente. Itens como lagosta e caviar fazem parte regularmente dos menus semanais. E tudo é realmente delicioso, geralmente harmonizados com vinhos alemães (mas vinhos franceses, italianos, espanhóis também estão sempre disponíveis.

A hora do lanche e dos petiscos também está sempre garantida, seja através do room service, do adorável café do deck 3, do bar principal ou do bar no deck superior (que genial e adoravelmente desce um andar e se compacta internamente quando o navio tem que passar por alguma ponte mais baixa). Cookies, sanduíches, tortas, bolos, frutas, queijos, frios… você decide.

Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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A única opção gastronômica cobrada à parte é o jantar degustação harmonizado servido para um máximo de 10 comensais em uma sala separada – que deve ser reservado previamente e se adapta de maneira bastante impressionante a distintas alergias e restrições alimentares.

Importante: os vinhos e destilados servidos à bordo são excelentes e o champagne servido nos bares e restaurantes do Riverside Debussy é champagne de verdade, e Taittinger – e não espumante ou Prosecco, como tantas armadoras menores, que se dizem de luxo, andam fazendo atualmente… E os coquetéis exclusivos dos bares a bordo também são muito bons.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Lazer e passeios para hóspedes do Riverside Debussy

O deck superior do Riverside Debussy, ao ar livre, é geralmente o espaço mais disputado a bordo, mesmo nas manhãs frias. Afinal, a paisagem do lado de fora, repleta de vinhedos, castelos e montanhas, é realmente arrebatadora. Há ampla oferta de cadeiras, espreguiçadeiras e pufes para quem quer ler um livro, bater papo ou apenas curtir a paisagem.

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No deck 3, há uma gostosa pequena piscina coberta e no deck 2 fica a academia. O Riverside Debussy conta também com diversas (e excelentes) bicicletas para alguns tours regulares do navio, mas também para empréstimo aos hóspedes que quiserem pedalar por conta própria.

Todos os itinerários da Riverside Cruises contam também com alguma demonstração culinária e alguma degustação específica a bordo. Os itinerários de pelo menos uma semana contam também com um evento especial externo, exclusivo para os hóspedes do navio.

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Os passeios oferecidos (todos gratuitos para quem opta pelo sistema tudo incluído) são bastante bons, mas breves, sem grandes aprofundamentos. São visitas mais compactas, em tours de geralmente duas horas, duas horas e meia – o que honestamente acho bom, porque nos deixa tempo disponível para explorar um pouco dos destinos por conta própria.

O menu de passeios oferecido é bastante variado, de walking tours a degustações em vinícolas, de visitas a museus a tours em bicicleta, de passeios panorâmicos a tours eno-gastronômicos. Fiz caminhadas, conheci vinícolas, andei de barco, de carro, de teleférico, de gôndola, fui a museus, mirantes e castelos.

Há também tours noturnos quando estamos atracados para pernoite ou saímos apenas de madrugada, e você pode reservar quantos tours quiser por dia – inclusive no dia de embarque (no dia do meu embarque em Düsseldorf, entrei no Riverside Debussy por volta do meio dia, saí em um tour vespertino às 14:30 e saí em um tour noturno após o jantar).

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Itinerários flexíveis

Além da gastronomia deliciosa, do serviço impecável, dos passeios incluídos e das cabines super confortáveis, a Riverside Cruises tem outra diferença que acho importantíssima em relação a outras armadoras: seus itinerários são todos flexíveis, variando de 3 noites a quantas você desejar, dependendo se busca uma viagem mais compacta ou mais longa.

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O meu itinerário de oito dias foi Düsseldorf-Düsseldorf, com paradas diárias em destinos de pequeno, médio e grande porte na Alemanha – incluindo destinos como Colonia, Bonn, Frankfurt e diversas cidadezinhas à beira do Reno. Algumas pessoas fizeram um itinerário de apenas 3 noites, até Bonn, outras de 4 noites, até Frankfurt, outras de 10 noites, seguindo viagem a Amsterdã depois que desembarquei.

Assim, fica muito fácil encaixar a experiência de um cruzeiro fluvial mesmo em viagens mais enxutas, combinando os dias navegando com outros dias passeando em terra firme. E o mesmo benefício vale também para os itinerários da Riverside em outros rios, como o Danúbio.

Há flexibilidade também na forma como você deseja fazer seu cruzeiro: com tudo incluído (como eu fiz e recomendo), apenas cruzeiro com pensão completa, cruzeiro com pensão completa e bebidas, ou apenas cruzeiro e passeios – mas o custoXbenefício destas opções, na minha opinião, não compensa.

Ah! Outro diferencial importante: solo travellers são muito bem vindos, e usuais, nos navios da Riverside Luxury Cruises. Vale a pena ficar de olho que em várias saídas não é cobrado suplemento single.

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Riverside Cruises
Foto: Mari Campos

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Dica extra

Durante toda a viagem, utilizei também, como sempre, um eSIM da O Meu Chip, que me manteve conectada o tempo todo, não apenas durante o cruzeiro mas também em todas as visitas e escalas, sem interrupções. Há sempre pelo menos 15% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM DESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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W Sao Paulo

Como é o novo W São Paulo

O arranha-céus envidraçado do novo W São Paulo, na Vila Olímpia, chama a atenção de longe entre as copas das árvores e o emaranhado de edifícios da Faria Lima – mas a entrada para carros é tão discreta que muita gente nem vê direito.

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Primeiro W Hotel do Brasil, o W São Paulo, recentemente inaugurado, é mais um ótimo exemplo desta nova safra de hotéis da marca de lifestyle da Marriott, com ambientes mais discretos, serviço mais caprichado e décor mais sofisticado.

W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

Com muita pedra e madeira brasileiras e um design quase modernista das áreas comuns às acomodações (com móveis majoritariamente criados por designers brasileiros), o W São Paulo ocupa a metade superior do edifício de quarenta andares em uma das áreas mais movimentadas da capital paulista (a metade inferior é tomada por residências), garantindo belas vistas urbanas até na academia.

Para o viajante a lazer, além da estrutura do próprio hotel (que deve abrir seu spa nos próximos meses), há belos parques nos arredores, vários restaurantes nas proximidades e também um dos maiores shoppings da cidade bem pertinho.

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W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo W São Paulo

O lobby do W São Paulo fica instalado no 24º andar e é acompanhado por um discreto bar de inspiração japonesa (apesar das cadeiras coloridas), com teto mais baixo e farto menu de coquetéis e rye. Embora infelizmente esse bar não funcione todos os dias (não funcionou enquanto estive hospedada ali, por exemplo), o local parece estar investindo em DJs algumas vezes por semana e os drinks têm sido elogiados.

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No andar debaixo, através de uma bela escada sinuosa, fica o Baio Cozinha Sulista, o principal restaurante da propriedade, aberto do café da manhã ao jantar. O farto serviço de café da manhã tem amplo buffet, serviço bem atencioso e um delicioso menu à la carte de pratos quentes também incluído.

Recentemente a casa começou a oferecer um excelente brunch dominical das 13 às 17h, com tudo incluído: enorme buffet de saladas, doces e salgados, menu à la carte de pratos quentes, espumantes, sucos, vinhos e gin tonic. Nas demais refeições, o Baio prioriza em seu cardápio a culinária do sul do Brasil.

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As acomodações do W São Paulo têm entradas USB de distintos tipos estão em ambos os lados da grande cama, enormes TVs de tela plana giratórias, água e café cortesia e mesmo as categorias de entrada têm bastante espaço. Apenas os armários disponíveis são limitados. Os banheiros são bem iluminados, com janelas amplas inclusive nos chuveiros, e com os vasos sanitários separados.

As suítes têm espaço de sobra e vistas incríveis sobre a cidade – vale cacifar os andares mais altos por isso. Têm também banheiras instaladas curiosamente fora da área molhada: ou no quarto ou ainda na sala de estar – o que não tem agradado a todos os hóspedes.

Só estranhei bastante que não houve turndown service / serviço de abertura de camas durante minha estadia. Tampouco a tecla whatever/whenever do telefone da minha suíte funcionou. E pessoalmente achei a welcome amenity, com apenas 3 bombonzinhos artesanais, bastante singela para uma suíte, principalmente em comparação com outros hotéis W nos quais já me hospedei.

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W Sao Paulo
Foto: Mari Campos

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Vistas paulistanas como protagonistas

O grande destaque do novo W São Paulo está em seu deck no 40º andar: ali fica uma belíssima piscina de borda infinita, debruçada sobre a cidade, com vistas realmente incríveis de São Paulo. Ouso dizer que tem a vista mais bonita que já vi numa piscina de hotel na capital paulista.

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Ao redor da piscina, diversas espreguiçadeiras tipo day bed deliciosamente acolchoadas, perfeitas para descansar ou ler sem perder o horizonte paulistano de vista – nem os aviões que vêm e vão dia e noite, passando bem diante do terraço.

Uma curiosidade: atrás da piscina, existe uma tela gigante de LED que o hóspede não consegue ver direito; mas que os passageiros dos aviões visualizam perfeitamente através de suas janelinhas.

Ao lado da piscina fica o restaurante e lounge L40 do hotel, bom endereço para tomar um drink ao pôr do sol. Em algumas das noites, DJs se apresentam por lá.

Infelizmente não tive a oportunidade de provar o cardápio do restaurante, mas a promessa é que a cozinha do L40 funde pratos brasileiros com receitas de diversos países da latitude 40, como Turquia, China, Coreia, Espanha, Itália, Grécia e outros.

A abertura do novo W São Paulo é parte importante do novo plano de expansão das marcas de luxo da Marriott International, sobretudo na América Latina e Caribe.

Para a hotelaria brasileira, é um marco importante também. Nos próximos meses, o Westin São Paulo abrirá suas portas e um novo W Gramado tem por enquanto abertura confirmada para 2028.

Além disso, um grande projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro, promete reunir propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection numa mesma área. E a Marriott confirmou também o projeto para um Westin João Pessoa. 

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ILTM Latin America

Hotelaria anuncia novidades na ILTM Latin America 2025

A ILTM Latin America 2025, principal evento de turismo de luxo do continente, aconteceu entre 5 e 9 de maio reunindo hoteleiros e 470 marcas expositoras (27% delas estreantes no evento), além de 470 agentes e consultores de viagem vindos de 13 países diferentes (22% deles participando pela primeira vez). Com o tema Handmade in Latin America – by people, for people, 2025 trouxe a maior edição histórica da ILTM Latin America. 

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Durante o evento, a hotelaria internacional confirmou que a maioria das grandes redes vive um excepcional momento, com recordes de faturamento e diversas novas propriedades no pipeline para os próximos anos.

Inclusive na hospitalidade em alto mar, que terá diversas novas embarcações lançadas até 2034, com valor total de 14,4 bilhões de dólares e aumento de US$5,1 bilhões neste mercado).

Oceania Allura
Oceania Allura/Divulgação

Os maiores destaques deste ano ficaram por conta da Oceania Cruises, que inaugura em julho o Allura, segundo navio da classe homônima, lançada em 2023 com o belo Oceania Vista, e com a Regent Seven Seas, que trará no ano que vem o esperado Seven Seas Prestige – um “game changer” na história da armadora segundo Steve Odell, CMSO da NCLH.

O novo Allura, oitavo navio da frota da Oceania Cruises, terá capacidade para 1.200 hóspedes, 800 tripulantes, cinco restaurantes especializados (todos sempre incluídos), a exclusiva linha de amenidades Aquamar® Bath + Skincare Essentials e a excepcional proporção de um chef para cada 10 hóspedes.  Já o Seven Seas Prestige teve seu design inspirado na arquitetura clássica e renascentista revelado durante a própria ILTM e inaugurará um nova classe de navios na armadora (a primeira em 10 anos), com capacidade máxima para 822 hóspedes, novas categorias de acomodações e uma das maiores proporções de espaço por passageiro da indústria.

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Simon Mayle
Simon Mayle/Divulgação

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recordes e novidades revelados na ILTM Latin America

Dentre as novidades hoteleiras que mais fizeram sucesso na ILTM Latin America, a Tivoli Hotels & Resorts acaba de inaugurar o Tivoli Kopke Porto Gaia, às margens do Rio Douro, em Portugal, com 149 quartos e suítes, 450 m² de spa, vistas arrebatadoras e enogastronomia assinada pelo chef três estrelas Michelin Nacho Manzano. Em Lisboa, acaba de inaugurar nova instalação de arte contemporânea no lobby do Tivoli Avenida Liberdade e deu cara nova ao seu badalado SEEN Sky Bar Lisboa.

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A Preferred Hotels & Resorts anunciou a incorporação de 19 novas propriedades membros ao seu portfólio global, incluindo o brasileiro NÓR Hotel & Spa, na região de São Roque, a 45 minutos de São Paulo.

NOR Hotel e Spa
NOR Hotel e Spa, recentemente incorporado à Preferred Hotels & Resorts. Foto: Mari Campos

A Accor (cujo programa de fidelidade ALL – Accor Live Limitless ultrapassou a marca de 100 milhões de membros no mundo) confirmou que as marcas de luxo e lifestyle estão impulsionando o crescimento global da companhia e traz novidades ao Brasil, como o Sofitel Rio de Janeiro Ipanema (que reabrirá em 2026) e o Faena São Paulo, previsto para 2029. Além disso, já abriu as reservas para o Orient Express Corinthian e inaugurou o primeiro hotel da marca Orient Express no centro histórico de Roma.

A HYATT celebrou a inauguração de sua 50o. propriedade Park Hyatt, marca em franco crescimento nas Américas. Mas o mais rápido crescimento dentre as marcas de luxo do grupo é da deliciosa Unbound Collection. O grupo revelou também na feira os detalhes de seu novo hotel de luxo em Mendoza, a Casa Duhau, e confirmou o crescimento global de suas marcas de luxo, com várias aberturas nos próximos meses e anos (incluindo o primeiro hotel Park Hyatt no México; Hotel La Compañia del Valle, The Unbound Collection by Hyatt no Panamá; e Andaz Turks & Caicos).

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W Sao Paulo
W Sao Paulo. Foto: Mari Campos

A Marriott International destacou seu crescimento na América Latina e Caribe, enfatizando a importância do novo W São Paulo, aberto recentemente na Vila Olímpia, para a região. O Westin São Paulo abrirá suas portas em breve e o W Gramado está confirmado para 2028. Além do projeto em Maraey, a cerca de 45 minutos do Rio de Janeiro (com propriedades Ritz-Carlton Reserve, JW Marriott e Autograph Collection), a rede confirmou também o andamento do projeto do Westin João Pessoa.

No cenário internacional, o grande destaque da Marriott para este ano é o W Punta Cana, all-inclusive exclusivo para adultos. Louise Bang, chief sales and marketing officer da Marriott International para a região, comentou como transformar uma marca de lifestyle de luxo como a W em all inclusive pode ser uma jogada interessante: “É uma chance de termos habitués dos W Hotels conhecendo uma propriedade all inclusive, e também a oportunidade de termos habitués de all inclusive conhecendo enfim todo o potencial de um hotel da marca W, é excelente”, comentou Louise.

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Shanghai Xangai
Detalhe do Waldorf Astoria Shanghai. Foto: Mari Campos

A rede Starwood Hotels, de volta ao mercado após um longo hiato, já possui 14 hotéis da marcas Baccarat, 1Hotel e TreeHouse e tem mais de 30 no pipeline, na expectativa de abrir mais de cinco hotéis por ano no restante desta década.

A Oetker Collection anunciou a inauguração de novos hotéis St Tropez e na Toscana para os próximos anos confirmando a crescente demanda por seus hotéis, que em geral, à exceção de estações de neve, por exemplo, já não têm mais distinção entre alta e baixa temporada.

Já a Hilton Hotels teve em 2024 um ano recorde historicamente, com expectativas de crescer pelo menos 50% na América Latina nos próximos 10 anos. Após a abertura do Waldorf Astoria Osaka e do Waldorf Astoria Costa Rica, a grande expectativa agora é a reabertura do Waldorf Astoria New York no verão do hemisfério norte após 8 anos de extensas reformas (que descobriram inclusive novas colunas, paredes e mosaicos no edifício histórico).

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Simon Mayle
Simon Mayle. Foto: Mari Campos

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O mundo de olho no Brasil

Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America, confirmou o protagonismo da hotelaria brasileira tanto entre turistas estrangeiros quanto brasileiros. “Temos muitos produtos interessantes, hotéis originais e destinos ainda pouco conhecidos”, diz Mayle. “Estrangeiros se apaixonam pela diversidade brasileira e pela joie de vivre que só o brasileiro tem”.

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Durante a ILTM Latin America 2025, o TXAI celebrou seus 25 anos de fundação e afirmou que terá 95% das acomodações renovadas até o fim do ano. O Grupo Filha da Lua anunciou a abertura da Fundação Hello Pipa, com foco na formação profissional para adultos no setor de hospitalidade e educação ambiental. A OIÁ Casa Lençóis, do TP Group, destacou seus dois novos bangalôs, os novos circuitos de trekking pelos Lençóis Maranhenses e a primeira temporada da adorável pop up OIÁ em Atins.

Detalhe do Ibiti Village, associado BLTA. Foto: Mari Campos

Camila Barreto, a CEO da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) destacou a importância de seus hotéis membros serem tão engajados com a sustentabilidade. “Nao há mais como se falar em luxo sem falar de sustentabilidade”, disse Camila. “A gente não pode mais simplesmente ir a um destino sem cuidar dele de fato”, completou.

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A BLTA está presente com propriedades de luxo de pequeno, médio e grande porte em 37 destinos brasileiros e, a partir de agora, só aceita novos membros que obtenham pelo menos 80% de avaliação positiva no sistema de cliente oculto. “Queremos ampliar a presença do Brasil internacionalmente. Não dá para aceitar que a gente não receba nem 7 milhões de turistas por ano no país”, explica Camila.

O foco da associação está em hotéis envolvidos na criação de experiências com suas comunidades locais, ultra personalização de serviços, conforto sem ostentação na infraestrutura, conexões afetivas e impactos sempre positivos para cada estadia. Segundo o anuário BLTA e SENAC, seus hotéis membro têm mais de 3 membros de staff para cada hóspede, 50% de ocupação média anual, 90% dos hóspedes estrangeiros provenientes dos EUA, 90% dos hóspedes nacionais vindos de São Paulo e diária média anual de R$2.909.

A ILTM Latin America já tem data para acontecer também em 2026: de 4 a 7 de maio, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

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A hospitalidade diversa do Ibiti

É difícil não se encantar pelo Ibiti, em Minas Gerais. Afinal, essa deliciosa empreitada de turismo regenerativo, sem similar na hospitalidade internacional, é praticamente uma utopia transformada realidade – como bem diz a placa de madeira logo à entrada da reserva.  

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O que começou nos anos 1980 com o sonho do empresário Renato Machado de proteger os arredores do Parque Estadual de Ibitipoca, MG, hoje se converteu em um projeto de vários braços distintos – e do qual o turismo é força importante – que já ultrapassa os 6 mil hectares de área total.

Focado em projeto de rewilding, o IBITI é hoje membro da BLTA (Brazilian Luxury Travel Association) e seu Xodós do Brasil e continua expandindo não só seu território e força sócio-econômica transformadora como também sua vocação para a hospitalidade.

Inicialmente Reserva do Ibitipoca, depois Comuna do Ibitipoca até que virasse simplesmente IBITI, o projeto oferece três modelos já muito bem estruturados de hospedagem turística regenerativa. E inaugura agora a quarta vertente dessa seara hoteleira: sua primeira casa de vidro totalmente automatizada, com vistas surreais para a reserva a partir de qualquer ponto.

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Foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Ibiti

Seu modelo de turismo de baixo impacto, que atua regenerando o meio ambiente, conservando fauna e flora e apoiando sócio-economicamente as comunidades locais, acontece em outras três opções distintas de hospitalidade.

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A primeira investida do Ibiti na hotelaria veio com o adorável Ibiti Engenho Lodge, até hoje a grande estrela do projeto. O casarão construído ao redor de um pátio, com distintas varandas e rodeado por montanhas verdejantes tem apenas 8 grandes suítes, cada uma com uma decoração diferente – mas sempre essencialmente mineiras.

Inaugurado ainda em 2008, suas áreas comuns têm e jeitinho de “casa de vó”, decoradas com muita brasilidade e com a natureza sempre à vista. Tem também spa, sauna e uma deliciosa jacuzzi ao ar livre.

A beleza e aconchego importam, e muito, mas nada disso se compara à calidez do serviço e à primorosa gastronomia tocada pelas “meninas do Engenho” com maestria. Do café da manhã ao almoço mais frugal, do café da tarde ao jantar de vários passos, tudo ali é simplesmente delicioso – e está incluído nas diárias. Cada garfada é uma viagem. E a equipe do lodge ainda é craque em preparar os set ups mais lindos, seja interna ou externamente, para cada refeição.

Engenho Lodge ainda administra a vizinha Casa Carlinhos, com 3 suítes, que deve ser alugada por inteiro mas tem direito de uso dos serviços do lodge.

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A segunda opção de hospedagem é o Ibiti Village, que deu nova vida a Mogol, um diminuto vilarejo de ruas de terra batida que esteve a ponto de desaparecer. Com apenas algumas dezenas de moradores permanentes, teve parte de suas casas originais reformadas e transformadas em 11 acomodações turísticas cheias de conforto.

Todas as casas são diferentes entre si e foram decoradas seguindo temas diferentes – como a dedicada a Guimarães Rosa, decorada com frases e obras do genial escritor. Algumas têm cozinhas completas, outras não; algumas possuem apenas um dormitório outras acolhem famílias.

No Ibiti Village a hospedagem também acontece com pensão completa incluída, servida sempre no Yucca, o restaurante vegetariano e orgânico do vilarejo – que tem ainda escola, igreja, posto médico, café, cinema e prainha de rio. Além da inclusão de um passeio guiado por dia, os hóspedes do Village também são contemplados com algumas atividades culturais, como concertos de piano em um Steinway de jacarandá da Bahia de 1874.

CLIQUE AQUI para ver valores e disponibilidade no Ibiti Village.

Foto: Mari Campos

A terceira opção de hospitalidade é o Ibiti Remote, que conta com três acomodações privativas, todas com localizações bem remotas na reserva. Focadas em quem deseja mesmo total desconexão, o acesso a elas se dá, dependendo da acomodação, por trilha, bicicleta, a cavalo ou em veículos 4×4.

A quarta empreitada começa agora, em clima de soft opening, e deve ser oficialmente inaugurada antes do final do semestre. A primeira Casa de Vidro do Ibiti foi construída mais isolada, em uma área mais alta da montanha que acolhe o Village.

Com paredes de vidro abertas para a natureza exuberante do Ibiti, e vibe quase futurista, totalmente automatizada, ali as vistas arrebatadoras estão incluídas a partir de praticamente todo cômodo.

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Foto: Mari Campos

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Dia-a-dia entre descanso e atividades

No Ibiti, independente da acomodação escolhida, o hóspede passa dia e noite imerso na natureza. Todas as diárias no Ibiti Engenho Lodge e no Ibiti Village incluem pensão completa e um passeio guiado por dia.

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O ritmo por ali é sempre lento e silencioso, perfeito para descansar e dar um belo reset mental. Mas a oferta de atividades possíveis também é enorme, incluindo trilhas, cavalgadas, bike, visitas comunitárias, caiaque, SUP, praia de rio e diversas outras experiências.

Margeando o Parque Estadual do Ibitipoca, o território preservado pelo Ibiti é repleto de montanhas, riachos, lagos e quedas d’agua. A vegetação nativa da região divide espaço com áreas recuperadas com reflorestamento e realmente é verde a perder de vista a partir de qualquer canto.

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Não bastasse tanta beleza natural, a propriedade ainda conta com muita arte espalhada por seu território. As mais famosas são as gigantes esculturas que compõem a instalação My Big Family, da norte-americana Karen Cusolito, cuja visitação é permitida apenas aos hóspedes do projeto.

As obras, feitas em metal reciclado, reminiscentes do Burning Man, fizeram tanto sucesso nas redes sociais que já viraram também a cara do Ibiti. Com dimensões que chegam a 6 toneladas e 9 metros de altura em uma única estátua, exigiram uma logística tremenda para serem transportadas à região montanhosa – mas encontraram na Pedra do Tatu, diante de uma das mais belas vistas do Ibiti, seu repouso.

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Foto: Mari Campos

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Além da hospitalidade

A hospitalidade é apenas um dos muitos braços do Ibiti. Além dela e da preservação e regeneração ambiental que deu origem ao projeto, há também produção orgânica de alimentos na Gaia Produtos Ecológicos (inclusive café), reciclagem (o projeto tem seu próprio centro para tal), reaproveitamento (todos os resíduos orgânicos são reaproveitados ali), educação na Life School, reintrodução de animais silvestres em seu habitat original (como os muriquis-do-norte, maiores primatas das Américas).

A ideia principal é sempre que cada projeto tenha empreendedores diferentes e ajude a economia local girar melhor. A hospitalidade regenerativa é sempre o melhor caminho para fazer a indústria turística realmente girar a favor dos destinos.

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Para chegar ao Ibiti: o aeroporto mais próximo é Zona da Mata/Juiz de Fora (IZA). A partir do aeroporto, são pelo menos mais duas horas de carro até a entrada do Ibiti (com estrada de terra na parte final). Outra possibilidade é pousar diretamente na propriedade em helicóptero ou monomotor.

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