Habitas Atacama

Review: Habitas Atacama

Você seguramente já ouviu falar da rede Our Habitas, mesmo que não identifique de imediato: o ultra “instagramável” Habitas AlUla, sua mais famosa propriedade, virou um case nas redes sociais desde sua inauguração, no finalzinho de 2016, na Arábia Saudita. Mas o grupo já tinha outras propriedades hoteleiras abertas desde 2016 e inaugurou no final do ano passado a décima delas: o Habitas Atacama.

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A marca vem crescendo rapidamente com hotéis descolados e sustentáveis em diferentes destinos e continentes, geralmente rodeados por natureza de beleza arrebatadora. E várias outras inaugurações previstas, além de boatos de uma propriedade sendo viabilizada também no Brasil.

Tive o prazer de ser convidada para conhecer com exclusividade, e em primeira mão para o mercado brasileiro, o Habitas Atacama no comecinho do fevereiro. A primeira propriedade da Our Habitas na América do Sul vem se mostrando diferente da maioria das propriedades inauguradas em alguns quesitos, da propriedade em si à forma como visitantes a usufruem em relação ao destino (o que tem sido certo desafio).

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Como é se hospedar no Habitas Atacama

O Habitas Atacama, ao contrário da maioria das demais propriedades do grupo, não foi construído pela Our Habitas; trata-se de um take over. Ele ocupa as mesmíssimas instalações do antigo hotel Altiplanico, construído imitando uma pequena vila atacameña com cada acomodação simbolizando uma casinha de adobe diferente. Mas o grupo garante que segue a operação sustentável comum à marca.

A localização do hotel é excelente: fica a apenas dez minutos de caminhada da Calle Caracoles, o verdadeiro coração de San Pedro de Atacama, dia e noite. São 51 acomodações no total, todas com varandinhas ou alpendres privativos, com diárias que incluem unicamente café da manhã.

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As acomodações, aliás, continuam (ao menos por enquanto) iguaizinhas por dentro e por fora ao que eram no antigo hotel. Mesma decoração nas paredes, mesmos banheiros, mesmos móveis internos e externos. O décor, apesar do repeteco, é bastante simpático e repleto de elementos artesanais locais.

Mas vale saber que as acomodações do Habitas Atacama são bastante quentes e não contam nem com ar condicionado nem ventiladores de teto por enquanto. Eles cedem apenas pequenos ventiladores de chão aos hóspedes que pedem.

Há água cortesia nos quartos, mas não há serviço de chá e café. O espaço para acomodar bagagens e pertences é bastante limitado – no meu quarto, por exemplo, existia apenas uma estante com quatro pequenas prateleiras quadradas (uma delas completamente tomada pelo cofre e outra pelos roupões) e nada mais. Não havia nem suporte para mala, muito menos suporte de ganchos ou cabides para pendurar a roupa.

Apesar da propriedade ter iniciado o soft opening já há alguns meses, a gente vê que ainda faltam muitos detalhes, sobretudo na acomodação; desde suportes simples (como copo para colocar escova de dentes, saboneteira etc) a amenidades em geral (o banheiro não oferece absolutamente nada além de shampoo, condicionador, sabonete e hidratante).

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Destaque para a gastronomia

As novidades trazidas pela Our Habitas à propriedade foram a criação de uma série de espaços bem gostosos para relax e/ou convívio social. Os hotéis do grupo costumam caprichar nos espaços públicos, já que são sempre pensados para viajantes que querem passar um bom tempo relaxando e descansando no local e não apenas explorando o destino visitado.

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Dos muitos pequenos lounges ao ar livre, com pufes, almofadas e poltronas entre a vegetação local, à pequena e tão acolhedora piscina, são todas áreas muito convidativas, cheias de charme e sossego. Perfeitas para ler, tomar um café ou drink, bater papo com outros viajantes.

O hotel tem também uma pequena academia ao ar livre e um pequeno spa com local próprio para temazcal. E oferece aos hóspedes duas atividades gratuitas por dia: uma de bem-estar físico (como aulas de yoga e pilates) e outra cultural (como workshop de mixologia, observação de estrelas ou pequenas apresentações musicais).

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Por enquanto, o grande destaque do Habitas Atacama fica por conta da gastronomia. As diárias incluem apenas um pequeno buffet de café da manhã com ovos à la carte. Mas os menus de almoço e jantar (pagos todos à parte, assim como bebidas em geral) do restaurante Alma são realmente ótimos, valorizando pratos de cozinha local, sazonal e consciente, evitando desperdícios e com várias veganas e vegetarianas também. E com excelente apresentação, diga-se de passagem.

Gostei bastante de tudo que comi, com destaque para saladas e pratos frios e crus em geral. E o staff do restaurante também é bastante querido. O bar anexo ao restaurante também propõe drinks e chás que utilizem majoritariamente plantas e ervas locais, numa proposta interessante (e com mocktails disponíveis). E um bem-vindo filtro de água com e sem gás para abastecer gratuitamente hóspedes que tenham suas próprias garrafinhas reutilizáveis.

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Desafios locais

O Habitas Atacama é o primeiro hotel da Our Habitas que coloca os turistas brasileiros na mira de prioridades. Afinal, somos responsáveis pelas altas taxas de ocupação de diversos hotéis de San Pedro de Atacama durante todo o ano, sobretudo no mercado de luxo.

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Mas o Habitas Atacama se diferencia bastante dos hotéis que mais fazem sucesso entre brasileiros por lá, como Explora, Tierra e Nayara, por exemplo. Primeiro, pelo custo, com diárias que começam em US$350,00. Depois, pelas inclusões: enquanto os outros, apesar de muito mais custosos, incluem transfers, refeições, bebidas e todos os passeios, o novo hotel da Our Habitas incluem unicamente o café da manhã.

A ideia da chegada ao Atacama de um hotel de alto padrão que não tenha tudo incluído é extremamente bem-vinda. Não existe mesmo nada similar a ele no destino e o Habitas Atacama vem preencher uma lacuna importante.

Por outro lado, com as propriedades do grupo sendo geralmente pensadas para os hóspedes passaram a maior parte do tempo ali mesmo, no Atacama eles seguramente estão enfrentando um desafio extra. Afinal, quem visita o deserto chileno, por mais que aprecie o ócio e o descanso no hotel, quer também conhecer suas mais famosas (e realmente imperdíveis) atrações – que são muitas. E nesse ponto ainda não estão afinados.

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O Habitas Atacama, que ainda estava sem gerente geral durante a minha visita e recebeu o novo profissional logo depois, trabalha única e exclusivamente com os tours de um receptivo local chamado Trekana. Mas eu mesma fiz um tour através deles ao Salar e foi bastante ruim e superficial.

Tive a má sorte de estar no destino em uma semana de muito mal tempo. Mas tentei fazer outro tour com eles, sob a alegação que o anterior tinha sido um erro excepcional, mas os funcionários do hotel (recepção e concierge) não conseguiram encontrar um único tour disponível para mim, nem privativo nem compartilhado, ao longo de dois dias inteiros – e tive que me virar sozinha.

Minha recomendação, neste momento, é que viajantes brasileiros já reservem passeios diretamente com seu agente de viagens no Brasil, antes de embarcar para o Chile. Ou que recorram às agências e receptivos da Calle Caracoles no primeiro dia da viagem.

No mais, um hotel cheio de potencial para oferecer excelentes experiências de imersão no destino – e que deve estar tinindo para as férias de julho.

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Pristine Camp Calafate

Pristine Camps abre nova propriedade em Calafate e cria representação exclusiva no Brasil

Aventura com conforto e boa mesa. Esse sempre foi o mote do grupo argentino Pristine Camps que, nascido em plena pandemia, em pouco mais de dois anos já chega à sua terceira propriedade na Argentina. E está de olho no turista brasileiro: o Pristine Camps abre nova propriedade em Calafate e cria representação exclusiva no Brasil.

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No finalzinho de 2023, tive o prazer de ser a primeira jornalista convidada a conhecer sua nova propriedade em estilo glamping, o Pristine El Calafate, com acomodações e áreas comuns todas vista para o glaciar Perito Moreno, inaugurado em soft opening em primeiro de dezembro.

A nova propriedade, que completa o trio do grupo com os Pristine Camps Salinas Grandes e Iguazú, coincidiu com a abertura de uma representação exclusiva no Brasil, que tem como um dos sócios Jota Marcineck, fundador da Venturas Viagens.

A nova representação deve facilitar imensamente o gerenciamento de reservas e também as formas de pagamento disponíveis para agências e consultores de viagem brasileiros, visando estimular o aumento do número de visitas de turistas do Brasil nas propriedades da Pristine Camps.

“O viajante brasileiro está alinhado às propostas de exclusividade e imersão na cultura local da nossa marca”, afirma o argentino Bebe Badino, sócio-presidente da Pristine Camps. Segundo ele, o mercado brasileiro é prioritário para todas as propriedades do grupo. E seu interesse no Brasil não para por aí: há planos para inaugurar o primeiro Pristine Camp fora da Argentina justamente no Brasil, e possivelmente ainda em 2025.

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Como é o novo Pristine Camp Calafate

Distante cerca de uma hora e meia de carro de El Calafate, o novo Pristine El Calafate ocupa parte do remoto rancho Dos Lagos, na Patagônia Argentina, com vista panorâmica para o glaciar Perito Moreno, o lago Roca e as espetaculares montanhas da região.

Em estilo glamping, usa o mesmo modelo implantado pela Pristine Camps no norte da Argentina, com acomodações e espaços públicos (recepção, restaurante, bar etc) todos instalados em domos geodésicos privativos com vista para o glaciar.

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Cada domo do Pristine El Calafate acomoda até três hóspedes e conta com um pequeno closet, quarto, banheiro, dois tipos de lareira e um adorável deck de madeira privativo com ofurô – mas inicialmente os ofurôs não foram colocados em funcionamento por questões técnicas e ambientais.

As diárias incluem sempre traslados ida e volta desde Calafate, atividades diárias (inclusive passeio até o glaciar Perito Moreno para reservas superiores a duas noites), todas as refeições (com caprichados menus da chef Mariana Garcia del Rio), bebidas não alcoólicas e alguns rótulos de vinhos argentinos no almoço e no jantar.

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O novo camp foi inaugurado em dezembro passado com apenas quatro domos, que devem se converter em seis durante esta temporada de verão – e podem chegar a até 10 acomodações em outras temporadas. E vai funcionar apenas sazonalmente, durante os meses mais quentes do ano.

A propriedade toda funciona com energia 100% renovável, majoritariamente solar – e o novo Pristine El Calafate já tem o segundo maior conjunto de painéis solares da hospitalidade argentina.

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Pristine Camps tem Crescimento em tempo recorde

A Pristine Luxury Camps, formada por quatro investidores argentinos com ampla experiência em hotelaria, nasceu durante a pandemia e inaugurou sua primeira propriedade (nas Salinas Grandes argentinas) no final de 2021. A novidade teve tanto êxito entre turistas de alto padrão – inclusive brasileiros – e tanta repercussão midiática e em redes sociais que, menos de dois anos depois, o grupo já inaugurava seu segundo “camp”, o luxuoso Pristine Camp Iguazu.

Três meses depois, abriram as portas de sua terceira propriedade, desta vez diante do glaciar Perito Moreno. Em comum, todas elas – além de estarem localizadas em destinos icônicos da Argentina -, têm construção e operação bastante sustentável, focando em máximo contato do viajante com a natureza com impactos mínimos.

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A arquitetura é tão bem bolada em todas elas (com espaços construídos sobre plataformas elevadas de madeira para evitar a erosão do solo) que a gente tem a sensação de estar imerso naquelas paisagens quase selvagens sem nem mesmo sair do conforto da acomodação.

Apesar da logística operacional tão complexa (dada a natureza remota de todos os “camps”), a experiência do hóspede acaba sendo sempre bastante satisfatória e exclusiva.

Com investimentos atuais em torno de US$5 milhões, a expectativa da Pristine Camps é continuar expandindo o negócio, abrindo novas propriedades similares às já existentes em destinos icônicos e remotos nos próximos anos.

E quer também se tornar a primeira empresa hoteleira regenerativa da Argentina, prometendo o plantio de 10 m2 de reserva natural para cada reserva efetuada em qualquer um de seus acampamentos.

O grupo mantém um Hotel Escola no povoado argentino de Puerto Libertad, oferecendo ali cursos de hotelaria e turismo gratuitos.

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Nayara Alto Atacama

Review: Nayara Alto Atacama

Da sempre chachoalhante chegada a Calama, principal aeroporto para quem visita o deserto do Atacama, até o vilarejo de San Pedro de Atacama a viagem leva cerca de 1h30 de carro. Mas deixe de lado o cansaço da viagem, porque será uma hora e meia de puro deleite visual através das janelas, com a paisagem ocre deste fabuloso deserto pouco a pouco tomando conta de tudo. E é bem ali, fazendo uso exatamente dos mesmos tons terracota e construções revestidas de adobe de San Pedro, que fica o Nayara Alto Atacama.

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Parte da bela coleção de hotéis da The Leading Hotels of the World, o Nayara Alto Atacama se espalha por um longo terreno horizontal em meio ao deserto com seus pequenos edifícios terracota, justamente reproduzindo as construções típicas em adobe de San Pedro.

A arquitetura geral do hotel, que reproduz também pequenos pátios locais e tem um adorável conjunto de pequenas piscinas, tem uma beleza delicada e singular, e mistura-se em pura harmonia com a paisagem que o cerca. Localizado próximo à fortaleza de Pukara de Quitor, demanda uma caminhada para que o hóspede chegue à calle Caracoles, no centro do vilarejo.

Boa parte dos funcionários vem dos arredores do lodge, há conexão à internet de boa qualidade e os tours oferecidos são feitos em espanhol, inglês e portunhol. Parte do grupo Nayara Resorts, o Nayara Alto Atacama oferece três modelos distintos de estadia, mas é justamente o sistema tudo incluído (ou “full experience”, como eles gostam de dizer) que faz sucesso entre os brasileiros. Assim você já chega com todos os transfers, passeios, refeições e bebidas incluídos em sua tarifa, sem ter que se preocupar com mais nada durante a viagem.

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Nayara Alto Atacama
Nayara Alto Atacama, parte da coleção da LHW. Foto: Mari Campos

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Nayara Alto Atacama: pequeno oásis no deserto

O belo hotel membro da Leading Hotels of the World possui 42 acomodações (incluindo 10 suítes) distribuídas em 3 edifícios térreos diferentes. Os edifícios são todos entrecortados por pequenos jardins que criam juntos uma espécie de “parque andino”, de vegetação endêmica – e com lhamas nas proximidades.

As acomodações do Nayara Alto Atacama têm décor bastante datado em todo o mobiliário; mas contam todas com muito espaço, camas grandes e confortáveis, grandes banheiros, mesa de refeições e varanda privativa. Vale optar pelas acomodações localizadas nos edifícios mais afastados do edifício principal para garantir mais privacidade nas varandas. O minibar das acomodações também está incluído nos pacotes “full experience”.

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Nayara Alto Atacama
A varanda dos quartos do Nayara Alto Atacama. Foto: Mari Campos

A área de lazer também se espalhada horizontalmente com um belo jogo de sete pequenas piscinas dispostas lado a lado, mas delicadamente separadas umas das outras. Assim, cada uma acaba funcionando como uma piscina privativa para um mesmo grupo ou família na maioria do tempo.

Próximo às piscinas fica o restaurante ao ar livre, que duas vezes por semana serve almoço ou jantar em formato de churrasco atacameño – mas felizmente sem buffets, com tudo sendo servido diretamente às mesas dispostas sobre um delicado pergolado.

É por ali também que fica o spa do Nayara Alto Atacama , o Puri Spa, com três salas de tratamento e um menu de terapias que utiliza majoritariamente materiais do próprio deserto (óleos, ervas, pedras, argila) como ingredientes base para massagens.

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Boa mesa e sustentabilidade

A gastronomia, agora a cargo do chef Rodrigo Acuña Bravo, merece destaque. O chef foi recentemente nomeado membro da L’Académie Culinaire de Franc(ACF); e introduziu no Nayara Alto Atacama o conceito “Zero Quilômetro”, propondo refeições mais sustentáveis e saudáveis.

Para suas receitas, utiliza majoritariamente produtos locais e sazonais, com mínimo desperdício. O hotel, aliás, é o único de San Pedro com certificação “S” de turismo sustentável concedida pelo governo chileno – e tem também painéis solares, reutiliza água para irrigação e faz reciclagem de resíduos.

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O mesmo restaurante do Nayara Alto Atacama serve as três refeições diárias para todos os hóspedes. O café da manhã é servido em sistema buffet, o almoço é “family style” e o jantar é à la carte, com pratos realmente muito saborosos e bem apresentados. No café da manhã, recomendo chegar cedo; no último dia, tomamos café mais tarde e a maioria dos itens não tinha sido reposta.

Nas diárias “full experience” estão incluídos todas as refeições e bebidas, mas também os transfers ida e volta a Calama, dois passeios curtos ou um passeio longo pela região por dia e uma imperdível sessão no incrível observatório do hotel.

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Nayara Alto Atacama: sob o céu que nos protege

O observatório do Nayara Alto Atacama foi lindamente montado no alto de uma das colinas que rodeiam o hotel, com deliciosas espreguiçadeiras acolchoadas dispostas em círculo para que cada hóspede observe o céu com o maior conforto possível. Basta subir uma escada iluminada por luminárias para alcança-lo.

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A atividade acontece para apenas nove hóspedes por vez, com direito a mantas para as noites mais frescas e um guia conduzindo toda a atividade – embora o telescópio utilizado infelizmente tenha alcance muito limitado. Disclaimer importante: é altamente recomendável reservar sua viagem ao deserto fora dos períodos de lua cheia.

Na recepção do Nayara Alto Atacama, há sempre água, frutas secas e chocolates disponíveis para que os hóspedes se sirvam à vontade antes ou depois dos passeios. Atividades privativas como degustações de vinho e pisco, aulas de culinária etc podem ser reservadas individualmente (pagamento à parte).

Confira mais detalhes e valores do Nayara Alto Atacama aqui.

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Silversea Silver Nova

Silversea batiza seu novo navio Silver Nova

A Silversea batiza seu novo navio Silver Nova oficialmente em Fort Lauderdale – e tive o prazer de ser a única jornalista brasileira convidada para o evento. Considerado o mais esperado e comentado novo navio do mundo, o Silver Nova®, primeiro grande novo projeto da Silversea em mais de uma década (o último grande lançamento havia sido o Silver Spirit, em 2009), foi formalmente batizado e inaugurado durante uma pequena cerimônia apenas para convidados no final da semana passada.

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“Após tantos anos de pesquisa, desenvolvimento e colaboração, estamos incrivelmente orgulhosos de dar as boas vindas ao Silver Nova à nossa frota. Este navio representa um ‘game changer‘ para a indústria de cruzeiros, uma nova visão para a experiência de viagem de ultra luxo”, disse Jason Liberty, presidente e CEO do Royal Caribbean Group, durante o evento.

Como parte das tradições do Royal Caribbean Group, grupo do qual a Silversea faz parte agora, gaitas de fole anunciaram o começo da íntima celebração no teatro do novo navio. A embarcação recebeu bençãos cristãs e judias e teve a garrafa de champagne rompendo-se corretamente em seu casco, como prega a tradição, com a participação da madrinha, a chef Nina Compton.   

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Inovação em sustentabilidade e design

O mais sustentável navio de ultra luxo já construído (híbrido e com 40% menos emissão que a classe anterior) é também o maior da história da Silversea, para 728 hóspedes – um aumento bastante considerável na capacidade geral a bordo para a armadora que historicamente possuía apenas navios de pequeno porte.

A nova embarcação vem sendo chamada internacionalmente de “ship of light” (“navio de luz”) por ter a muito mais espaços externos e a maioria dos ambientes internos repletos de luz natural. Mas o Silver Nova® colocou mesmo o mercado de cruzeiros de luxo em polvorosa desde seu anúncio devido à sua ousada assimetria no design.

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Silversea Silver Nova
O novo Silver Nova da Silversea é batizado oficialmente. Imagem: Mari Campos

Segundo a design leader do projeto (que começou há mais de cinco anos), Kelly Gonzales, me contou durante um almoço a bordo, a colaboração entre seis diferentes empresas de design foi essencial para lograrem os resultados que pretendiam. “Tudo foi sempre orientado com algo em mente: a vista, a vista e a vista”, brincou Gonzales.

Assimétrico em vários sentidos, inclusive na piscina localizada à bombordo, o projeto do Silver Nova exigiu profunda sintonia também entre os designers e o estaleiro, garantindo que o equilíbrio da embarcação fosse sempre perfeito.

Com 100% suítes, todas com varanda privativa e serviço de mordomo, seu design todo horizontal foi inspirado nos mais luxuosos hotéis resorts do mundo e pensado para que os destinos e o mar sejam sempre os protagonistas na visão do passageiro.

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Evolução acertada é caminho sem volta para a armadora

A presidente da Silversea, Barbara Muckermann, disse que o inovador deck da piscina é um de seus prediletos a bordo: “estar ali na piscina, com apenas lindas paisagens à vista, é como estar na piscina do Fasano Rio, por exemplo”, brincou. Em conversa exclusiva, ela me disse que o design alcançado com o Silver Nova “é um caminho sem volta para os futuros navios da Silversea“.

Antes do início do itinerário em direção ao México, todos os hóspedes foram acomodados por uma noite, com direito a café da manhã incluído, no hotel Four Seasons Fort Lauderdale, com excelente localização frente ao mar. O Silver Nova tem quatro decks inteiros com apenas suítes e resolveu inovar também colocando as maiores e mais especiais delas na popa ao invés da proa.

São 13 categorias de suites (as categorias Veranda, Medallion e Silver Suite constituem 90% do Silver Nova), todas com varanda, closet, grandes banheiros e serviço de mordomo. Único downside? As mesas das varandas ficaram bem pequenininhas na maioria das suítes, inviabilizando o café da manhã para dois por ali.

No total, são 9 opções gastronômicas no Silver Nova – incluindo a primeira .S.A.L.T. Chef’s table da armadora -, além de room service 24 horas, tudo incluído. Apenas dois restaurantes – um asiático e um francês – têm taxas de reserva para o jantar.

O serviço de afternoon tea agora acontece apenas sob demanda individual do hóspede, mas o clássico serviço de caviar & champagne continua disponível 24h, para qualquer categoria de suíte.

Há mais “lounges” internos e externos que em qualquer outro navio da armadora – o hóspede encontra um lugar para descansar, relaxar ou simplesmente sentar para bater papo com outros hóspedes em literalmente qualquer canto do Silver Nova.

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Silversea Silver Nova
O inovador deck da piscina do Silver Nova. Foto: Mari Campos

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Silversea batiza seu novo navio Silver Nova em Fort Lauderdale

Segundo Barbara Muckermann, o briefing inicial para o projeto era um navio para 600 passageiros; mas os planos foram mudando conforme o perfil do viajante de luxo mudou também nos últimos anos. “Os principais concorrentes do Silver Nova não são outros navios e sim hotéis e resorts em terra. E pessoalmente estou animadíssima com a chegada dos navios de marcas hoteleiras como Ritz-Carlton, Four Seasons e Aman. Quanto mais, melhor!”, garante. 

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O novo design e atmosfera geral do Silver Nova, muito mais contemporâneos e informais que em qualquer outro navio da armadora, mostra também que estão de olho em ampliar consideravelmente seu guest profile. “Temos novos hóspedes na faixa dos 30 anos começando a viajar conosco para chegar a destinos nos quais navios realmente se fazem necessários, como Antártica ou Galápagos. Eles se encantam pela experiência e acabam voltando”, conta Muckermann.

Silversea Silver Nova
Tudo incluído, 24h por dia, com serviço impecável. Foto: Mari Campos

Segundo a presidente da Silversea, o Silver Nova está atraindo mais hóspedes da geração X que qualquer outra. Mas o que define mais o ‘guest profile’, no fundo, é o itinerário e não necessariamente o navio”, explica. 

A Silversea celebra neste 2024 seus 30 anos de história “setting the bar” na indústria dos cruzeiros de luxo e ultra luxo. Com frota atual de doze navios que chegam juntos a 900 destinos e alcançam todos os continentes, a armadora inaugurará ainda na metade deste ano o segundo navio desta classe Nova, o Silver Ray

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The Living Circle

The Living Circle: tudo conectado na Suíça

A hospitalidade suíça é lendária. Afinal, algumas das melhores e mais tradicionais escolas do setor estão localizadas no país. Mas confesso que fazia tempo que a hospitalidade genuinamente suíça não me surpreendia de fato – até agosto passado, quando conheci o The Living Circle.

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Trata-se de uma coleção familiar suíça composta por quatro hotéis, três fazendas, um restaurante e uma propriedade italiana que eles chamam de “rústico”. Propriedade privada das famílias suíças Anda e Franz-Bührle, os quatro hotéis do The Living Circle miram no mercado de alto luxo e pregam o bem-viver associado à sustentabilidade.

As propriedades têm um papel pioneiro na hotelaria da Suíça atualmente no que tange a utilização respeitosa dos recursos e na atuação responsável com comunidades locais e o meio ambiente (incluindo parcerias com diversas empresas e associações comunicadas de forma pública e bem transparente).

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Por dentro do The Living Circle

O The Living Circle é uma coleção de hospitalidade composta pelos hotéis Widder e Storchen em Zurique, o hotel Alex Lake Zurich em Thalwil (Grande Zurique), a fazenda agrícola Schlattgu e o restaurante Buech em Herrliberg, o agriturismo Château de Raymontpierre em Vermes e ainda o Castello del Sole, a fazenda agrícola Terreni alla Maggia e o Rústico del Sole em Ascona.

Todas as propriedades do discreto grupo focam na hospitalidade de luxo e na boa mesa e estão instaladas em meio a paisagens idílicas, com approach sustentável (o slogan do grupo poderia ser traduzido como “hotéis de luxo alimentados pela natureza”).

As cozinhas dos hotéis recebem os produtos – de vegetais a vinhos – diretamente das próprias quintas do grupo, majoritariamente as instaladas nas proximidades, levando a sério o conceito earth-to-table.

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The Living Circle
Foto: Mari Campos

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O charme indiscutível do Alex Lake Zurich

O belo Alex Lake Zürich, parte da coleção The Living Circle, foi inaugurado em 2019, pouco antes da pandemia e ainda tem “jeitinho de novo”. A localização é espetacular: fica em Thandill, nos arredores de Zurique (são exatos 8km de distância), literalmente à beira do lago Zurich, a poucos minutos de trem ou barco do centro da maior cidade suíça.

Com interiores bastante contemporâneos, é uma espécie de “city & lake resort”; afinal, alojados ali podemos desfrutar tanto dos dias e noites cada vez mais vibrantes de Zurique (com ampla oferta cultural e gastronômica) como também da vibe bucólica do campo dos arredores e do próprio lago diante do hotel.

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A arquitetura modernista e funcional passa despercebida à distância. De perto, chama a atenção pelos materiais de alta qualidade – pedra travertino nas paredes, carvalho no piso, mármore branco nas mesas. Detalhes em azul náutico e paredes texturizadas lembram o interior dos iates. Recepção, lobby e bar se confundem, fazendo a vista para o lago ser sempre protagonista.

São apenas 43 espaçosas acomodações no Alex Lake Zurich – todas pensadas como pequenos estúdios, com direito a amplos banheiros, cozinha compacta, área de refeições, quarto, living e terraço (com amplas vistas para o lago, Zurique ou as montanhas). O hotel tem serviço de lavanderia tradicional, mas também uma pequena lavanderia self-service, para quem quiser se sentir realmente em casa.

Dentre os serviços do hotel, há aluguel de SUP e outros equipamentos aquáticos para aproveitar o lago ao máximo, uma pequena academia e também um micro spa com jacuzzi.

CLIQUE AQUI para ver disponibilidade e valores do Alex Lake Zurich.

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O restaurante Alex, com paredes de vidro, parece debruçado sobre o lago; e se estende nos dias de bom tempo por um amplo terraço, separado por um pequeno calçadão do lago. Serve diariamente um espetacular café da manhã diariamente (com buffet e pratos à la carte incluídos), almoço e jantar. Vale a pena jantar pelo menos uma das noites ali, provando o elegante e saboroso menu mediterrâneo servido em porções bastante generosas e bons vinhos (acompanhados de ótima playlist).

A grande sacada da estadia é valer-se ao máximo do charmoso transporte cortesia em belas lanchas oferecidas pelo hotel. É com ele que chegamos diretamente ao centro de Zurique pelo rio Limmat ou atravessamos o lago até a idílica Herrliberg para almoçar entre obras de arte no imperdível (e tradicionalíssimo) restaurante Buech – com vista arrebatadora para o lago, montanhas e vinhedos da região, é claro.

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