Luxo segundo a Forbes Verified List

Quando vai terminando o ano, sempre “pipocam” listas de destinos, hotéis e spas para ficarmos de olho no ano seguinte. Aqui nos Inspectors nós sempre adoramos estas listas! Mas com tantas listas de “melhores hotéis” circulando mundo afora e uma definição cada vez mais heterogênea (e muitas vezes confusa) do que seria luxo se espalhando por aí, o Forbes Travel Guide, guia de viagens da americana Forbes, resolveu inovar.

Imagem: Forbes website

Internacionalmente celebrado por sempre destacar os melhores hotéis do mundo, o guia acaba de lançar esse mês uma nova medida para elencar os seus hotéis prediletos: o selo “Forbes Verified List” , que destaca propriedades com níveis de luxo e serviço excepcionais. A ideia da publicação é garantir aos seus leitores que a percepção de luxo nas propriedades selecionadas seja realmente indiscutível, independentemente das referências pessoais de cada viajante. 

O novo selo traz duas coleções: de melhores hotéis e de melhores spas do mundo – e a ideia é que as listas sejam atualizadas anualmente. Para este 2018, foram selecionados 58 hotéis (52 cinco estrelas e seis quatro estrelas) e 30 spas em 17 países diferentes, cuja qualidade e padrão de serviços realmente se destacam no mercado de luxo. 

A excelência de serviço dos hotéis do grupo Mandarin Oriental é destaque na lista. Foto: Divulgação

A nova verified list considerou mais de novecentos critérios diferentes de exigências do mercado de luxo, com inspetores anônimos da Forbes (que se hospedaram em mais de mil hotéis em 60 países) e hóspedes regulares avaliando conjuntamente as experiências em cada propriedade, incluindo não apenas as instalações e serviços em geral, mas também levando em consideração o ambiente geral, a qualidade das amenidades e diversos outros itens. Estados Unidos, China, Indonésia, Itália e México são os cinco países com mais hotéis e spas nas listas, incluindo destinos como Macau, Las Vegas, Nova York, Bali, Los Angeles, Londres, Hong Kong e Manila.

Para os hotéis, critérios como ter arredores peculiares, fazer bom uso do “sense of place” (deixando óbvio o destino em que se inserem), investir nos “thoughtful touches” (das toalhinhas geladas da academia às flores frescas e bilhetes escritos à mão nos quartos), as paisagens à vista, o conforto excepcional nos quartos, a apresentação caprichada de alimentos e bebidas e atenção extra ao design foram levados muito a sério durante o levantamento.  Dentre os destacados na lista, o grupo Mandarin Oriental foi o mais premiado, com sete hotéis (Milão, Munique, Nova York, Bangkok, Hong Kong, The Landmark e Singapura) selecionados. 

Detalhe do Nizuc Resort & Spa, no México. Foto: Mari Campos

Para os spas, itens como o nível de relaxamento/privacidade/conforto/ silêncio dentro da sala de tratamento, o espaço e conforto das áreas públicas, a fartura (e qualidade) das amenidades de higiene e beleza e a combinação de elementos sensoriais com o “sense of place” foram também levados em consideração.  Neste quesito, o mesmo Mandarin Oriental foi novamente o grupo mais premiado, com seus spas nos hotéis de Miami, Cantão, Singapura e Tóquio entre os mais detacados. Também foi selecionado o spa ESPA do adorável NIZUC Resort & Spa , no México, que acabo de experimentar – um dos mais surpreendentes e consistentes spas que conheci nos últimos tempos (falarei mais sobre o spa e o hotel em si por aqui em breve). 

Tanto para hotéis como para spas, a qualidade das instalações e serviços associada às ideias de “personalização e busca pelo extraordinário e excepcional” norteou as avaliações finais da Forbes para essa nova lista – o que tem muito a ver com o que nós, seus “hotel inspectors” de estimação, sempre levamos em consideração ao avaliar os hotéis de luxo nos quais nos hospedamos. Porque no mercado de luxo já não basta mais ser bom; é preciso mesmo ser excepcional, surpreender e tratar cada hóspede individualmente. 

Dá pra conferir a nova verified list de hotéis da Forbes aqui e sua lista dos melhores spas aqui. Para sonhar acordado. 

O novo Elora Mill no Canadá

Às vezes, pequenas maravilhas da hotelaria se localizam em destinos que não estão na wish-list generalizada de viajantes. Sou fã de cidades grandes assumida, mas sempre adorei encontrar , por exemplo, esses pequenos hotéis de charme localizados em diminutos vilarejos franceses e italianos, que parecem quase escondidos, tão longe das hordas de turistas. E foi assim que descobri o novo hotel Elora Mill no Canadá.

A minúscula Elora, uma cidadezinha de Ontário, Canadá, fica a pouco mais  de uma hora de carro de Toronto.  Pouco conhecida dos viajantes brasileiros, tem jeito de cidade cenográfica, com casinhas de madeira colorida, igrejas de pedra, charmosos cafés, restaurantes com jardins beira-rio. Mas o que sempre levou turistas para lá foram seus impressionantes cânions debruçados sobre os rios Grand e Irvine e suas pequenas piscinas naturais. 

O prédio do spa debruçado sobre o cânion. Foto: Mari Campos

Neste verão canadense, Elora ganhou uma verdadeira jóia da hotelaria: o Elora Mill & Spa, hotel boutique construído no local do antigo edifício do moinho da cidade, em pleno centro. Mantendo o edifício original de 175 anos, o hotel soube mesclar a propriedade histórica com um design elegante e contemporâneo e todas as facilidades dos viajantes do século XXI (incluindo muitas tomadas e entradas usb em toda parte).

Como a propriedade está localizada em um penhasco, debruçada sobre o rio e de frente para os cânions, quartos, bar, restaurante e áreas comuns ganharam imensos janelões do chão ao teto para que a espetacular paisagem que rodeia o hotel estivesse sempre à vista. No edifício anexo, as salas de tratamento do spa e a deliciosa piscina contemplam vista semelhante. 

Janelas do chão ao teto nos quartos para ninguém perder a vista. Foto: Mari Campos

Os quartos do novo Elora Mill, no Canadá, aliás, têm ainda mais atrativos que esse: são muito espaçosos e contam com imensos banheiros com banheiras tipo soak-in e amenidades de luxo, desde Nespresso e San Pellegrino cortesia aos espetaculares secadores de cabelo Dyson Supersonic. Como o foco do hotel são as escapadas românticas (e também o mercado de destination wedding), os quartos são cheios de detalhes nessa vibe, incluindo charmosas lareiras para o inverno. 

Detalhe do banheiro. Foto: Mari Campos

O café da manhã é servido em modo à la carte diariamente no único restaurante da propriedade – que, aliás, aberto todos os dias também para não hóspedes, é a melhor pedida também para a refeição de quem faz apenas um day tour de Toronto a Elora. Ingredientes fresquíssimos e pratos inspirados na culinária local, com atendimento de primeira. Tem tudo para colocar Elora no mapa de muito mais gente. 

Dá pra ler mais sobre aberturas recentes de hotéis que visitamos aqui e aqui e dá pra ler mais sobre meus pitacos a respeito de Elora e do Elora Mill aqui. 

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O novo Four Seasons São Paulo

O mercado hoteleiro de luxo no Brasil anda de vento em popa. Depois da abertura do esperado Fasano BH, a contagem regressiva para a abertura do primeiro hotel da rede Four Seasons no Brasil (parte do crescente portfólio do grupo na América Latina) está finalmente terminando: no próximo dia 15 de outubro, segunda-feira, a esperada propriedade brasileira do grupo abrirá oficialmente suas portas, quase às margens do rio Pinheiros. Mas nós já fomos conhecer em primeira mão o que o novo Four Seasons São Paulo tem de especial.

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Parte do Parque da Cidade, o hotel conta com 258 quartos e suítes e 84 residências distribuídos em um edifício de 29 andares em plena Avenida das Nações Unidas.  Por fora, o imponente arranha-céus parece apenas mais um do emaranhado de edifícios da zona financeira em que se encontra.

Mas basta cruzar a discreta porta de entrada do novo Four Seasons São Paulo para ver que o grupo conseguiu, e com esmero, dar uma alma brasileiríssima ao hotel. Projetado pelo escritório norte americano HKS Architects em parceria com os brasileiros Afalo e Gasperini Arquitetos, e com design do norte-americano BAMO, o novo hotel do grupo Four Seasons tem sotaque definitivamente paulistano. 

Linhas curvas por toda parte. Foto: Mari Campos
Elegância nos banheiros. Foto: Mari Campos

Projeto caprichado

O projeto logrou conciliar harmonicamente a estética internacional do luxo contemporâneo com os estilos de grandes nomes brasileiros das artes e da arquitetura, incluindo obras de Francisco Brennand, Burle Marx e Paulo Mendes da Rocha espalhadas pela propriedade.

Matérias-primas brasileiras estão também por toda parte, do mármore das áreas comuns aos revestimentos e móveis dos quartos – com direito a muita madeira, janelas que isolam completamente os ruídos externos, linhas sinuosas que lembram Niemeyer e até carpetes cujo design homenageia o vizinho rio Pinheiros. O Brasil só não aparece nas amenidades dos quartos, que utilizam produtos Christian Lacroix. 

LEIA MAIS sobre o hotel aqui.

Apreço pela matéria-prima brasileira em cada detalhe. Foto: Mari Campos
Os carpetes que homenageiam o Pinheiros. Foto: Mari Campos

Embora a localização seja afastada das principais atrações turísticas da cidade, é visível a tentativa de criar uma importante conexão com o público local nas áreas comuns. Além disso, o hotel criou uma série de experiências exclusivas para hóspedes que queiram ir a fundo no destino – e diversas opções de compras, gastronomia e entretenimento estão a curta distância.

O segundo andar do hotel foi projetado para ser um oásis em meio à selva de pedra, com direito a jardins internos, spa BAMO, fitness center e uma piscina inovadora entre os hotéis paulistanos, com áreas interna e externa divididas por um vidro retrátil. 

Detalhe da piscina do spa. Foto: Mari Campos

Investida gastronômica

Mas a melhor sacada do hotel parece ser sua investida gastronômica, com o botequim-chic CajuSP e o restaurante Neto, ambos colados ao lobby – e separados por uma escadaria que sem dúvidas será uma das imagens mais icônicas da propriedade. Ambos testados e aprovados! 

O CajuSP seguramente movimentará a cena local na happy hour, incluindo no cardápio versões gourmet de clássicos paulistanos como bolinho de bacalhau, asa de frango etc e, é claro, uma série de signature drinks exclusivos. O design sinuoso bar foge do modelo tradicional dos bares de lobby e cria bons espaços de circulação e interação, sem intimidar de forma nenhuma o visitante que não esteja hospedado no hotel. 

Gastronomia ítalo-brasileira no restaurante Neto. Foto: Mari Campos

A cozinha do restaurante Neto (cujo nome homenageia os descendentes de imigrantes italianos em São Paulo) ficou a cargo do sempre excelente Paolo Lavezzini, ex- Fasano Rio, que supervisionará também o botequim e o room service.

Para o Neto, ele criou um menu tradicional italiano cheio de toques e releituras brasileiros, utilizando somente produtos locais – e em um ambiente que, apesar do serviço impecável do padrão Four Seasons, é absolutamente informal, incluindo grandes mesas comunais e alguns pratos do cardápio propositalmente criados para serem compartilhados. 

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Aproveitar a época de abertura para conhecer o hotel pode ter suas vantagens, já que eles estão anunciando diversas ofertas de inauguração. Para paulistanos que buscam uma staycation ou breve escapada, o Summer Love Romance Package pode ser boa pedida para um final de semana romântico.  A conferir. 

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Atualização: em 9 de novembro de 2020, a Four Seasons Hotels and Resorts anunciou que vai deixar a administração do hotel, fechado desde o começo da pandemia. Ainda não se sabe se outra rede assumirá a propriedade.

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A excelência dos lodges de safári na África do Sul

Sou apaixonada por safáris desde a primeira vez que me juntei a um. E, como boa amante da hotelaria, também sou apaixonada por safari lodges desde minha primeira hospedagem em uma propriedade do gênero. Depois de tantas andanças, com safáris colecionados em diversos países, para mim nenhum outro país consegue ter tanta consistência em bons lodges de safári (ou similares, como de expedição e vida selvagem em geral) como a África do Sul. 

Como alguém que já fez muitos safáris no país e se hospedou em muitos lodges diferentes por lá, sou frequentemente consultada por quem planeja sua primeira inserção neste universo – mas também por gente que quer voltar ao país para uma nova experiência com, digamos, upgrade (meu blog pessoa física tem uma série de posts e reviews para ajudar nessa tarefa).

A verdade é que nada nos prepara para a emoção de estar pela primeira vez com um leão ou elefante a passos do seu jipe, em plena savana – mas os bons lodges de safári sul-africanos sabem fazer isso com maestria e extrema segurança (item fundamental para um bom safári). É o bom lodge de safári, com seus bons trackers e rangers, super treinados e didáticos, que vai mudando a gente um pouquinho a cada game drive – os sentidos vão ficando mais aguçados, a audição mais atenta a qualquer som da savana, os olhos vão ficando mais treinados para procurar diferentes pássaros nas aves, e a gente não vê a hora de sair para o safári seguinte. 

Capricho e clima “out of Africa” no Tintswalo Safari Lodge. Foto: Mari Campos

Fiz safáris em diferentes cantos do país, do Kruger e Great Kruger (meus preferidos pela fartura incomparável de vida selvagem) à Garden Route, em lodges de diferentes estilos. Meus preferidos? De longe, Royal Malewane, Tintswalo, Thornybush River Lodge e Sabi Sabi. São lodges de luxo, sim, o que acarreta custos bastante elevados para hospedagem; mas que valem o investimento pela qualidade impressionante do serviço que entregam.  Dá pra ver toda a lista das minhas recomendações de hotéis de safári na África do Sul aqui

O alto investimento justifica-se também para quem opta pelos modelos all inclusive, extremamente recomendável em lodges de safári;  afinal, ali, como geralmente saímos antes do amanhecer para o primeiro safári e já no finalzinho da tarde para o segundo, passamos muito tempo dentro do próprio hotel e quanto melhores a infra e as inclusões, melhor. 

Há lodges, com o perdão do clichê, para todos os bolsos e gostos; mas não adianta esperar por um lodge “econômico”: os custos para manutenção de uma propriedade deste tipo, com este isolamento (tudo custa mais caro para chegar, como em qualquer hotel em localização remota), e com um staff qualificado e bem treinado, são altíssimos. Mas, sim, existem lodges mais e menos caros, dependendo do tipo de acomodação e do que está incluso no valor das diárias (já me hospedei em lugares que, acreditem, nem os safáris estavam incluídos, como o Botse Botse, a duas horas de carro de Joanesburgo). A inspector Carla Lencastre fala sobre uma boa opção mais econômica próxima a Port Elizabeth neste post aqui.

Staff do Thornybush River Lodge em ação nas savanas. Foto: Mari Campos

De todos os lodges que já experimentei (foram muitas e muitas viagens diferentes à África do Sul, e também safáris em outros países), apenas estes quatro – todos nas reservas do Kruger e Great Kruger – foram de fato irrepreensíveis, com instalações ultra confortáveis, gastronomia impecável e um staff absolutamente dedicado e bem treinado, capaz de me proporcionar algumas das melhores experiências de viagem que já tive. As experiências inesquecíveis foram também impulsionadas pelas incríveis reservas, isoladas e repletas de vida selvagem de todo tipo, nas quais estas propriedades se instalaram (bem diferentemente do que acontece quando nos hospedamos em lodges que se instalam em “game farms”).  

Mas foi staff, para mim, o que fez a maior diferença para estas quatro propriedades serem, de longe, as minhas favoritas. Bem instruídos, bem treinados, flexíveis, didáticos com hóspedes de todas as idades e backgrounds, esses staffs viraram peça fundamental nas minhas memórias de viagem. Foi no Tintswalo Safari Lodge (review completa aqui), por exemplo, que tive o melhor tracker de todos, o inesquecível Eric (que ficou internacionalmente famoso quando uma foto sua frente a frente com uma leoa viralizou na internet), um poço de conhecimento sobre as savanas e os animais.  E ,sim, sou bem old school quando o assunto é safári: pra mim faz diferença absoluta na qualidade do drive ter ranger E tracker no carro, e ter o carro todo aberto para a savana.

Ainda vamos falar mais de lodges de safári por aqui e vamos falar mais também sobre a África do Sul. Stay tunned.

 

 

 

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O melhor bar de hotel do mundo 2

No início do mês contei aqui que o American Bar, do Savoy Hotel, em Londres, ganhou em julho o Spirited Awards de melhor bar do mundo pela Tales of the Cocktail, prestigiosa fundação americana sem fins lucrativos. O outro grande prêmio da noite, de melhor carta de drinques, ficou com o Dandelyan Bar, no Mondrian Hotel, também em Londres. O moderno Dandelyan está em segundo lugar no ranking World’s 50 Best Bars, no qual o centenário American Bar ocupa a primeira posição. Nos últimos anos, estes dois endereços, tão bons e tão diferentes, têm levado um bocado de prêmios quando o assunto é bar, de hotel ou não.

O belo balcão em mármore do premiado Dandelyan | Foto de Carla Lencastre

No texto anterior, escrevi um pouco sobre o American Bar e expliquei porque sou fã de bares de hotel. O American Bar e o Dandelyan estão no topo da minha lista de favoritos, justamente por serem tão diferentes. No Dandelyan o primeiro impacto já começa com a decoração assinada por Tom Dixon, designer tunisiano radicado em Londres. Dixon privilegia tons esverdeados e rosados, em um ambiente com glamour e conforto. A alegria continua com um cardápio que reúne drinques criativos divididos em capítulos ilustrados. Quando chegam as bebidas, aí não tem mais como dar errado.

O premiado mixologista Mr. Lyan | Foto de divulgação/Steven Joyce

O Dandelyan é criação do premiado mixologista Ryan Chetiyawardana. Conhecido como Mr. Lyan, ele estudou biologia e trabalhou como cozinheiro. Em 2013 trocou de vez as panelas pelas coqueteleiras e abriu o White Lyan, em Hoxton, no East London, que mais tarde se transformou no Super Lyan. O Dandelyan foi inaugurado junto com o Mondrian, em 2014. O bar fica no térreo do hotel, no Southbank, com uma parede envidraçada oferecendo vista para o Rio Tâmisa, a Catedral de São Paulo e o movimento de gente e de embarcações. Ótimo lugar para passar o tempo vendo o tempo passar.

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O tradicional chá da tarde inglês na versão Wyld Tea do Dandelyan | Foto de divulgação/Steven Joyce

Quem aprecia o ritual do chá da tarde quando em Londres, encontra no Dandelyan uma versão harmonizada com quatro drinques, o Wyld Tea. Na carta de gins, destaque para o exclusivo Beefeater London Garden, encontrado na destilaria (ao sul de Londres) e no Dandelyan. Os drinques têm combinações inesperadas e sabores originais. O Chablis, meu preferido em uma tarde no Dandelyan, mistura London Garden e vinho branco. O cardápio de drinques muda uma vez por ano, sempre na primavera londrina. Agora está em cartaz The Modern Life of Plants. À tarde é relativamente fácil conseguir um lugar. À noite, chegue cedo ou reserve.

Os bons drinques de Mr. Lyan estão também em cada um dos quartos do Mondrian London /|Foto de Carla Lencastre

O Mondrian London fica no Sea Containers, prédio de escritórios da década de 1970. Na margem sul do Tâmisa, o hotel está entre a Tate Modern e a London Eye. Tom Dixion assina não apenas o design do Dandelyan como o de todo o hotel (é seu primeiro trabalho na área de hotelaria) de 359 quartos. As áreas comuns são inspiradas nas viagens transatlânticas do início do século 20. Ao lado do bar fica o bom restaurante Sea Containers, com cozinha americana e britânica e vista para o rio. O hotel tem ainda um bar na cobertura, Rumpus Room, com mais vistas panorâmicas para o Tâmisa e as construções na margem norte.

O Mondrian London faz parte do Morgans Hotel Group, criado pelo hoteleiro americano Ian Schraeger, fundador do Studio 54, boate famosa em Nova York na década de 1970. Schraeger é considerado o criador do conceito de hotel boutique. Hoje é parceiro da Marriott International nos hotéis Edition. Já o Morgans foi comprado pelo SBE Group, que recentemente assinou parceria com a Accor Hotels. A rede francesa anunciou que vai adquirir 50% do grupo.

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