Origem Patacho

Origem Patacho é inaugurado no litoral de Alagoas

2025 tem sido definitivamente um ano excelente para a hospitalidade brasileira. Não apenas diversas propriedades têm conseguido manter altos índices de ocupação – graças a um mix muito bom de viajantes nacionais e estrangeiros -, mas também porque temos acompanhado a abertura de incríveis novos hotéis, sobretudo na região Nordeste. Nesta semana, o Origem Patacho é inaugurado no litoral de Alagoas.

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Nestes últimos dias, tive o imenso prazer de ter vivenciado, com exclusividade, a hospitalidade cuidadosa do novo Origem Patacho. Como primeira hóspede do hotel, que agora sim abre suas portas para o público em geral, testemunhei o nascimento de uma nova forma de hospedagem na idílica Praia do Patacho que já chega redondinha.

Origem Patacho
foto: Mari Campos

A Praia do Patacho, localizada no município de Porto de Pedras, coladinho a São Miguel dos Milagres e distante cerca de duas horas de carro do aeroporto de Maceió, é merecidamente considerada um dos trechos mais bonitos da Costa dos Corais e do próprio litoral brasileiro.

Agora, as areias tranquilas, o mar calmo e tranquilo, os extensos coqueirais e as belas piscinas naturais do Patacho ficam ainda mais sedutores com a chegada deste novo hotel de apenas 10 acomodações, todas com piscina privativa.

O projeto, executado por Juliana Pippi e Rodrigo Fagá, leva à região um estilo arquitetônico até então inexistente por lá. As linhas bastante contemporâneas do Origem Patacho se casam ali com materiais, cores e revestimentos tipicamente locais. E tudo decorado com artesanato regional, tecidos em padronagens exclusivas e mobiliário autoral.

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Origem Patacho
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no novo Origem Patacho

As dez acomodações do Origem Patacho foram batizadas de “cabanas” e todas contam com muito espaço e piscinas privativas com hidromassagem. Estão dispostas ao longo de um “corredor” ao ar livre que tem vista direta para o mar.

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Com tons ocre e arenosos, estão intimamente conectadas à natureza local, dos revestimentos ao mobiliário, das vistas ao paisagismo. As maiores são a Cabana Mar, com 90m² privativos, única com banheira de imersão e vista para o mar, e a Cabana Vila, de 70m² e cercada por vegetação nativa. São todas decoradas com lindas obras de arte nacionais.

As enormes camas são excelentes e o enxoval tem padronagens criadas exclusivamente para o Origem Patacho em algodão orgânico, com destaque para os excepcionais roupões – daqueles que realmente dá vontade de levar para a casa.

Algumas peças, como elegantes bolsas de praia e sofisticadas nécessaires, foram desenvolvidas pelo belo projeto social MOVI (Movimento Eu Visto o Bem), através do trabalho cuidadoso de detentas em recuperação. Vêm com simpáticas tags com os dizeres “esta peça muda o mundo”.

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Os armários das cabanas têm portas propriamente, cabides móveis, nichos de distintos tamanhos e espaço também para guardar vestidos longos – itens aparentemente (e infelizmente) uma raridade nos novos projetos hoteleiros do Brasil…

Por enquanto, não há água cortesia nas acomodações; mas há bem vindas cápsulas cortesia de café, chá e até capuccino e late, sempre disponíveis.

O décor das áreas comuns é tão elegante quanto das acomodações, na mesma paleta discreta de cores e também fazendo uso de belos móveis autorais de artesãos regionais. A piscina de borda infinita, cujo entorno é de certa forma o centro da “vida social” do hotel, tem a praia literalmente em frente.

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Origem Patacho
foto: Mari Campos

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Café da manhã servido a qualquer hora

O luxo informal e aconchegante da proposta do Origem Patacho encontra no serviço de café da manhã sua mais perfeita tradução: ali, o café é servido, literalmente, a qualquer hora do dia – e tudo sempre à la carte, no restaurante de laterais envidraçadas, com vista para o mar da praia do Patacho. Para mim, não existe luxo maior que dormir sem pensar no despertar e no “horário do café”.

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O café da manhã começa com diversos itens servidos diretamente à mesa após a chegada dos hóspedes, além de um belo menu de pratos quentes, doces e salgados, sempre disponível. O belíssimo desjejum pode ser servido também diretamente na acomodação.

O restaurante do hotel, aliás, aberto sempre até 22h, é ótima ideia a qualquer hora do dia. Ainda estão em processo de ajuste de timings da cozinha, como em qualquer abertura, mas o serviço de salão é sempre adorável e a carta é ampla e excelente. Tudo o que provei tinha ingredientes bem frescos, bela apresentação e estava mesmo cheio de sabor, de saladas a pratos principais, de caldinhos a sobremesas.

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Recebendo apenas hóspedes adultos, o Origem Patacho tem também academia com vista por o mar, rooftop em frente à praia, lounge ao ar livre e uma sala de massagens com distintos tratamentos e rituais, inclusive a dois, no menu. A equipe, sempre querida e atenciosa, é majoritariamente composta de moradores da região.

A curadoria de passeios oferecidos pelos concierges do hotel é extremamente cuidadosa, da escolha de itinerários e profissionais locais para a execução ao cuidado no mis-en-scene das experiências. No meu tradicional passeio de jangada / traineira até as piscinas naturais e bancos de areia do Patacho, uma excepcional geladeirinha de design vintage levou côco gelado, sucos, água e frutas da estação fatiadas – tudo com jogo de mesa, para ser degustado em uma das paradas.

Honestamente, nunca vi uma pequena propriedade brasileira abrir as portas assim, já tão afinadinha.

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Casa Daia

Casa Daia abre as portas no Ceará

É sempre um prazer imenso testemunhar o “nascimento” de uma nova propriedade hoteleira de alta qualidade no Brasil. Mas acompanhar os primeiros passos da nova Casa Daia, localizada em Barra dos Remédios, Ceará, já quase na fronteira com o Piauí, foi mesmo especial: encontrei ali o melhor novo hotel brasileiro deste 2025.

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Aliás, sejamos francos, nenhuma região brasileira tem sido tão fértil neste quesito ultimamente quanto o Nordeste. São muitos novos hotéis inaugurados – e ainda por inaugurar – neste ano, e a maioria com altíssimo nível de hospitalidade. Uma buena onda incrível, que já dura um bom tempo na região e, felizmente, não dá sinais de arrefecer.

Distante duas horas de carro do aeroporto de Jericoacoara, a Casa Daia parece coroar esse grande momento, isolada entre dunas majestosas, praias quase desertas, incríveis formações rochosas, manguezais, lagoas cristalinas e outras belezas naturais.

Com apenas sete exclusivas acomodações em um canto ainda remoto do litoral cearense, a nova propriedade soube criar não apenas instalações charmosas, sustentáveis e confortáveis, como também uma série de experiências autênticas desenvolvidas em parceria com as comunidades locais. E mais: também oferece gastronomia de primeira, focada no destino, seu entorno e suas tradições.

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Casa Daia
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar na nova Casa Daia, no Ceará

A Casa Daia ocupa uma antiga fazenda de 220 hectares com acesso direto ao mar e ao rio. Rodeada por caatinga, manguezais e mata atlântica, foi criada pelo ex-executivo do mercado financeiro Eduardo Hargreaves inspirado por suas viagens a lugares remotos do planeta e seus hotéis preferidos.

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De volta ao Brasil após mais de uma década vivendo no exterior, e amante do kitesurf, esporte predominante no entorno do novo hotel, comprou as terras inicialmente para construir uma casa de veraneio. Mas logo percebeu que o destino era bonito demais para não ser compartilhado com mais pessoas, e chegar muito além dos viajantes em busca dos chamados “esportes de vento”.

Foi assim que, em sua primeira investida na hospitalidade, Eduardo conseguiu criar uma propriedade sustentável, capaz de entregar ao viajante não apenas excelência em serviços e gastronomia, mas também conservação e autenticidade. A ideia principal ali é que cada hóspede se sinta mesmo em casa ali, da privacidade dos seus aposentos à gostosa socialização nas áreas comuns.

A casa sede tem restaurante, piscina, living, lounges e três grandes suítes, cheias de espaço, varandas privativas e enormes banheiros com pias duplas, chuveiro e banheira. Quase ao lado, acabam de ser inaugurados quatro bangalôs modulares com ainda mais espaço: 90m2 cada um, todos com plunge pools privativas.

A estadia na Casa Daia pode funcionar apenas com café da manhã incluído; mas seu grande trunfo, ainda mais dada a natureza remota da propriedade, é o programa “full experience”, que inclui também todas as bebidas não alcoólicas, todas as refeições e duas atividades diárias do programa de experiências do hotel – trilhas, pesca, cata de sururu, queima de farinha, cultivo, passeios em carro, quadriciclo, barco, canoa e até SUP.

As refeições, com menu exclusivo do ótimo chef Fabio Vieira, funcionam sempre com serviço à la carte, priorizando ingredientes locais – em pratos deliciosos e muitíssimo bem apresentados, do café da manhã ao jantar.

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Casa Daia
foto: Mari Campos

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O valor insubstituível do local

Tudo na Casa Daia valoriza o local e o regional. A equipe, por exemplo, é majoritariamente oriunda dos arredores do hotel. E, ainda que estejam em sua maioria em primeira experiência em hospitalidade, é incrivelmente bem afinada e bem treinada. Memorizam rapidamente nomes dos hóspedes, que tipo de água preferem nas refeições, se têm restrições etc, sempre com grandes sorrisos estampados no rosto.

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Na construção e no décor, tudo é repleto também de materiais, obras de arte e artesanato local e regional. Cada cômodo do novo hotel é quase uma pequena ode ao Ceará e ao Brasil, com detalhes de profunda sensibilidade, com as lindas moringas que guardam a água cortesia deixada diariamente em todos os quartos.

Casa Daia tem feito também um excelente trabalho de recuperação de porções desmatadas da terra. Também criou uma adorável agrofloresta, que já abastece parte dos insumos da cozinha do hotel – e que pode ser utilizada em atividades exclusivas de plantio e manejo com os hóspedes que assim desejarem.

A minha experiência ali, mesmo com a propriedade recém-inaugurada, não poderia ter sido mais redondinha. Nadei com vista para carnaúbas esplendorosas, fui à praia praticamente deserta, fiz passeios em barco, visitei vilarejos, mergulhei em uma lagoa de cor incrivelmente esmeralda, acompanhei pescadores ao amanhecer, testemunhei o sol se pôr em vários tons de laranja do alto de dunas impressionantes, contemplei céus surrealmente estrelados. Tudo isso muitíssimo bem alimentada e com uma cama realmente deliciosa para descansar todas as noites.

Que mais hotéis assim continuem abrindo suas portas no Brasil.

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Casa Uribe Medellín

Review: Casa Uribe, Medellin

Medellín mudou, e muito. E definitivamente para melhor. Hoje, é facilmente apontada como a cidade mais descolada da Colômbia e vive um renascimento completo – em grande parte através da gastronomia, da mixologia e da arte. E a Casa Uribe é, seguramente, a opção de hospedagem local que mais combina com esta nova vibe – e alma – da cidade.

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Trata-se de uma luxuosa casa em estilo villa para ser reservada por inteiro no bairro mais gostoso de Medellín: El Poblado. Imersa em verde, mas a curta distância de alguns dos melhores restaurantes, cafés, bares e lojas da cidade, tem todas as acomodações com ar condicionado, piscina climatizada, jacuzzi, espetaculares jardins, estacionamento privativo e serviço de hotelaria.

Casa Uribe Medellín
foto: Mari Campos

A casa, construída originalmente em 1972, foi inteiramente reformada. Respeitou as fundações e o desenho originais, mas combinou tudo isso com maestria com design contemporâneo, sofisticado e bem humorado, de pura vibe artsy (incluindo obras de artistas colombianos em todos os cômodos). De espaços sempre muito amplos, rodeados de natureza, a nova Casa Uribe é uma homenagem à arquitetura, à arte e à harmonia.

Com total privacidade e conforto, mas sem que, para isso, seus hóspedes precisem abrir mão de serviço – do housekeeping ao café da manhã feito quando os hóspedes acordam, tudo ali foi pensado para o relax e o prazer.

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Casa Uribe Medellín
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar na Casa Uribe, em Medellín

A Casa Uribe conta com quatro acomodações, todas espaçosas suítes com varandas privativas e ar-condicionado, sendo uma delas com piscina privativa e outra com ofurô privativo. Amenidades de higiene estão incluídas na estadia, assim como os serviços diários de arrumação e café da manhã – feito por um private chef quando os hóspedes se despertam -, e também os transfers in/out para o aeroporto.

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Há distintas salas e lounges para refeições e living, ampla cozinha, sala de reuniões, tudo repleto de luz natural – além de uma deliciosa área externa com outra mesa para refeições, piscina climatizada, jacuzzi, sauna com vista, belíssimos jardins, horta e cozinha externa com churrasqueira.

Também estão inclusos na estadia a geladeira abastecida com cortesia diária de vinho, cerveja, bebidas não alcoólicas, petiscos, frutas e água mineral. Todas as acomodações contam cada uma com frigobar abastecido diariamente, mas esse consumo é sempre cobrado à parte.

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El Poblado, o bairro de Medellín onde a Casa Uribe está localizada, pura exuberância entre as ruas montanhosas e muito arborizadas, é muito acessível a pé, oferecendo fácil acesso a lojas, cafés e restaurantes locais (incluindo os imperdíveis Test Kitchen Lab em Provenza, a Casa Barranco na Calle 10B e o Krudo Viches y Vinillos na Calle 10).

De carro alugado, carro com motorista reservado diretamente com a casa, ou mesmo carro de aplicativo, as principais atrações, bairros, restaurantes e bares da cidade estão sempre rapidamente acessíveis a partir dali.

Foi uma estadia realmente perfeita para curtir ali a tranquilidade da natureza para o ócio e o descanso, mas com excelente e rápida acessibilidade às atrações mais gostosas dessa cada vez mais vibrante cidade. Match redondinho.

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Tivoli Doelen Amsterdã

Review: Tivoli Doelen, Amsterdã

Localizado no coração histórico de Amsterdã, bem na esquina do canal Kloveniersburgwal, o belo Tivoli Doelen não é um hotel comum. Em nada. Para começar, embora o uso da bandeira Tivoli seja bem mais recente (a marca portuguesa da Minor Hotels assumiu a propriedade em 2023), trata-se do hotel mais antigo da cidade.

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A construção original era de 1516. Foi QG de Rembrandt e seus alunos, com a obra-prima “A Ronda Noturna” (1642) exposta em seu salão de banquetes até que um dia resolvessem levá-la para o Rijksmuseum. Era bem ali, no edifício neo renascentista tombado como patrimônio nacional, que a guarda cívica holandesa se reunia.

Virou hospedaria registrada em 1815 – mas dizem na cidade que o endereço já atuava de certa forma no ramo da hospitalidade desde muito antes disso. Foi dali, de seu charmoso píer próprio, em funcionamento até hoje, que zarpou, em 1909, o primeiro barco turístico de Amsterdã

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Tivoli Doelen Amsterdã
foto: Mari Campos

A biografia do endereço inclui também hospedar nomes célebres, da imperatriz Sissi (que teria ocupado mais de 30 quartos com sua comitiva e suas malas) aos Beatles ((ocuparam um andar inteiro durante turnê em 1964).

A posição é estratégica para explorar a pé as principais atrações turísticas da cidade. Apesar da fachada discreta do lado de fora, a entrada na propriedade sempre impressiona, com a escadaria de mármore original no átrio central, adornado com mobiliário à la século XVII, sofás de veludo, molduras douradas e lustres hipnotizantes.

Mas a pompa meio que acaba por aí – os demais ambientes, das acomodações ao bar e restaurante, são cheios de detalhes bem contemporâneos.  Aliás, de detalhes o Tivoli Doelen entende muito bem; são eles que, minuciosamente, fazem cada estadia ali ser realmente especial.

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Tivoli Doelen Amsterdã
foto: Mari Campos

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Como é se hospedar no Tivoli Doelen em Amsterdã

São 81 acomodações (incluindo sete suítes) compondo o Tivoli Doelen. A maioria delas não prima por espaço (para os brasileiros, o ideal é que reservem das junior suites em diante, inclusive para guardar as malas adequadamente), mas são todas muito confortáveis. E a maioria tem vistas lindas para Amsterdã e seus canais.

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Lindos arranjos de flores frescas nos quartos, enxovais macios, bons banheiros em mármore, cafeteiras Nespresso e luxuosas amenidades Lalique são alguns dos destaques. Ao ao lado de cada porta de entrada estão pequenos recortes do famoso quadro de Rembrandt pintado ali.

Há sempre um ponto de cor forte na acomodação, como azulejos azuis de Delft no minibar ou uma poltrona de veludo vermelho, por exemplo. Importante saber que os tamanhos, facilidades e amenidades dos quartos podem ser diferentes, mesmo numa mesma categoria.

As suites são as grandes vedetes da hospedagem por ali. Sobretudo a Rembrandt Suite (onde os Beatles se hospedaram, com direito a uma reprodução da “Ronda Noturna” em uma das paredes) e a Empress Suite, a maior de todas.

Aliás, diz o staff do hotel que a lenda urbana conta que Sissi ocupou dezenas de acomodações com suas malas e comitiva, pedia banhos de leite e teria recebido seu amante pela janela quase todas as noites da estadia.

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Tivoli Doelen Amsterdã
foto: Mari Campos

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Gastronomia e socialização

Mas está em seu discreto e charmoso Omber Restaurant provavelmente o maior trunfo do Tivoli Doelen. O restaurante está aberto para não hóspedes (com reservas prévias mandatórias) e é rotineiramente frequentado por moradores locais para jantares especiais.

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Com paredes envidraçadas voltadas para o canal, garantindo vistas lindas dia e noite, seu menu impecável tenta traduzir os principais sabores e receitas holandeses com contínuas referências ao século XVII – das cores que homenageiam a paleta preferida de Rembrandt nos pratos ao constante uso de defumados e conservas.

É ali também que é servido um delicioso café da manhã todos os dias. Uma charmosa torre de chá inglesa é levada diretamente à mesa com vários quitutes doces e salgados. Há também um pequeno buffet bem holandês. E uma gostosa carta de itens quentes à la carte – incluindo impecáveis eggs Benedict – completa o desjejum.

Anexo ao restaurante, funciona o bar do hotel, aberto também para não hóspedes. Tem uma interessante carta de drinks autorais, serve todos os clássicos e oferece ainda uma louvável carta de vinhos.

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É ali no charmoso e discreto bar que acontece também uma das atividades mais agradáveis do hotel: todos os dias, às 16:30, seu “Gusto Moment” oferece a todos os hóspedes, como cortesia, um coquetel acompanhado de petiscos holandeses, do arenque às clássicas bitterballen.

Aliás, o bar do Tivoli Doelen serve de cenário também para o interessante workshop que ensina como Rembrandt conseguia preparar, a partir dos mais diversos elementos, as cores que utilizava em suas obras.

O staff do hotel é majoritariamente bastante jovem e atencioso e vibe da propriedade é sempre bastante tranquila e silenciosa. O perfil de hóspedes é bastante diverso, incluindo de casais bastante jovens a avós acompanhados de seus netos.

Menção honrosa à excelente equipe de concierges, que se encarrega de organizar tours na cidade (incluindo bucólicos passeios pelo canal em um barco vintage lindamente restaurado) e conseguir entradas para museus locais.

Um belíssimo hotel.

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Amazônia Pouso das Castanheiras

Pouso das Castanheiras: hospedagem imersiva na Amazônia

Viajar para a Amazônia é das experiências mais fascinantes que um viajante pode ter. Até os mais urbanos, como eu, simplesmente perdem o chão diante de tamanho arrebatamento em beleza, grandiosidade e excepcionalidade de experiências. Assim, é mesmo motivo de celebração a inauguração do Pouso das Castanheiras, nova opção de hospedagem imersiva na Amazônia brasileira.

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A charmosa nova casa, localizada à entrada do Parque Nacional de Anavilhanas, a pouco mais de duas horas de carro desde o aeroporto de Manaus, é fruto da primeira investida em hospitalidade de alto padrão de três amigos brasileiros, apaixonados pela região. Banhada pelo rio Negro, a casa em plena floresta preservada ocupa uma propriedade de cerca de 26 hectares repleta das castanheiras que lhe deram nome.

Amazônia Pouso das Castanheiras
foto: Mari Campos

Apostando na hospitalidade sustentável e no turismo regenerativo, trata-se de um espaço onde a floresta dita o ritmo das coisas – mas é o próprio viajante que define sua programação, do horário das refeições às atividades desejadas.

A ideia ali é unir a exclusividade e total privacidade da acomodação (afinal, a casa deve ser reservada por inteiro, idealmente por famílias ou grupos de amigos), sem abrir mão de amenidades de qualidade, boa mesa e serviços de hotelaria.

São três quartos pensados para 6 adultos – mas adaptáveis a um total de 8 pessoas, desde que pelo menos duas sejam crianças. As diárias funcionam com transfers desde e para Novo Airão, refeições, bebidas não alcoólicas e passeios incluídos. Tudo isso com muito conforto, segurança e completa imersão na floresta e na cultura local. E, ah!, wi-fi excelente.

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Amazônia Pouso das Castanheiras
foto: Mari Campos

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Uma casa de sonho em plena floresta

Thiago Cavalli, Thiago Fontoura e Roberto Vietri decidiram transformar sua paixão pela Amazônia e suas experiências pessoais na região e em viagens em geral em um tipo de acomodação que recebesse os hóspedes da forma mais autêntica e confortável possível. As reservas de estadia podem ser feitas diretamente com a propriedade ou através de agentes e consultores de viagem.

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As acomodações do Pouso das Castanheiras – uma suíte e dois quartos com banheiro compartilhado – têm todas camas deliciosas com dossel, ar condicionado e varanda privativa. Só não contam com armários, apenas prateleiras.

Há um amplo living, redes, sala de jantar, cozinha e um amplo deck de madeira com espreguiçadeiras que também é um constante convite para o relaxamento. Ali existe outro espaço para refeições, ao ar livre, com um charmoso carrinho-bar da década de 1970 como apoio. Tudo literalmente imerso na floresta amazônica.

Os móveis do Pouso das Castanheiras foram desenhados com exclusividade pelo arquiteto Dimitri Buriti e muito artesanato e obras de arte locais decoram cada ambiente com esmero.

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Erguida em plena mata, a propriedade equilibra sofisticação e respeito às tradições das construções locais, com uso de materiais locais e técnicas construtivas de baixo impacto. As áreas comuns não se escondem atrás de vidros hermeticamente fechados; pelo contrário, são maravilhosamente abertas para a floresta amazônica, garantindo muita luz natural e ventilação – e permitindo que sons e cheiros da floresta inundem os ambientes.

No cronograma de atividades disponíveis para os hóspedes e incluídas na hospedagem há trilhas pela floresta, visitas a comunidades locais, contemplação de igarapés e igarapós, canoagem, SUP, pôr do sol no rio, focagem noturna de animais… mas também tempo de sobra para descansar, mergulhar ou simplesmente ler um livro. Os passeios são sempre conduzidos por guias locais.

Quando a noite chega, o staff da casa acende uma linda fogueira na clareira; é um programão nos sentarmos ao redor do fogo, contemplando o céu escandalosamente estrelado. No período da seca, me contaram que a casa tem praticamente uma prainha privativa também.

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As refeições são todas preparadas pelo staff do Pouso das Castanheiras. E a experiência gastronômica por ali, no melhor estilo gastronomia de acolhimento, tem assinatura amazônica e merece mesmo menção especial. Toda refeição tem sabores e ingredientes muito frescos e realmente locais ou regionais (o tambaqui na brasa é excepcional!), inclusive no delicioso e farto café da manhã.

Não há cardápio fixo; as opções de cada refeição são discutidas previamente com os hóspedes e adaptadas conforme os gostos e restrições. E, é claro, depende também da própria sazonalidade dos ingredientes.

O Pouso das Castanheiras conta também com um delicioso deck sobre o rio – meu local preferido nos finais de tarde. Sentar confortavelmente ali, com pelo menos os pés na água, completamente imersa nos sons da maior floresta tropical do mundo, acompanhando a grandiosidade do rio e o longínquo vai e vem de pequenas embarcações com uma bela taça de vinho branco geladinho em mãos, com revoadas de pássaros e saltos de botos, me marcou tanto quanto os sensacionais passeios cotidianos.

Hospitalidade de primeira, com DNA 100% brasileiro. Que sorte a nossa.

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