Canopy São Paulo Jardins

Como é o Canopy São Paulo Jardins

É sempre bom ver grandes redes investindo mais na hotelaria brasileira e diversificando seu portfólio de bandeiras no país. Mesmo com o timming complicado em função da pandemia, a inauguração do Canopy São Paulo Jardins, em 2020, trouxe um sopro interessante para a hospitalidade da capital paulista. Afinal, a Canopy (com mais de 30 hotéis no mundo) é uma das 15 marcas da Hilton Hotels e traz uma proposta muito mais cosmopolita e voltada para o lifestyle do que os hotéis mais corporativos da bandeira Hilton que temos no país.

ACOMPANHE A MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

Com excelente localização bem entre dois grandes núcleos da cidade de São Paulo, a poucas quadras da avenida Paulista e pouco mais de um quilômetro do Parque Ibirapuera, o Canopy São Paulo Jardins preenche uma lacuna importante na oferta hoteleira da região de uma maneira bem simpática: dá as costas para a movimentada av. Brigadeiro Luís Antônio e faz da diminuta rua residencial Saint-Hilare sua pacata e descomplicada via de entrada para carros e pedestres. E ainda fica pertinho de restaurantes deliciosos, como o Aizomê.

LEIA TAMBÉM: As aberturas hoteleiras mais esperadas de 2023

.

.

Como é hospedar-se no Canopy São Paulo Jardins

Na semana passada, consegui finalmente me hospedar no Canopy São Paulo Jardins, no melhor esquema bleisure: aproveitei para trabalhar remotamente do hotel (que oferece ótimas condições para isso), mas também explorar um pouquinho a região, com um tanto de lazer aqui e ali. E descobri entre os hóspedes, inclusive algumas famílias com crianças, muita gente fazendo exatamente a mesma coisa.

O visual ao mesmo tempo elegante e descolado das áreas comuns ajuda: no térreo, o imenso salão com pé direito duplo, paredes de vidro, décor em cores suaves e muito verde ao redor é ao mesmo tempo lobby, lounge, bar, café e restaurante. A qualquer hora do dia tem gente ali trabalhando, seja individualmente no seu computador ou em pequenos grupos fazendo reuniões no local.

Clique aqui para conferir disponibilidade e valores do Canopy São Paulo Jardins

Clique aqui para pesquisar outros hotéis em São Paulo

É ali que funciona manhã, tarde e noite o Stella Jardins, um simpático bar & restaurante aberto do café da manhã ao jantar com uma proposta mais sustentável no menu, belas cerâmicas Kimi Nii e algumas simpáticas mesas externas também. No café da manhã, o serviço de buffet é eficiente e acrescido de opções quentes de ovos e tapiocas feitos na hora – e capuccinos, espressos e lattes também estão incluídos.

Há opção de almoço executivo nos dias úteis e promoções especiais para o happy hour, com drinks criativos. O room service tem menu enxuto (incluindo dois sabores da linha semi pronta da pizzaria Bráz) e serviço rápido e eficiente.

.

.

Quartos elegantes e boas iniciativas sustentáveis

Os quartos do Canopy São Paulo Jardins, que eles chamam acertadamente de “just the right room“, são elegantes e extremamente funcionais, mesmo nas menores metragens (os 98 quartos vão de 20m2 a 38m2). Há bastante luz natural, bom isolamento acústico, charmosa decoração em tons terrosos e verde oliva, estante aberta ao invés de guarda roupa, pia aberta para o quarto, banheiro com boa ducha, mesa de trabalho, smartTV e água e café cortesia. O único downside é que nenhuma das janelas abre e não há qualquer ventilação natural nos quartos, nem nos banheiros.

O minibar é deixado vazio para que cada hóspede o preencha como e quando quiser. As cápsulas de café cortesia são deixadas diariamente pela governança e todos os quartos têm garrafas de vidro especialmente projetadas para que o próprio hóspede encha, quando quiser, nos filtros instalados nos corredores de todos os andares do hotel.

A louvável iniciativa faz parte do projeto de sustentabilidade do hotel, que tem ainda sistema de ar condicionado a gás e vinte e sete placas fotovoltaicas na cobertura do edifício para o aquecimento dos chuveiros – o que infelizmente não combina com as amenidades de higiene oferecidas atualmente, todas em embalagens plásticas de uso único.

Com excelente estrutura para o “anywhere office” – além dos espaços do Stella, há lounges, salas de reunião e um agradável terraço ao ar livre no primeiro andar – , o Canopy compensa a falta de estrutura para o lazer (há apenas uma micro academia 24h no hotel) com uma boa curadoria de atividades e passeios na cidade (tanto no site do hotel quanto na recepção), e empréstimo de bicicletas no local.

LEIA TAMBÉM: Brunch family style é a proposta do JW Marriott São Paulo

ACOMPANHE A MARI CAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM

.

.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

.

Fazenda Santa Vitória

Fazenda Santa Vitória: fugindo do estereótipo do “hotel fazenda”

Desde a reabertura do turismo brasileiro no segundo semestre do ano passado, hotéis com grandes espaços ao ar livre têm sido especialmente procurados durante a pandemia. Muitos estão inclusive batendo recordes históricos de ocupação nos últimos meses, tão grande vem sendo a procura. É o caso da Fazenda Santa Vitória, em Queluz, SP, que vem também fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro.

Localizada no Vale do Paraíba, a propriedade começou a operar como parte da indústria da hospitalidade há cerca de quatro anos e meio, após os proprietários unirem quatro fazendas adjacentes da década de 1920. 

Hoje, apesar de funcionar unicamente de 5a. a domingo e feriados, o sucesso do empreendimento tem sido tão significativo que a ocupação anda beirando os 100% frequentemente – e as reservas disponíveis são para geralmente só daqui três ou quatro meses. E a sustentabilidade de suas operações é sem dúvidas seu principal atrativo.

ACOMPANHE AS NOVIDADES DO MERCADO HOTELEIRO TAMBÉM NO INSTAGRAM @HOTELINSPECTORS

.

.

Fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro

A Fazenda Santa Vitória vem fugindo do estereótipo do “hotel fazenda” brasileiro desde sua abertura. Ali não há imensos buffets, programação diária de atividades, monitores nem qualquer tipo de entretenimento infantil. A propriedade é assumidamente muito mais pensada para e focada em adultos do que famílias com crianças e adolescentes. 

Também não se trata de um hotel de luxo. O hóspede não deve esperar excelência em serviço, mimos nem acomodações impecáveis. A proposta ali é oferecer amplos espaços ao ar livre, em um autêntica fazenda do Vale do Paraíba, para que cada um encontre na natureza e na cultura local seu espaço e diversão.

LEIA TAMBÉM: 10 hotéis e pousadas para fazer turismo de isolamento no Brasil

As 18 acomodações estão espalhadas em diferentes modelos e espaços. Optando por qualquer uma delas, o hóspede tem acesso aos mesmos espaços comuns: gramados e jardins muito bem cuidados, trilhas, riacho e até cachoeira. E também ao mesmo serviço de pensão completa. Há também quadra de tênis, salão de jogos, piscina, sauna, “caldário” – e passeios à cavalo podem ser contratados à parte (mediante pagamento).

Para curtir melhor muitos dos espaços ao ar livre, tão fundamentais hoje em dia, o hóspede muitas vezes vai ter que pegar seu próprio carro e dirigir. Há bicicletas gratuitamente disponíveis para os hóspedes, mas alguns trajetos podem ficar mais “puxados” sobre apenas duas rodas. Mesmo os meros 4km que separam a sede da cachoeira, dada a topografia do terreno (acidentado e montanhoso), são definitivamente mais factíveis de carro. 

O hotel deve ganhar um spa até o final do ano e oferece ainda a possibilidade de visita à Casa do Arado, uma casinha isolada na fazenda que, em parceria com o Instituto Arado, tenta divulgar e preservar a história e a cultura regional caipira da região. 

LEIA TAMBÉM: Movimento “slow travel” retorna ainda mais forte

.

.

fazenda santa vitória: Diferentes tipos de acomodação

As 18 acomodações disponíveis na fazenda estão divididas, da mais simples à mais luxuosa, em suítes-sede, suítes-quintal, casas do pomar e casas na montanha. As linhas gerais propõem simplicidade com arquitetura de época integrada à natureza. Todas as acomodações são operadas em diárias com pensão completa, wifi e uso de todos os espaços comuns; mas as facilidades de cada tipo de acomodação mudam bastante. 

Fiquei hospedada em uma das quatro suítes da casa sede no último feriado de Independência do Brasil; mas vale o alerta de que são de longe as menos interessantes da propriedade toda. São mais simples, antigas e pequenas, sem qualquer balcão, varanda ou contato com a natureza. Na casa sede, há constante “entra e sai” de hóspedes e funcionários o dia todo, tirando qualquer resquício de privacidade dos quartos. O som vaza com facilidade de um quarto para outro e os quartos absorvem também todo o barulho e “falação”, tanto da piscina quanto da cozinha principal (logo cedo pela manhã nesse caso, inclusive). 

A minha recomendação é escolher acomodações das suítes-quintal (que têm diferença de valor ínfima em relação às suítes-sede) em diante. Todas essas são não apenas esteticamente muito mais interessantes como também mais aconchegantes e muito mais silenciosas e privadas. As suítes quintal e as casas do pomar (estas últimas inauguradas neste 2021) ficam quase anexas à sede, ao centro lazer e ao restaurante. Já as casas na montanha ficam isoladas, com vista panorâmica para a fazenda e os arredores (mas o hóspede precisa pegar o carro na hora de ir fazer as refeições ou utilizar a infraestrutura da sede).  

Dá pra conferir detalhes de toda a minha estadia por lá em várias imagens e vídeos tanto no feed quanto nos Stories do meu instagram @maricampos, sempre atualizadinho.

LEIA TAMBÉM: Sete hotéis e pousadas sustentáveis no Brasil

.

.

Hospitalidade sustentável

O grande atrativo da Fazenda Santa Vitória é ser um hotel verdadeiramente sustentável, com iniciativas realmente interessantes que raramente são vistas em “hotéis fazenda” brasileiros. Há práticas regenerativas importantes tanto do ponto de vista ambiental quanto cultural, social e econômico.

LEIA TAMBÉM: O que é turismo regenerativo?

A propriedade, antes voltada para exploração de madeira e pecuária extensiva, hoje promove reflorestamento e manejo sustentável da terra. A pequena criação de gado é voltada para a produção local de leite e queijo para hotel e moradores. 

A equipe do hotel é quase toda composta por membros das famílias dos empregados originais da fazenda, que ainda moram ali mesmo e tiram dali o seu sustento. E em diversos aspectos tentam resgatar/preservar as referências histórico-culturais da região (da decoração à Casa do Arado, em parceria com o Instituto Arado).

LEIA TAMBÉM: Hotelaria e sustentabilidade

Há também painéis solares instaladas em diferentes pontos da propriedade, o hotel já é autossuficiente energeticamente e planeja construir em breve uma pequena termoelétrica para que seja capaz de gerar energia positiva – ou seja, gerar mais energia do que consome. 

Nos quartos, as amenidades Trousseau são colocadas em grandes dispensers nas paredes. Plásticos são evitados e há água filtrada cortesia generosamente abastecendo tanto um filtro à entrada da casa da sede o dia todo quanto charmosas moringas à cabeceira da cama em todos os quartos. 

A alimentação não fica de fora: boa parte do que chega à mesa do hóspede é preparado com a produção da própria fazenda, seja da queijaria, da horta ou do pomar.

LEIA TAMBÉM: WTM: hotelaria precisa ser mais sustentável e inclusiva

.

.

FOCO ainda maior na gastronomia

As refeições são parte importante da experiência na Fazenda Santa Vitória e os quitutes da cozinha conduzida pelo chef Vitor Rabelo estão sempre incluídos nas diárias. A propriedade deve passar a focar ainda mais no aspecto gastronômico do hotel: até o ano que vem, deve ganhar novos espaços dedicados à gastronomia, inclusive um restaurante totalmente dedicado a carnes, instalado no haras, com vista panorâmica para o vale. 

A maioria das refeições, ainda que com menu bastante enxuto (entrada e sobremesa sempre únicas, três opções para o prato principal), é à la carte. As mesas são fixas para cada quarto/hóspede/família. Mas como os slots de horário para as refeições não são muito amplos, convém chegar cedo para pegar o restaurante mais vazio.

Os pratos são muito bem apresentados e há sempre alguma opção vegetariana no cardápio. Mas vale saber que a feijoada de todo final de semana é obrigatoriamente servida em um buffet assistido.

Eventualmente, oferece-se aos hóspedes algum tipo de degustação cortesia de produtos da região durante a estadia. Nos meus dias por lá, houve degustação de cerveja artesanal em um dos almoços e de cachaça antes de um dos jantares.

LEIA TAMBÉM: Oito tendências para a hotelaria em 2021

.

.

O café da manhã merece destaque: a melhor refeição da casa é todinha preparada ali mesmo, item por item, e chega com capricho à mesa. O iogurte da casa é excelente e tem também uma das melhores granolas que já provei na vida! 

É pena que a propriedade não utilize regularmente seus muitos gramados e espaços abertos para também à hora das refeições, ainda mais durante a pandemia. Apenas dois almoços são feitos ao ar livre (um nos arredores da cachoeira e outro nos jardins da casa sede); todas as demais refeições são sempre feitas dentro do restaurante e/ou em sua varanda coberta anexa.

A Fazenda Santa Vitória vai ganhar em breve também uma queijaria completa, em parceria com o queijeiro João Laura, que vai contar inclusive com espaço dedicado para degustações e um terraço aberto.

LEIA TAMBÉM: Sete hotéis e pousadas ligados ao vegetarianismo no Brasil

.

.

Serviço

A Fazenda Santa Vitória fica na cidade de Queluz, SP, quase na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Viajei para lá no meu próprio carro e achei o acesso a partir da Via Dutra muito fácil e bem sinalizado, com apenas um pequeno trecho em estrada de terra. As diárias com pensão completa valem desde R$2.200,00 para duas pessoas, incluindo café da manhã, almoço, bolo com café à tarde e jantar – sempre com água filtrada cortesia à mesa. Demais bebidas são todas cobradas à parte.

.

.

Leia tudo que já publicamos sobre hotelaria em tempos de pandemia.

Acompanhe o Hotel Inspectors também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel.

.

O novo Selina Vila Madalena, em São Paulo

A rede de hotéis Selina, sobre a qual a inspector Carla Lencastre já falou neste texto aqui, chega agora também à cidade de São Paulo. A nova unidade, Selina Madalena, está instaladana Rua Aspicuelta, em São Paulo, e abriu as portas há pouco mais de um mês.

A propriedade mescla hostel e hotel, com 164 camas divididas em 46 quartos, entre suítes, quartos privativos e dormitórios compartilhados. No começo de outubro, fiquei hospedada em uma das suítes do local, no segundo andar.

A suíte era bem espaçosa, com mural de um artista local em uma das paredes, mesa de trabalho, poltrona, cama king e excelentes roupas de cama. O banheiro também era grande, com pia dupla, e amenidades ecologicamente corretas, em grandes recipientes reutilizáveis. A suíte também conta com uma belíssima varanda voltada para a frente do edifício.

Visitei também um dos quartos privativos, bastante menor e sem a bossa da suíte (nada de grafites, poltronas ou pontos mais coloridos no quarto). Não há telefone em nenhum dos quartos e apenas a suíte conta com um projetor de smartTV. Vale saber que, como os quartos e suítes contam com imensas janelas de vidro, e como a propriedade está em uma das mais animadas ruas da Vila Madalena, boa parte da animação do lado de fora “vaza” para o lado de dentro durante a noite, sobretudo de quinta a sábado.

Tanto para os dormitórios compartilhados como para os quartos privativos e suítes, vale saber que apenas o wifi (de bem boa qualidade) está incluído. Todos os demais ítens, inclusive café da manhã, são cobrados à parte.

A área do hotel batizada de Selina Home permite que os hóspedes do Selina Madalena tenham acesso a uma cozinha comunitária, biblioteca e cinema.

Os espaços comuns são o grande trunfo da propriedade, a começar pela decoração descontraída e muito colorida, com obras de artistas locais como Hanna Lucatelli, Apolo Torres, Verdeee e Filipe Grimaldi mescladas com diversos objetos de décor.

Além do gostoso lounge em frente à recepção, o hotel conta com um lounge ao ar livre repleto de mesas comunitárias, que faz sucesso dia e noite com hóspedes e visitantes. É bem em frente a esse espaço que ficam um descolado restaurante+bar e um food truck com ítens grab&go (café, refrigerantes, salgados, doces e até cervejas). O food truck funciona até 19h apenas e o restaurante até 23h. As áreas comuns estão todas abertas a não hóspedes e já estão sendo frequentadas por moradores da região.

A propriedade conta ainda com uma disputada área de cowork, cuja utilização se dá mediante um fee mensal, para profissionais que realmente desejem usar o espaço como local de trabalho.

A rede panamenha Selina administra 39 propriedades em 12 países da América Latina e em Portugal, sempre neste mesmo estilo de hospedagem, e bastante voltada para os millennials. Os planos ambiciosos da rede, que andou recebendo novos aportes milionários, a chegar a 350 endereços diferentes nos próximos anos. Até o final deste ano, uma nova unidade em Florianópolis e os primeiros hotéis nos EUA (Miami e Nova York) devem ser inaugurados. No ano que vem, novos hotéis em Portugal e no Peru.

Dá para conferir mais informações sobre o Selina Madalena aqui.

Siga também nossas redes sociais para ficar por dentro de todas elas: Instagram @ HotelInspectors,facebook @HotelInspectors e  Twitter @HotelInspectors.
.

O novo Four Seasons São Paulo

O mercado hoteleiro de luxo no Brasil anda de vento em popa. Depois da abertura do esperado Fasano BH, a contagem regressiva para a abertura do primeiro hotel da rede Four Seasons no Brasil (parte do crescente portfólio do grupo na América Latina) está finalmente terminando: no próximo dia 15 de outubro, segunda-feira, a esperada propriedade brasileira do grupo abrirá oficialmente suas portas, quase às margens do rio Pinheiros. Mas nós já fomos conhecer em primeira mão o que o novo Four Seasons São Paulo tem de especial.

Acompanhe as novidades do setor também no nosso instagram.

Parte do Parque da Cidade, o hotel conta com 258 quartos e suítes e 84 residências distribuídos em um edifício de 29 andares em plena Avenida das Nações Unidas.  Por fora, o imponente arranha-céus parece apenas mais um do emaranhado de edifícios da zona financeira em que se encontra.

Mas basta cruzar a discreta porta de entrada do novo Four Seasons São Paulo para ver que o grupo conseguiu, e com esmero, dar uma alma brasileiríssima ao hotel. Projetado pelo escritório norte americano HKS Architects em parceria com os brasileiros Afalo e Gasperini Arquitetos, e com design do norte-americano BAMO, o novo hotel do grupo Four Seasons tem sotaque definitivamente paulistano. 

Linhas curvas por toda parte. Foto: Mari Campos
Elegância nos banheiros. Foto: Mari Campos

Projeto caprichado

O projeto logrou conciliar harmonicamente a estética internacional do luxo contemporâneo com os estilos de grandes nomes brasileiros das artes e da arquitetura, incluindo obras de Francisco Brennand, Burle Marx e Paulo Mendes da Rocha espalhadas pela propriedade.

Matérias-primas brasileiras estão também por toda parte, do mármore das áreas comuns aos revestimentos e móveis dos quartos – com direito a muita madeira, janelas que isolam completamente os ruídos externos, linhas sinuosas que lembram Niemeyer e até carpetes cujo design homenageia o vizinho rio Pinheiros. O Brasil só não aparece nas amenidades dos quartos, que utilizam produtos Christian Lacroix. 

LEIA MAIS sobre o hotel aqui.

Apreço pela matéria-prima brasileira em cada detalhe. Foto: Mari Campos
Os carpetes que homenageiam o Pinheiros. Foto: Mari Campos

Embora a localização seja afastada das principais atrações turísticas da cidade, é visível a tentativa de criar uma importante conexão com o público local nas áreas comuns. Além disso, o hotel criou uma série de experiências exclusivas para hóspedes que queiram ir a fundo no destino – e diversas opções de compras, gastronomia e entretenimento estão a curta distância.

O segundo andar do hotel foi projetado para ser um oásis em meio à selva de pedra, com direito a jardins internos, spa BAMO, fitness center e uma piscina inovadora entre os hotéis paulistanos, com áreas interna e externa divididas por um vidro retrátil. 

Detalhe da piscina do spa. Foto: Mari Campos

Investida gastronômica

Mas a melhor sacada do hotel parece ser sua investida gastronômica, com o botequim-chic CajuSP e o restaurante Neto, ambos colados ao lobby – e separados por uma escadaria que sem dúvidas será uma das imagens mais icônicas da propriedade. Ambos testados e aprovados! 

O CajuSP seguramente movimentará a cena local na happy hour, incluindo no cardápio versões gourmet de clássicos paulistanos como bolinho de bacalhau, asa de frango etc e, é claro, uma série de signature drinks exclusivos. O design sinuoso bar foge do modelo tradicional dos bares de lobby e cria bons espaços de circulação e interação, sem intimidar de forma nenhuma o visitante que não esteja hospedado no hotel. 

Gastronomia ítalo-brasileira no restaurante Neto. Foto: Mari Campos

A cozinha do restaurante Neto (cujo nome homenageia os descendentes de imigrantes italianos em São Paulo) ficou a cargo do sempre excelente Paolo Lavezzini, ex- Fasano Rio, que supervisionará também o botequim e o room service.

Para o Neto, ele criou um menu tradicional italiano cheio de toques e releituras brasileiros, utilizando somente produtos locais – e em um ambiente que, apesar do serviço impecável do padrão Four Seasons, é absolutamente informal, incluindo grandes mesas comunais e alguns pratos do cardápio propositalmente criados para serem compartilhados. 

.

Aproveitar a época de abertura para conhecer o hotel pode ter suas vantagens, já que eles estão anunciando diversas ofertas de inauguração. Para paulistanos que buscam uma staycation ou breve escapada, o Summer Love Romance Package pode ser boa pedida para um final de semana romântico.  A conferir. 

.

Atualização: em 9 de novembro de 2020, a Four Seasons Hotels and Resorts anunciou que vai deixar a administração do hotel, fechado desde o começo da pandemia. Ainda não se sabe se outra rede assumirá a propriedade.

.

O Hotel Inspectors está também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog e no Twitter @InspectorsHotel. Acompanhe nossas descobertas pelas nossas redes sociais também.

O melhor bar de hotel do mundo

A festejada fundação Tales of the Cocktail, organização americana sem fins lucrativos que apoia, incentiva e premia bares, elegeu um bar de hotel como melhor do mundo em 2018. Não por acaso, são também bares de hotéis que ocupam os quatro primeiros lugares da edição de 2018 da lista britânica The World’s 50 Best Bars. Os dois rankings têm endereços em comum, a começar pelo campeão. O melhor do mundo em ambas as seleções é o American Bar, do Savoy Hotel, em Londres.

Atualização: Em 2019, o American Bar foi eleito o quinto melhor do mundo pela World’s Best Bars. Em 2020, ficou na 20ª posição. O primeiro lugar é de outro bar de hotel de Londres, o Connaught (vice-campeão em 2019).

Prêmios em lugar de destaque no balcão do American Bar | Foto de Carla Lencastre

Um dos primeiros hotéis de luxo de Londres, inaugurado em 1889 entre a movimentada Strand e o Rio Tâmisa, o Savoy passou por uma reforma de 220 milhões de libras na primeira década século XXI. Reabriu em 2010 sem perder suas características originais e tem cinco estrelas no prestigioso Forbes Travel Guide.

O ambiente elegante com poltronas forradas em couro escuro, luzes indiretas, fotografias em preto e branco e espelhos, e uma carta impecável com clássicos e inovações justificam o merecido sucesso do American Bar, desde 1893 no térreo do hotel. Foi ali que Harry Craddock, lendário bartender da casa, reuniu uma centena de receitas de drinques para o Savoy Cocktail Book, em 1930. Reeditado até hoje, o livro é um ícone da coquetelaria. No American Bar, drinques convive bem com a carta de vinhos, que ostenta o Pol Roger Cuvée Sir Winston Churchill, champanhe criado em homenagem ao primeiro-ministro britânico.

Clique aqui para acompanhar nosso Instagram @HotelInspectors

Negronis no American Bar, no Savoy | Foto de Carla Lencastre

O Spirited Awards, nome do prêmio da TOTC, foi entregue no fim de julho na festeira Nova Orleans. The American Bar at The Savoy recebeu também os prêmios de melhor equipe de bar fora dos Estados Unidos e de melhor bar de hotel fora dos EUA. E ainda foi finalista de melhor carta de drinques em todo o mundo.

Leia mais: O Savoy é um dos hotéis mais mal assombrados da Inglaterra.

O primeiro lugar na categoria melhor menu na TOTC ficou com o Dandelyan, outro bar de hotel. No térreo do moderno Mondrian London, com vista para o Tâmisa, o concorrido Dandelyan é o segundo melhor do mundo no World’s 50 Best Bars (o ranking é uma versão etílica da lista The World’s 50 Best Restaurants).

Para mulheres viajando sozinha, bar de hotel é a quase certeza de poder tomar um drinque com o mesmo atendimento dedicado aos homens e sem ser importunada (programa testado e aprovado de Nova York a Tóquio, de Helsinki a Cidade do Cabo, incluindo cidades no Oriente Médio, como Dubai e Doha). Se a ideia for puxar papo, bar de hotel também é ótimo para isso.

Spencer Amereno Jr, head bartender do Frank Bar, em São Paulo | Foto de Carla Lencastre

Um bom bar atrai visitantes que estão em outros hotéis e podem conquistar moradores da cidade que ajudam a manter o movimento mesmo quando a taxa de ocupação está baixa. O campeão brasileiro nesta área em 2018 é o ótimo Frank Bar, no lobby do Maksoud Plaza, em São Paulo, comandado por Spencer Amereno Jr. e equipe. Inaugurado em 2015, o Frank estreou em 2017 na 66º posição na lista dos World’s Best Bars (foi o brasileiro mais bem colocado). Está também no recém-anunciado ranking dos dez melhores bares das Américas (fora dos EUA) do Tales of the Cocktail.

O outro bar de hotel no Brasil que faz parte do top ten Américas de 2018 do TOTC é o do Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (leia aqui sobre um dos restaurantes do hotel carioca).

Dandelyan, o premiado bar do Mondrian London | Foto de Carla Lencastre

Como as Inspectors são fãs de bons drinques, este é um assunto ao qual voltaremos outras vezes. Inclusive para contar como é o maior concorrente do American Bar. O Dandelyan, no Mondrian London, é em tudo diferente do bar do Savoy. E ainda assim com as mesmas características que fazem um bom bar em hotel ou não: clássicos perfeitos, receitas originais, equipe afinada, atmosfera envolvente…

Leia mais: Belmond Cadogan, hotel de luxo em Londres

Hotel Inspectors está também no Instagram @HotelInspectors, no facebook @HotelInspectorsBlog, no Twitter @InspectorsHotel e no LinkedIn @HotelInspectors