Uma decisão importante para empresas e órgãos de turismo: ir às feiras de turismo.
A resposta pode estar em outras perguntas. Quais os objetivos em participar de uma feira? Que tipo de público estará presente? Qual o custo benefício ? O que o evento oferece como diferencial ?
Essa reflexão é importante no cenário de grandes mudanças dos fluxos turísticos mundiais e, sobretudo quando as ferramentas de promoção e comunicação encontram outros meios de relacionamento com agentes de viagens, clientes e imprensa. Também para quem organiza tais eventos, temas como renovação, inovação, tecnologia são importantes para reter expositores e atrair clientes. Talvez a certeza é que nossa indústria não quer mais do mesmo.
A Atout France, agência turística oficial da França anunciou que em 2012 não irá mais participar da FITUR em Madri nem da BIT em Milão. Suas razões são explicadas pelo diretor Christian Mantei, argumentando que os custos de participação aumentam, o público presente diminuiu e que o perfil do evento já não atende mais às necessidades dos empresários do setor. De acordo com ele, outras formas de comercialização trazem retorno mais eficaz. A agência continua a participar de outras feiras como a WTM de Londres e a ITB de Berlim.
Todos de olho no retorno de seus investimentos e no diferencial que as feiras de turismo estão oferecendo a seus expositores e compradores.
De qualquer forma, para um país, estar ausente de alguns eventos pode ser ruim para sua rede de relacionamentos, para empresas ou órgãos de turismo estaduais e municipais vale uma análise mais detalhada.
Minha experiência durante 8 anos de organização e participação nas feiras em diversos países, também leva refletir sobre os pontos mencionados acima, tais como:
– ter muito claro os objetivos e forma de participação;
– analisar o custo-benefício dessa e outras ferramentas de comunicação e relacionamento;
– organizar uma agenda prévia para otimizar contatos e focar nos objetivos traçados;
– agrupar e executar diversas ferramentas como reuniões, agenda de imprensa, participação em seminários, dentre outras;
– e muito importante: manter a rede de relacionamentos durante todo o ano e, não somente no momento da feira.
Jeanine,
Obrigado pelo seu texto e sempre é importante analisar essas opiniões. Infelizmente o Brasil gasta muito em algumas feiras com estandes monumentais e equipe sem preparo. As vezes esse dinheiro poderia ser gasto com outras ações e em feiras mais objetivas. O que a França está fazendo não pode ser usado de comparação com o Brasil que ainda infelizmente engatinha no turismo. Infelizmente! Muitos lá fora não sabem o que pode ser feito no Brasil, justamente por falta de oportunidade de negócios! Quando o Brasil chegar em um estágio melhor de turismo pode sim abandonar todas as feiras! No entanto, acredito que o mesmo precisa ser mais objetivo no dinheiro gasto em tentar fazer estandes de um milhão de metros quadrados! O crescimento hoje do nosso turismo é mais que obrigação! infelizmente hoje temos uma estrutura precária e turistas pobres. Vide o crescimento dos albergues! Precisamos urgente a ter políticas de turismo internamente e divulgar amplamente nosso Brasil para melhorar a qualidade dos turistas também. Muito do dinheiro gasto fazendo filme de araras no exterior poderia ser usado para conscientizar a nossa população receber melhor o turista, nao jogar lixo nas praias e forçar uma melhoria em aeroportos e nossa rede hoteleira e de taxis etc. Tem muito trabalho pra ser feito ainda e acho que a França como Reino Unido, Espanha já atingiram esse know-how! Minha opinião! Abraços