Ontem a Organização Mundial de Turismo – OMT, divulgou os dados de gastos dos turistas relativos ao ano de 2011.
A tendência mundial média é um pouco diferente daquela do continente sul-americano e do Brasil. Dois fatores marcam essa diferença. O primeiro é que a média de crescimento do volume de passageiros é maior em nosso continente e em nosso país do que a média mundial. Enquanto no ano de 2011 o mundo cresceu 4,6% no turismo, chegando a 982 milhões de viagens internacionais, a América do Sul cresceu 9,4% com 25,8 milhões de turistas. Destes, o Brasil tem um quinto, 5,4 milhões, com um crescimento de 5,3%.
O outro fator é que enquanto no mundo e na América do Sul o crescimento percentual de receitas é menor do que o crescimento do volume, no Brasil isso se inverte. As receitas provenientes de gastos de visitantes no mundo cresceram 3,8%, na América do Sul 6,5% e no Brasil 14,46 %. Isso significa em números absolutos que, no mundo, cerca de 1 trilhão de pessoas viajaram, número que a América do Sul contribuiu com 25,8 milhões e o Brasil 5,3 milhões.
Considero que, cada vez mais, com as mudanças no comportamento de visitantes, os países devem buscar um equilíbrio nas motivações e experiências que seus visitantes podem ter. Alguns lugares podem ter maior número de pessoas, como nas grandes cidades; outros destinos de ecoturismo e natureza, por exemplo, têm capacidade de carga limitada, terão menos pessoas visitando. O mais importante é que a atividade seja sustentável, com resultados para aqueles que trabalham no setor, preservação de recursos naturais e valorização da cultura. Onde estaria o equilíbrio do Brasil em termos de volume de visitantes e gastos ?
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