Turismo e economia

Em tempos de desafios no cenário econômico vale entender melhor o papel do turismo na economia nacional, assim como seu comportamento em relação a outros setores. Quem sabe se assim não podemos provocar investimentos no setor ?

Estudo do WTTC – World Travel & Tourism Council que compara a importância da indústria de viagens e turismo em relação a outros de nossa economia nos trazem dados surpreendentes. Em termos de impactos diretos no PIB brasileiro o turismo é duas vezes maior que o setor automobilístico e maior do que o setor químico e de mineração.

Na geração de empregos, o turismo, diretamente, gera mais postos de trabalho do que os serviços financeiros, automobilístico, comunicações, mineração e químico. O turismo gera direta e indiretamente 8,6% dos empregos no Brasil.

E para quem precisa de um futuro com algum sinal de otimismo, o estudo do WTTC, realizado pela Oxford Economics mostra que entre 2015 e 2025 é um dos que mais vai crescer em comparação a 10 setores estudados, serão em média 3,1% ao ano. Somente a agricultura (3,2), os bancos (3,4%) e o setor de mineração (4,4%) tem projeções de crescer mais do que nossa indústria.

E para falar em exportações, onde o turismo internacional tem grande importância no cenário atual e futuro, o estudo mostra que em 2014 o turismo representou 18% das exportações de serviços e 2,7% do total das exportações.

Mais impressionante, cada US 1 milhão gastos em turismo em nosso país geram outros US 1,5 milhão para nosso PIB; o único setor que gera mais impacto no PIB depois das viagens é a educação. E mais, para cada US 1 milhão de gastos de turistas em nossa atividade são gerados 55 empregos diretos, indiretos e induzidos. Os outros setores geram quantos empregos para cada US 1 milhão? Serviços financeiros 29, educação 81, automobilístico 36, comunicações, 36 e agricultura 100 empregos.

Fonte: How does Travel & Tourism compare to other sectors ? – World Travel & Tourism Council/ Oxford Economics

Receita e despesa em baixa

Os dados de receita e despesa dos estrangeiros no Brasil e dos brasileiros no exterior, respectivamente, já consolidam um ano ruim nos dois sentidos para o turismo. A comparação com o ano da Copa, o desempenho econômico do país e a taxa cambial são os fatores que mais contribuem para esses resultados.

Os dados divulgados hoje (22/09/15) pelo Banco Central mostram que em agosto os estrangeiros gastaram US$ 436 milhões no Brasil, isso significa uma queda de 11,73%; de janeiro a agosto, o acumulado é negativo em 20,88%. Em parte era esperado um desempenho ruim de junho e julho por causa da realização da Copa do Mundo em 2014, que certamente iria influenciar os resultados negativos desses dois meses; mas o fato é que todo o ano é negativo (somente o mês de março apresentou crescimento de quase 3%).

No lado dos gastos dos brasileiros no exterior, os dados no acumulado do ano são maiores, uma queda de 25,13% de janeiro a agosto. O mês de agosto registrou uma queda de 46,27%, a maior do ano de 2015. Também nesse caso, todos os  meses tiveram desempenho negativo em relação a 2014, somente o mês de fevereiro registrou um aumento de 6,5% nos gastos dos brasileiros lá fora.

O déficit na balança do turismo, embora menor entre janeiro e agosto de 2015 em relação a 2014 ainda é alto, de US$ 9 bilhões; era de US$ de 12 bilhões para o mesmo período de 2014.

Aqui, só pra lembrar, às vésperas da realização dos Jogos Rio 2016, deveríamos estar atraindo muitos estrangeiros ao Brasil, pelo aumento da visibilidade e pelo que deveria ter restado de imagem da Copa de 2014.

Pesquisa turista do nordeste

A CTI Nordeste apresenta hoje uma pesquisa realizada nos aeroportos da INFRAERO localizados na região pelo Ibope Inteligência entre os dias 18 e 25 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos do total da amostra de 1.422 entrevistas.

O perfil identificado mostra 75% dos entrevistados como turistas, pesquisados nos aeroportos da região, com um gasto média de R$ 1.000,00 e uma estadia média de 7 dias. O número de viagens por pessoas mostra que avança a utilização do transporte aéreo na região, 23% dos entrevistados realizam pelo menos uma viagem ao ano, 16% pelo menos duas viagens e 13% realizam pelo menos uma viagem a cada três meses.

Do total de entrevistados, 43% estavam viajando a negócios e 35% a turismo ou lazer, e 68% viajam sozinhos, sem acompanhantes. O meio de hospedagem mais utilizado foi a casa de amigos e parentes para 42% e hotéis, para 36%.

A pesquisa também avaliou os aeroportos do nordeste (com exceção de Natal que não autorizou o Ibope a realizar as entrevistas) que foram bem avaliados em diversos itens, com destaque para a limpeza das instalações, as facilidades de achar carrinhos de bagagem e a gentileza dos funcionários dos aeroportos. Já os itens que foram avaliados como pior avaliados foram os serviços de internet, estacionamentos e a aparência externa dos aeroportos.

O aeroporto mais conhecido ou visitado é o de Salvador, já o melhor avaliado é o de Recife, seguido de Fortaleza e Salvador. Quando perguntados qual deveria ser o aeroporto escolhido para o hub da Tam, 45% escolheram Recife, 37% Fortaleza e 11% Natal.

Para acessar a pesquisa: http://ctinordestedobrasil.com.br/documentos/Pesquisa_Ibope_Ne_resumida.pdf 

Ocupação julho +20%

Como foi o mês de julho de 2015?

Aqui em Alagoas, buscamos alguns dados que ilustram um desempenho em média 20% superior ao ano passado.

Os dados da INFRAERO apontam um aumento nos desembarques de 19,7% no mês de julho de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

A ocupação hoteleira, medida pelo BOH – Boletim de Ocupação Hoteleira, registrou uma ocupação média de 74,2% em julho de 2015, um desempenho 21,44% maior que o ano da Copa, que foi de 61,1%.

Como foi em seu estado ?

TURISMO WEEK NORDESTE

Começa hoje a edição da Turismo Week by Bratzoa em parceira com a CTI Nordeste.
Estamos acreditando nessa ação inédita que envolve os operadores, agentes de viagens e leva ao consumidor final diversas opções de viagens ao nordeste.
O momento é favorável, a região se fortalece com sua identidade e cada destino traz suas promoções e suas experiências específicas.
Vamos dar um gás especial nas ações de marketing digital, unificando hashtags e fortalecendo as redes sociais dos destinos e empresas do nordeste.
#partiuturismoweeknordeste #participavocetambem

NE Week

As rodadas pelo nordeste para a preparação do Turismo Week Nordeste estão mobilizando os empresários e as secretarias de turismo em torno da formatação de produtos e promoções.

As novas oportunidades em torno do projeto que ocorre em parceria com a Braztoa à partir de 6 de agosto estão se mostrando mais do que a união da região nordeste em torno da promoção nacional. O que estamos observando também são a formatação de produtos novos, combinados, condições especiais em determinados períodos e uma grande ação de imagem da região no território nacional.

Por outro lado, os operadores Braztoa, em outras edições do Turismo Week voltados à promoção internacional, terão oportunidade de gerar novos relacionamentos comerciais no nordeste, além de conhecer uma maior diversidade de produtos segmentados e oferecer condições diferenciadas para os agentes de viagens.

Também estamos entusiasmados em conversar com o turista potencial ao nordeste. As ações de mídia online e offline, além das ações de marketing digital que a CTI irá iniciar irão formar uma plataforma guarda-chuva para ações contínuas de marketing do nordeste.

Eventos: e a banda passando

A Copa do Mundo foi aqui. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 serão aqui em 430 dias (nossa!!!). O Brasil já atingiu seu máximo no ranking da ICCA. Minha pergunta: para onde vai o setor de eventos de nosso país? Qual a estratégia para o setor de eventos associativos, eventos esportivos e outros tipos de eventos para um país que fez tantos investimentos em infra-estrutura turística e em equipamentos para receber todos os tipos de eventos ?

Não vejo nenhum debate sobre a visão que temos do setor para daqui a dez anos, quais os próximos passos a seguir ? Como inovar e avançar no processo de captação de eventos ? Como podemos expandir políticas para os eventos esportivos? Por acaso estamos estudando o que fez a Inglaterra ou o Canadá para aprender com outras experiências? Ou também vamos jogar fora essa oportunidade?

O Brasil não teve estratégia de imagem para a Copa do Mundo, não tem para os Jogos Olímpicos, não sabemos quais as mensagens queremos passar para o Mundo. As pesquisa de imagem com os estrangeiros mostram EXATAMENTE a mesma coisa há 10 anos. E o setor de eventos, também vai ser espectador nesse cenário? Parece que estamos sentados na arquibancada vendo a banda passar, e que não temos nada a ver com o que está acontecendo.

Turismo Week Nordeste

Em parceria com a Braztoa, a CTI Nordeste lançou uma promoção inédita para atrair brasileiros para a região nordeste do Brasil. Por que isso é inédito e importante ?

1. Reúne os estados do nordeste em torno de um projeto conjunto para promoção nacional em torno da identidade regional e com destaque para produtos e roteiros diferenciados em cada destino;

2. Vai permitir aos estados apresentarem novos produtos e agregar valor aos pacotes ou roteiros já existentes, ampliando a base de sua oferta e fazendo uma promoção de imagem mais diversificada;

3. Será uma ação que envolverá os destinos e seus parceiros privados, os operadores, os agentes de viagens e o consumidor final; usando publicidade e ações de marketing digital como suporte de vendas com apoio do site do programa;

4. É uma nova experiência de promoção para o nordeste e para a Braztoa nas edições anteriores, usando novas ferramentas e tratando a região que é mais procurada pelos brasileiros uma opção real de viagens no segundo semestre de 2015; e

5. Aproveita o cenário cambial e vence as dificuldades iniciais das novas gestões estaduais, acreditando que em momentos difíceis, as lideranças podem e conseguem gerar oportunidades e negócios.

OMT e o turismo mundial

A OMT acaba de divulgar o Barômetro de Abril/2015 com dados revisados e consolidados sobre o turismo mundial em 2014.

Gastos dos turistas que viajaram o mundo cresceram 3,7% em relação a 2013; já as chegadas cresceram 4,4%, chegando a 1,135 milhão de pessoas. Os dados mostram a importância do turismo para a economia mundial, afirmando que 6% das exportações de produtos e serviços são do setor.

China, EUA e Espanha são os países que mais ganham com o turismo internacional; e o Reino Unido subiu duas posições no ranking pelos efeitos dos Jogos Olímpicos de 2012. Já os emergentes apresentam comportamento bastante atípico em relação ao que vinha ocorrendo nos últimos anos. A China segue sendo aquele que mais gasta, aumentando em 28% de 2013 para 2014 seu volume; a Rússia apresentou uma diminuição de 6% em seus gastos e o Brasil cresceu somente 2%.

A América do Sul, no cenário mundial, tem 2,5% do volume de visitantes que circulam pelo planeta, com um crescimento de 5,2% em 2014 sobretudo pela realização da Copa do Mundo FIFA que trouxe muitos estrangeiros ao Brasil; já os gastos dos estrangeiros que vieram ao nosso continente cresceram 6%, chegando a quase 26 bilhões de dólares. Desse valor, o Brasil recebeu US$ 7 bilhões com os gastos dos estrangeiros, um aumento de 3% em relação a 2013.

Mais do que química e automóveis

          A indústria de viagens e turismo representou em 2014 3,1% do PIB mundial, um impacto econômico sobre a economia global que é maior do que a da  industria química (2,1%) ou da automobilística (1,2%), explicou o WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo) em relatório divulgado hoje (05/06/15). Se forem levados em consideração os impactos diretos e indiretos, o estudo realizado pela Oxford Economics indica que o setor gera 9,8% da produção econômica mundial. Nesse caso, o impacto econômico total do turismo é ainda superior ao da indústria química (8,6%), da agricultura (8,5%), da educação (8,4%) ou dos bancos (5,9%).

         No caso do Brasil, em 2014, os gastos dos estrangeiros representaram uma parte substancial do share das exportações, 3%, parte considerável na composição do comercio internacional para nosso país. Se forem considerados os impactos indiretos dos gastos dos estrangeiros em outras áreas da economia como construção, engenharia, bancos, serviços de treinamento, serviços de informação, comunicações, serviços profissionais e outras atividades, o turismo no Brasil contribuiu com 18% do share do setor de serviços.