Sobre a aviação na AMérica Latina

No coração da América Latina, a aviação está se reinventando para encarar os desafios contemporâneos e moldar um futuro promissor. A Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) está à frente dessa transformação, catalisando inovações e sustentabilidade em um setor vital para o desenvolvimento econômico e a integração regional.

Os dados da ALTA revelam uma jornada de resiliência e adaptação. Em 2023, a aviação latino-americana começou a recuperar as altitudes pré-pandemia, com um aumento significativo no número de passageiros transportados. Este crescimento não apenas simboliza a recuperação do setor, mas também reflete a importância da aviação como um pilar para o turismo e a economia na região.

Contudo, o caminho para a sustentabilidade é talvez o mais desafiador e necessário. A indústria aérea está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono até 2050, investindo em tecnologias limpas e combustíveis sustentáveis. A ALTA desempenha um papel crucial nesse aspecto, apoiando iniciativas que visam reduzir a pegada ambiental do transporte aéreo, sem comprometer sua eficácia e acessibilidade.

A América Latina, com suas vastas distâncias e topografia diversificada, depende fortemente da aviação para conectar suas comunidades e fomentar o comércio. A ALTA está consciente de que o futuro da aviação na região está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento sustentável, promovendo políticas e práticas que asseguram a prosperidade econômica aliada à responsabilidade ambiental.

Este momento é de oportunidade para repensar a aviação na América Latina. Pensar além do Brasil, pensar no Continente. Encarando desafios como os altos custos de combustível e a necessidade de maior segurança jurídica, a região está no limiar de uma nova era para o transporte aéreo. Uma era que, segundo a visão da ALTA, será marcada por inovação, eficiência e, acima de tudo, sustentabilidade. O setor está decolando em direção a um futuro onde o céu é apenas o começo de suas possibilidades infinitas.

Ouça nosso podcast HUB TURISMO com José Ricardo Botelho, CEO da ALTA

Retrospectiva 23: Aviação

Nossa série sobre análises do ano de 2023 terá alguns convidados. A ideia é compartilhar as principais conclusões e desafios que marcam o “fim da pandemia”. E 2024?

Nesse papo com Jurema Monteiro, Presidente da ABEAR falamos sobre muitos temas. Está imperdível:

  1. Cenário global da aviação nesse ano de 2023 e as principais diferenças entre os mercados de aviação domésticos e internacionais
  2. O Brasil acompanha esse cenário de recuperação? 
  3. Alta de preços. Como a indústria de viagens pode lidar com essa conjuntura para estimular as viagens domésticas?
  4. Como a sustentabilidade está influenciando as operações das companhias aéreas brasileiras? Há algum avanço significativo em tecnologias mais limpas ou eficientes que você gostaria de destacar?

Acesse e assine nosso podcast HUB TURISMO em sua plataforma preferida. Aqui no SPOTIFY também.

Chegadas internacionais FUTURAS ao brasil

Temos acompanhado semanalmente a recuperação das chegadas internacionais aéreas ao Brasil. Segue me chamando a atenção a diferença da recuperação das chegadas da Europa em relação à América do Sul. Mesmo com um volume maior, os tradicionais países emissores de turistas ao Brasil, ou mesmo de destino dos brasileiros, seguem com retorno lento dos voos.

Os dados que a ForwardKeys disponibiliza para nossas análises demonstram que somente Portugal já retornou ao patamar de chegadas pré-crise em 2019. Com um share de 4,5% das chegadas futuras ao Brasil entre 18 de abril e 29 de maio, Portugal tem 15,6% de chegadas ao Brasil em relação ao mesmo período de 2019.

A Argentina, que já concentrou a grande maioria das chegadas de estrangeiros ao Brasil, está hoje com 21,7% das chegadas futuras entre 18 de abril e 29 de maio desse ano em relação ao níveis pré-crise. Alguns fatores que podem influenciar esse cenário são a tardia abertura das fronteiras durante a pandemia e a atual baixa oferta de voos entre os países. Os custos de operação das empresas aéreas, a entrega de aeronaves e a situação econômica de muitos países devem também impactar no cenário lento de recuperação. Dados apresentados pela ABEAR mostram que, o mercado internacional, “a demanda por voos (RPK) registrou retração de 47% em fevereiro, diante de igual período de 2019. A oferta (ASK), teve queda de 41,8% na mesma comparação. Assim, o aproveitamento das aeronaves mostrou redução de 7,1 pontos percentuais, para 72,2%. Ao todo, foram transportados 919,4 mil passageiros, um recuo de 54,3%”.

Dados recentes da IATA, mostram que no mês de fevereiro de 2022 (1) o tráfego internacional de passageiros (RPK Revenue pax.km – passageiros pagantes transportados vezes quilômetros) está -45,5% na comparação com o mesmo mês de 2019, o que mostra uma longa recuperação pela frente. Os mercados domésticos seguem sendo os grandes ativos na reconstrução do turismo mundial. É o que ocorre no Brasil, que tem 1,9% de share doméstico mundial. Segundo nota da ABEAR, “a demanda por voos domésticos em fevereiro, medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK), registrou queda de 17% em relação ao mesmo mês de 2019. A oferta, calculada em assentos-quilômetro oferecidos (ASK), teve redução de 14,3% na mesma comparação. Com isso, a taxa média de ocupação dos aviões ficou em 79,9%, um recuo de 2,5 pontos percentuais. No total, foram transportados 5,6 milhões de passageiros, retração de 24,8%. As informações são da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”(2).

(1) IATA

(2) ABEAR