Grã-Bretanha em foco com nova campanha

A aguardada campanha da Grã Bretanha de promoção do destino foi lançada neste mês de fevereiro e tem promessas de dar bons frutos. A VisitBritain, em parceria com grandes marcas como Expedia e British Airways (uma das razões para tanta especulação do setor), iniciou a campanha com o tema “I travel for” e aplicando-o aos diversos nichos e atividades de interesse (cultura, aventura, diversão, descobertas etc.).

A ideia, de concepção relativamente simples, visa encorajar viajantes a descobrir o destino, apresentando ao turista o leque das opções de viagem de acordo com a experiência almejada. Além de facilitar a busca, concentra a viagem na vivência, que é uma forte tendência do Turismo de hoje.

A ação promete fortalecer ainda mais o turismo no Reino Unido lançando vídeos de storytelling que trazem ao turista não só os pontos turísticos mais populares, mas possibilidades de experiências e lugares ainda pouco conhecidos do destino.

A ação será impulsionada pelas redes Facebook e Instagram.

Veja o vídeo de abertura abaixo:

 

Leia também: A “instagramabilidade”do Turismo e Como o smartphone transforma o Turismo?

 

 

Receita do turismo é a maior do semestre

De acordo com os dados fornecidos pelo Banco Central a respeito das despesas e receita do turismo no mês de novembro, os visitantes injetaram aqui a maior cifra do semestre. A receita cambial foi de US$ 485 milhões no mês passado, 2,62% maior do que no mesmo mês em 2016.

Foi o melhor desempenho do semestre e foi o segundo mês consecutivo que superou o valor da receita no mês referente em 2016. Em outubro, o crescimento foi de 6,69%, um dos maiores do ano.

No entanto, no acumulado do ano,o gasto dos turistas internacionais alcançou US$ 5,3 bilhões, o que corresponde a um percentual de 4,75% inferior ao mesmo período de 2016.

Gastos dos brasileiros

Enquanto a receita cambial apresenta um crescimento pequeno, a despesa acumulou alta de 32,51% em novembro, com os brasileiros gastando no exterior US$ 1,59 bilhão. No acumulado do ano, a despesa cambial chega a US$ 17,38 bilhões, 32,6% maior em relação a 2016, segundo os dados do BC.

Atualmente, o déficit da balança comercial do turismo é de US$12 bilhões, o que representa a diferença entre o gasto do brasileiro fora do país e o valor injetado pelos estrangeiros na economia brasileira. É preciso ainda percorrer muito chão para deixar a balança da economia do nosso Turismo um pouco mais equilibrada…

Nos dados do BC de janeiro, teremos um balanço de todo o ano de 2017. Seguimos acompanhando.

5 tendências para o turismo de luxo em 2018

No turismo, a esfera responsável pelas viagens de turistas mais sofisticados e destinos opulentos foi uma das que menos sofreu impactos com o momento econômico fragilizado do país. Em uma pesquisa realizada pela Virtuoso (rede de agências focada em oferecer viagens à classe A, líder no ramo) com consultores do Brasil, foi observado que 21% dos entrevistados afirmaram terem vendido mais em 2017 do que em 2016.

No segmento de luxo, mapas, horários de check-in e check-out e espera por conexão não importam e quase tudo é resolvido pela agência. Com um público alvo exigente e cada vez mais focado na experiência da viagem (tendência crescente em todos os tipos de turistas), a Virtuoso elaborou um relatório onde lista as 5 principais tendências para o segmento em 2018:

O frio é quente: os viajantes de luxo têm concentrado suas viagens em climas mais frios. A Islândia, por exemplo, é um destino que tem ganho popularidade e coloca em ata diversos destinos do segmento. Acompanhando a tendência estão também as redes de cruzeiros, que buscam incluir o Alasca em seus roteiros. Para os viajantes mais aventureiros, destinos como Antártica e Ártico podem ser a melhor aposta.

Explorando novos destinos: uma forte tendência para o próximo ano, pode ser o principal motivador de viagens de luxo em 2018. Assim como os novos destinos, atividades inesperadas como nadar com vida marinha, voar de balão e passear de helicóptero provavelmente serão também um forte atrativo para essa classe de turistas.

Conectando-se com a família através da viagem: abrindo a lista de tendências desde 2010, a viagem multigeracional (quando membros da mesma família, de diferentes gerações, embarcam juntos) estabeleceu-se firmemente como um nicho de viagem. Em seguida, há viagens com familiares imediatos, também uma tendência consistente que será realizada em 2018. Seja alugando uma vila européia para uma festa com entes queridos, cruzando as Ilhas Galápagos ou fazendo mergulhos na Grande Barreira de Corais, viagens familiares seguirão em alta no turismo de luxo.

Experimente a África: da África do Sul, será o principal destino de aventura de 2018 no segmento. De acordo com o relatório da Virtuoso, safaris continuarão sendo parte integrante da experiência africana, em particular com a preservação da vida selvagem, uma prioridade para os viajantes sensivelmente experientes.

Viajante em vez de turista: tendência global, as experiências imersas não encontradas em um guia ou folheto, oportunidades para conhecer os locais, bairros errantes e fazer descobertas espontâneas tornaram-se as melhores maneiras de experimentar um destino e serão uma busca também para os turistas mais sofisticados. Seja em degustação de vinhos, apreciação da culinária local ou aprendizado de artesanato tradicional ou de um novo idioma, os viajantes de luxo também procurarão a verdadeira cultura da área que visitam em 2018.

Desejos genuínos: tendência que já tem sido um motor para os viajantes de hoje. Atividades incomuns e solicitações extravagantes podem ser analisadas e atendidas no segmento de luxo. Viajantes estão pedindo para pastorear gado na Austrália, para hospedar uma festa em uma cápsula privada a bordo do London Eye. Há também a procura por acomodações raras e incomuns, como iglus na Noruega, castelos privados e dormir sob estrelas no deserto. São ideias inusitadas que podem se concretizar serão presentes em 2018 para o segmento.

Além dos 5 pontos principais, as viagens internacionais seguem sendo um foco no turismo de luxo. O interesse em viagens internacionais mais curtas, com duração de menos de uma semana, também deverá aumentar, segundo as previsões da Virtuoso. Os principais destinos globais incluem Itália, Islândia, África do Sul, França, Austrália e Nova Zelândia.

Seguimos acompanhando o Turismo de perto e as tendências para 2018.

Turismo internacional caminha para ano recorde

A demanda do Turismo tem permanecido forte ao longo de 2017, que provavelmente será um ano de recorde no turismo internacional, é o que prevê a UNWTO (OMT) com a mais recente edição do Word Tourism Barometer, o barômetro do Turismo.

Entre janeiro e agosto deste ano, destinos do mundo inteiro receberam 901 milhões de chegadas de turistas internacionais, 56 milhões a mais do que no mesmo período em 2016. A alta corresponde a um aumento de 7%, porcentagem bem maior do que a obtida em anos anteriores.

Os números dos primeiros oito meses de 2017 nos deixa otimistas em relação ao crescimento do setor no restante do ano que, segundo a OMT, deverá ser o oitavo ano consecutivo de crescimento contínuo e sólido para o turismo internacional.

O forte desempenho é confirmado pelos especialistas do mundo inteiro consultados pela Organização para firmar o Índice de Confiança, que também possui perspectivas positivas para os últimos meses do ano.

As chegadas de turistas internacionais no meses de julho e agosto, temporada de verão no hemisfério norte, totalizaram mais de 300 milhões pela primeira vez, de acordo com o relatório. Além disso, muitos destinos registraram crescimento de dois dígitos, principalmente no Mediterrâneo.

Brasil

O relatório destaca a participação do Brasil como um dos países que apresentou forte recuperação de demanda de saída com aumento de 35% nas despesas de turismo em terras internacionais.

América do Sul

De acordo com o Barômetro, a América do Sul obteve crescimento de 7%, com o Uruguay liderando a lista: o país apresentou o notável aumento de 24% nas chegadas internacionais até o mês de setembro, impulsionado pela demanda de turistas argentinos e brasileiros. A Colombia vem em seguida, com aumento de 22%. A OMT comunicou que não há dados a respeito das chegadas internacionais no Brasil para o período necessário a constar o barômetro.

Ano do Turismo Sustentável

A ONU proclamou o ano de 2017 como sendo o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, atraindo o tema para as discussões e definições de estratégias do setor, com objetivo de firmar o gerenciamento do Turismo responsável e sustentável durante os próximos anos.

O Barómetro Mundial de Turismo da OMT é uma publicação regular que visa monitorar a evolução do setor. Contém três elementos permanentes: uma visão geral dos dados turísticos de curto prazo dos países de destino e do transporte aéreo, avaliação retrospectiva e prospectiva do desempenho do turismo por especialistas de todo o mundo e dados econômicos. Seguimos acompanhando.

O efeito “Trump slump”


Enquanto mais pessoas estão viajando no mundo todo (de acordo com a UNWTO), cada vez menos turistas estão escolhendo os Estados Unidos como destino. É o que informam os dados da U.S. Travel Association (Associação de Viagens dos EUA): as chegadas de turistas internacionais caíram abruptamente na terra do Tio Sam desde o começo de 2017.

No primeiro trimestre desse ano, a associação informou o número de 7,3 milhões de chegadas de visitantes internacionais (excluindo Canadá e México), ou seja, uma queda de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O decréscimo foi notado em quatro dos primeiros sete meses do ano, mas foi mais percebido nos meses de fevereiro e março, que apresentaram queda de 6,8% e 8,2%, respectivamente.

A queda de desembarques internacionais nos EUA alimenta o receio de que a política vigente esteja afastando os turistas, sendo um dos efeitos “Trump slump”. Principalmente porque as quedas foram mais observadas nos meses seguidos à posse do presidente norte-americano.

A queda mais acentuada veio dos turistas do Oriente Médio; a já esperada diminuição é resultado da chamada “proibição muçulmana”, norma da administração Trump que afeta viajantes do Iraque, Irã, Síria, Iêmen, Sudão, Líbia e Somália e entrou em vigor ainda em janeiro, logo após Trump assumir a presidência.

Os países do Oriente Médio estão longe de ser os principais emissores de turistas para os EUA, mas ainda assim, prevê-se que o país americano irá perder, até o final do ano, a receita de mais de $350 milhões de dólares de turistas de países muçulmanos.

Ainda, as visitas aos EUA dos viajantes mexicanos  (cujo país de origem é o principal alvo do sistema anti-imigratório da atual Casa Branca) diminuíram também este ano, apresentando queda de 7% no primeiro semestre.

Além disso, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) também acredita (declaradamente!) que as políticas do presidente estão tendo um efeito resfriador no turismo vinculado aos EUA,  não apenas por parte dos países afetados pela proibição muçulmana, mas também de outras partes do mundo.

De acordo com UNWTO, foi registrado no Barômetro do Turismo de 2017 uma alta de 4% no número total de desembarques internacionais nos Estados Unidos. Mesmo assim, as organizações do Turismo americano preveem uma leve queda no fechamento deste ano.

Força do dólar

Em contrapartida, subjacente ao declínio no turismo vinculado aos EUA, tem sido o dólar forte, o que torna os EUA mais caro para os estrangeiros visitarem. A queda dos visitantes nos EUA pode ser produto da combinação do reflexo da política Trump com a força da moeda americana.

Brasileiros nos EUA

Em 2016, os Estados Unidos receberam 1,69 milhão de turistas brasileiros. O número é o menor desde 2011 e 24% abaixo do que o registrado em 2016, mas ainda assim expressa 2,2% do total de turistas no país durante o ano passado.

Para 2017, a previsão é de que esse número caia ainda mais: a Associação de Viagens dos EUA prevê uma queda de 23% na chegada de visitantes brasileiros. Entretanto, como não é tão difícil observar, é provável que esta queda seja consequência não da política Trump, mas resultado de nossas próprias políticas.

Seguimos acompanhando.

Turismo internacional tem maior crescimento em 7 anos

Ontem, a Organização Mundial do Turismo (OMT – UNWTO) divulgou a edição de agosto de 2017 do Barômetro Mundial de Turismo, uma análise global do setor no período de janeiro até junho de 2017.

Mundialmente, o Turismo internacional teve o seu primeiro semestre mais forte desde o ano de 2010, de acordo com relatório: destinos de todo o mundo receberam 598 milhões de turistas nesses primeiros seis meses de 2017  (cerca de 36 milhões de mais do que no mesmo período de 2016, resultando um crescimento de 6%, superando a tendência dos últimos anos -cuja alta foi de 4% em 2010).

Sobre o Brasil

Ainda segundo o World Tourism Barometer, a metade de 2017 foi de recuperação para o Brasil, já que, de acordo com dados do relatório, o nosso país teve “uma forte recuperação em demanda” nesse primeiro semestre de 2017.

Outro destaque para o Brasil são as despesas dos turistas brasileiros no exterior, que cresceram 35%, após alguns anos de declínio. Possivelmente, temos esse crescimento como um reflexo da estabilidade do câmbio e baixa do dólar (que esteve pela casa dos R$ 3,06 em março deste ano), tornando os gastos no exterior mais atrativos e estimulando as viagens para fora do país.

América do Sul

Dentre as Américas, a América do Sul foi a que apresentou o maior resultado positivo, de acordo com a OMT. Em desembarques internacionais, o aumento foi de 6%, quando comparado ao primeiro semestre do ano passado

Com crescimento de dois dígitos nos números de chegadas internacionais temos o Uruguai (+ 27%), Colômbia, (+ 20%), Chile (+ 17%) e o Paraguai (+ 12%). A OMT informou que não há informações ainda sobre desembarques internacionais do Brasil e da Argentina no período de janeiro a junho de 2017.

A primeira metade do ano geralmente representa cerca de 46% das chegadas internacionais anuais totais, tendo o segundo semestre três dias a mais e incluindo a alta temporada do Hemisfério Norte meses de julho e agosto.

Em uma análise primária, é possível afirmar que o Brasil tem mostrado um crescimento saudável e um Turismo resiliente, dados os períodos de instabilidade que o setor tem atravessado. Ainda há muitos desafios a serem superados e metas a serem alcançadas, mas, globalmente falando, nosso Turismo tem caminhado relativamente bem no primeiro semestre de 2017.

Seguimos acompanhando de perto.