WEF: BRASIL É 110 NO RANKING DE SEGURANÇA GLOBAL DO TURISMO

O Fórum Econômico Mundial (WEF) apresenta desde 22007 o Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo (TTDI). O TTDI mede e avalia uma série de fatores e políticas que promovem o desenvolvimento sustentável e resiliente do setor de Viagens e Turismo (T&T), essencial para o crescimento econômico dos países.

Recentemente foi lançado o Relatório de 2024 com muitos dados e análises essenciais para nosso setor de turismo. A importância desse documento está em sua utilização e nos impactos que pode ter em decisões de investimentos públicos e privados, e, essencialmente, no futuro do setor. 

O TTDI tem como objetivos facilitar a comparação entre países, destacando o progresso em áreas-chave do desenvolvimento do turismo; orientar políticas e decisões de investimento; fornecer insights sobre as forças e áreas que necessitam de melhorias em cada país; oferecer uma visão abrangente da economia do turismo, incluindo facilitadores internos e externos e suas interdependências; e, servir como uma plataforma para o diálogo entre diversas partes interessadas, facilitando a formulação de políticas e ações em diferentes níveis.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES PARA O BRASIL

Estamos em 26º. lugar no ranking global de 119 países, que resume a média de todos os pilares analisados, veja a lista abaixo:

Índice de Desenvolvimento do Setor de Viagens e Turismo 2024 – ranking geral

Nossas principais fortalezas e fraquezas

Existem muitos indicadores que são analisados, vamos destacar aqui os 5 principais fatores positivos e negativos (pontos a melhorar) analisados no relatório.

Performance do Brasil em 2024

Vamos ver nossa posição em cada Pilar no ranking global. Nesse item o que se destaca do Brasil são os recursos da atividade turística. São 4 eixos que podemos destacar como muito positivos no cenário mundial. Os recursos naturais (5ª. posição), os impactos socioeconômicos do turismo (9ª. posição), os recursos culturais (11ª. posição), e as atividades que não são de lazer.

Já os aspectos negativos são em maior número e mais impactantes. Nossa pior posição é no item segurança (110ª.), seguido da estrutura terrestre e portuária (98ª.) junto com o ambiente de negócios(98ª). Seguem depois os seguintes aspectos: priorização do turismo nas políticas públicas (79ª.), saúde e higiene (75ª), recursos humanos e força de trabalho (72ª.) junto com serviços e infraestrutura turística (72ª.); por fim o tema de preparação do ambiente de tecnologia da informação, que estamos em 63. posição.

Seguiremos nas análises em post adiante. O que você pode ajudar a analisar?

APÊNDICE:

A captura as condições gerais necessárias para operar e investir em um país e consiste em cinco pilares:

– Ambiente de Negócios: Este pilar capta a extensão em que o ambiente político de um país é propício para as empresas realizarem negócios e investirem.

– Segurança: Este pilar mede a extensão em que um país expõe locais, turistas e empresas a riscos de segurança.

– Saúde e Higiene: Este pilar mede a infraestrutura de saúde, acessibilidade e segurança sanitária.

– Recursos Humanos e Mercado de Trabalho: Este pilar mede a disponibilidade de funcionários qualificados e o dinamismo, resiliência e igualdade do mercado de trabalho, bem como o nível de proteção dos trabalhadores. Ele consiste nos subpilares Qualificação da Força de Trabalho, Dinâmica do Mercado de Trabalho e Resiliência e Igualdade do Mercado de Trabalho.

– Situação da Tecnologia: Este pilar mede a disponibilidade e uso da infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação e serviços digitais.

3 COISAS QUE SEU CHEFE ESPERA QUE VOCÊ SAIBA SOBRE O CENÁRIO DO turismo hoje

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Cenário histórico e sem precedentes coloca 100% dos destinos turísticos mundiais com restrições de viagens. 217 países adotaram medidas de restrições de viagens, dentre estes, 45% têm suas fronteiras total ou parcialmente fechadas (aonde o Brasil se inclui) e 30% têm cancelamento total ou parcial de voos. Esse é o cenário atual, 20 de abril, da crise da convid-19 para o turismo segundo a Organização Mundial do Turismo – OMT.

Tendo como perspectiva de que o pico médio mundial da pandemia vai ocorrer em maio e talvez se prolongar até junho, ainda vivemos uma conjuntura incerta com várias hipóteses de qual será o desenrolar da crise atual. Já presenciamos alguns países se programando para voltar às atividades de turismo e organizações do setor preparando planos de retomada. São mais perguntas do que respostas o que emos agora, e enquanto isso busco por alguns horizontes que podem ser explorados e passar por uma reflexão inicial:

  1. As medidas de abertura e fechamento de fronteiras e retorno de voos deverá ocorrer de forma diferente nos diferentes países, e em etapas progressivas, de acordo com o cenário de contaminação e isolamento social que cada um estiver vivendo. As viagens domésticas, principalmente regionais, devem começar a retomada assim que houver controle da pandemia e as pessoas recuperarem a confiança nos deslocamentos. A volta ao patamar de 2019, no entanto, ainda deve demorar alguns anos;
  2. A convivência diária dentro de casa com novas tecnologias pode trazer o consumidor para um cenário cada vez mais on-line, inclusive de pessoas de mais idade que tinham insegurança no comércio eletrônico podem se tornar futuros consumidores mais conectados. As pessoas irão fazer mais pesquisas depois da pandemia do que costumavam fazer antes, segundo o TripAdvisor. O uso de tecnologias deve ser mais intensivo no turismo, mas acredito muito na necessidade do contato humano, de que as pessoas vão exigir respostas rápidas e eficazes para suas demandas; e ao mesmo tempo vão desejar interagir com humanos além de robôs. Como será essa convivência do on-line com o off-line?;
  3. O impacto sobre a indústria de turismo deve ocorrer sobre a demanda e também sobre a oferta de forma drástica. Para a demanda, poderemos ter distintos comportamentos de acordo com a confiança que cada cliente terá no retorno às atividades, que deve começar pelas viagens a negócios e depois a lazer. Certamente as mudanças no comportamento do consumidor serão importantes e teremos que acompanhar diariamente para entender como satisfazer suas necessidades nas viagens. Do ponto de vista da oferta, infelizmente algumas empresas não irão sobreviver, destinos serão impactados de várias formas, e a oferta de produtos e serviços provavelmente estará focada, no primeiro momento, em trazer segurança e limpeza aos viajantes. Países e empresas já adotam protocolos e selos CLEAN & SAFE (limpo e seguro), garantindo que os viajantes terão segurança sanitária em suas viagens.

Você gostaria de compartilhar conosco seus comentários e ideias sobre o atual cenário do turismo ? Deixe sua opinião aqui.

PRIMEIRO PASSO: RESTAURAR A CONFIANÇA

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Diariamente tenho lido muito conteúdo sobre o que está ocorrendo no mundo do turismo durante a pandemia, desde ações e exemplos interessantes de iniciativas imediatas, até planos para a retomada depois do fim da pandemia. Tenho percebido que talvez não exista uma data em que todos ficaremos aliviados e possamos dizer: bom, de hoje em diante a vida chegou ao novo normal. Isso pode gerar certa ansiedade, mas sinto que, se a retomada for gradativa como já imaginamos, com fases distintas e de forma específica em cada destino, região e país, devemos nos preparar uma longa fase de adaptação e período incertezas. Imagino que a cada etapa novas informações, insights e ações farão parte de um cotidiano bastante impreciso.

Certamente isso não é motivo para achar que não podemos ser otimistas, pelo contrário, há que enfrentar a realidade tal qual ela se apresenta e enfrentar os desafios de forma destemida e agradecendo pelo novo que se impõe. São muitas variáveis que não estão em nosso poder de ação direta, e mesmo assim somos os mestres de nosso destino, seguramos a cada dia o que for possível e no dia seguinte insistimos em segurar novamente as mudanças e enfrentar cada adversidade. Para nosso negócio, o turismo, entendo que a restauração da CONFIANÇA será o ingrediente mais importante, e ela ocorrerá de diferentes formas. Estudos já mostram que as pessoas vão optar por viajar por perto, dentro de seu país, e secundariamente dentro de seu continente. Conta aqui a confiança em nossa marca, em como estamos agindo agora e como seguiremos na percepção do cliente depois que ele decidir voltar a usar nossos serviços.

Nenhum exercício de adivinhação ou futurologia adianta agora. Minha perspectiva é ler muito, ouvir muito, aprender com a experiência de outras empresas e outras países, e entender nossa realidade para poder me ADAPTAR ao que vem pela frente. Usar toda a capacidade de análise baseada em alguma experiência já existente para somar aos conhecimentos e experiências de outros colegas no pensar e agir de forma conjunta.

Minha sugestão? Que o setor de turismo trabalhe a restauração da confiança mas viagens diante nos novos cenários, primeiro vem a confiança em viajar, que diz respeito a todos da indústria de viagens e turismo. Estamos todos dependendo disso para que cada um cuide de seu negócio e busque seus clientes. A volta da confiança ainda depende da evolução da pandemia em cada lugar e, num segundo momento, de como nossa indústria irá enfrentar novas demandas por medidas de segurança sanitária que deixarão as pessoas tranquilas e prontas para aproveitar suas viagens. Acredito muito numa ação conjunta de empresários e governos para preparar uma comunicação eficiente no sentido de esclarecer as pessoas sobre a confiança em visitar nossos destinos. Destacando: primeiro virá a necessidade de passar tranquilidade às pessoas de que elas podem viajar, e aí cada empresa e serviço entrará em ação para mostrar seus diferenciais e as vantagens de suas marcas. No momento correto, a marca de nossa indústria deverá trazer o valor de CONFIANÇA de volta, todos juntos vamos precisar garantir o direito e o desejo de viajar.