E os desafios de competitividade e arranjos de mercado sofrem mesmo grandes transformações na indústria de viagens e turismo pelo mundo. Concorrência desleal ou opções ao cliente que deseja novas experiências e hospedagem sob medida? O caso do Airbnb vem causando muito debate na Europa aonde as cidades estão buscando soluções para que os aluguéis realizados por meio da plataforma também paguem taxas municipais.
É o caso de Lisboa, aonde a Câmara de Vereadores vem discutindo com a empresa a cobrança de uma taxa de 1 euro para os aluguéis do Airbnd. Segundo o jornal ‘O Público” de Portugal, as cidades de Paris e Amsterdã já cobram taxas e o tema tem sido bem recebido por todas as partes envolvidas.
Um apartamento em Paris por determinado período, reservado no Airbnb pode custar, por exemplo, R$ 744,00; desse valor, o aluguel é de R$ 633,00 e existem duas taxas, a de Serviços da plataforma (R$ 78,00) e uma outra chamada de Imposto de Turismo, que nesse caso seria de R$ 33,00. Resolvido.
Uma busca rápida para a semana que vem no Rio de Janeiro de hospedagem para 4 pessoas me mostra mais de 300 opções com média de diária de R$ 639,00. No caso de São Paulo a média no período é de R$ 592,00, de Salvador é de R$ 466,00 e Recife R$ 366,00 (período de busca de 16 a 24 de abril de 2016).
Um ótimo debate para o setor de turismo, arrecadar a taxa e utilizar os Fundos de Turismo para recebê-la, revertendo para a promoção do destino.