Ao longo dos anos temos acompanhado as mudanças da indústria do Turismo e o seu desenvolvimento. São inúmeras as motivações para as mudanças do setor: economia, política, comportamental etc. Mas uma coisa não muda: viajar permanece sendo uma das principais fontes de lazer para o mundo todo. Ainda bem!
Nessa chegada de ano, trago 7 tendências importantes que irão mover o Turismo em 2017. Acompanhe:
Destinos locais: Em 2017, a regionalidade estará em alta. Consequentemente, a busca por viagens a lugares próximos. No Brasil será ainda mais perceptível: como resultado da instabilidade econômica dos últimos tempos, o turista brasileiro está buscando destinos mais próximos para passar as férias.
Compartilhamento: A ideia se popularizou graças a ferramentas como Airbnb e Uber, que trouxeram em 2016 uma nova forma de serviço de hospedagem e transporte. Em 2017 o conceito estará ainda mais forte, podendo surgir outras novas formas de compartilhamento para viajantes. Virou parte indissociável desta nova etapa do Turismo. Não só por serem uma opção às vezes mais barata, mas também por promoverem a experiência do turista no destino em que visita.
Busca pela experiência: uma das grandes engrenagens das novas tendências para este ano. É o impulso de diversas mudanças na forma de viajar e consiste na vivência do destino e não só na visita. O turista quer experimentar o lugar em que está e não apenas tirar fotos e ir embora. Esta tendência atua em praticamente toda a indústria, fazendo referência aos diversos aspectos da viagem: cultura, o meio de transporte, a hospedagem, a gastronomia e comportamento.
Turismo de descoberta: Outro viés da experimentação do destino. O turismo de descoberta pega o gancho na vontade do turista de viver a cultura e se une à autenticidade da experiência. Nesse ponto, lugares que surgiram recentemente como opção de turismo possuem mais visibilidade por serem “inéditos” ou pouco explorados. É uma tendência também dos millennials. Pelo caráter de conquista e adrenalina, a tendência é que destinos de aventura também sejam procurados pelos “turistas descobridores”.
Praticidade: Tendência citada no Relatório de Tendências Globais para 2017 da World Travel Market, é “o menos é mais” trazido para o turismo. Presente desde a hospedagem, com a popularização dos pared back hotéis (hospedagens mais espaçosas e com menos movelaria), até a escolha de utensílios na viagem. A funcionalidade é uma prioridade e leva a uma personalização dos serviços, onde o turista recebe o que considera prioritário. Dessa forma, o turista escolhe pelo que quer pagar: Wi-Fi, disponibilidade de alguns eletrônicos, até as roupas de viagem, que já têm a possibilidade de serem alugadas para que o viajante não perca tempo com malas. A personalização está inserida na experiência.
Inovações tecnológicas: Outra tendência apontada pela WTM. Um exemplo, que já está em uso, é a implantação de lojas-conceito com realidade virtual, proporcionando ao turista vivenciar um destino ou um hotel através da recriação da realidade originada pela interface de alta qualidade. Funciona como uma experiência prévia do destino, uma forma de encorajamento a testar antes de comprar o pacote de viagem que, subjetivamente, cativa os turistas e, de forma prática, auxilia na escolha do destino. O uso de inteligência artificial, sobretudo no atendimento, é também um dos destaques da inserção da tecnologia na indústria. O uso de uma interação inteligente promovida pela tecnologia traz uma programação específica para tirar dúvidas, realizar pesquisas e auxiliar na prestação de serviços do turismo para cada turista individualmente.
Bleisure travel: Por fim, temos o crescimento do chamado bleisure travel. A palavra é uma junção business com leisure, ou seja, viagens de trabalho associadas a lazer, e já se tornou um estilo de vida: viajantes que estão a trabalho e aproveitam para passear, acrescentando, muitas vezes um ou dois dias a mais na estadia. É um público que deve ser observado já que, no Brasil, de acordo com dados MTur, o percentual de crescimento de viagens a trabalho foi de 400% de 2005 a 2015. Essa tendência é encotrada também pela abrangência de estudos para promoção de viagens de negócios, que deverá permanecer em movimento no ano de 2017.