Classe executiva da AA

Como é voar na classe executiva da American Airlines no Boeing 777

No fim de janeiro vivi minha primeira experiência na classe executiva da American Airlines, umas das companhias americanas com maior presença no Brasil. A anterior havia sido em 2018, de São Paulo a Dallas, no Boeing 787.

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Desta vez, voei de São Paulo (aeroporto Internacional de Guarulhos) a Miami no Boeing 777. Foi o meu primeiro voo em classe executiva já sem as restrições impostas pela pandemia – a companhia não exige uso de máscara nem limita serviços.

No ano passado, eu havia voado na classe executiva da United, mas ainda com muitas limitações em razão da covid-19. Confira como foi minha experiência.

Veja outras experiências em classe executiva

Emissão

Emiti o trecho com milhas + dinheiro no programa Smiles, da Gol, que é parceira da American Airlines. Foram 30.000 milhas + R$ 3.150. Com as taxas, o total ficou em R$ 3.500.

Emitir na Smiles para voos de parceiros, seja na classe executiva ou na econômica, não é fácil, pois há exigência de muitos “pontos”. Uma executiva pode variar de 180.000 milhas e passar das 350.000 por trecho.

A área principal da Sala VIP da American Airlines no Terminal 3
A área principal da Sala VIP da American Airlines no Terminal 3

Mas a solução de milhas + dinheiro é muito boa no programa. Com poucos “pontos”, dá para viajar de classe executiva gastando bem menos que na econômica. Nem sempre há voos disponíveis mas, se houver insistência – entrar na lista diversas vezes ao dia -, eles acabam aparecendo.

A contrapartida é que meu destino final era Dallas, e há um voo direto da American Airlines para a cidade. Porém, ao emitir na Smiles, eu precisei fazer duas conexões (uma em Miami e outra em Austin). A cidade do Texas estava muito procurada no período, por causa de um evento – o NADA Show.

Não havia opção de comprar o bilhete direto para Dallas com milhas da Smiles. E, para emitir com a companhia, o valor do voo sem conexões na classe econômica era de R$ 6 mil por trecho. Já a “perna” de classe executiva custava R$ 40 mil.

Check-in e Sala VIP da American Airlines

Não consegui fazer check-in online, mas esse não foi um problema da American Airlines. Nos dias posteriores, fiz voos internacionais com outras duas companhias aéreas, e enfrentei a mesma limitação. Ao que tudo indica, havia um problema de documentação causado pela exigência do certificado de vacinação contra covid-19 – o meu está em dia, mas eu precisava apresentá-lo no balcão.

Mas o check-in no aeroporto foi tranquilo, rápido e sem filas. A American Airlines tem uma área exclusiva no Terminal 3 para passageiros de primeira classe, executiva, econômica premium e membros de níveis mais avançados de seu programa de fidelização. Ele é separado dos balcões convencionais.

A companhia tem sua própria Sala VIP no Terminal 3, que estava tranquila, com muitos lugares disponíveis. Em horário próximo a meu voo havia apenas um outro, para o aeroporto JFK, em Nova York.

Há muitas poltronas com estações de carragamento de aparelhos eletrônicos, áreas de descanso, mesas para alimentação, uma sala de TV mais escura e chuveiros para quem quer tomar banho antes de embarcar. O buffet, em duas ilhas, tem muitos frios e petiscos quentes, além de opções como hambúrguer e sopas.

Há muita variedade de bebidas alcóolicas e não alcóolicas: refrigerantes, sucos, vinhos, whisky, gin e outros destilados, além de cervejas. O status dos voos da American Airlines são avisados por meio do alto-falante do lounge.

Embarque

Embarquei na fila preferencial para passageiros de executiva e primeira classe – disponível neste voo para Miami, mas não em todos os da companhia. Mas, ao verificar meu bilhete, a atendente disse para que eu me encaminhasse ao deck de embarque na econômica – no Terminal 3 do aeroporto de Guarulhos, há dois fingers.

O bar da Sala VIP da American Airlines
O bar da Sala VIP da American Airlines

O deck de embarque da classe executiva e da primeira não estava funcionando. Então, acabei enfrentando uma fila no corredor. O problema, no entanto, é mais do aeroporto que da companhia aérea.

Cabine e poltronas da American Airlines

A classe executiva da American Airlines tem a disposição 1-2-1 e é dividida em duas partes da cabine – uma menor, à frente, e outra maior, com pelo menos oito fileiras de quatro poltronas. Como estava viajando sozinha, escolhi uma das poltronas da extremidade, sem ninguém ao meu lado. Aos poucos, a maioria das business class vão aderindo a esse modelo, que garante mais privacidade ao passageiro.

As poltronas reclinam em 180 graus, e viram camas voltadas para a janela – em uma posição conhecida como espinha de peixe. O apoio do pé à frente afunila, o que é um problema para passageiros mais altos, mas não para mim.

Poltrona da American Airlines

Há duas posições pré determinadas: pouso e decolagem e cama. Porém, comandos permitem diversas combinações, como usar o apoio de pé em encosto para transformar o ambiente em uma poltrona de Sala VIP de cinema, para assistir a um filme, por exemplo.

Entretenimento e conectividade

Na cabine há ainda tomada e entradas USB, além de um compartimento para armazenar pequenos objetos. Senti falta de um espelho, oferecido em outras companhias aéreas com as quais já voei. Isso é bem útil para quem quer retocar a maquiagem – evita que a pessoa passe minutos e mais minutos no banheiro e, assim, evita filas. Fica a dica para a American Airlines e outras empresas que ainda não aderiram a essa solução simples.

O tela de entretenimento é sensível ao toque, mas essa função não estava funcionando muito bem na minha. Tive de comandá-la pelo controle remoto, com uma tela na qual dá para ver outra programação, diferente da transmitida na principal.

Assim, enquanto assiste a um filme, o passageiro pode, por exemplo, acompanhar as informações sobre o voo no controle remoto.

Serviço de bordo da American Airlines

Nos últimos dez dias, voei na classe executiva de três companhias aéreas diferentes. A única a oferecer cardápio físico foi a American Airlines. Sobre as demais, conto em próximos posts, mas a experiências com elas me mostraram a importância de oferecer ao passageiro um menu detalhado.

Entrada, salada e prato principal são servidos juntos, o que agiliza o serviço da American Airlines.
Entrada, salada e prato principal são servidos juntos, o que agiliza o serviço da American Airlines. Mas entregar os pratos separadamente, por passos, é mais comum nas classes executivas e aproxima o serviço dos de restaurantes sofisticados

O cardápio estava em inglês e português, mas não havia opção de entrada (camarão grelhado) e salada (de folhas). O passageiro só podia escolher prato principal (quatro alternativas, sendo uma vegana) e sobremesa (duas, além de prato de queijos).

Escolhi um filet mignon que estava um pouco além do ponto, mas saboroso. Para o café da manhã, havia duas opções, e durante a noite o passageiro tem alguns snacks à disposição em uma ilha próxima à cozinha.

Carta de vinhos da American Airlines

O serviço foi rápido e eficiente, com funcionários muito bem treinados. Na seleção de bebidas, além de diversos destilados e drinks preparados pela tripulação, havia uma boa seleção de vinhos, com champagne, brancos e tintos da Califórnia, um tinto francês e opção de sobremesa. A carta de vinhos é detalhada e separada do menu principal.

Chegada

Após o desembarque e rápido processo de imigração em Miami (a fila estava pequena), houve o procedimento de reembarque. Há uma fila preferencial para checagem de segurança nesse aeroporto da Flórida, voltado a passageiros de classes premium e integrantes de programas de fidelização.

Porém, não há grande vantagem. A fila estava imensa. Independentemente da classe de viagem, a checagem de segurança nos Estados Unidos é sempre um processo minucioso, demorado e cansativo para o passageiro. Não há como fugir.

Houve alguns atrasos em meus dois voos seguintes, por causa das condições climáticas em uma semana rigorosa de inverno no sul dos Estados Unidos. Mas cheguei a Dallas sem maiores contratempos. Lá, o início da entrega das malas demorou, mas a minha foi uma das primeiras a chegar.

No geral, achei bem positiva a nova experiência de voar com a American Airlines em classe executiva. A cabine não mudou nada em relação a 2018 (são praticamente idênticas no 777 e no 787). Porém, ainda não há necessidade de upgrade, pois o produto é moderno e oferece conforto ao passageiro.

Os serviços da companhia são eficientes e bem executados, embora não supreendentes como, por exemplo, o de companhias do Oriente Médio e da Ásia. Mas está dentro do padrão ofertado pelas empresas dos Estados Unidos e Europa.

Beale Street

A Rota da Música nos EUA: Memphis é o encontro entre o blues e o rock

Esta é a segunda reportagem sobre a Rota da Música no sul dos Estados Unidos. O roteiro de cerca de 900 quilômetros entre Nashville, Memphis e Nova Orleans é uma imersão no passado e no presente de quatro gêneros musicais que incendiaram o século XX e ditaram os caminhos da arte no XXI: jazz, blues, country e rock and roll. Depois de Nashville, a capital do country, chegou a vez de Memphis, a terra do blues.

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Se Nashville é a capital do Tennessee, Memphis é a maior cidade desse Estado. As duas estão separadas por 300 km de rodovias interestaduais (chamadas nos EUA de interstates) marcadas por uma bela paisagem de montanhas e pedras, em um local também famoso por suas cavernas.

Na primeira reportagem, eu expliquei como percorrer a Rota da Música, a época melhor para visitar a região, as maneiras de voar do Brasil a esses locais e outras informações importantes para quem pretende fazer o roteiro. Aqui, você confere todos os detalhes.

Desta vez, o foco será em Memphis, que eu acreditava ser a capital americana do rock and roll, ou pelo menos a representação desse ritmo na Rota da Música. Não deixa de ser. Mas, ao chegar à cidade eu descobri que, antes de mais nada, é o blues que a domina.

A terra do blues

Você assistiu ao filme “Elvis”, de Baz Luhrman, que foi um dos grandes sucessos do cinema de 2022 e tem indicações aos principais prêmios da temporada? Bem, de Elvis, o Presley, falaremos mais tarde, pois sim, ele tem tudo a ver com Memphis. Mas, agora, o objetivo é explorar uma cena em que o artista se encontra com BB King em um bar de uma rua colorida e movimentada. Aquela é a Beale Street (ou uma representação dela, já que o longa foi gravado na Austrália).

Beale Street Memphis
Beale Street

E a alma da Beale Street é o blues. Foi lá que um dos grandes nomes do ritmo, King, se popularizou. Também na Beale Street Ike Turner fez seu nome, assim como outros artistas que representam esse gênero musical marcado por guitarras e fortes vocais.

A Beale Street, no centro de Memphis, estava em seu auge nos anos 50, mas caiu em decadência na década seguinte. Hoje, revitalizada e mantendo a atmosfera colorida e vibrante de seus anos de ouro, atrai pessoas de todo o mundo em busca dos sets de blues que dominam seus bares.

O mais famoso desses bares atende pelo nome de… BB King. Nem poderia ser outro. Diferentemente da Broadway de Nashville, em que os bares têm entrada gratuita, alguns da Beale cobram entrada, uma espécie de couvert artístico para as bandas que se apresentam.

BB King Bar Memphis
BB King Bar

Um deles é o BB King. O couvert, no entanto, não ultrapassa os US$ 10. Além dos bares, bandas e artistas solos de blues se apresentam na própria rua. Bem próximo à Beale, na Main Street, está o museu Blues Hall of Fame.

O local honra pessoas que fizeram parte da história do blues. Além do próprio King, tem nomes como Billie Holiday, Etta James, Rufus Thomas, Big Mama Thorton e Eric Clapton, um dos mais recentes introduzidos no hall.

Memphis é o berço do rock and roll?

Não é incomum o turista mais desavisado chegar a Memphis imaginando estar indo visitar a terra, ou talvez até o berço, do rock and roll. E por que não? As origens do rock and roll, tanto em relação a data quanto a locais, sempre geram controvérsia.

Porém, uma coisa é fato: mesmo com a “invasão” britânica dos anos 60, o rock and roll nasceu nos Estados Unidos. E Memphis teve uma grande contribuição nos primórdios do gênero. Não à toa: uma das vertentes do ritmo surgiu a partir da junção de country (à época, chamado de hillbilly) e Rhytm and Blues, com uma pitada de gospel.

Por isso, Memphis foi o cenário ideal dessa ebulição que começou na Sun Records. Gravadora que revelou BB King, a Sun ficou mais popular graças a nomes dos primórdios do rock, como Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. O estúdio da Sun (Sun Studio) hoje é aberto à visitação.

A 2 km do centro, no número 706 da Union Avenue, o Sun Studio tem tours a cada 45 minutos, por US$ 15. Entre os destaques estão os estúdios de gravação, que tem entre as atrações um X indicando o local em que Elvis Presley gravou “That’s All Right Mamma”, música considerada um dos pontos de partida para o movimento que ficou conhecido como rock and roll.

Para quem não quiser fazer o tour, dá para passar pelo charmoso prédio de tijolos apenas para tirar uma foto em um dos berços do rock. Ou ainda tomar o drink no bar que fica no hall de entrada do Sun Studio. Não é necessário reservar ingressos.

A Memphis de Elvis Presley

Mesmo com a Beale Street, o Hall da Fama do Blues e o Sun Studio, é inegável que a principal atração turística de Memphis, mesmo para quem não tem sua visita focada no mundo da música, é Elvis Presley. Nascido em Tupelo, Mississippi, o maior artista da história dos EUA se mudou para Memphis na adolescência.

Graceland Memphis
Graceland

E, por mais que tenha passado bastante tempo em Los Angeles durante os anos 60, Memphis sempre foi sua casa. E Graceland, a mansão que comprou em 1957, e na qual morreu, está aberta à visitação.

Quem visita a mansão pode conhecer as salas de visitas e jantar de Presley, sua cozinha, o subsolo (com sala de TV e de jogos), os estábulos, uma quadra de racquetball e, principalmente, o cômodo conhecido como Jungle Room. Esse local serviu, em 1976, como estúdio de gravação para os últimos discos de Presley.

A sala de TV de Elvis Presley

O ingresso para visitar Graceland inclui o museu Elvis Presley Memphis, com exposição de carros, motos e os famosos ternos e macacões do Rei do Rock, além de muitas fotos, vídeos e discos de ouro e platina. Dois aviões que pertenceram ao artista também estão em exposição.

Para visitar o complexo, o ideal é tirar o dia todo. Os ingressos, que incluem o tour a Graceland (com áudio em português, inclusive) e a visita ao museu custam US$ 80. Reservar é recomendável, para evitar longas filas.

Serviço

A área mais residencial de Memphis fica em Midtown, mas a melhor opção para quem visita a cidade em busca de seu caráter musical é o centro. Afinal, a maior parte das atrações está concentrada por lá. E dá para fazer quase tudo a pé.

O Peabody (diárias a partir de US$ 203) é o hotel mais histórico de Memphis e está a poucos passos da Beale. O Indigo (US$ 165) tem um visual mais moderno e uma bem-vinda piscina para quem opta por visitar a abafada cidade no verão.

Já a Memphis de Elvis fica a cerca de 10 km do centro, em uma avenida batizada de Elvis Presley Boulevard. Para quem visita a cidade de olho apenas no legado do Rei do Rock, uma boa opção pode estar bem ao lado, no resort The Guest House at Graceland (US$ 144). Os preços foram apurados para o mês de fevereiro.

Jungle Room, em Graceland Memphis
Jungle Room, em Graceland

O churrasco e as carnes em geral são a base da culinária do Tennessee, e Memphis tem até um festival dedicado no mês de maio. São muitos os restaurantes especializados nesse produto, inclusive na Beale Street e imediações.

Mas a melhor opção do centro da cidade é o sofisticado Flight, um restaurante e Wine Bar. As carnes são o carro-chefe, mas o cardápio é bem variado e o serviço e a carta de vinhos, impecáveis. O endereço é Main Street, 39.

Fora do roteiro musical, vale dar uma volta pelas margens do Rio Mississippi, que corta a cidade e desce até a Luisiana (tema da próxima reportagem sobre a Rota da Música). Além disso, Memphis é sede do Museu dos Direitos Civis.

Broadway, em Nashville

A Rota da Música nos EUA – Nashville, a capital do country

Country, jazz e blues com um bom tempero de rock and roll. Essa é a receita que os amantes de um trecho muito especial do sul dos Estados Unidos: a Rota da Música. Ela é formada pelas cidades de Nashville e Memphis, no Tennessee, e Nova Orleans, na Luisiana.

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Na Rota da Música, o passado e o presente dos quatro gêneros musicais promovem uma imersão na história, complementada por muito conhecimento e infindável diversão. Em Nashville, impera a música country: suas origens, seu passade e seu presente.

Memphis, para surpresa de muitos, é a capital mundial do blues. Eu mesma, sem conhecimento nenhum, cheguei à cidade do Tennessee acreditando que iria encontrar um universo 100% voltado ao rock and roll.

Mas, se você prefere esse estilo, não vai se decepcionar. Em Memphis, está um dos berços do rock and roll, e parte das origens desse gênero que começou a incendiar o mundo nos anos 50, para nunca mais parar.

Restaurante The Standard: ótima gastronomia e muita história

E Nova Orleans? Eu cheguei à mais famosa das três cidades acreditando ser aquela a capital do blues. Não me decepcionei, pois há muito blues nas ruas de seu mais famoso bairro, o French Quarter. Porém, oficialmente Nova Orleans é a capital mundial do jazz.

A Rota da Música tem muitas atrações em cada uma das cidades. Por isso, vou dividir essa reportagem em três partes. Na primeira, vamos falar de Nashville.

A capital do Tennessee foi meu ponto de partida para percorrer da Rota da Música.

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Como percorrer a Rota da Música

O trecho total entre as três cidades é de 900 km. São 300 km de Nashville a Memphis e outros 600 da capital do blues até Nova Orleans. A melhor maneira de percorrer essa distância é de carro. As estradas são impecáveis.

Além disso, você ainda terá a oportunidade de ver as incríveis vias suspensas da Luisiana. Primeiro, elas estão sobre pântanos. Na aproximação a Nova Orleans, sobre o Golfo do México. Outra vantagem de ir de carro é que fazer uma road trip nos Estados Unidos é uma experiência que todo fã de viagens deveria viver. Especialmente no sul.

Johnny Cash Museum, em Nashville, na Rota da Música
Johnny Cash Museum, em Nashville, na Rota da Música

Aqueles hotéis e restaurantes de rodovias tão comuns em road movies se proliferam aos montes por todo o trajeto, em um cenário que parece nos transportar ao cinema. Porém, se a vida ao volante não é seu negócio, há grandes aeroportos nas três cidades. Dá para voar.

O ideal é começar o roteiro por Nashville ou Nova Orleans, principalmente se a escolha for percorrê-lo de carro, pois Memphis fica no meio do caminho. Não há voos diretos do Brasil para nenhuma das três. Os locais mais próximos com voos sem conexão são Miami, na Flórida, e Atlanta, na Geórgia.

Porém, com conexão todas as companhias americanas oferecem boas opções para Nashville, Nova Orleans e Memphis – além da brasileira Latam e da panamenha Copa Airlines.

Quando ir


E quanto aos preços das passagens? Depende da época. Em abril, por exemplo, os preços de São Paulo a Nashville, e vice-versa, partem de R$ 5.600 – classe econômica, de Delta, com conexão em Atlanta. E por falar em época, dê preferência aos períodos de abril a meados de junho, e entre setembro e novembro.

No inverno do Hemisfério Norte, de dezembro a março, não há grandes programações de festivais de música, gastronomia e cultura que são típicos das cidades. Já no verão (meados de junho a meados de setembro), o calor é mais forte que na maior parte das cidades do Brasil.

Na Broadway, em Nashville, na Rota da Música, festa é 24 horas
Na Broadway, em Nashville, na Rota da Música, festa é 24 horas

Nos meses de abril e, especialmente, maio e junho, também faz calor, mas não tão intenso quanto no alto verão. Já no outono do Hemisfério Norte, você pode encontrar temperaturas um pouco mais baixas, mas não como em outras regiões dos Estados Unidos. O clima nas três cidades é bem parecido com o da Flórida, mais conhecida pelos brasileiros.

No inverno, porém, pode fazer frio de verdade nas cidades da Rota da Música – e há até anos em que Memphis, por exemplo, registra neve. Não é a condição ideal para a Rota da Música, cujas atrações mais legais exigem caminhar ao ar livre.

Destaques de Nashville

Já falei do lado festivo de Nashville aqui, em uma comparação com Nova Orleans e Las Vegas. E ele é mesmo muito forte. A Broadway, rua musical do centro da cidade, tem shows de country praticamente 24 horas por dia.

Os bares, que se estendem por três quarteirões, têm entre dois e três andares, cada um com uma banda diferente. Muitos oferecem rooftops, com apelo especial para ver o por do sol e observar a brilhante e colorida Broadway, cujo estilo das construções remete às décadas de 40, 50 e 60, principalmente.

A noite na Broadway

Mas a conexão de Nashville com a música country vai muito além da festa da Broadway. Lá, estão museus dedicados a dois dos maiores nomes da história do gênero, Johnny Cash e Patsy Cline. Eles ocupam o mesmo prédio e um ingresso (US$ 20) dá acesso a ambos.

Outro programa imperdível é visitar o Hall da Fama da Música Country (Country Music Hall of Fame, fundado em 1961), também no centro. O museu tem partes dedicadas a muitos de seus 149 membros. Entre eles, estão o já citados Cash e Cline, os pioneiros Hank Williams e Jimmy Rogers, a Carter Family, Dolly Parton e até Elvis Presley.

Country Music Hall of Fame, o hall da fama da música country

O mais novo integrante do Hall da Fama da Country Music é Jerry Lee Lewis, que foi também um dos pioneiros do rock and roll e faleceu no mês de outubro, aos 87 anos.

Music Row e Opryland

Dá para combinar a visita a esse museu com a entrada no estúdio B da gravadora RCA (com apenas um ingresso), onde grandes nomes não apenas do country, mas de outros gêneros, já fizeram gravações. Quem? Elvis Presley e Dolly Parton estão entre eles.

Porém, o prédio do estúdio B da RCA não está no centro, e sim no Music Row. A simpática região é o berço das gravadoras e dos estúdios de gravação de Nashville. Por lá, as ruas têm nomes de astros do gênero.

No mesmo prédio estão os museus dedicados a Johnny Cash e Patsy Cline

Também fora do centro da cidade, em uma área chamada Opryland – a cerca de 10 km – está o Grand Ole Opry House. Vale a pena assistir a um show no local, que é sede de um concerto semanal de country (de mesmo nome) transmitido pelo rádio – trata-se do mais antigo programa de rádio dos EUA.

Fora do circuito da música, visite o descolado bairro The Gulch, a cerca de um quilômetro da Broadway. Lá, você vai encontrar muita arte de rua e bares e lojas mais sofisticados. Nashville, aliás, é um ótimo local para comprar artigos de couro, como casacos e botas.

Hotéis em Nashville

Como quase tudo acontece no centro de Nashville, este é o lugar para se hospedar. Por lá, há hotéis sofisticados como o 1 Hotel (diárias a US$ 369) e o Four Seasons (US$ 592). Os preços são sempre para o mês de abril e não incluem impostos.

Outras boas opções no centro são o Hyatt Centric (US$ 250), o Hilton (US$ 370 e o mais bem localizado para quem quer curtir a Broadway) e o descolado Dream (US$ 275).

The Gulch

No Music Row, há hotéis um pouco mais em conta que no centro, como o quatro-estrelas Hutton (US$ 180) e o Best Western (US$ 140), que já é também bem mais simples. Para quem procura sofisticação nessa área, a melhor opção é o Conrad Nashville (US$ 390).

Há ainda bons hotéis no The Gulch. Entre eles, o destaque é o badalado W Hotel, por US$ 314 a diária.

Próximo ao Grand Ole Opry, há o resort e centro de convenções Gaylord Opryland (US$ 330), além de opções mais em conta (e simples) como Quality Inn, Comfort Inn e Best Western.

Os preços desses hotéis mais simples partem de US$ 75 a diária. E, para quem está de carro, muitos têm estacionamento gratuito. No centro, os valores desses serviços, nos hotéis, são de no mínimo US$ 30 por dia.

Outras informações

Para fazer a Rota da Música com calma, apreciando a imersão cultural e histórica, o ideal são dez dias. No caso de Nashville, uma visita rápida vai exigir pelo menos duas noites.

Mas, como a Broadway é muito legal, e você provavelmente vai querer visitá-la todos os dias, vale a pena ficar três noites na capital do Tenneessee.

O bar do The Standard

Para jantar, a dica é o The Standard. Mais do que os pratos de culinária internacional com uma pegada do sul dos EUA, o que chama a atenção é o prédio que o sofisticado restaurante ocupa.

O The Standard está em um edifício que era ponto de encontro de soldados da União durante a Guerra Civil Americana. O prédio foi preservado para ser mantido praticamente como era na época. O restaurante tem diversos ambientes. O mais interessante é o nostálgico bar.

Emiliano Rio prepara festa de Ano Novo em Copacabana

Para quem procura uma festa badalada de réveillon, os locais mais desejados são Trancoso (BA), Fernando de Noronha (PE), Jurerê Internacional (SC), São Miguel dos Milagres (AL) e Punta del Este, no Uruguai. Porém, o Ano Novo mais famoso do mundo sempre foi, e provavelmente sempre será, no Rio de Janeiro.

É lá que está o maior espetáculo da noite de Ano Novo: os fogos de Copacabana. Eu já estive uma vez ali nos arredores, e sinceramente não gostei. É bem lotado, e não tem nada a ver com a badalação de festas pé-na-areia dos locais acima.

Mas tudo muda quando há a possibilidade de assistir ao show de Copacabana em uma festa realizada por um dos hotéis mais luxuosos do Rio. O Emiliano, que fica no posto 6, em Copacabana, está promovendo uma grande celebração para o Ano Novo 2022/2023.

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Como será o Ano Novo do Emiliano

A festa de réveillon do Emiliano Rio será no restaurante no rooftop do hotel, que vem sendo uma alternativa ao Emile, no térreo. Por isso, a vista para o show de fogos de artifício de Copacabana está garantida.

O cardápio será assinado pelo chef Camilo Vanazzi. O open bar de bebidas inclui whisky Johnny Walker, gin Tanqueray, vodcas Ketel One e Ketel One Botanical e cerveja Heineken. A inspiração será na boemia carioca.

Como atrações, haverá show de Pretinho da Serrinha em estilo roda de samba, com participação da Portela. A noite terá ainda dois DJs: Sô Lyma para a abertura e Pachu para o fechamento.

Pacotes

A má notícia é que a festa é exclusiva para hóspedes. O Emiliano está vendendo pacotes que incluem hospedagem e a festa. Eles partem de R$ 26.400, já com dois pares de ingressos, com acomodação em apartamento Deluxe. Na Ocean Spa Suite, em que me hospedei quando estive no hotel, são R$ 71.200.

O pacote mais caro é o da Ocean Master Suite, de 120 metros quadrados. Nesse caso, o total sai por R$ 79.700. Outros serviços incluídos no pacote são café da manhã para duas pessoas, 15 minutos de massagem no spa, uma garrafa de champagne e Havaianas personalizadas pelo hotel. As reservas podem ser feitas por meio deste site.

Copacabana Palace

Para quem estará no Rio de Janeiro, mas sem planos de se hospedar em um hotel de luxo, o Belmond Copacabana Palace também terá sua festa de réveillon para a virada 2022/2023. Como no Emiliano, haverá DJs, bandas e possibilidade de acompanhar os fogos de Copacabana, embora não com uma vista tão privilegiada como a do restaurante rooftop.

Isso porque a festa do Copacabana Palace, que é bem maior (e menos intimista, portanto) que a do Emiliano, será realizada em três diferentes salões do hotel.

O réveillon do Copa também terá open bar e jantar. O tema deste ano será “White and Gold”. Os ingressos, por R$ 4.345, estão à venda no site Sympla.

Clubhouse Suite no Fasano

Fasano: por dentro do hotel de luxo ‘secreto’ (e brasileiro) de Nova York

Você não vai encontrá-lo em nenhum site de reservas de hotéis, nem conseguirá reservá-lo no próprio site do Fasano. Lá, encontrará um endereço eletrônico para tentar uma vaga na luxuosa propriedade, que este ano foi eleita uma das oito melhores de Nova York pela revista Vogue América.

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O Fasano Fifth Avenue está em um dos endereços mais badalados de Nova York. Fica na Quinta Avenida, entre as ruas 62 e 63, no bairro de Upper East Side. As vistas nos apartamentos e suítes são para o Central Park, logo em frente.

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Badalado e concorrido

Não é fácil conseguir uma reserva no Fasano Fifth Avenue. O hotel funciona como um clube, e os membros são todos convidados pelo próprio time do hotel brasileiro – cuja filial de Nova York é a segunda internacional (a primeira fica em Punta del Este, no Uruguai). São apenas oito suítes dedicadas a não membros.

Quem estiver interessado em ocupar uma delas deve procurar o serviço de concierge do Fasano. Quando tentei, não havia vagas para os próximos dois meses.

E os preços? O Fasano não os divulga, mas não ficam abaixo de US$ 1.500 (quase R$ 8.000) por dia. Isso na suíte mais simples, com 30 metros quadrados. Além dessas acomodações, que estão divididas em diversas categorias e podem chegar a 42 metros quadrados, há ainda dois apartamentos, com 330 m² cada um.

Esses apartamentos são mais usados por pessoas que querem passar não apenas um período curto de hospedagem, mas uma longa temporada no Fasano. “Há pessoas da própria cidade, que estão reformando seus apartamentos, e optam por ficar por aqui”, explica a diretora do Fasano Fifth Avenue, Andrea Natal.

Vista para o Central Park a partir do Fasano

Andrea me recebeu para um pequeno tour pela propriedade. Ela, antes de se transferir para o Fasano, comandava o lendário Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Durante a visita, fotos não foram permitidas (por isso, as que você vê aqui são de divulgação).

Privacidade é assinatura do Fasano Nova York

A razão do pedido para não produzir fotos é a privacidade, um dos destaques do Fasano Fifth Avenue. Na noite anterior à minha visita ao hotel, eu tinha um jantar agendado no restarurante Fasano Nova York. Nem me dei ao trabalho de fazer a pesquisa: fui diretamente ao hotel.

Afinal, é tradição do Fasano ter um restaurante badalado integrado ao hotel. Isso desde a inauguração da primeira empreitada do grupo no ramo da hotelaria, com a propriedade de São Paulo – hoje, há filiais no Rio, Belo Horizonte, Salvador, Porto Feliz e Trancoso.

O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue
O restaurante e café do Fasano Fifth Avenue

Foi só ao chegar lá que descobri que o restaurante fica em outro endereço, nas imediações da Park Avenue, em Midtown. Mas há um pequeno restaurante no hotel, apenas para hóspedes. É pequeno, com decoração clássica e sofisticada.

Fui informada de que poderia jantar lá, se preferisse, mas a recomendação era de que eu fosse à Park Avenue, para desfrutar de um cardápio mais elaborado (o que acabei fazendo). E só fui bem-vinda no restaurante do hotel por ser convidada. O local não está aberto ao público.

Apartamentos são chamados de Residences

Aliás, não é permitida a entrada de não-hóspedes em nenhuma área do Fasano Fifth Avenue. Isso para garantir da privacidade dos clientes, um apelo que poucos hotéis, seja em Nova York ou em qualquer outra grande metrópole do mundo, oferecem atualmente,

O que o Fasano Fifth Avenue oferece

Além de privacidade, um sofisticado restaurante e vistas para o Central Park, os hóspedes do Fasano Fifth Avenue também contam com saune e sala de ginástica. Há ainda um jardim com área para leitura, meditação e outros passatempos. O atendimento é outro destaque.

Durante minha visita guiada por Andrea Natal, ela parou duas vezes para falar com hóspedes recém-chegados, procurando saber quais eram suas necessidades – e providenciando para que fossem atendidas. Entre esses clientes, estava um casal de alemães que não eram membros do clube, mas foram indicados por um integrante para a hospedagem no hotel.

Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue
Banheiro de um dos apartamentos do Fasano Fifth Avenue

Os outros hóspedes eram uma famosa influenciadora digital brasileira e seu marido. A recepcionista do hotel agendava para eles diversos programas que queriam fazer em Nova York, conseguindo sem dificuldades reservas em restaurantes badalados – e quase impossíveis de conseguir normalmente, da noite para o dia.

Aliás, há sempre recepcionistas que ou são brasileiros, ou falam português. Afinal, estamos falando de um hotel que, apesar do DNA italiano, é nascido e criado no Brasil.

Eu pude ver também um dos grandes apartamentos, que tem quatro quartos, e algumas suítes. Essas acomodações podem ou não ter uma sala separada, dependendo de sua área. A decoração é sóbria, mas com toques contemporâneos.

Há mimos como máquina de café e chá, minibar completo com produtos premium e controle da iluminação. Em alguns banheiros, uma janela permite ao hóspede observar o Central Park enquanto toma banho.

Fasano Nova York

Nova York: tour gastronômico por França, Espanha e Itália em um dia

Multicultural, cosmopolita, capital do mundo. Assim é Nova York. Quando o assunto é gastronomia, a cidade que tem a fama de ser aquela que nunca dorme pode levar você a diversos países em um só dia.

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Não é diferente de São Paulo, outro grande polo gastronômico mundial. Mas, se você estiver de viagem marcada para Nova York, eu vou deixar aqui um roteiro para você visitar, no mesmo dia, mesas da Itália, Espanha e França.

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Brunch em Nova York ou na França?

O brunch é uma tradição em Nova York, especialmente aos domingos, quando os moradores costumam acordar mais tarde e pular o café da manhã. As melhores opções estão nos agitados West Village e Soho, em Manhattan, que são ótimas pedidas para passear por lojas e galerias após a refeição.

Minha dica é o francês Buvette, que tem unidades também em Paris, Londres, Tóquio e Seul, entre outros locais. O ambiente é intimista, com parede de tijolos e bancos retrô de madeira no balcão.

No verão, uma ótima pedida é sentar na parte externa, para ver o agito de West Village. No cardápio, delícias francesas que não podem faltar em um brunch: croque-monsieur, croque-madame e um delicioso steak tartare, que foi minha pedida.

No cardápio de doces, tortas com frutas vermelhas, crepes e croissants. Há ainda variedade de drinks e sucos naturais com blend de frutas. É como estar na França no bairro mais descolado de Manhattan.

Tarde na Espanha

Depois do brunch, e de circular pela região baixa de Manhattan, que tal subir um pouquinho para visitar a escultura The Vessel? Nesse caso, aproveite para um happy hour no Little Spain.

Little Spain Nova York

O mercado espanhol é uma delícia, com bancas de vinhos, jamon e outras especialidades ibéricas, além de alguns bares bem descontraídos. Vale sentar no balcão de um deles e pedir uma sangria, um pão com tomate e um bolinho de jamon.

Jantar na Itália

Se você ainda não conheceu a filial de Nova York do restaurante Fasano, em Midtown Manhattan, precisa conhecer. A começar pelo ambiente sofisticado, com bar e salão principal separados por um corredor com fotos e objetos que contam a história do lendário restaurante brasileiro.

York

Os banheiros de mármore, no segundo andar, são um espetáculo à parte. Assim como a carta de vinhos, que tem obviamente como destaque sofisticados rótulos italianos.

O cardápio é italianão na mais pura essência. Desde as entradas, que incluem carpaccio, caprese e berinjela à milanesa. Variados espaguetes e lasanhas estão entre os principais.

Entre as carnes e peixes, não deixe de experimentar o escalope ao limão com purê de batata. E a panacota com frutas vermelhas é uma sobremesa para guardar na memória.

Panacota Fasano Nova York

Serviço

Buvette
Grove Street, 42 – West Village

Little Spain
Hudson Yards, 10 – Hudson Yards

Fasano
Park Avenue, 280 – Midtown
(Entrada pela 49th Street)

Não se esqueça de checar o horário de funcionamento. E, com exceção do Little Spain, é sempre recomendável fazer reserva em Nova York.

Rosewood São Paulo

Rosewood São Paulo: como é se hospedar na nova referência de luxo

Sempre que um novo hotel de luxo está em evidência no Brasil, há uma tendência a dizer que a propriedade será “o primeiro seis-estrelas do País”. Foi assim com o Palácio Tangará e, agora, com o novo Rosewood São Paulo, inaugurado em janeiro deste ano.

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O conceito de seis estrelas é controverso, uma vez que as estrelas vêm cada vez menos sendo usadas mundialmente na classificação da hotelaria. O Rosewood, assim como Palácio Tangará, e veteranos como Fasano e Emiliano, é uma propriedade de extremo luxo.

Único brasileiro classificado na lista dos 100 melhores novos hotéis do mundo da revista Travel + Leisure, ele se destaca pela bela fachada envolta por um jardim suspenso e pelo interior assinado pelo designer francês Philippe Starck.

Rosewood São Paulo recepção

Além do design, o Rosewood também tem como foco a cultura, especialmente a brasileira, e a gastronomia. Esses são são grandes diferenciais.

O hotel, construído no antigo prédio do hospital Matarazzo, traz restaurantes que já estão entre os mais badalados da capital paulista. Hospedei-me na propriedade e conto como foi a experiência.

Por dentro do Rosewood São Paulo

O bar Rabo di Galo, além do nome, investe na cultura brasileira por meio dos shows ao vivo, realizados diariamente. A música nacional é o foco de todas as apresentações. O restaurante Taraz, no quarto andar, é especializado em gastronomia sul-americana.

Nos quartos e suítes, há violões assinados por grandes nomes da música nacional, como Gilberto Gil e Caetano Veloso. Mas nem só de Brasil vive o perfil cultural do Rosewood São Paulo. No hall, há estantes com livros e coletâneas (todos à venda) de astros do rock and roll americanos e britânicos. Entre eles, as bandas The Beatles e Rolling Stone, e os cantores e compositores Bob Dylan e David Bowie.

Hall Rosewood São Paulo

No atendimento, chama a atenção a sofisticação sem frescuras. Há um cuidado especial da chegada ao check-out – as minhas malas já foram encaminhadas a meu quarto antes mesmo de eu concluir o check-in. Mas o clima é de descontração, como se o hóspede estivesse em um bar, não em um restaurante Michelin. A ordem é fazer com que cada cliente se sinta em casa.

Pela primeira vez em um hotel em São Paulo, fui conduzida ao quarto pela pessoa responsável pelo meu check-in, que me explicou tudo sobre a iluminação, a TV, o minibar e a decoração. Só havia tido esse tipo de atendimento em alguns hotéis fora do País, como o Mandarin Oriental e o Shangri-La, ambos em Londres.

Taraz

Minha reserva era para um quarto standard, de entrada, mas sem nem solicitar recebi um upgrade para a categoria Premier, pois havia disponibilidade. Por enquanto, há apenas 70 acomodações, entre quartos e suítes.

A maioria está no edifício principal, de quatro andares. Mas outros quatro andares já funcionam na nova torre, de 20 andares. Quando ela estiver 100% inaugurada, o Rosewood São Paulo terá cerca de 150 acomodações.

Quarto Premier no Rosewood São Paulo

Os quartos standard do Rosewood São Paulo (Classic King) têm 43 metros quadrados. Já o Premier King, duas categorias acima, tem 58 m² e é o primeiro a oferecer banheira – separada do box. Há um closet e o quarto tem uma área com sofá e poltronas.

Quarto Premier Rosewood São Paulo

O minibar traz diversidade de bebidas, com destaque para as cachaças. Há, inclusive, ingredientes e objetos para preparação de caipirinha. Outro destaque é a máquina de café expresso retrô da Illy.

Entre os destaques da contemporânea decoração estão quadros e almofadas com obras típicas da cultura brasileira, e diversos livros de autores nacionais, como Graciliano Ramos e Vinícius de Moraes. O meu violão, pendurado na parede, estava assinado por Gilberto Gil.

O instrumento pode ser seu por R$ 2 mil. Há ainda um menu de serviços oferecidos no quarto, como cardápio para pets e até a inusitada opção de contratar um músico para tocar no quarto – ao preço de R$ 1.200.

Banheiro Premier Rosewood São Paulo

A cama king size traz pelo menos oito travesseiros. O amplo banheiro, todo de mármore brasileiro, tem pia dupla e box e toalete separados em ambientes envidraçados. As janelas desse cômodo (e também do quarto) são de aspecto retrô, para manter a orientação do antigo prédio ocupado pelo Rosewood São Paulo.

As amenidades de banho são bem completas, com xampu, condicionar, sabonete líquido, itens gerais de higiene (como algodão e cotonete), toca de banho, bucha, álcool em gel e cremes variados para mãos e corpo. O quarto Premier tem serviço de mordomo.

Bar e restaurantes

Apesar da música brasileira, o intimista Rabo di Galo serve bebidas e drinks do mundo todo. Há uma ampla seleção de whisky e bourbon e uma ótima carta de vinhos. O cardápio de comidinhas alterna um tipicamente nacional frango à passarinha com um hambúrguer de Foie Gras.

Rabo di Galo Rosewood São Paulo
Rabo di Galo

Na decoração, chama a atenção o teto, uma verdadeira obra de arte. O Rabo di Galo não aceita reservas. Acomoda os clientes por ordem de chegada. Fica ao lado de Le Jardin é aberto 24 horas e serve desde o café da manhã a la carte.

Há variedade de omeletes e ovos, inclusive combinados com caviar e trufas. Pães, frutas, sucos e iogurtes complementam o cardápio. O Le Jardin tem área interna e um pátio, e um cardápio contemporâneo, mas sem grande criatividade – com pratos como filé mignon e purê de batata e camarões com massa.

Rosewood São Paulo
Le Jardin

O Taraz é a estrela da casa. Com cardápio assinado por Felipe Bronze, traz também ambientes externo, no antigo prédio da maternidade Matarazzo, e externo, com estilo mediterrâneo e vista para a igrejinha do hospital.

O menu degustação que experimentei trazia ingredientes da gastronomia brasileira, argentina e peruana, entre outros locais da América do Sul. Tudo combinado em pratos extremamente saborosos e criativos. Dica: experimente o bolo de macaxeira com sorvete.

Taraz

Dicas e preços

Para o Taraz e o Le Jardin, bastante concorridos, a recomendação é fazer reserva, já que eles são procurados não apenas por hóspedes, mas pelos paulistanos. Os preços do Rosewood São Paulo em outubro partem de R$ 3 mil para o quarto standard.

Para o Premier, como o meu, começam em R$ 4.500. O hotel fica na rua Itapava, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.

Nova Orleans

Nova Orleans x Nashville x Las Vegas: festa o dia todo

Há três cidades nos Estados Unidos em que têm em comum a principal atração turística: o ritmo de festa. Las Vegas, Nashville e Nova Orleans são diferentes na essência, mas atraem um perfil de visitante pela mesma razão: a badalação 24 horas por dia.

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Se em Vegas imperam as “pool parties” (festas à tarde na piscina) e casas noturnas com música eletrônica, em Nashville os amantes da música country encontram um ambiente perfeito. Já Nova Orleans é a capital do jazz, mas dá espaço a outros ritmos, como blues e rock and roll.

Veja qual das três cidades festeiras dos Estados Unidos faz mais seu estilo.

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Las Vegas

A cidade de Nevada é a capital mundial do entretenimento. O epicentro dessa Disney para adultos são os hotéis da avenida Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip. Muitos procuram Vegas pelos espetáculos, como Cirque du Soleil, e pelos shows de grandes astros da música – alguns fazem temporadas por lá. Há quem aprecie a ampla oferta de restaurantes estrelados e, claro, os apreciadores dos jogos de azar.

Mas a juventude invade Vegas à procura de casas noturnas e, de abril a outubro, pool parties. Quase todos os hotéis da Strip têm a seu beach club, separados das piscinas destinadas aos hóspedes.

Las Vegas Boulevard, também conhecida como Strip

Por ali, a tarde comandada por DJs é uma variação de música eletrônica, pop e hip hop, entre outros ritmos que fazem a cabeça da juventude. O mesmo tipo de música domina as casas noturnas, também instaladas nos hotéis da Strip.

Emendar dia e noite é algo comum em Vegas, principalmente para a juventude. E o ambiente dos cassinos dos hotéis contrubui para essa realidade alternativa. Na maioria, não há relógios, e a iluminação é a mesma a qualquer hora.

Como diz a música “Viva Las Vegas”, que se tornou um hino da cidade, “Eu gostaria que o dia tivesse mais de 24 horas”.

VEREDITO: Las Vegas é um local construído para o entretenimento. Pode parecer meio fake, e realmente é. Por isso, é preciso entrar no clima e entender que, ali, a ordem é diversão. Esqueça cultura! Quanto à parte mais festeira da cidade, ela é mais voltada aos jovens. Mas adultos têm muitas outras formas de se divertir em Vegas.

Nashville

O Grand Ole Opry é o templo da country music norte-americana. Todos os grandes nomes da música já passaram por lá, e ainda se apresentam constantemente na casa de show. O Opry, no entanto, fica a cerca de 15 km do centro de Nashville.

E é no centro que está o clima de festa incessante da capital do Tennessee, no sul dos Estados Unidos. Por ali, o visitante vai encontrar o museu dedicado ao maior nome da country music americana, Johnny Cash. O astro surgiu em Memphis, no mesmo Estado, revelado pela lendária gravadora Sun Records (leia mais abaixo).

Broadway

Posteriormente, se mudou para a região de Nashville. No centro da cidade, também há o Hall da Fama dedicado à música country. Ao sair desses dois programas, inevitavelmente o visitante vai cair na Broadway, uma rua com construções coloridas que abrigam os mais variados bares.

Os sets começam ainda pela manhã e se estendem madrugada adentro. De bar em bar, ao longo de três quarteirões, há variações sobre o mesmo tema, e uma banda a cada andar (geralmente são três, com direito a rooftop para ver o por do sol). Do country clássico ao contemporâneao, a música ao vivo não para.

Para não dizer que não escutei nada além de country na Broadway, em um dos bares houve dois grandes hits do rock and roll (“Sweet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses, e “Don’t Stop Believin’, da banda Journey). Tudo isso em um cenário de grande preservação histórica combinada a prédios modernos, porque o centro de Nashville respira progresso.

A entrada nos bares é gratuita. As bandas passam com um balde ao final dos sets, buscando gorjetas (e pega bem contribuir).

VEREDITO: Se Vegas é fake, Nashville é pura realidade. Um local para aprender a história da música americana, ver museus e construções seculares e, nessa imersão cultural, curtir boas apresentações de ótimas bandas.

Não deixe de conhecer o restaurante The Standard, a cerca de 1 km da Broadway. Ele ocupa um prédio histórico que era ponto de encontro das tropas da União durante a Guerra Civil Americana, no século XIX. Quanto ao público festeiro, Nashville é para todos. Há desde jovens a adultos de todas as idades curtindo música nos bares.

Nova Orleans

Dizem por aí que Nova York não é Estados Unidos. Nova Orleans também não. A cidade mais importante da Luisiana é França, Espanha e até EUA. A influência afro-americana é um ingrediente fundamental nessa miscelânia cultural, musical, artística, gastronômica e histórica.

Se Nashville é country, Nova Orleans (também conhecida como Nola) é jazz de todos os estilos, mas não apenas isso. Dá para escutar, de bar em bar, variados tipos de música, passando pelo blues, rock e até a bossa nova.

French Quarter em Nova Orleans
French Quarter

O French Quarter, com impressionante preservação histórica na arquitetura e influência francesa em todas as linhas, é o epicentro cultural de Nova Orleans. Sua principal rua – e também a mais turística – é a famosa Bourbon, mas não é apenas nela que ação acontece.

Os bares estão por toda a região, e os melhores são na parte mais alta do Quarter, especialmente na Frenchman Street. A música ao vivo não para: é literalmente 24 horas, e pode ser curtida a céu aberto também, seja em paradas nas ruas ou sets ao ar livre.

A entrada nos bares é gratuita, como em Nashville, e gorjetas não são apenas bem vistas, como muitas vezes essenciais. E, a exemplo de Vegas, dia e noite se confundem. Não há a iluminação artificial dos cassinos, mas é comum ver a juventude com seus drinks pelas ruas às 8h da manhã, sinal de que a noitada ainda não terminou.

Bourbon Street em Nova Orleans
Bourbon Street

Uma curiosidade: Nova Orleans é uma das poucas cidades dos Estados Unidos que permitem consumo de bebida alcóolica nas ruas.

VEREDITO: Nova Orleans é candidata à cidade mais cultural e artística dos Estados Unidos. Há tanta história para ver e ouvir, e tanto a aprender, que farei um post exclusivo para Nola. Aqui, o objetivo foi falar apenas da festa incessante que ela oferece a seus visitantes.

Como em Nashville, o público é de todas as idades, mas os jovens parecem preferir Nola à capital do Tennessee.

Claro que Vegas, Nashville e Nola têm perfis diferentes. Mas, se eu tivesse de escolhar uma das três para festejar, não teria dúvidas: Nova Orleans.

Menção honrosa: Memphis

Memphis não é uma cidade de festa incessante, como as demais. O que, então, ela está fazendo aqui? É o seguinte: ela fica entre Nashville e Nova Orleans e, para quem está viajando de carro pela região, é obrigatório parar na capital do blues.

Beale Street

Lá, também há a rua do música, a Beale, que é um tanto decadente quando comparada à Broadway e ao French Quarter. Porém, vale visitá-la por seu papel na história da música: nomes como B.B. King já tocaram na Beale. Além disso, o local contribuiu para a formação musical de Elvis Presley.

Os sets de blues começam no fim da tarde, e terminam no início da madrugada. Vale conferir os do bar B.B. King, batizado em homenagem a um dos mais ilustres moradores de Memphis. Além do blues, a cidade tem seu lado rock and roll na gravadora Sun Records, aberta à visitação.

Além de Presley e de Johnny Cash, a Sun também revelou ao mundo Jerry Lee Lewis, Carl Perkins e Roy Orbison. E, já que você está em Memphis, não deixe de visitar Graceland, a casa de Elvis, e o museu dedicado ao artista.

Mesmo para quem não é fã de Presley a visita vale a pena – especialmente ao museu -, pois é uma aula sobre a música norte-americana do século XX.

Summit

Mirantes de Nova York viram experiências imersivas

Empire State Building, Rockfeller Center, muitos bares rooftop. Os observatórios e atrações com vistas panorâmicas sempre foram uma atração obrigatória em Nova York. Agora, elas se reinventaram: não é mais sobre subir e ver Manhattan e imediações do alto, e sim sobre viver verdadeiras experiências. O Summit One Vanderbilt e o City Climb são os principais exemplos desse fenômeno.

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O Summit One Vanderbilt ocupa o prédio mais alto de Nova York e foi em 2021. Nessa retomada do turismo à cidade, tem sido uma das atrações mais procuradas.

Já o City Climb é para desafiar os nervos de quem está disposto a viver uma grande aventura na cidade que nunca dorme – que, na minha opinião, atualmente vem dormindo sim, e muito. Mas, se Frank Sinatra cantou, em “New York, New York”, está dito para sempre.

Veja como são essas duas incríveis atrações de Nova York: Summit One Vanderbilt e City Climb.

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Summit One Vanderbilt

O One Vanderbilt fica ao lado da estação Grand Central, em Midtown Manhattan. O Summit ocupa três andares do edifício e tem vistas 360 para praticamente todos os pontos importantes de Manhattan, além de Brooklyn e Queens. Mas ele não é um observatório normal.

No Summit, os espaços são separados para promover aos visitantes experiências imersivas focadas em arte. O primeiro, Transcendence 1, é uma sala que reflete o dia como está lá fora. O espaço é todo espelhado, inclusive no chão. Por isso, recomenda-se ir usando roupas como shorts, calças ou macacão – saias não são uma boa ideia.

Em seguida, há um espaço com a obra de arte Reflect, da artista Yayoi Kusama. Ao passar pela instalação, o destaque é o barulho de vento. Mas, na minha opinião, a parte mais legal é a sala das bolas prateadas flutuantes (Affinity). Em tempos de redes sociais, esse local fará a alegria dos fãs do Instagram e do Tik Tok, pois permite a criação de lindas imagens.

O Levitation, por sua vez, tem duas caixas com paredes e chão de vidro. É outro local para tirar fotos inesquecíveis, se você tiver coragem de encarar as filas. Para quem quiser tomar um drink, há um andar extra, com bar e terraço.

Os ingressos para o Summit One Vanderbilt partem de US$ 39 para visitas diurnas e de US$ 49 para as noturnas.

No One Vanderbilt, também está o Le Pavilon, a mais nova casa do renomado chef Daniel Boulud. Como é atualmente um dos restaurantes mais badalados de Nova York, a reserva precisa ser feita com muita antecedência.

City Climb

Uma das mais novas atrações de Nova York, o City Climb fica no Edge, um dos mirantes a céu aberto mais altos do mundo. A localização é no Hudson Yards, que inclui também a escultura The Vessel e um shopping com o mercado espanhol Little Spain.

Todo esse complexo está entre as ruas 33 e 30, nas proximidades do rio Hudson, área que vem sendo revitalizada e está cada vez mais repleta de atrações.

O City Climb é uma escalada pelas paredes do Edge, a nada menos que 365 metros de altura. O ingresso custa US$ 185 dólares, que já incluem acesso do Edge e uma foto tirada durante a aventura.

Conrad Downtown

Conrad Downtown é opção contemporânea no sul de Manhattan

Nova York é uma das cidades com a maior oferta de hotéis de luxo no mundo. Eles estão espalhados por toda a ilha de Manhattan, do sul ao Central Park, e têm os mais variados perfis, do clássico ao contemporâneo. Desse segundo grupo, um dos que chamam a atenção é o Conrad Dowtown.

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O hotel, ao sul da ilha, investe em um ambiente extremamente contemporâneo, com muita luz natural e oferta apenas de suítes a partir de 40 metros quadrados. As vistas para o Hudson e um badalado bar rooftop, uma assinatura de Nova York, são outros destaques.

Hospedei-me no Conrad New York Downtown em março. Aqui, compartilho com vocês como foi minha experiência.

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Localização

Upper East Side, Upper West Side, Midtown. Essas sempre foram as melhores opções de hospedagem para quem está visitando Manhattan, em Nova York, pela primeira vez. Especialmente para aqueles que estão interessados em uma experiência mais sofisticada – a Times Square, acredite, é para lá de caída.

Brookfield Place

Mas os veteranos da ilha de Manhattan têm muitas outras opções interessantes à disposição. Soho, com seus restaurantes descolados, e Meatpacking District, com vida noturna agitada, estão entre as principais. Downtown surge como uma nova alternativa.

A região próxima ao Distrito Financeiro – cujo epicentro é Wall Street – foi revitalizada e traz boas atrações. Entre elas está o Brookfield Place, um shopping cheio de marcas de luxo. Sim, os shopping centers, antigamente um ser estranho na ilha, estão cada vez mais constantes.

Além de marcas como Gucci e Bottega Veneta, o Brookfield se destaca pela marina North Cove, com belíssimos barcos ancorados e muitos bares e restaurantes que atraem o pessoal do Distrito Financeiro para happy hours ao por do sol.

Marina North Cove

Às margens do rio Hudson, o Conrad Downtown fica também ao lado do memorial e do museu dedicados do 11 de setembro, além do novo World Trade Center. Há algumas estações de metrô nas imediações.

A mais prática é a Chruch Street Station, com conexão direta para o epicentro de bairros como Soho, Meetpacking, Midtown e Upper East Side. Fica a cerca de 500 metros do hotel – ou dez minutos de caminhada.

Serviços no Conrad New York Downtown

Para os brasileiros, o Conrad sempre foi conhecido pelo mais badalado cassino de Punta del Este, no Uruguai, um destino que há décadas atrai os adeptos do turismo de luxo do País. A título de curiosidade, a propriedade uruguaia não tem mais essa bandeira. Agora, é Enjoy Punta del Este.

Nos EUA, a rede Hilton, do qual faz parte o Conrad, tem investido no fortalecimento da marca no segmento de luxo. Entre os exemplos está a inauguração, no ano passado, do Conrad Las Vegas, que fica no complexo Resorts World.

Filtro de água filtrada na suíte do Conrad Downtown
Filtro de água filtrada na suíte do Conrad Downtown

O resultado é uma excelente entrega de serviços. Do check-in ao check-out, o atendimento é atencioso e eficiente, com dicas sobre a cidade e o bairro, entrega das malas na suíte e mimos no serviço de abertura de cama. Eu recebi um prato de morangos com chocolate acompanhado por um cartão de boas vindas do gerente do hotel.

Nos corredores dos andares, o pessoal do housekeeping está sempre disponível, para saber qual o melhor horário para arrumação diária da suíte. Pode parecer algo óbvio mas, em todo os EUA, esse serviço tem sido problemático.

Banheiro na suíte do Conrad Downtown
Banheiro na suíte

Após a pandemia, há propriedades de alto nível que nem mesmo o oferecem diariamente. E mesmo os que têm essa facilidade disponível muitas vezes não a executam todos os dias, sem nenhuma explicação ao hóspede.

Outro serviço atencioso da equipe de housekeeping foi a entrega diária de balde de gelo no quarto, no fim do dia. Este é o momento em que o time pergunta ao hóspede se ele está precisando de algum serviço especial.

Lobby do Conrad Downtown
Lobby

Bares, restaurantes e comodidades

A estrela do Conrad é o Loopy Doopy, rooftop bar com vista para o Hudson e ótima carta de drinks. Ver o por do sol nesse lugar é uma experiência muito interessante.

Loopy Doopy

No moderno looby, há o Atrio, com um bar bastante movimentado. Lá, também funciona o restaurante do hotel, que tem pratos variados da culinária internacional e opção de comida japonesa.

O ponto mais fraco do Conrad Downtown é a academia. O sala é mal equipada, especialmente para um hotel dessa categoria.

Atrio Conrad Downtown
Atrio

Suítes do Conrad Dowtown

O Conrad oferece variedade de suítes. Todas têm ambientes de quarto e sala separados. As maiores trazem uma mesa de jantar e há opções de acomodações com banheira – separada do box.

A minha suíte era com vista para o Hudson River, de categoria intermediária – as de entrada são as Deluxe. A decoração é sóbria, com cores claras. A sala tem sofás, TV e uma estação de trabalho.

É separada por uma porta de correr da área que oferece um completo serviço de bar e uma pia. Entre os destaques há um filtro de água filtrada.

Em frente, o hóspede acessa o banheiro, com uma grande área ocupada pelos boxes – sem as abomináveis cortinas que são tão comuns em hotéis americanos, mesmo em alguns de alto padrão.

O quarto tem cama king size repleta de travesseiros de plumas. A iluminação dos diversos ambientes é controlada por botões sensíveis ao toque. Ali, está a prometida vista para o Hudson.

Além desta propriedade, o Conrad tem um segundo hotel em Nova York, na região de Midtown. No Conrad Downtown, as diárias em julho partem de US$ 550.