Bulgari Milão

Bulgari e Armani: hotéis de ‘alta costura’ em Milão

Milão, na Itália, é considerada a capital da moda. Nada mais normal, portanto, do que a cidade abrigar dois hotéis que levam a assinatura de duas das mais tradicionais grifes do mundo. Por lá, na mesma região, estão o hotel Bulgari e o Armani.

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As duas marcas são italianas. A Bulgari, fundada no fim do século XIX em Roma, hoje pertence ao conglomerado de alto luxo LVMH. É especializada em relógios, joias, cosméticos, perfumes e artigos de couro, entre outros acessórios.

A Armani tem sede em Milão, e foi fundada na década de 70 por Giorgio Armani. É famosa pelas peças de vestuário feminino e masculino (os ternos Armani são clássicos), perfumes e cosméticos, entre outros.

O conglomerado de moda Armani tem várias subdivisões, que incluem a Emporio Armani e a A/X Armani Exchange.

Tanto o hotel Bulgari quanto o Armani ficam no centro de Milão, bem próximos ao famoso Quadrilátero da Moda, região que reúne lojas das grifes mais exclusivas do mundo. As diárias ultrapassam facilmente os 500 euros. Em datas mais badaladas, podem ultrapassar os 1.000 euros.

Em julho, ponto alto do verão europeu, as diárias do Bulgari partem de 1.100 euros. No Armani, começam em 1.000 euros.

Eu tive sorte e consegui tarifas com valores bem mais baixos desses no hotel Bulgari. Aproveitei a chance para conhecer esse hotel de “alta costura”.

Armani Milão
Armani Milão

Ele fica em uma via privada, com trânsito restrito de carros. É rodeado por jardins que passam a sensação de tranquilidade e dão a impressão de que se está hospedado bem longe do centro de uma grande metrópole como Milão.

As melhores lojas, restaurantes e atrações da cidade, no entanto, estão a poucos passos do hotel.

Serviços do hotel Bulgari

Como jornalista, viajo bastante pelo mundo. Já fiquei me hospedei em hotéis de diversas classes, incluindo os extremamente luxuosos.

Quando o assunto é serviço, no entanto, poucos se comparam ao hotel Bulgari. Entre os que se equiparam estão o Shangri-Lá e o Mandarin Oriental, em Londres, e o Hotel Arts, de Barcelona, que é da cadeia Ritz.

Não à toa, tanto Ritz quanto o Bulgari são comandados pela mesma administradora, a Marriott. Eles são os topo de linha da rede.

Bulgari Milão

Ao chegar ao saguão do hotel Bulgari, o hóspede recebe toalha umedecida e bebidas de boas-vindas. Enquanto o check-in é efetuado, a concierge já pergunta o que o hóspede deseja fazer na cidade e, rapidamente, faz diversas indicações em um mapa, bem como reservas para restaurantes, bares e transporte individual.

Quem leva o hóspede ao quarto não é o mensageiro, e sim o recepcionista que fez o check-in. Ele se oferece para mostrar todo os detalhes do quarto ao hóspede.

As boas vindas incluem pão com nutella e um bilhete personalizado escrito pelo gerente.

Bulgari Milão

O hotel Bulgari é desses que, logo que o hóspede sai no corredor, já aparece um funcionário perguntando se ele precisa de alguma ajuda.

Quando voltei do jantar, em meu quarto, além de abertura de cama e cortinas fechadas, havia um delicioso chá à minha espera.

O hotel

O Bulgari é decorado com estilo contemporâneo e sóbrio. Cores como bege, marrom e preto dão o tom aos ambientes. Logo após o lobby, há um bar com quadros contemporâneos e fotografias.

O ambiente é descolado, agradável e, ao mesmo tempo, extremamente sofisticado. O restaurante tem uma parte externa, que abriga também o bar. É essa a área mais concorrida no verão.

Vale muito a pena experimentar o restaurante do hotel Bulgari. Os pratos são divinos, e, por incrível que pareça, têm preços bastante justos para uma cidade como Milão – que é bastante cara. A carta de vinhos é um espetáculo.

O restaurante atrai pessoas descoladas, a maioria da própria cidade de Milão. É um hotspot local. Os carros dos clientes, que ficam à frente do hotel, bem ao lado do restaurante, são um espetáculo à parte. Alguns vocês podem ver na foto acima.

O hotel Bulgari tem spa com sala de ginástica e piscina coberta. Estão à disposição do hóspede, mediante pagamento extra, serviços como personal trainer, massagem e aulas de natação.

O quarto

Hospedei-me no quarto mais simples do hotel. São quarenta metros quadrados, com combinação de branco, bege e tons de marrom na decoração. Todos os apartamentos têm closet.

Há menu de travesseiros e roupas de cama e toalhas são de marca Bulgari, de altíssima qualidade. Também da grife são os “amenities”. Nunca tinha recebido produtos de banho de tão alta qualidade em um hotel.

O banheiro, imenso, combina mármore e granito. A banheira e o box (muito espaçoso) são separados. Além de xampu, condicionador e diversos tipos de sabonetes, o hóspede tem à disposição sais de banho e um incenso, para acender e relaxar enquanto desfruta um banho de banheira.

O hotel Bulgari foi um dos melhores em que já me hospedei. Nota dez com louvor. Faz justiça à imagem de sofisticação e extremo luxo da marca que o batizou.

Praia das Conchas

Praia das Conchas: um paraíso em pleno Guarujá

Para quem quer curtir uma praia mesmo na pandemia, viajar de carro é uma das melhores maneiras de evitar os riscos. Melhor ainda se for para um local paradisíaco e sem aglomerações. Para quem mora em São Paulo, em menos de uma hora e meia é possível chegar à Praia das Conchas.

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A bela praia fica no bom e velho Guarujá, mas longe das mais tradicionais, como Enseada e Pitangueiras. A Praia das Conchas está ao lado da de Iporanga, e a melhor maneira de chegar é pelo condomínio de mesmo nome.

Porém, como se trata de uma área de preservação ambiental, o acesso dos carros é restrito ao número de vagas para visitantes do estacionamento, pouco mais de 100. De lá até a praia, há uma caminhada de cerca de 500 metros por uma bela alameda.

Se não houver mais vagas para carros, os visitantes podem acessar o condomínio a pé, e caminhar até a praia. Porém, poucos se arriscam: são 3,2 km de caminhada.

Outro acesso é pelo condomínio São Pedro, ao lado. Nesse caso, o visitante tem de caminhar cerca de um quilômetro pela Praia de São Pedro (também belíssima) até chegar à Praia das Conchas.

No caso de São Pedro, o acesso dos carros também é restrito ao número de vagas do estacionamento para visitantes. Ao chegar em ambos os condomínios, é preciso, na portaria, informar que vai visitar a Praia das Conchas.

São Pedro e Iporanga ficam na rodovia Ariovaldo de Almeida Viana, também conhecida como Guarujá-Bertioga. O trecho em que estão aos condomínios é chamado ainda de estrada Parque Serra do Guararu, nome da reserva ambiental da região.

Como é a Praia das Conchas

Esqueça o conceito de praia para passar o dia comendo e bebendo. Não é permitida a venda de alimentos na Praia das Conchas. Barracas não são permitidas, nem cadeiras e guarda-sóis. A recomendação é levar cangas, toalhas ou esteiras para estender na areia.

Piscina natural na Praia das Conchas
Piscina natural na Praia das Conchas

A praia dificilmente tem aglomerações, e fica com a faixa de areia repleta de espaços. Por ali, manter o distanciamento social é fácil.

Em meio à Serra do Guararu, é rodeada por vegetação. O mar claro, de tom meio esverdeado, tem ondas fraquinhas. O local é ideal para a prática de snorkeling e stand up paddle.

Outra atração da Praia das Conchas é uma bela piscina natural, bem no canto da faixa de areia.

1 hotel audi e-tron

Hóspedes do 1 hotel terão carro elétrico de luxo à disposição

A rede 1 Hotels está investindo, nos Estados Unidos, em uma experiência sustentável para os hóspedes. Em parceria com a Audi da América do Norte, coloca a partir deste ano exemplares do SUV e-tron à disposição.

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Os hóspedes poderão fazer pequenas excursões ao volante do carro elétrico. A parceria, que vale até 2023, foi firmada contemplando quatro hotéis da rede, em Los Angeles, Miami e Nova York.

Fachada do 1 Hotel Central Park
Fachada do 1 Hotel Central Park

Em Nova York, os exemplares do e-tron estão disponíveis para os hóspede do 1 Hotel Central Park e do 1 Hotel Brooklyn Bridge. Os outros hotéis da rede que têm test-drive com o carro da Audi são o 1 Hotel West Hollywood (Los Angeles) e o 1 Hotel South Beach (Miami).

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1 hotels e a sustentabilidade

A sustentabilidade é o principal pilar da rede 1 Hotels, e está em destaque em seu site. A rede se define como sustentável e informa que a natureza inspira tudo o que faz.

Lobby do 1 Hotel Central Park

No 1 Hotel Brooklyn Bridge, por exemplo, há paredes revestidas por plantas e arquitetura com referência à natureza. Além disso, o hotel investe na iluminação natural.

Outros destaques são as luminárias e paredes feitas de fibra natural. Outro destaque do 1 Hotels são as localizações privilegiadas. A Collins é a avenida a beira mar mais famosa de Miami. Por lá, estão os principais hotéis da badalada South Beach.

1 Hotel South Beach
1 Hotel South Beach

Em Los Angeles, West Hollywood vem superando Beverly Hills principalmente quando o assunto é gastronomia. Hotéis descolados, com bares e restaurantes famosos, e muitas casas noturnas atraem as pessoas para o bairro.

Audi e-tron

A Audi é uma marca do Grupo Volkswagen, que nos últimos anos voltou seus esforços para a eletrificação da linha de veículos. No Brasil, a marca já oferece dois modelos 100% a eletricidade, o e-tron e o e-tron Sportback.

O e-tron, aliás, foi o carro elétrico mais vendido no Brasil em 2020. Com preço inicial de R$ 531 mil, o SUV de luxo superou elétricos mais em conta, como o Nissan Leaf, na casa dos R$ 200 mil.

Entre os destaques do Audi e-tron estão os retrovisores virtuais, nos quais os espelhos são substituídos por câmeras, que projetam imagens em duas telas nas portas.

O e-tron e o e-tron Sportback são os únicos carros de passeio à venda no Brasil a oferecerem retrovisores virtuais.

Tivoli Mofarrej

Tivoli Mofarrej, o hotel de ‘Verdades Secretas 2’

O bairro dos Jardins é o “coração” da hotelaria de luxo em São Paulo. Por lá, há nomes poderosos como Emiliano e Fasano. O mais tradicional hotel luxuoso da região, no entanto, é o Tivoli Mofarrej.

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O primeiro nome é relativamente novo no endereço em que o hotel se encontra, na Alameda Santos, atrás da Avenida Paulista e ao lado do Parque Trianon. Já o sobrenome Mofarrej está por lá há décadas.

Antes de ser Tivoli, o prédio abrigava o tradicional Sheraton Mofarrej. Agora, a administração do então decadente hotel passou para o grupo português, que o reinaugurou em 2009 totalmente reformado.

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Com decoração contemporânea e mostrado como um dos marcos de São Paulo na série “Verdades Secretas”, da rede Globo (que em breve terá sua continuação, com novas cenas no hotel), o Tivoli Mofarrej se apoia em três pilares. Além do luxo, a boa gastronomia e as vistas deslumbrantes são bases importantes do hotel.

Isso, claro, sem deixar de lado uma certa vocação empresarial, mais evidente nesse
hotel do que no Fasano e no Emiliano.

Além disso, há a badalada piscina, que no pré-pandemia era palco de constantes eventos de entretenimento.

O Tivoli Mofarrej faz parte da organização de hotéis de luxo Leading Hotels of the World.

Os apartamentos e suítes do Tivoli

O Tivoli tem cerca de 200 apartamentos distribuídos entre boa parte de seus 23 andares. Nos pisos normais, são 13 quartos e suítes.

Já no décimo andar, no qual me hospedei, são apenas nove unidades, pois há a suíte Park, com três quartos e 200 metros quadrados.

 Acima dela há apenas a presidencial, que ocupa todo o 22º andar.

Me hospedei em um apartamento convencional do hotel, com 38 metros quadrados. Além deles, há as suítes de 42 m².

Tivoli Mofarrej
Vista do quarto

A decoração contemporânea traz amplo uso de madeira e couro, que está inclusive na cabeceira das camas. Os lençóis e toalhas são da marca premium Trousseau e o piso, de taco de madeira.

Há um balcão de trabalho ao lado do bar, com variedade de bebidas e petiscos. O quarto também tem closet e banheiro com amplo revestimento de mármore, além de um box imenso.

A vista do apartamento é bonita, com bons ângulos do bairro dos Jardins.

O que achei do apartamento

A recepção foi excelente, com cumprimentos do gerente do hotel, prato de frutas de diversas garrafas de água de cortesia.

Achei simpático os dois fones de ouvido deixados sobre a cama. A TV é smart – dá para ver programação de Netflix e outros streaming de vídeos.

O Tivoli também oferece roupões de banho e chinelos da marca Ipanema, em tom marrom que combina com a decoração do apartamento.

Tivoli Mofarrej

Um toque muito sofisticado é o bordado em formato de “T” estilizado no lençol. Trata-se do mesmo logo que está no carpete do chão, nos corredores dos andares de apartamentos.

 A cama é extremamente confortável, dessas nas quais a gente tem vontade de passar o dia todo, principalmente se a temperatura externa estiver baixa e o clima, chuvoso. Aqui, o ponto negativo fica para os travesseiros oferecidos, baixos demais.

No banheiro, as amenidades são da própria marca Tivoli. Adorei o cheiro de xampu, sabonete líquido, hidratante, etc. Não gostei muito da qualidade.

O chuveiro tem bom volume de água, mas falta pressão – o fluxo é um pouco espalhado.

Áreas comuns e serviço

O lobby do Tivoli Mofarrej causa grande impressão. Na decoração contemporânea, estão entre os destaques o teto alto, os tons marrom, preto e branco e painéis com peças de madeira, mesmo material usado na poltrona. Vale destacar também a excelente iluminação, graças à ampla área envidraçada.

O serviço é impecável desde a chegada ao estacionamento do hotel, quando um funcionário encaminha o hóspede ao rápido check-in. Neste momento são fornecidas todas as informações sobre as atrações do hotel, como spa, restaurantes e entretenimento.

Spa do Tivoli Mofarrej
Spa

Então, um funcionário acompanha um hóspede durante o trajeto ao elevador e, se necessário, apresenta o apartamento.

Também merecem destaque o serviço no restaurante Seen, do qual falarei mais abaixo.

Seen

O Seen se tornou um dos locais mais badalados de São Paulo antes da pandemia. Restaurante e bar, fica no 23º andar do Tivoli Mofarrej, com vista panorâmica da região dos Jardins.

Hóspedes têm prioridade para fazer reservas às sextas e sábados, dias em que é praticamente impossível conseguir uma mesa sem espera no badalado restaurante.

Sommelier e maitre dedicam atenção especial aos hóspedes, fazendo sugestões sobre os pratos mais badalados do cardápio, e os vinhos que harmonizam com cada um deles.

O restaurante é de culinária internacional, com ingredientes sofisticados e artesanais. O cardápio enxuto investe em frutos do mar e azeite trufado, que são os destaques da maioria dos pratos.

Há ainda a opção de cardápio dedicado à gastronomia japonesa, que não experimentei. O arroz de frutos do mar que escolhi estava tão saboroso que afastou qualquer possibilidade de optar pela culinária oriental.

Outro destaque do jantar foi a sobremesa, o merengue que é um dos carros-chefes do Seen.

A decoração mistura elementos contemporâneos com retrô. Os sofás de veludo formam bem sucedido contraste com o bar, bem no meio do restaurante, em formato oval, com diversas cadeiras ao redor do balcão (local preferido de quem não foi ao Seen para jantar). Ele usa objetos de latão e serve drinks bem elaborados.

Outros destaques

Além do Seen, que abre apenas para o jantar, o Tivoli Mofarrej tem o Must, no lobby, que funciona durante a maior parte do dia e noite. Ali, os destaques são os drinks, mas há pratos menos elaborados. Trata-se do bar do hotel.

Sempre há som ambiente, com predominância do jazz. De quarta-feira a sábado, o Must oferece sessões de música ao vivo.

A parte externa do Must é o bar da piscina oval, que ocupa um espaço pequeno, mas tem decoração bem elaborada. O local é palco de eventos famosos da cidade de São Paulo, tanto no inverno quanto no verão.

Outro destaque é o Bistrot Tivoli, no primeiro subsolo, aberto para o café da manhã e almoço. No primeiro caso, há ampla variedade, com produtos sofisticados, sucos variados e ilha para preparação de pratos quentes, como omeletes e tapiocas, na hora.

O Tivoli também é sede da filial paulistana do spa tailandês Anantara, que fica no quarto andar. Ali, o foco é o relaxamento e não há tratamentos estéticos.

Há diversas salas para variados tipos de massagem. O destaque é a dedicada a casais, ou ao famoso “Dia da Noiva”. O espaço oferece jacuzzi e um banheiro individual.

PROTOCOLOS EM ÉPOCA DE COVID

Cumprindo os protocolos de enfrentamento à pandemia de covid-19, o Tivoli Mofarrej funciona neste momento com ocupação máxima de 40%. Além disso, durante a fase emergencial, todas as áreas comuns estão fechadas.

Tivoli Mofarrej

Assim, por enquanto não é possível desfrutar dos restaurantes, bares e piscina. A fase emergencial está prevista para durar até o dia 11 de abril, mas pode ser postergada.

Por enquanto, os hóspedes do Tivoli podem desfrutar dos serviços de alimentação por meio do room service, disponível 24 horas. 

Avantoriba

Aventoriba: Hotel tem exclusivo programa de aventuras na Serra da Mantiqueira

Já falei aqui, brevemente, do Aventoriba, um produto do hotel de luxo Toriba, em Campos do Jordão. O programa, aberto a hóspedes e não hóspedes, promove diversas aventuras pela região da Serra da Mantiqueira.

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Na resenha sobre o hotel Toriba, falei sobre uma trilha com direito a jantar ao por do sol promovida pelo Aventoriba. Desta vez, testei outros produtos oferecidos, em um “cardápio” que inclui cavalgadas e até escalada.

A procura pelo Aventoriba cresceu muito desde o início da pandemia. Isso porque os programas são ao ar livre e podem ser feitos exclusivamente para grupos privados, sem alterações nos preços. Basta agendar.

Todas as atividades do Aventoriba podem terminar com uma opção gastronômica, sendo ela almoço, jantar, brunch ou café da manhã, dependendo do horário. Há refeições ao ar livre e, em períodos que regras mais amenas de enfrentamento à pandemia, em restaurantes renomados da região.

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Trilhas e escalada

Entre as trilhas, o Aventoriba Por do Sol custa R$ 250 e termina com um piquenique no alto de uma montanha. Ao por do sol, inclui queijos, pães, bebidas sem álcool e vinho.

Aventoriba Por do Sol
Aventoriba Por do Sol, na trilha Mata Comprida

O percurso é de 4 km na trilha Mata Comprida, boa parte em mata fechada e com pequena cachoeira e observação de pássaros. Opções com preços semelhantes são no Parque Estadual de Campos, no Horto Florestal.

Nesse caso, o programa pode terminar com opção gastronômica no restaurante Dona Chica ou na Cervejaria Gard, com direito a degustação. A cervejaria produz quinze sabores e fica em um local rodeado por natureza.

Outra opção de trilha “cervejeira” é a do Gavião, por R$ 320. Ao final da aventura, a atração gastronômica é no Parque da Cerveja. Por lá, há experiências com a bebida, gastronomia e muita natureza.

Pedra do Baú

Já os pogramas que incluem escalada à Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí, partem de R$ 290. Para iniciantes, há um passeio em que se pode subir na pedra por meio de uma escadaria.

Cavalgada

O Aventoriba equestre promove cavalgadas por um parque privado, que pertence ao próprio hotel Toriba, o Sítio Siriuba. Dependendo do programa escolhido, o passeio pode sair das barreiras do parque e ir até o Pico do Diamante, com uma vista panorâmica de Campos do Jordão.

`Pico do Diamante

Esse programa dura três horas e custa R$ 320. Quem optar pelo passeio de duas horas, apenas no parque, paga R$ 290. Ambos são seguidos por um almoço ou jantar na Estação Toriba, restaurante especializado em sanduíches que fica ao lado do hotel.

Montado em um vagão de trem da década de 20, tem área externa e interna e uma bela vista para a montanha. Para o programa sem a refeição e com uma hora e meia de cavalgada, o preço é de R$ 220.

Almoço no Estação Toriba faz parte da programação do Aventoriba
Estação Toriba

Há animais mansinhos, segundo o pessoal do Aventoriba, e também alguns de boas raças, mais ariscos, para os cavaleiros e amazonas mais experientes. Eu, que pratiquei hipismo clássico na adolescência, fiz o programa com a Atenas, uma égua quarto de milha branquinha, fofa e excelente companhia para galopadas no parque.

Cavalos do programa Aventoriba
A égua quarto de milha Atenas

Meu guia estava em um belíssimo mangalarga. E por falar nisso, todos os programas do Aventoriba têm acompanhamento com guias experientes e certificados.

Para agendar programas com o Aventoriba, o telefone é 12 99747 1332.

Lobby do Fera Palace

Fera Palace reúne charme e história no coração da bahia

Minha primeira experiência no Fera Palace, em Salvador, foi em julho de 2019. Sete meses depois, retornei ao hotel. Era fevereiro de 2020, pouco antes do carnaval e da crise no setor de turismo gerada pela pandemia.

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O Fera Palace fechou suas portas temporariamente logo depois, e reabriu há dois meses, em dezembro de 2020. É essa experiência, a segunda, pré-pademia, que vou relatar agora a vocês. Mas uma das coisas que achei que mais haviam piorado em sete meses felizmente já é parte do passado.

Trata-se do restaurante. O ótimo Adamastor avaliado em 2019 havia sido substituído. Isso acabou gerando uma queda de qualidade no cardápio e, especialmente, no café da manhã. O que antes era um dos destaques do Fera Palace se tornara, em fevereiro de 2020, trivial.

Por do sol no Fera Palace

Mas, um mês depois da reabertura, veio uma notícia que eu encaro como boa. A partir de março, o restaurante será novamente substituído. Passará a se chamar Omí, sob o comando dos chefes Fabrício Lemos e Lisiane Arouca.

A especialidade do Omí será frutos do mar e pescados. Espero que a qualidade volte a ser uma referência na gastronomia do Fera Palace. Como o restaurante ainda não foi inaugurado, deixarei a avaliação sobre quesito para uma próxima oportunidade.

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Localização

O Fera Palace é o antigo hotel Palace, que foi restaurado. Fica na rua Chile, a poucos passos do Pelourinho, no centro da cidade. Esta foi a primeira rua do Brasil.

O Palace era um dos mais famosos hotéis de Salvador, muito conhecido por seu cassino. Em “Dona Flor e seus dois maridos”, romance de Jorge Amado, é nele que o personagem Vadinho vive a maior parte de sua vida boêmia.

Fera Palace fica na Rua Chile

O cassino, obviamente, não existe mais, mas seu salão foi preservado no Fera Palace (leia mais abaixo). O hotel também fica próximo à Avenida Lafayette Coutinho. Por lá, estão concentrados os restaurantes mais badalados de Salvador.

Outra atração da região é a Bahia Marina, conhecida por seus bares, restaurantes e barcos, muitos barcos. Para quem quiser fazer um passeio privativo de barco em Salvador, a Bahia Marina é o melhor ponto de partida.

Design


O Fera Palace preservou muito do antigo hotel, inaugurado em 1934. Do terceiro ao oitavo andar, o piso de tacos de madeira é original. No primeiro andar, há o salão Dona Flor, uma homenagem àquela que provavelmente é a personagem mais popular da obra de Jorge Amado.

Muito concorrido para festas e casamentos, pode também receber algumas convenções, embora o Fera Palace tenha uma vocação mais turística.

Bar do lobby no Fera Palace

É neste salão que ficava o famoso cassino do Palace. E ele busca reproduzir, com suas pilastras espelhadas, o cassino frequentado pelo malandro e carismático Vadinho.

Aliás, tudo o que o Fera Palace não conseguiu preservar, ele reproduziu. O estilo é art deco, visto nos quartos e na recepção, que tem um charmoso bar e o restaurante.

Fera Palace, em Salvador

Esse piso, com pé direito bem alto, recebeu imensas pilastras para suportar a estrutura do novo nono andar, antes não existente – era o teto do hotel. Os dois elevadores também reproduzem os do Palace, mas com toques de modernidade, como o painel digital. A madeira do original apodreceu, então tudo é novo.

Piscina e academia

O epicentro do Fera Palace é a piscina. Estreita e longa, tem uma vista espetacular para a maravilhosa Baía de Todos os Santos. Fica no novo nono andar. O por do sol visto dali é um espetáculo.

Os menos atentos poderiam imaginar que o andar da piscina – com um bar aberto diariamente a partir das 9h – é uma cópia da construída no Fasano Salvador, ali ao lado, em frente à Praça Castro Alves.

Porém, os mais observadores vão saber que, se entre os dois hotéis de luxo há inspirações, é o contrário. O Fera Palace foi inaugurado antes da filial soteropolitana da luxuosa rede de hotéis.

No mesmo andar, há a sala de ginástica. É simples, com duas esteiras, um elíptico e um aparelho multifuncional de musculação. Deixa a desejar para os mais dedicados aos exercícios diários. Em compensação, tem janela panorâmica com bela vista para o centro da cidade.

Também falta ao Fera Palace um spa. Quem quiser massagens, no entanto, pode agendar na recepção.

Quartos e suítes

Na minha primeira hospedagem no Fera Palace, fui recebida em uma suíte de canto (corner). Há uma por andar, até o sétimo. A exceção é o oitavo andar, pois nele está a suíte presidencial.

Fera Palace
Suíte corner

A corner tem janelas que rodeiam todo o apartamento, dando uma vista panorâmica que inclui a Baía de Todos os Santos. São 46 metros quadrados. Em minha segunda experiência, fui recebida em quarto Deluxe, de 31 metros quadrados.

É uma categoria intermediária, entre os quartos standard e a suíte júnior (que fica abaixo da suíte de canto). Com exceção do tamanho e da ausência do ambiente da sala integrada ao quarto e das vistas, tudo é bem semelhante nas duas categorias.

Banheiro na suíte corner

A decoração é no estilo art decó e o piso e as janelas, originais do Palace. A cama é king size, confortável e com menu de travesseiros. Os tons de decoração são claros: as cortinas, o forro da cama e os móveis.

O banheiro não é original. O Palace tinha apenas um por andar. Então, eles foram construídos, mas atentos ao estilo art decó. Na suíte, há, além do box com ducha de ótima pressão, uma banheira. No quarto, não.

Quarto Deluxe

Na suíte, são duas pias. No quarto, uma só. As amenidades também são mais caprichadas na acomodação mais luxuosa. Há kits de unha, costura, entre outros mimos. No quarto, há apenas sabonetes em barra e líquido, xampu, condicionador e hidratante – todos de ótima qualidade.

Uma falha que encontrei no banheiro em minha primeira hospedagem, que foi mantida na segunda, é a falta de ganchos para pendurar as toalhas de banho.

Banheiro no quarto Deluxe

Minhas impressões

O Fera Palace é uma excelente opção de hospedagem de luxo em Salvador, que, há alguns anos, deixava bastante a desejar nesse aspecto, mas vem ganhando bons estabelecimentos agora. Em minha hospedagem em 2019, os preços eram muito competitivos: partiam de R$ 400.

Agora, as tarifas ficaram mais caras. Para abril, começam em cerca de R$ 800 para os quartos e R$ 1.600 para as suítes. O preço de quase tudo no Brasil aumentou.

Ainda assim, as tarifas são bem vantajosas na comparação com as do principal concorrente, o Fasano, que mantém valores bem próximos aos cobrados em suas outras unidades pelo Brasil. No mesmo período, partem de cerca de R$ 1.400 para os quatros e R$ 2.600 para as suítes.

Parapente

Parapente: como é voar saltando de uma montanha

Na França, um grupo de alpinistas decidiu, após escalar uma montanha, que a melhor maneira de descer era de para-quedas. Esse foi o embrião do parapente, atividade que atrai diversas pessoas à procura de adrenalina.

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A história sobre a França foi contada por Daverson Marin, proprietário da escola de parapente O Mundo Eh Bão, em Atibaia. Por lá, o local mais procurado para a prática da atividade é a Pedra Grande.

Atibaia é um dos locais mais próximos a cidade de São Paulo para quem quer praticar o parapaente. Mas há diversas outras localizações famosas no Estado entre os adeptos da atividade, como cidades do litoral e da Serra da Mantiqueira.

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O que é parapente

A atividade de saltar de uma montanha e aterrissar em uma superfície plana é conhecida como voo de parapente. Este é nome do equipamento em formato de vela usado para a atividade.

O equipamento também pode ser chamado de paraglider, e custa a partir R$ 17 mil (modelos nacionais), podendo chegar a R$ 30 mil (produtos importados). Mas não é preciso comprar um paraglider para saltar.

Parapente

Para quem quer conhecer a atividade, basta pagar por um salto duplo, oferecido por diversas empresas e escolas. Nessa modalidade, a pessoa salta acompanhada por um instrutor, que vai controlar o equipamento.

O que o cliente precisará fazer é apenas correr junto com o instrutor, dependendo do local do salto e das condições do vento. Na O Mundo Eh Bão, o salto duplo custa R$ 380 e dura cerca de 25 minutos.

Já na Ascendent Paragliding, custa R$ 450 e tem duração mais longa, que pode chegar a uma hora. A empresa faz voos no Pico Agudo, em Santo Antônio do Pinhal, na Serra da Mantiqueira. A montanha está a 1.600 metros.

Detalhes sobre o parapente

O voo de parapente permite planar, e até chegar acima da montanha que serviu como base para o salto. Tudo isso é controlado por meio de fios conectados à imensa vela. Diferentemente do para-quedas, o paraglider já decola aberto.

Parapente no Pico Agudo
Vista a partir do Pico Agudo, na Serra da Mantiqueira

De acordo com Marin, da O Mundo Eh Bão, é levado um para-quedas no salto, para eventuais emergências. Ele também usa um equipamento de localização e um rádio para contato com pessoal de solo.

Voo solo

Para realizar voos solos, é necessário fazer cursos em escolas de parapente. Na O Mundo Eh Bão, há aulas teorias, práticas e acompanhamento do aluno durante seus vinte primeiros voos desacompanhado.

O curso para fazer voos solo de parapente custa R$ 4 mil. O telefone da escola em Atibaia é 011 947278545. Já o da Ascendent Paragliding é 012 99717 7958.

Villa Santa Maria

Villa Santa Maria: vinícolas são atração na serra da mantiqueira

Toscana, Provença, Bordeaux, Napa Valley, Mendoza… São diversos os destinos pelo mundo que se destacam pela produção de vinhos. E essa concentração de vinícolas acaba se tornando também uma atração turística, já que muitas estão abertas à visitação.

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No Brasil, a região mais famosa pela produção de vinhos é o Rio Grande do Sul. E, nos últimos anos, a Serra da Mantiqueira vem ganhando espaço no turismo voltado à visita às parreiras e à degustação de vinhos.

Entre as vinícolas espalhadas pelas zonas rurais das cidades da região, que passa pelos Estados de São Paulo e Minas Gerais, fui conhecer recentemente a Villa Santa Maria, em São Bento do Sapucaí (SP). A vinícola é fabricante de cinco vinhos batizados de Brandina.

O catálogo inclui um espumante, um rosé, dois brancos e um tinto, o topo de linha. Feitos a partir de oito tipo de uvas, têm preços entre R$ 99 e R$ 130 e são vendidos na lojinha da Villa Santa Maria – junto com os sucos de uva da casa e outros produtos, como temperos.

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Tour na vinícola Villa Santa Maria

A visitação à Villa Santa Maria tem diversas atrações. Pode ser feita entre quinta-feira e domingo, e também em feriados. Para quem só quiser conhecer as parreiras, com explicações sobre o cultivo das uvas, o preço é de R$ 10.

Vinícolas da Serra da Mantiqueira

Quando se inclui na programação a degustação dos cinco vinhos da casa, o preço sobe para R$ 40. Após essa programação, é possível almoçar em uma das duas áreas do restaurante Bruschetteria da Villa.

Na parte interna, com bela vista para a Serra da Mantiqueira e para as parreiras, há três menus de três pratos. O preço é de R$ 120, e sobe para R$ 180 se o cliente optar pela harmonização com os vinhos da casa.

Vinícolas da Serra da Mantiqueira

Já na parte externa do restaurante, são servidas diversas opções de aperitivos, todos pensados para harmonização com os vinhos. Outra atração da visitação à vinícola é observar a pequena cachoeira que faz parte da propriedade.

Visual se destaca entre as vinícolas da região

O que mais chama a atenção na Villa Santa Maria é a beleza das diversas áreas da vinícola. No centro de tudo há o restaurante, cuja parte interna tem mesas revestidas de madeira. Na externa, foram instaladas tendas brancas.

Bruschetteria da Villa

Elas ficam em torno de um espelho d`água. Por ali, há também um bar especializado na preparação de drinks variados.

A visitação à Villa Santa Maria tem de ser agendada. A reserva pode ser feita por meio do telefone 12 99649 2728. A vinícola fica na Estrada Municipal José Theotônio Silva.

Vinícolas da Serra da Mantiqueira
Cave
Hotel Vila Inglesa

Vila inglesa, o hotel da seleção brasileira de 1962

Em 1962, a Seleção Brasileira de Futebol se preparava para a Copa do Mundo que renderia ao País o bicampeonato mundial. O local escolhido para a concentração, antes de partir para e então Tchecoslováquia, foi Campos do Jordão. A seleção se concentrou no hotel Vila Inglesa, na parte mais alta do bairro de mesmo nome, rodeado por jardins e muita vegetação nativa.

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Uma foto de Pelé com hóspedes é parte da decoração do salão principal do hotel, que passou por uma fase muito difícil até ser reinaugurado e voltar a oferecer luxo e exclusividade para os visitantes.

Após falência, no início deste século, o Vila Inglesa foi leiloado. Quem o comprou foi o Grupo Mazzaropi, que administra também o Hotel Fazenda Mazzaropi, no interior de São Paulo.

Quarto luxo no hotel Vila Inglesa
Quarto luxo no hotel Vila Inglesa

Depois de um longo processo de reforma, o hotel foi reinaugurado há cinco anos, como Vila Mazzaropi. Problemas com credores impediram que voltasse a usar o nome original, que só foi resgatado dois anos após a reabertura.

Inaugurado nos anos 40, o Vila Inglesa guarda grande identificação com seu projeto original. O estilo é clássico, bem retrô, mas com detalhes luxuosos. O prédio em estilo de chalé é bem comum em Campos do Jordão. Também está em diversas outras construções da cidade, como os luxuosos Toriba e Frontenac.

Lazer

Entre as atividades e facilidades oferecidas pelo Vila Inglesa está uma grande academia. Apesar de bem equipada, tem alguns aparelhos já muito antigos, que funcionam mal. Ao lado, há salões de jogos, com opções como sinuca e pingue pongue.

A piscina aquecida e coberta fica aberta o ano todo, e há também uma sauna. Ao lado, há um jardim com mesas que dão vista para as montanhas nos arredores do hotel. É uma das áreas mais bonitas da propriedade, que tem também um imenso playground, para diversão dos pequenos.

As crianças têm opção de recreação. Já atividades como cavalgada são oferecidas por parceiros terceirizados, mas podem ser agendadas na recepção do hotel. Faz falta, aliás, a presença de um concierge.

A lojinha do hotel é bem voltada aos pequenos. Há diversos bichinhos de pelúcia à venda, com preços a partir de R$ 40. Outros itens oferecidos são doces tipicamente brasileiros, com assinatura do Grupo Mazzaropi.

O Vila Inglesa fica a 3 km do bairro do Capivari, o mais badalado de Campos do Jordão, onde estão a maioria dos bares e restaurantes da cidade. Já o centro comercial Ducha de Prata. O estacionamento é gratuito.

Gastronomia no Vila Inglesa

O salão principal do hotel é bem clássico, com direito a uma armadura tipicamente britânica medieval de gosto um tanto duvidoso. Por outro lado, tem uma bonita e grande lareira, além de um piano dos anos 40, no qual, em algumas noites, pianistas profissionais fazem shows.

Ao lado, o Bar da Torre serve drinks e petiscos, como bolinhos e bruschettas. Chamam a atenção o bom preço das porções, que são bem servidas, saborosas e custam entre R$ 10 e R$ 20.

O restaurante Moya tem diversidade de opções, com massas, risotos e variedade de peixes e carnes. A truta ao molho de camarão foi o melhor prato que experimentei por lá. Custa cerca de R$ 75.

Massas têm preços a partir de R$ 30, enquanto risotos partem de R$ 50. São preços interessantes para um restaurante de muita qualidade, em um hotel de luxo. A gastronomia é o ponto forte do Vila Inglesa.

Por causa da pandemia, o café da manhã, incluído na diária, é a la carte. Há opções variadas de ovos, sanduíches, iogurtes, pães, cereais, frutas, sucos naturais e vitaminas. É servido entre às 8h e as 11h.

Também está incluído na diária o chá da tarde, uma tradição nos hotéis luxuosos de Campos do Jordão – mas, geralmente, cobrado à parte. Há bolos, pães, frutas e variedade de bebidas. Está disponível entre 16h30 e 17h30.

Salão principal do hotel Vila Inglesa
Salão principal do hotel Vila Inglesa

Acomodações do Vila Inglesa

O Vila Inglesa tem quatro tipos de quarto, em um total de 30 apartamentos. São todos bem semelhantes, com uma cama king size, uma de solteiro (ressaltando que o público alvo do hotel é famílias com crianças), travesseiros de plumas, armários e mesinhas de madeira e banheiro com box grande e pia dupla, de mármore.

Sacada

No banheiro, faz falta janela com abertura. Há janelas, mas elas não podem ser abertas. O apartamento superior, no qual me hospedei, e o standard, de entrada, se diferenciam pelo presença de sacada no tipo mais caro.

Banheiro do quarto superior

Acima do superior está o luxo, que tem box com banheira. Esses três tipos de quarto são voltados para o estacionamento. Já os topo de linha, premium, são idênticos ao luxo, mas com vista para os jardins.

Quarto superior no Vila Inglesa
Quarto superior no Vila Inglesa

Uma boa dica para quem não faz questão de vista nem de banheira, como eu. O apartamento no qual me hospedei, 215, é um dos melhores do Vila Inglesa. Visitei cerca de oito acomodações, de todos os tipos, e o em que me hospedei era o mais espaçoso e com a maior sacada.

Banheiro do quarto luxo
Mustang

Como ir de carro de las vegas ao grand canyon

Um dos pontos turísticos naturais mais emblemáticos dos EUA, o Grand Canyon tem três bordas: sul, norte e oeste. As duas primeiras ficam no Parque Nacional do Grand Canyon.

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Já a oeste fica na reserva indígena de Hualapai, e é a mais próxima de Las Vegas. Embora menos visitada que a sul, considerada a que oferece as mais belas vistas, é um passeio bastante viável para um bate-e-volta a partir da “Cidade do Pecado”.

São cerca de 150 km (duas horas de viagem) entre Las Vegas, em Nevada, e o cânion oeste, no Arizona. Para chegar à margem sul a partir da capital mundial dos jogos de azar, são 450 km. Pode esquecer: nesse caso, ir e voltar no mesmo dia não é viável.

Para quem quer visitar a margem sul a partir de Vegas, a melhor opção é o passeio de helicóptero. Preços? Partem de US$ 500.

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Vale a pena? Você vai ver que pode até valer, pois a viagem de carro até a face oeste, menos impressionante, não é das mais baratas. Mas é possível também ir de ônibus, já com quase tudo incluído, por US$ 100 (nesse caso, economizando bastante).

Como eu gosto muito de viajar de carro e conhecer estradas, optei por ir de carro. Não vi a borda sul, e por isso podem apostar que vou voltar ao Grand Canyon em breve. Em contrapartida, tive uma experiência muito legal.

Carro alugado

Eu aluguei um Mustang conversível, que tem tudo a ver com essa viagem. Quer dizer, em agosto o calor daquela área desértica é tão forte que o melhor negócio é ficar com o teto fechado. Mas deu para abri-lo em alguns momentos, e curtir o vento contra o rosto.

No aluguel do carro, por uma diária, paguei US$ 150, já com tudo incluído (inclusive GPS, essencial, pois a rede do smartphone não funcionou durante a maior parte do trajeto).

Aluguei o Mustang aqui no Brasil mesmo, por meio do site Decolar. Além de fazer o pagamento em Real, evitando impostos do cartão de crédito para operações em moeda estrangeira, ainda consegui um preço menor que o oferecido no site da locadora (a Alamo). E dá para parcelar.

Las Vegas

Escolhi um carro esportivo ou equivalente. Isso significa que, ao chegar ao local, poderia ter à disposição um Mustang, mas também um Chevrolet Camaro ou um Dodge Charger (ou seja, um típico esportivo americano).

Retirei o carro na central de aluguel de veículos do aeroporto de Las Vegas. O hotel em que me hospedei, o Aria, assim como a maioria dos resorts da cidade, tem loja de locadora. Porém, ou o esportivo não estava disponível, ou era bem mais caro.

Eu retirei o Mustang de manhã – após transporte com Uber, por US$ 10, até o local de retirada – e optei por devolvê-lo no fim do dia, embora pudesse ficar com o Ford 24 horas. Assim, não precisei me preocupar com a devolução no dia seguinte.

Na retirada, as locadoras vão oferecer o pagamento antecipado de um tanque de combustível, por US$ 3 o galão. É um valor mais baixo que o cobrado em postos, mas no meu caso não valia a pena.

Para ir e voltar, não consegui gastar o tanque inteiro nem em um Mustang. Por isso, gasta-se menos abastecendo depois (sobrou um quarto do tanque).

Gastei US$ 40 para reabastecer o carro. O tanque completo, na locadora, ficaria em US$ 60.

O trajeto até o Grand Canyon

Saindo da central de aluguel de carros do aeroporto, coloquei no GPS a localização Hoover Dam. Trata-se de uma imensa represa na divisa entre Nevada e Arizona. Lá, está o também o gigantesco observatório da usina construída em cinco anos, para abastecer, além desses dois Estados, o da Califórnia.

Para quem curte cinema, a Hoover Dam já foi cenário de Transformers, Superman e Terremoto: A Falha de San Andreas.

Até lá, a partir de Las Vegas, são 50 km e pouco mais de meia hora. Primeiro, se trafega por uma rodovia de pista dupla. Já perto de Hoover Dam, está a via de pista simples, com vistas espetaculares para a represa.

Black Canyon

Após Hoover Dam, ao passar a divisa entre Nevada e Arizona, programe o GPS para “Grand Canyon Skywalk”. A estrada passa a ser dominada por montanhas e curvas.

Cerca de dez minutos após a entrada no Arizona, está um ponto de parada obrigatório, o observatório do Black Canyon (veja na foto acima). Trata-se de uma formação rochosa no rio Colorado, o mesmo do Grand Canyon.

Daí em diante, belíssimas montanhas e o deserto dão o tom à paisagem. Os dez quilômetros finais são em uma estrada estreita, cheia de curvas e montanhas, da qual já se pode o Grand Canyon Oeste.

Grand Canyon Oeste

Ao entrar na reserva indígena, há um estacionamento para o carro ao lado da loja de passeios para o cânion. O mais popular é Skywalk, grande atração do cânion oeste.

Trata-se de uma ponte em formato de ferradura, com o fundo transparente, para se observar o Grand Canyon. O acesso ao Skywalk custa US$ 70 e já inclui o ônibus para transporte até o local.

Além da parte do cânion em que está o Skywalk, você terá direito a visitar uma segunda seção, mais bonita.

Grand Canyon Oeste
Grand Canyon Oeste

Se não quiser ir ao Skywalk, o ônibus apenas para transporte entre os cânions custa US$ 50.

Há possibilidade de passeios de helicóptero, para ver também o cânion sul. Nesse caso, o preço parte de US$ 200. Para quem vai de ônibus, significa uma boa economia ante os US$ 500 cobrados a partir de Las Vegas.

Outras opções de passeio são de avião e barco, no rio Colorado, a partir de US$ 150.

A experiência que inclui o Skywalk, ou apenas o tour de ônibus, não leva mais do que 2 horas. Assim, contando o deslocamento para ir e voltar de Vegas, o passeio terá entre seis e sete horas.