Praça da Concordia Paris

10 coisas para “não” fazer em Paris

O blogueiro Luís Vabo escreveu há duas semanas, 10 frases que seu patrão não suporta mais ouvir . Obrigada Luís, além de ter gostado muito do post, inspirou-me a ideia. Relato então, segundo minha opinião, 10 coisas a não serem feitas em Paris.

1- Nunca estale os dedos para chamar um garçom. Aqui é considerado gesto para chamar cachorros, então ou o garçom te dá uma bronca ou faz cara feia o resto da refeição.

2- Não fale com estranhos sem antes pedir licença. Uma palavrinha de reverência como “ pardon ou excusez-moi”  faz toda a diferença para um francês. Sempre cumprimente e olhe nos olhos prestadores de serviços e comerciantes, diga  bonjour, merci e trate todo mundo como gente importante, ou corre o risco de ter um serviço medíocre.

3- No metrô, não jogue no lixo seu tíquete após haver passado na catraca, você pode ser controlado a qualquer momento do percurso e se não puder provar que pagou seu transporte levará multa de 45 euros na hora ou ainda será levado para a delegacia para dar esclarecimentos. Aliás, não ande de metrô, vá a pé sempre que possível.

4- Nunca deixe mala, bolsa ou qualquer objeto a sós. Sobretudo se houver policia por perto!  O plano vigipirate não permite objetos sem cuidados, ainda que você esteja há um metro e meio de distância. Uma vez deixei 2 malas de 35 quilos há 1 metro e meio de distância da minha pessoa, pois não passavam entre os bancos de espera da estação de trem que me separavam da maquina de compras de passagens. Waw,  2 minutos depois tinha um esquadrão atrás das malas buscando o terrorista mentecapto. Que bronca que eu levei!  Fiquei condicionada, agora é só eu ouvir a jingle da SNCF meu coração acelera! Por sorte não me deram uma multa de 160 euros ou explodiram o “material duvidoso” protegido por um perímetro de segurança.

5 – Não coma no célebre Quartier Latin – com a clientela de inúmeros turistas garantida, não há o menor zelo na realização culinária ou do serviço. Vá ao Marais, ou ainda prove dos inúmeros pequenos restaurantes desconhecidos chamados brasseries. Veja quais enchem ao meio dia e siga o fluxo, parisiense sabe escolher onde e o que come!

6- Não vá ao famoso Moulin Rouge- o mais conhecido cabaré de Paris é também o mais lotado e menos aconchegante. Vá ao Lido, que está com um espetáculo novo de Franco Dragone ( Celine Dion e o Circo do Soleil fazem parte do curriculum deste incrível diretor artístico) ou ainda ao Paradis Latin, aonde comerá bem  e descobrirá a sua mítica sala construída por Gustave Eiffel.

7- Não alugue um carro. Através de uma empresa, contrate um veiculo com motorista brasileiro para conhecer o básico da cidade e depois aproveite para caminhar. A cidade é relativamente pequena e se for bem orientado durante uma visita guiada poderá economizar muito tempo e dinheiro com estacionamentos e multas.

8- Não use um Velib. Você precisa de um cartão com ship e ter certeza que saberá usar  essa parafernália pesada. Alugue uma bicicleta, junte-se a um passeio organizado. Ou ainda planeje uma estadia no Vale do Loire, onde poderá andar de bicicletas, beber vinhos, visitar castelos tranquilamente.

9- Não assine nenhuma petição, não confie em crianças sozinhas. Não se deixe levar pela idade . Na França crianças nunca ficam nas ruas à toa. Alguns ciganos deixam seus filhos e jovens pedindo dinheiro nas ruas voluntariamente. Aqui escola é publica e obrigatória para todos, há auxilio governamental e a exploração de crianças é crime. Cuidado!

10- Na elaboração de seu roteiro, não siga os conselhos de ninguém, ouça sua voz interior. Uns dirão: vá à Torre Eiffel! Outros dirão que isso é coisa para turista. Faça isso ou aquilo, foi incrível! Não ouça nada disso e venha confiante! Você encontrará uma Paris só sua, maravilhosa e feita sob medida para  seus sonhos.

E a 11° é como Dartanhã nos três mosqueteiros, não foi contabilizado, porém se destaca por sua importância: Não compre água na rua, no supermercado é possível comprar garrafinhas tanto em pacotes de 6 como separadamente. Além de cada garrafinha custar no máximo 25 centavos ao invés de 1 euro, sua armazenagem é mais higiênica e, portanto mais segura para sua saúde.

Et voilà! Bises* e boa semana querido leitor(a)!

( *É isso ai! Beijos)

Post Scriptum

Imagens da semana – um pouquinho de Paris Plage e o Pôr do Sol

 

11830925_867195126702050_1902622336_n (2) 11830723_867101636711399_1970997552_n (2) 11830307_867101673378062_541022241_n (2) 11830257_867101846711378_1220487281_n (2) 11823843_867195083368721_1044270150_n (2) 11823693_867194666702096_619833056_n (2) 11815909_867194740035422_1368570130_n (2) 11815901_867194523368777_654881153_n (2) 11815900_867195140035382_422445879_n (2) 11815839_867192680035628_92515383_n (2) 11802070_866846833403546_662038940_n (2) 11802065_867195043368725_49234617_n (2) 11802017_867194770035419_1749707635_n (2) 11798253_867192660035630_199670000_n (2) 11798149_866847006736862_291808716_n (2) 11798078_866847216736841_2114187103_n (2)

Na agenda cultural: Destaque para o festival de cinema ao ar livre da Villette

Festival de Cinema ao livre da Villette

 

Published by

Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

8 thoughts on “10 coisas para “não” fazer em Paris

  1. Oi, Silvia,

    Gostei da lista das 10 furadas em Paris…

    Não sou especialista na cidade, mas como toda a humanidade, também adoro Paris e acrescentaria:

    – Programe muito bem seu deslocamento pela cidade para eventos durante o reveillon ou você poderá ficar literalmente a pé…

    []’s

    Luís Vabo

    1. Nossaaa colega! Mandou bem !
      Porém se eu digo ninguém acredita! O preço do transporte nesta noite é tão caro quanto uma excelente ceia.
      Um colega foi com seis membros de sua família ao Bateaux Parisiens, um dos programas mais chiques da cidade, custa 380 euros por pessoa. A escolha foi judiciosa e feita com carinho pelo patriarca. Porém o custo do veiculo para o retorno ao “lar” correspondia exatamente ao preço de 1 jantar, sendo assim 380 euros ou 63,33 euros por pessoa. Mediante a oferta só faltou me chamar de ladra! Meses depois encontrei o senhor em uma feira onde me contou que foi obrigado a atravessar a multidão do Trocadero, a multidão do Champs Elysées e voltar para Porte Maillot com senhoras extremamente bem vestidas, arrumadas e assustadas. Foi ai, no meio da confusão que ele se deu conta que a oferta não era engodo.

      Há dois anos nesta ocasião, eu mesma não peguei o ônibus que minha empresa havia colocado a disposição de nossos turistas e fui atrás da conversa da prefeitura de que o metrô ficaria aberto toda a noite. La fui eu e minha família começar a ano na aventura! Na realidade nem todas as estações estavam abertas, então foi necessário andar muito para encontrar “a” estação aberta. Nela não paravam trens que seguiam na direção para onde íamos. Fomos em direção contraria até uma estação aonde ai sim pararia o metrô procurado. Como mulher eu era minoria, os franceses com certeza estavam em suas casas tranquilos e de repente me senti em Lampeduza ou na praça Tahir. Foi estranho, pior que isso só em NY com o povo quebrando garrafas de champanhe sobre o asfalto no meio da multidão apertada esperando a meia noite chegar.

  2. Querida Silvia!

    Adorei as suas dicas e vou guardá-las para uma próxima viagem e pra indicar a clientes e amigos.

    Valeu!

  3. Silvia,

    Seu exemplo foi exatamente o que ocorreu comigo, mas estávamos em 5 Pax no reveillon no Bateau (um programa tão caro quanto lindo), mas o problema foi o taxista que contratamos para nos levar e buscar.

    Ele cumpriu o horário na ida, mas atrasou “seulement” 2 horas para nos buscar na volta…

    No mais, correu tudo muito bem e temos mais uma história pra contar.

    []’s

    Luís Vabo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *