Assim como todo mundo, andei lendo sobre a decisão dividida da Grã-Bretanha, sobre permanecer ou deixar de integrar a União Europeia, e suas consequências para o próprio Reino Unido, para os demais países da Europa e, de certa forma, para o mundo, entre outros motivos, por colocar em xeque o modelo geográfico de alianças entre as nações.
Mas o que mais me intrigou não são os potenciais resultados desta estranha decisão, mas sim quais as reais motivações para metade dos britânicos terem optado pelo caminho solo num mundo cada vez mais globalizado e que, por isso, parece melhor atuar em blocos com mais afinidades do que divergências.
O melhor comentário sobre isto encontrei no texto imperdível de Leandro Ruschel:
Brexit e a maior mentira de todos os tempos
Na contra-mão da visão de Ruschel, este vídeo abaixo é uma aula sobre aquilo que considero ser a real motivação cultural da decisão britânica (embora o vídeo sequer cite este assunto).
Recomendo que você ganhe alguns minutos do seu dia para assisti-lo e fazer a sua própria reflexão.
https://youtu.be/3SI1yFjgnfU
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Bom dia Luís,
Excelente reflexão. O desenho de Garrison diz tudo. Embora o vídeo fale de uma realidade, não acredito que haja animosidade entre os povos a ponto de rechaça-los indiscriminadamente. Porém sabemos que nossos governantes estão acabando com a África e compartilhando as riquezas enquanto o “povo” paga. Deixo aqui minhas reflexões compartilhadas por muitos Europeus que conheço.
Sou brasileira, um país acolhedor e aberto, que cresceu graças aos esforços do povo. Um povo usurpado por seus políticos, um povo deixado a esmo pelas autoridades, um povo branco, preto,mestiço, mamaluco e lindo. E acho que a Inglaterra fez muito bem.
Quanto à questão da imigração, não dá para engolir que as pessoas contra a União Européia sejam racistas e xenofóbicas. Não é nada disso. Também não tem nada a ver com egoísmo e não querer dividir recursos.
Analise comigo o percurso de uma família de refugiados.
Constatações terríveis e muito duras fazem parte desta analise.
1° dado: Quando você recebe refugiados de países em guerra civil, quem prova que as pessoas que você está recebendo não mataram seus vizinhos a machadadas a semana passada e agora fogem da represaria? Sim, por que em países em guerra, pais, mães e crianças lutam. Ou você acha que são homenzinhos verdes que estão guerreando enquanto o povo sofre? Então os processos de seleção não podem ser feitos em nenhuma circunstância às pressas e sob pressão internacional.
2° Uma família de refugiados recebe um abrigo ( Felizmente) . Geralmente um quarto de hotel pago pelo governo para a família, até que obtenham recursos próprios para levar suas próprias vidas. Recebem também o seguro social ( Felizmente, obvio) .
Mas o problema é que daqui a três anos a família de 4 pessoas dobrou e como não tem emprego fixo, avalista, boa folha de pagamento, continua vivendo no hotel subsidiado pelo governo ( até ai tudo bem) Então estas pessoas que buscavam a “terra prometida” e acabam custando uma fortuna ao estado, caem na mendicância para arredondar o orçamento familiar ,inclusive com os filhos, tratam os europeus como verdadeiros perversos ( por conta da diferença religiosa) e ficam se sentindo extremamente “lesadas”.
Agora pense bem: Com a verba anual de milhares de famílias vivendo precariamente na Europa, seria possível construir escolas, hospitais em países subdesenvolvidos africanos, seria possível reconstruir a África!! Então a questão não é se deixar levar pela opinião piegas de gente que deseja que os Europeus abram suas portas também indiscriminadamente.
Galera, o primeiro a jogar pedra em inglês, dizendo agora que são racistas, vá ao lugar mais violento do Brasil e traga de lá uma família com valores morais distintos para sua casa. Traga uma família que acha suas mulheres pecadoras porque não se cobrem e veja se tudo vai bem no melhor dos mundos. Seja «laico» para receber essa família e acabe sendo obrigado a mudar seu cotidiano «laico» para que sua visita reze 5 vezes ao dia. Receba um número maior do que seus recursos permitem e tenha suas filhas tratadas de vulgares personagens porque usam shorts. Os africanos obviamente não são todos assim, mas os que são dão MUITO medo nos cicerones, medo infelizmente justificado. O Brasil vive o mesmo apesar de bem menos choque cultural. Ou será que temos muitos brasileiros adotando crianças abandonadas nas ruas do Brasil? Somos do mesmo sangue, porque não fazemos isso?
Sou pela divisão dos recursos humanos do planeta. Europa e América: paguem o que fizeram a África no passado! Eu estou de acordo. Vamos retirar os governos corruptos da África, vamos reconstruir esse continente ensolarado e cheios de minérios. Vamos construir uma bela África para africanos ao invés de ceder a idéias bizarras e sem cabimento de governantes que não estão nem ai para ninguém além deles mesmo!
Aliás, vamos aproveitar da Internet para desqualificar logo esses usurpadores políticos e passemos aos orçamentos participativos por bairros. Assim a população decide quanto de seu orçamento vai usar reconstruindo o mundo alheio, ao invés do seu próprio jardim.
Caramba, Silvia,
Suas opiniões sobre o assunto cabem num novo post. Obrigado por compartilhar aqui.
Entendo perfeitamente seu ponto de vista, especialmente sobre a questão do BREXIT, ampliada para o verdadeiro êxodo que tem ocorrido na Europa.
O que pretendi provocar aqui foi uma reflexão sobre como as diferenças culturais (e os conflitos históricos decorrentes) são difíceis de serem solucionados por acordos comerciais ou políticos, independentemente das melhores intenções.
Mas continuo sendo um otimista incorrigível, afinal sigo vivendo no Brasil…
[]’s
Luís Vabo
Como faço parte de uma ONG Humanitária Global (e agências das Nações Unidas) e entendo só um pouquinho de África, pois trabalhei com mudança de comportamento no combate ao Ebola e às doenças diarreicas que custam as vidas infantis, construindo latrinas – contra a defecação a céu aberto (isto é, fazer cocô no lugar certo), digo que mudar comportamento é lendo – muito lento. E haja gerações ……
Por estas atividades humanitárias, conheci e conheço muitas especialistas em comportamento humano (social, econômico e político). E trabalhei com alguns também. E África, Asia e América Latina são territórios difíceis por inúmeros motivos. Por isso é preciso conhecer bem de perto para compreender. Até mesmo o processo migratório – também vi de perto isso.
Mas as mudanças sempre devem partir de líderes. Neste caso – As lideranças mundiais.
Trazendo isso para o nosso negócio 1) aplico em meus treinamentos estratégias de mudança de comportamento. 2) a mudança em Entidades Representativas – começa pela liderança.
Julio,
Sou seu fã antes de conhecer este seu lado solidário…
Agora o admiro mais ainda.
[]’s
Luís Vabo
Vabo, querido, somos pequenos ainda…
Estou aqui diluindo dúvidas bobas!
Compartilhei com ‘minhas ovelhas’:
” Esqueçam o Referendo do Reino Unido;
Lembrem do Reverendo do Reino Eterno!”
Ótimo video — a vida é assim mesmo…
Somos tão egoístas!… tão limitados!
Bênçãos do Senhor + abraços e amor,
Pr. Marcos Hernandez
É verdade, Marcos,
Nossa capacidade de compreensão do todo é mesmo limitada. Não enxergamos além da ponta do próprio nariz !
Quem sabe um dia…
[]’s
Luís Vabo