Impacto do Terrorismo nos Hotéis da Europa

Em estudo recente da STR, a média para que a indústria hoteleira se estabilize após um ataque terrorista é aproximadamente 3 meses.

O impacto geralmente acontece sobre a ocupação, e nem tanto na diária média.

Normalmente os hoteleiros de algumas localidades, como Londres e Bruxelas, não baixaram tarifas, pois entendem que os turistas tendem a evitar o destino independente do preço.
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Madrid 2004 – explosões no trem em 11 de Março

Resultados nos 3 meses seguintes:

  • Diária Média – queda de 7,4% no mês seguinte, e 13,5% nos 3 meses seguintes.
  • Ocupação – queda de 12,7%, 7,2% e 7,5% respectivamente. Ainda em Julho, caiu 5,5%.

Londres 2005 – ataques de 7 de julho sobre o sistema de trânsito.

Resultados nos 3 meses seguintes:

  • Diária Média – aumento de 3,2%
  • Ocupação – queda de 15,1%, 5,2% e 1,9% nos 3 meses subsequentes, antes de subir 1% no 4º mês.

Paris 2015 – ataques em 13 de novembro

Resultados nos 3 meses seguintes:

  • Diária Média – queda de 1,8%, e recuperação em Março/16, chegando a queda de apenas 0,4%
  • Ocupação – queda de 13,1% no 3 meses seguintes, e 4,8% no 4º mês.

O declínio de RevPAR (Receita por Apto. Disponível) no período foi de 5,2%, mas mercado está agora em recuperação.

Bruxelas 2016 – ataques de 22 de Março, mas os números abaixo indicam que o impacto de Paris já estava sendo sentido por sua hotelaria:

  • Diária Média – se manteve positiva – aumentando 1,1%
  • Ocupação – queda de 19,6% (após Paris)

Mas dia 28 de Março, segunda-feira depois da Páscoa, Bruxelas experimentou o seu menor nível de ocupação, -72,6% (6 dias após o atentado).

A STR deixou claro que ainda é cedo para fazer a análise sobre Bruxelas, mas com certeza ainda precisará de alguns meses para voltar ao patamar normal.

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5 Insights do Ex-CEO do Jumeirah Group

Gerald Lawless está no Jumeirah Group há 18 anos e, em Janeiro desse ano, deixou o cargo para assumir o escritório de Turismo e Hotelaria de Dubai, já se preparando para a Expo 2020.

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Só um momento aqui para dizer que adoro o slogan do grupo: ‘Stay Different’.

 

Veja abaixo a última entrevista que ele deu antes de deixar o cargo, compartilhando ideias de gestão e futuro da hotelaria:

Captura de Tela 2016-05-01 às 12.40.481. Mais do que quantidade, o importante para nós é localização de qualidade, com investidores e proprietários realmente bons.’

Nota: Gerald não é o primeiro a falar que qualidade não é o mais importante. Lembra que escrevi a pouco o depoimento do CEO da Hyatt, que maior não é (sempre) melhor?

2. ‘Estamos investindo na realidade virtual, pois acreditamos que ela vai encorajar as pessoas a    viajar. Quanto mais você vê alguma coisa, mais desperta o desejo de conhecer pessoalmente.’

3. ‘Restaurantes são uma parte importante na hospitalidade hoje em dia. É preciso investimento, pois, pelo menos em Dubai, abre um restaurante por dia.’

4. ‘Entendemos que, se abrimos um hotel em um lugar remoto, precisamos garantir a empregabilidade da comunidade local. Abrir uma área de capacitação, se for preciso.’

5. ‘O conselho para meu sucessor é que ele reconheça que a força da marca não é só proveniente das nossas belas propriedades, mas pelos níveis exclusivos de serviços. Nossos colegas trabalham maravilhosamente, com grande lealdade e paixão pelo Jumeirah.’

A marca Jumeirah está focada na expansão no Oriente Médio, Ásia e África. Em um segundo momento, pensarão na Europa, e já avaliam várias propostas.

Veja abaixo as propriedades do grupo:

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