Limpeza, o Valor mais Rentável de um Hotel

Tenho certeza que você já leu várias pesquisas sobre o que os clientes mais valorizam mais em um hotel. Wi-fi, localização e room service 24hs estão sempre por lá, mas a grande verdade é que a LIMPEZA se mantém como prioridade inabalável desde sempre.

Limpeza constrói a lealdade do cliente, gera elogios, e define a rentabilidade hotel. Entretanto, tem custos altos, e costuma ser negligenciado.
Mas mesmo sabendo disso, muitos hotéis não passariam no ‘teste de luva branca’.
Os vídeos abaixo não são nada agradáveis de assistir, mas, infelizmente, mostram a dura realidade de muitos hotéis:

Portanto, se a limpeza é tão firmemente conectada ao sucesso financeiro, é vital implementar uma estratégia inteligente. Todos sabemos que aspiradores de pó silenciosos são importantes, mas é preciso muito mais que isso para reforçar essa operação.

Seguem 5 dicas para manter o alto padrão de limpeza em seu hotel:

1.Invista em Treinamento

A formação do pessoal é crucial para melhorar o desempenho no trabalho de limpeza. É também vital que a equipe de governança e serviços gerais entendam seus papéis na satisfação do hóspede, e consequente rentabilidade do hotel.

E se você pensa em corte de custos, lembre de nunca sacrificar a limpeza do quarto. Se é valor tangível para o cliente, é prioridade!

2. Tenha cuidado na contratação dos serviços de lavanderia

Esse item não precisa de explicação, não é?!

Mas se você tem lavanderia própria, a recomendação de especialistas é o investimento em maquinário de boa qualidade, e trabalhar sempre na capacidade máxima para economizar tempo e energia.

3. Invista em tecnologia

Se o sistema que você implantou está minimizando as tradicionais discussões entre Recepção e Governança, a compra foi acertada.

Uma boa tecnologia encoraja uma rotação rápida de limpeza do quarto, sem sacrificar a qualidade.

4. Pense de forma criativa

Incentivar os colaboradores a apresentar ideias que melhorem a produtividade do setor, e quem sabe premiá-los, pode ser um motivador de desempenho.

Gilles Arditi, da Southwind Hospitality, diz: ‘A verdade é que o trabalho na governança é cansativo, e pode se tornar monótono ao longo dos anos. Por isso, contrate as personalidades certas, e crie um programa de recompensas para gerar entusiasmo.’

5. Instituir o sentimento de posse

Criar o compromisso da correção do problema, e não ‘achar o culpado’.
Será que suas camareiras estão orgulhosas com o número e qualidade dos quartos que elas completam todos os dias?

Será que elas assinariam seus nomes validando esses aptos.? Não é à toa que os cartões com uma mensagem e a assinatura da camareira responsável pelo andar viralizaram nos hotéis pelo mundo.

Adoramos cama macia, chuveiro com pressão, e toalhas grandes que secam, mas nada como um hotel LIMPO de verdade!

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Limpar ou não limpar?

A cobrança para limpar o apartamento já é uma realidade em muitos hotéis pelo mundo. Enquanto isso, alguns nem pensam dessa possibilidade, outros ainda incentivam a dispensa da limpeza focando na sustentabilidade.

A Rede Starwood, por exemplo, revela que 8,5% dos seus hóspedes se beneficiam com o programa “Make a Green Choice” (Faça uma Escolha Verde). Para cada dia que a limpeza do apartamento é recusada,  o hóspede ganha U$ 5,00 de crédito no restaurante do hotel ou 500 pontos de bônus no programa de fidelidade da rede.

Entre os hotéis que simplesmente cobram pela limpeza, está o Atlantis Resort, com uma taxa de Governança e Limpeza Pública obrigatória em torno de U$ 22,95 desde 2011. Se pensarmos que o custo da limpeza chega à U$ 22,00/dia, a boa idéia se tornou um ótimo negócio.
Obs.: Esse valor do custo/dia é da New York University’s Tisch Center of Hospitality, considerando o tempo (em minutos) divididos pelo número de aptos. do hotel.

Que tal o modelo do Tune London Hotels, onde vários serviços são cobrados mediante o uso (pay-per-use): taxa por serviço de limpeza (R$ 25,5 disponível somente a cada 3 dias de hospedagem), internet (R$ 10 por 24 horas), TV (R$ 10 por dia), secador de cabelos (R$ 5), toalha de banho (R$ 5), cofre (R$ 6,5 por hospedagem)?

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Durante a pesquisa sobre o assunto, li reações distintas de hóspedes:

Pró: “Acho ótimo, já que eu não me preocuparia em esconder minhas coisas ou ficar preocupado se a camareira guardará minhas coisas de um jeito que eu nunca mais encontrarei.”

Contra: “Nem pensar. Quero meu quarto limpo todas as manhãs.”

As Camareiras também se posicionam: “Se 100 hóspedes decidem não limpar o quarto, 6 entre 8 camareiras receberão uma ligação dizendo que não precisam ir trabalhar naquele dia. Isso está prejudicando nossos empregos e salários.”

Fato é que os hotéis estão cada vez mais pressionados para se posicionarem de uma maneira “verde”, e essa questão engloba também a limpeza e arrumação dos quartos.

Com sua gestão tradicional, será que o Brasil vai aderir? O conceito “self service” está demorando a pegar por aqui, afinal, uma hierarquia invisível de serviços paira no ar. Entendemos que serviço bom é um empacotador no supermercado, um cobrador no ônibus, empregada doméstica, usar toalhas de hotel somente uma vez, ter alguém para carregar nossas malas, executivos achando um absurdo fazer suas próprias reservas aéreas, etc. Como não ter alguém para arrumar sua cama todos os dias?

E não há certo ou errado, somente um cultura de prestação de serviços diferente da americana, por exemplo. Fato é que pendurar toalhas evitar a troca não será mais suficiente. É preciso ficar atento à mudança de comportamento do hóspede. Na minha opinião, é uma questão de tempo.

E você? Como tenta minimizar os custos de governança? Como lida com a questão “verde”?