
Walt Disney World acaba de inaugurar a nova atração do Fantasyland (Magic Kingdom): “Seven Dwarfs Mine Train” (O trem da mina dos sete anões). É o tributo merecido ao maior clássico de Disney de todos os tempos.
A estória da Branca de Neve e os Sete Anões vem do folclore alemão, publicada pelos irmãos Grimm em 1812 e foi escolhida para dar corpo ao mais audacioso projeto cinematográfico da década de 30. A ideia maluca de fazer um longa metragem animado foi a saída visionária de Disney, para tirar seus estúdios do confinamento na produção de animações de curta metragem. Mercado esse, que ele via a cada dia, ser invadido e dividido, com o surgimento de novos personagens concorrentes, como, Marinheiro Popeye e o Coelho Perna Longa. Com um orçamento inicial de duzentos e cinquenta mil dólares, Disney teve que hipotecar sua casa, estúdios e tudo o que possuía para terminar a produção que chegou, na época, à astronômica quantia de um milhão e quinhentos mil dólares. Era tudo ou nada. Foram quatro anos de produção e, em 1937, o filme fez sua estreia. Alcançou recorde de bilheteria e colocou os estúdios de Walt Disney à frente de sua concorrência. A arrecadação inicial do filme foi de oito milhões de dólares e, até hoje, corrigido monetariamente, representa a décima maior bilheteria do cinema americano.
Existem várias versões para o clássico, onde os anões podem chegar a oito ou não ter número exato. Na maioria das versões, eram apenas anões sem nomes ou personalidades, que protegiam Branca de Neve em troca de seus serviços domésticos. A versão de Disney dá nome e personalidade a essa turma, e os coloca como protagonistas no filme, junto com a princesa.
São muitas as teorias a respeito da escolha e significado de seus nomes e personalidades. De versões cabalísticas, relacionando os sete anões aos sete chakras do corpo humano, aos sete metais utilizados pelos alquimistas e sua relação planetária, mas são apenas teorias. Seguramente, Disney teve suas razões para cada escolha, mas não existe nada oficial a esse respeito. Foram mais de 50 nomes sugeridos e 570 artistas envolvidos nessa concepção, que gerou:
1. Mestre (Doc) – Lider do grupo, amigável, mas cheio de autoridade, gosta de misturar palavras. (Sol/Ouro);
2. Atchim (Sneezy) – Inspirado no ator cômico Billy Gilbert, famoso por seus espirros. (Saturno/Chumbo);
3. Zangado (Grumpy) – Talvez uma crítica indireta aos que chamaram o filme de “A tolice de Disney” (Marte/Ferro);
4. Feliz (Happy) – O contraponto para o Zangado, representado a fartura e felicidade (Jupter/Estanho);
5. Soneca (Sleepy) – Sempre cansado e lacônico (Lua/Prata);
6. Dengoso (Bashful) – Doce e encabulado (Vênus/Cobre);
7. Dunga (Dopey) – Ingênuo e simplório acabou mudo por não ter sido achada a voz adequada para ele (Mercúrio/Mercúrio).
Agora, essa turma adorável, que marcou gerações, se materializa em uma suave montanha russa, cheia de surpresas visuais, que completa a expansão do “Fantasyland” no “Magic Kingdom” . Fastpass é recomendado, já que a atração deve se tornar bastante popular.
Fastpass, MyMagic, Plus…hummm… Isso é conversa para o próximo blog!
Eu vou, eu vou, prá casa, agora, eu vou….
Boa semana a todos, Direto de Orlando!