É tempo de rosas

É tempo de rosas. Elas podem ser vistas em muitos lugares, mas nenhum outro jardim da capital apresenta rosas tão lindas quanto o Palais-Royal.

As rosas do Palais Royal

Este conjunto extraordinário de edifícios, galerias, jardins e teatro, localizado ao norte do Louvre, no 1º distrito de Paris, é um rico monumento histórico e testemunha da vida dos parisienses ao longo dos tempos.

Construído pelo Cardeal Richelieu em 1628, o Palácio-Cardinal foi doado ao rei Luís XIII em 1636 tornando-se um Palácio Real. Serviu de abrigo para a rainha regente Ana da Áustria e para o jovem Luís XIV durante revoltas de cortesões. Em 1780, uma grandiosa reforma adicionou construções uniformes e galerias ao redor do jardim, que por meio século, com seus cafés, restaurantes, salões de jogos e outros entretenimentos, se tornou o ponto de encontro da moda de uma sociedade parisiense elegante, frequentemente libertina e revolucionária.

Hoje, o palácio que foi palco do discurso que deu início a da Revolução Francesa em 1789 abriga o Conselho de Estado, o Conselho Constitucional, o Tribunal de Conflitos e o Ministério da Cultura, além da Comédia Francesa.

O local onde a católica fanática Charlotte Corday comprou, em 1793, a faca que matou o revolucionário Marat em seu banho, além de eventual cenário para “Emily in Paris”, é também o jardim predileto dos habitantes da região.

E amantes de história ou não, ninguém fica insensível às rosas que florescem nas alas centrais do jardim.

Rosas em Provins

Conta a lenda que em 1240, de volta de uma cruzada, Thibaut IV, conde de Champanhe e rei de Navarra, introduziu na França sua primeira rosa, com a qual fez importantes plantações nas imediações de Provins.

Os roseirais de Provins logo se tornaram famosos, e o uso da rosa se tornou importante na medicina, em cerimônias religiosas e, mais tarde, na produção de perfumes. Hoje, símbolo da cidade, as rosas podem ser vistas por toda parte, graças ao empenho de seus habitantes. Portais e fachadas exibem orgulhosamente essa flor, que é um verdadeiro tesouro local.

Um habitante decidiu levar sua paixão ao extremo, dedicando sua vida ao cultivo de diferentes espécies dessa delicada proeza natural.

 Bruno Clergeot, o proprietário do Roseiral de Provins, criou um cenário verdejante e poético onde mais de 450 variedades de rosas adornam um jardim de 3,5 hectares. Rosas de Damasco, Centifólias, híbridas e gálicas, todas com nomes distintos e aromas envolventes, compõem um percurso mágico e encantador com vista para os monumentos da Cidade Medieval.

Entre as roseiras e arbustos variados recantos românticos com bancos e balanços convidam os visitantes a relaxar e admirar a paisagem.

O café do Roseiral oferece uma experiência completa, permitindo que a descoberta do local seja visual, olfativa e também gustativa.

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Silvia Helena

Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.

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