Macron anuncia grande reforma do Louvre. Após um apelo da direção do estabelecimento, o presidente do país, como não podia deixar de ser, se prontificou ao resgate do edifício quase milenar (construção 1202).
mudança da Joconde
Uma sala e um bilhete específico serão reservados exclusivamente para a Mona Lisa. A mudança é anunciada com o objetivo de oferecer uma melhor apreciação da obra e diminuir o fluxo de turistas apertados em uma mesma sala. Apesar dos anúncios em grande pompa do “Renascimento do Louvre”, acredito que a mudança servirá, sobretudo, para permitir ao museu a cobrança diferenciada para esta parte da visita, aumentando assim os custos de quem deseja ver tanto a integralidade do museu quanto a obra de Leonardo da Vinci.
Reforma do Louvre – o que importa
De fato, o mais importante é impedir que o tempo e a água do Rio Sena deteriorem o edifício, mas esse tipo de notícia não interessa a quase ninguém.
Sendo assim, como François Mitterrand, Macron também quer deixar seu nome na história e legar à cidade uma nova entrada para o palácio/museu, sob o pretexto de que as entradas atuais entradas “da pirâmide” e no subsolo do “Carrossel” não são suficientes.
Milhões serão investidos em um conjunto de obras e, em princípio, esta é uma boa notícia.
No entanto, um fato me chamou a atenção e tirou meu sossego: cidadãos não residentes da comunidade europeia terão uma tarifa diferenciada e, por consequência, mais cara!
Reforma do Louvre- Quem Paga?
Gente, eu nem imaginava que esse tipo de distinção pudesse ser feita. Em outras épocas, isso seria chamado de discriminação. “Peraí” que eu vou buscar aqui. Um minuto, por favor…
Fui verificar e segundo o que acabo de ler ainda hoje: “a discriminação oferece tratamento diferenciado a um indivíduo devido a características pessoais.” Neste caso, a origem (e o fato de não ser eleitor europeu ou francês). Detalhe: a distinção poderia ter sido anunciada como uma discriminação positiva, tal qual para crianças e idosos, membros da comunidade europeia terão tarifas preferenciais. Mas nem isso esse cuidado foi tomado.
Talvez a diferença seja tão sutil entre NÃO Membros da Comunidade Europeia pagarão mais caro e Membros da Comunidade Europeia terão tarifas preferencias que ninguém note mesmo. No final, é a mesma coisa.
Assim, concluindo, se você NÃO é cidadão europeu, prepare-se para pagar mais caro para visitar o Louvre em 2026 e ajuda-lo a pagar sua reforma.
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Silvia Helena
Após breves passagens pela Faculdade Metodista de São Bernardo e Belas Artes de São Paulo, aos 18 anos fui estudar no Canadá, onde vivi durante 23 anos. Lá me formei em História da Arte pela Universidade de Montréal, estudei turismo no Collège Lasalle de Montréal e no Institut de Tourisme et Hôtellerie du Québec. Comecei minha carreira na área trabalhando em Cuba. Durante os anos vividos no Canadá, entre outras coisas, fui guia de circuitos pela costa leste e abri minha primeira agência de receptivo para brasileiros. Há 18 anos um vento forte bateu nas velas da minha vida me conduzindo até França. Atualmente escrevo de Paris, onde vivo e trabalho dirigindo a empresa de receptivo, LA BELLE VIE.
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