Macron anuncia grande reforma do Louvre. Após um apelo da direção do estabelecimento, o presidente do país, como não podia deixar de ser, se prontificou ao resgate do edifício quase milenar (construção 1202).
mudança da Joconde
Uma sala e um bilhete específico serão reservados exclusivamente para a Mona Lisa. A mudança é anunciada com o objetivo de oferecer uma melhor apreciação da obra e diminuir o fluxo de turistas apertados em uma mesma sala. Apesar dos anúncios em grande pompa do “Renascimento do Louvre”, acredito que a mudança servirá, sobretudo, para permitir ao museu a cobrança diferenciada para esta parte da visita, aumentando assim os custos de quem deseja ver tanto a integralidade do museu quanto a obra de Leonardo da Vinci.

A Joconda pode ser considerada uma das representações mais famosas de um rosto feminino no mundo e no século 21, tornou-se o objeto de arte mais visitado do mundo. Fonte Wikipédia
Reforma do Louvre – o que importa
De fato, o mais importante é impedir que o tempo e a água do Rio Sena deteriorem o edifício, mas esse tipo de notícia não interessa a quase ninguém.

Sendo assim, como François Mitterrand, Macron também quer deixar seu nome na história e legar à cidade uma nova entrada para o palácio/museu, sob o pretexto de que as entradas atuais entradas “da pirâmide” e no subsolo do “Carrossel” não são suficientes.

Milhões serão investidos em um conjunto de obras e, em princípio, esta é uma boa notícia.

No entanto, um fato me chamou a atenção e tirou meu sossego: cidadãos não residentes da comunidade europeia terão uma tarifa diferenciada e, por consequência, mais cara!
Reforma do Louvre- Quem Paga?
Gente, eu nem imaginava que esse tipo de distinção pudesse ser feita. Em outras épocas, isso seria chamado de discriminação. “Peraí” que eu vou buscar aqui. Um minuto, por favor…
Fui verificar e segundo o que acabo de ler ainda hoje: “a discriminação oferece tratamento diferenciado a um indivíduo devido a características pessoais.” Neste caso, a origem (e o fato de não ser eleitor europeu ou francês). Detalhe: a distinção poderia ter sido anunciada como uma discriminação positiva, tal qual para crianças e idosos, membros da comunidade europeia terão tarifas preferenciais. Mas nem isso esse cuidado foi tomado.
Talvez a diferença seja tão sutil entre NÃO Membros da Comunidade Europeia pagarão mais caro e Membros da Comunidade Europeia terão tarifas preferencias que ninguém note mesmo. No final, é a mesma coisa.
Assim, concluindo, se você NÃO é cidadão europeu, prepare-se para pagar mais caro para visitar o Louvre em 2026 e ajuda-lo a pagar sua reforma.

Quando a fragata Méduse encalhou em um banco de areia, cerca de 150 passageiros foram forçados a embarcar em uma balsa improvisada e frágil.
Enquanto isso, oficiais e passageiros de alta patente conseguiram escapar em botes salva-vidas.
Para os mais pobres, passageiros da barca que levava marinheiros e soldados deixados à deriva a situação rapidamente se deteriorou, com escassez de alimentos e água, levando ao desespero e ao canibalismo entre os sobreviventes.
Após quinze dias de sofrimento, apenas uma pequena fração dos passageiros da balsa sobreviveu para contar a história. Géricault, ao tomar conhecimento do trágico evento, decidiu criar uma pintura monumental que capturasse a angústia e o desespero dos náufragos. A obra provocou controvérsia, por denunciar a discriminação entre oficiais e subalternos, trazendo notoriedade a Géricault e imortalizando o naufrágio da Méduse na memória coletiva. Fonte https://www.geo.fr/histoire
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